18/06/2022
AQUECEU!!!
Próximas eleições em Angola deverão ser "as menos transparentes e credíveis", avisa investigadora de Oxford
A investigadora da Universidade de Oxford Paula Roque defendeu hoje que as eleições de agosto em Angola serão "as menos transparentes e credíveis" das realizadas até agora, e disse recear o que possa acontecer no dia pós-ato eleitoral.
Tudo indica que estas eleições serão as menos transparentes e credíveis de todas" em Angola, afirmou Paula Roque, uma das oradoras na sessão de abertura do II Congresso Internacional de Angolanística, que está a decorrer hoje na capital portuguesa, uma iniciativa da Rede de Investigação Científica de Angola (Angola Research Network).
Sobretudo porque, para além do que já existiu noutras eleições naquele país, as de agosto próximo serão "as mais competitivas".
"Não teremos contagem municipal nem provincial, apenas a nacional", pelo que "não haverá centros de escrutínio" nesses locais, explicou.
Assim, "todas as atas eleitorais serão enviadas para Luanda para serem somadas", frisou, apontando que quem vai fazer "o transporte das urnas serão entidades ligadas à presidência e ao aparelho de segurança".
A investigadora de Oxford, que é filha do empresário Horácio Roque, já falecido, e de Fátima Roque, antigo quadro da União Total para a Independência de Angola (UNITA, oposição), salientou, em declarações à Lusa à margem do evento, que não tem nada a ver com aquele ou com outro partido em Angola, e que as suas afirmações resultam de um trabalho de investigação independente.
Neste cenário, a investigadora manifestou também na sua intervenção os receios pelo que possa vir depois das eleições em Angola.
ASSIM MAIS É COMO??