09/07/2023
Venha à celebrar conosco a grande festa dos 75 anos da existência da Paróquia Missão, São João de Brito-Damba, Diocese do Uíje! ✨🎉🎂
Jubileu dos 75 anos da Missão da Damba, irão decorrer nos dias 14, 15 e missa de acção de graça será celebrada no dia 16 de Julho de 2023,
Telema Damba Mukiese!
Com os capuchinhos caminhemos juntos para uma missão!
Breve historial da Missão de Damba.
A data da criação da Missão católica da Damba remonta a 24 de Junho de 1948, desmembrada da missão de Maquela do Zombo da qual fazia parte desde 1931.
A entrada oficial dos capuchinhos deu-se catorze dias depois (7 de Julho).
O Arce de Luanda, Dom Moisés Alves de Pinho, já a 27 de Julho de 1941 tinha abancoado uma capela da Damba, construída pelo Administrador Aníbal Humberto Campos. Com efeito, os missionários de Maquela do Zombo chegavam, de vez enquanto até à Damba, lembram-se os últimos dois Padre Beneveneto dos Santos e Padre Amável de Jesus Roque, sacerdotes diocesanos.
No dia 30 de Junho de 1948 o Frei Hilarino Giordano, foi nomeado primeiro superior da missão, o Frei Camilo Peraro, seu cooperador e o Frei José Tessari, auxiliar.
A 21 de Julho começaram os trabalhos para a construção da nova missão, um lugar escolhido no dia 8 de Julho, a dois km da vila, com a presença do Arcebispo de Luanda na altura.
Já no Domingo, dia 9 de Julho, durante a missa solene, presidida pelo mesmo Arcebispo, os novos missionários foram apresentados aos fiéis.
Enquanto a missão católica feminina, no dia 7 de Fevereiro de 1954, chegou um pequeno grupo das irmãs de Misericórdia na Damba (Angola), as irmãs Albastella Golfestto, M. Carla Lorenzon, Petronila Mattuzzi, Pompilia Bronzino e Cesarea Sartori, são as primeiras protagonistas na história das Irmãs da Misericórdia em Angola.
Na ocasião esteve uma multidão interminável para lhes dar as boas vindas. Que povo maravilhoso, este angolano! Será preciso não desiludir a sua esperança.Esta era a preocupação das recém-chegadas, que confiavam na força e na luz do Senhor que alí as quisera para que fossem um sinal da sua ternura de Pai.
Grande e alegre foi a surpresa das cinco irmãs aos verem a casa para elas preparada pelos freis capuchinhos.
Na fechada, um mosaico representava o lema do Instituto das Irmãs da Misericórdia com os dizeres "Charitas", a verdadeira e profunda razão da missão ali às conduzia.
Na homilia da Santa Missa Solene de boas vindas, celebrada pelo Frei Raffaele de Ronaldo, "estas, disse ele, são missionárias, Irmãs da Mesericórdia. Estão aqui para vos dizer que Deus é o um Pai bom e misericordioso, que quer a salvação dos seus filhos, de todos, independentemente. Fá-lo-ão através da sua vida, dedicada às várias obras de misericórdia:cuidado dos doentes, assistência aos pobres, instrução, catequese das crianças e dos adultos. A elas, virgens consagradas, é confiada a tarefa de se colocarem junto das nossas jovens e de as ajudar a descobrir a riqueza da sua feminilidade, para que se possam tornar esposas e mães plenamente realizadas. As irmãs mostrar-vos-ão também que existe uma outra maternidade, a espiritual".
Os objectivos para as novas missionárias estavam delineados:viver radicalmente a vida consagrada, educar as jovens para serem futuras mães de família, contribuir para elevar o nível humano e moral da mulher, assistir os doentes no dispensário e no domicílio, evangelizar e pré-evangelizar.
Não podemos esquecer as irmãs da Misericórdias, que nasceram na Damba são elas:
Ir. Maria Landim( Giovanida)
Ir. Teresa Mamona Pedro
Ir. Isabel Coco
Ir. Isabel Npanzo
Ir. Rosa Pedro
Ir. Bendita Orlando
Ir. Angélica
Ir. Ana Pedro
Ir. Aríete
Ir. Nazaré da Costa
Ir. Teresa Mpambani.
Por ocasião da conclusão do Ano Mariano (08.12.1954)foi abençoada uma imagem da Imaculada Conceição no pátio na missão.
A construção da igreja paroquial da missão, planeada em Julho de 1957, teve o seu início nos fins de 1969, sendo superior e pároco Frei Vito Conte : A inauguração decorreu no dia 8 de Julho de 1973,durante uma celebração presidida pelo Dom Francisco de Mata Mourisca, primeiro bispo e fundador da diocese do Uíje, rodeado pelos padres vindos das nossas várias missões, sendo superior da missão o grande amigo dos Mindambas, frei Hortênsio Rosseto e adjunto Frei Fortunato Agnoletto.
Durante o período de guerra civil, as consequências destos movimentos de libertação de Angola, foram muito graves em 1961, Damba viveu uma época de estado de alarme. A meados do mês de Março, muitas pessoas fugiram em Luanda, sobretudo europeus. As irmãs deixaram momentaneamente a missão, refugiando-se em Maquela, Luanda.
A missão foi guardada por um catequista e a sua família.
Houve nove ataques da UPA(União dos Povos de Angola), contra a Damba. Num destes ataques a 21 de Abril de 1961 foi morto o missionário Capuchinho, frei Pedro Jorge Filipi, enquanto defendia 250 angolanos
fechados na igreja da Vila da Damba. Com a intervenção do exército colónial, mais tarde, voltou a uma certa normal.