12/07/2024
Liderando a mudança: como as corridas de Endurance impulsionam a introdução de novas tecnologias automotivas
Desde seus primórdios, as corridas de longa duração serviram à indústria automobilística como o melhor laboratório para diversas inovações tecnológicas de uso urbano e rodoviário
A história do automóvel se cruza com a história das corridas de longa duração, especialmente com as 24 Horas de Le Mans. Muito do desenvolvimento dos carros de rua se deve à lendária corrida. E este histórico de evolução segue até hoje com tecnologias de vanguarda aplicadas no FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance, que tem etapa neste domingo (14) no Brasil, com a Rolex 6 Horas de São Paulo no Autódromo de Interlagos.
As tecnologias de motorização híbrida presentes nos Hypercars que disputarão a corrida de seis horas de duração em Interlagos no final de semana foram algumas das molas propulsoras da popularidade do FIA WEC entre as fabricantes e os fãs de automobilismo. Não à toa, são 14 as montadoras inscritas no Mundial, prova de seu sucesso técnico e de público, e vanguarda tecnológica.
As 24 Horas de Le Mans, corrida lendária que existe há mais de um século e desde 2012 faz parte da temporada do FIA WEC, foi o ponto de partida de diversas tecnologias automotivas implementadas posteriormente no uso urbano e comercial.
Os pneus radiais, por exemplo, tiveram seu primeiro grande teste nas 24 Horas de Le Mans de 1951, quando a Michelin experimentou a novidade em um Lancia Aurelia B20 GT com sucesso, e a tecnologia foi patenteada cinco anos mais tarde.
Em 1952, a Mercedes introduziu um sistema - originalmente desenvolvido pela Bosch para aeronaves - capaz de melhorar a eficiência dos motores a combustão. A gasolina era injetada diretamente na câmara de combustão. O famoso 300 SL com portas ‘asa de gaivota’ foi equipado com essa tecnologia quando venceu em 1952. Foi o primeiro motor de injeção direta de combustível.