Com o incêndio do INC-Instituto Nacional de Cinema, que destruiu por completo os meios de produção e as infraestruturas instaladas, os membros formados durante vários anos foram atirados a sua sorte, e estes procuram encontrar outras formas de sobrevivência. Alguns integraram-se na televisão, outros criam as suas próprias empresas de produção cinematográfica, utilizando agora um novo suporte, o ví
deo. Não havendo quaisquer apoios do Estado Moçambicano para a produção cinematográfica, estes novos produtores iniciam a sua actividade com base em financiamentos de organizações internacionais, dedicando se a produção de filmes meramente institucionais. e durante este período que, de forma criativa, produtores, realizadores e técnicos, iniciaram uma diferente e inovadora abordagem daquilo que seria o filme institucional e transformam-no num produto artístico que ultrapassa fronteiras. E assim, que a escola do docudrama e da ficção moçambicana se torna conhecida e reconhecida alem fronteiras, convidada para fóruns internacionais e merecedora de prémios nos festivais mais importantes do mundo. Neste exercício, foi possível estabelecer um sistema de produção de boa qualidade, baseado em baixos e médios orçamentos e em correctas montagens financeiras e com equipas reduzidas mas altamente funcionais, permitindo assim uma produção continua de cinema moçambicano. Entretanto, e face a diversas dificuldades enfrentadas pelos profissionais de cinema moçambicano, estes decidiram reunir-se em associações, tendo sido criada a AMOCINE (Associação Moçambicana de Cineastas)