Dá-se o nome de Jornalismo Investigativo, à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção que podem eventualmente virar notícia.
O jargão jornalístico para notícias publicadas em primeira mão é “furo” (quando uma equipe de repórteres e editores consegue apurar uma notícia, um fato ou um dado qualquer e publica esta informação sem que os veículos concorrentes tenham acesso a ela), que é muitas vezes fruto do trabalho do jornalismo investigativo.
O Jornalismo Investigativo distingue-se por divulgar informações sobre más condutas que afetam o interesse público, reconstruir acontecimentos importantes, expor injustiças, desmascarar fraudes, divulgar o que os poderes públicos querem ocultar e mostrar como funcionam esses órgãos públicos. Essas denúncias resultam do trabalho dos repórteres que buscam apurar informações de documentos ou atos falhos, e não de informações vazadas para as redações. Não se pode esquecer que o jornalismo investigativo normalmente é realizado por um repórter que trabalha sozinho, entretanto em muitos casos, é necessário a formação de uma equipe investigativa totalmente engajada. Os profissionais deixam as suas rotinas diárias para trabalhar em apenas uma matéria. É como se fosse uma “profissão perigo” temporária, claro. Quando se investiga sozinho é necessário que o próprio profissional seja o jornalista, o repórter e o editor, para evitar vazamentos ou cortes de trechos importantes de sua matéria.
Outro fator muito importante para o jornalismo investigativo são as fontes. Não necessariamente precisa ser uma pessoa, mas também podem ser as informações públicas, privadas etc. Essas fontes podem também ser oficiais, regulares, ocasionais ou acidentais, documentações originais e secundárias, arquivos oficiais e privados. O repórter jamais pode desprezar qualquer tipo de fonte, principalmente no jornalismo investigativo. E não somente desprezar como também conservar e preservar essas fontes.
O Jornalista investigativo deve estar atendo à qualquer informação que tiver acesso e ter em mente que, “SEMPRE HAVERÁ ALGO ESCONDIDO” nas entrelinhas de nomes, números, relatórios ou debates que poderá responder o “COMO” e “POR QUE” e dar o “furo”
As novas tecnologias tem um papel essencial para este tipo de trabalho. A internet, por exemplo, é um meio prático para ter acesso às contas das instituições públicas, É através desse veículo que se tem acesso a grande quantidade de informações on-line que são o gatilho inicial para as pautas investigativas, nestes casos, a reportagem com o auxílio do computador é tão fundamental quanto as apurações “IN LOCO”.
Tenha sempre em mente que além do que já foi mencionado, existe um outro fator de extrema importância no jornalismo investigativo, este fator é o “SIGILO”, tanto da pauta que está sendo investigada quanto das fontes que lhe fornecem informações. E nunca se esqueça, no Jornalismo investigativo, o que está em jogo são os benefícios da informação investigada para a sociedade, a reputação e a credibilidade do jornalista, portanto, apure, apure e apure...