Mídia Kaingang

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06/05/2024

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23/04/2024

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16/09/2023

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04/05/2023

O primeiro brasileiro a receber o hábito de Cavaleiro da Ordem de Santiago foi o capitão Manuel Gonçalves Dória em 1647. Nascido em Salvador, recebeu a título de Cavaleiro pelo Rei Filipe IV da Espanha (Filipe III de Portugal) por sua participação na expulsão dos Holandeses da Bahia em 1625, durante o início das invasões holandesas do Brasil.

No Cerco Holandês a Capital da Bahia entre 1624 a 1625, o Capitão Gonçalves Dias foi mencionado pelos principais cronistas da época como o líder das guerrilhas e emboscadas aos invasores: "Os Holandeses foram acometidos pelo capitão Manoel Gonçalves Doria, com sessenta e seis soldados, fazendo-lhes consideravel estrago, o que deu motivo a ordenar o governador Holandes que ninguém geralmente saísse do recinto da cidade" menciona Frei Vicente de Salvador.

O Historiador Alexandre José Mello Moraes menciona que o Capitão Baiano matou em combate 8 soldados holandeses e capturou 2.

Manuel Gonçalves Dória era filho do português Domingo Pires e da Baiana Maria Fragosa. Todo o passado familiar do Herói Baiano foi investigado pelo conselho ultramarino em Lisboa, pois Cavaleiros da Ordem de Santiago não poderiam ter sangue judeu ou mouro, as chamadas leis de "pureza de sangue" e foi impedido de ganhar o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago por quatro movitos: "era mulato, não era de família nobre, sua avó materna havia sido acusada de praticar bruxaria e judaísmo na ilha da Madeira.

Manuel Gonçalves Dória viajou pessoalmente a Lisboa em 1628 onde ganhou pensão anual de 20 mil Reis e o posto de comandante do Terço de Homens Pardos, mas não conseguiu a comenda de Cavaleiro.

De volta ao Brasil Manuel lutou mais 8 anos contra os Holandeses em Pernambuco e Bahia no Terço de Dom Vasco Mascarenhas e ao lado de seu irmão Francisco Fernandes. Em carta datada de 1638, Pedro Cadena de Vilhasanti elogiou ba bravura do Capitão Manuel Gonçalves Dória que estava na Vanguarda de um combate de duas horas contra as tropas do Conde de Nassau.

O Capitão Baiano também lutou na Armada de Salvador Corrêa de Sá em 1644 na Reconquista de Angola dos Holandeses e foi promovido a Sargento Mor e conselheiro do Governador Geral e em 1647 tomou parte da expedição contra os Holandeses na Ilha de Itamaracá

Finalmente em 1647 o Rei Dom João IV de Portugal dispensou os impedimentos de Manuel Gonçalves Dória, que foi nomeado oficialmente Cavaleiro da Ordem de Santiago, fazendo parte de um grupo seleto de 5;afro- brasileiros que tiveram tal honraria da Coroa Portuguesa. (Henrique Dias, Antônio Gonçalves Caldeira, Amaro Cardigo e Dominges Carneiro)

O Herói Baiano Manuel Gonçalves Dória faleceu em 1679 em Faial, Ilha da Madeira, deixando pensão de 100mil Reis a sua esposa e Filho.

Fonte: Nobrezas do Novo Mundo: Brasil e ultramar hispânico, séculos XVII e XVIII

30/04/2023
25/04/2023

-POVOS DOS PAMPAS.
ÍNDIOS MINUANO -

"Os Minuano chegaram a ser um grande povo de índios cavalheiros, tão respeitado e temido como os Charrua.
Em princípios do século XVIII, ocupavam grandes áreas do sul, desde a Província Uruguaia nos confins da lagoas Mangueira e Mirim, no extremo meridional do Rio Grande do Sul.
Esses famosos ginetes acabaram habitando as regiões compreendidas entre os atuais municípios de Uruguaiana, Quarai, Santana de Livramento, Alegrete, Rosário do Sul e São Gabriel.
Nesse último, eles tinham suas toldarias, junto ao cerro do Batovi e às margens do Rio Cacequi.
Sua influencia na formação do gaúcho é incontestável.
Deles, muitos hábitos e costumes são conservados na tradição campeira gaúcha.
Foram esses índios que mais se identificaram com os hespanicos/lusitanos desde os primeiros contatos.
Vítimas das pestes e das guerras de fronteira, ficaram reduzidos a toldarias encontradas na Serra do Caverá, nos campos do Jarau, em torno do Batovi e onde está hoje o distrito de Azevedo Sodré, município de São Gabriel.
Em 13 de março de 1787, uma terça-feira, o coronel José Saldanha encontrou-os nas cabeceiras do Cacequi.
Descreveu-os:
“No acampamento de 13 de março, fomos visitados pela primeira vez pelos índios minuanos.
Eles têm as ventas do nariz e as maças do rosto intumescidas, como os demais.
São corpulentos e bem feitos; as mulheres são quase todas de meia estatura; as demais feições são iguais às do americano.
Seus cabelos são longos e eriçados. Cobrem-se pelas costas até os calcanhares, com os caiapis (capa) feito de couro descarnado e sovado.
Usam-no com o carnal para fora, atados com um tento por cima do ombro, e rematado no pescoço.
Vestem-se com uma tanga ou chiripá de pano de algodão e não dispensavam as boleadeiras que traziam presas à cintura.
Alguns deles trazem os cabelos e a cabeça atados com um pequeno e sujo lenço (vincha)”.
As moradas dos índios eram chamadas de toldos e, quando em grupamento, de toldaria. A mulher era muito dedicada ao marido.
Ela juntava lenha, fazia fogo, preparava o mate e o churrasco e encilhava o cavalo, quando tinha arreios, geralmente só usados por caciques.
Félix de Azara, descrevendo esses índios, disse:
“A mulher minuana, como a charrua, cata piolhos e pulgas com afeição e gosto, prendendo-os na ponta da língua, para depois mastigá-los e comê-los com prazer”.
José Saldanha afirma que foram eles que inventaram as boleadeiras e o laço, “instrumentos comuns e necessários aos campeiros que estes campos vadeiam (...). Com esses, apanham no campo várias éguas, potros bravios e também cavalos mansos”.
O peão e o homem do campo dos nossos dias têm muito em comum com certos usos e costumes próprios dos Minuano, o que pode nos levar a crer que esse tipo de ginete é verdadeiramente o protótipo do gaúcho rio-grandense.
O uso da faca à cintura é bem característica dos Minuano:
“A faca flamenga – escreveu Saldanha – com bainha de couro cru, sempre trazem entalada entre a tarja de algodão e a cintura pela parte das costas”.
Cita também o poncho bichará, tecido de lã e listrado de várias cores.
Outros hábitos bem acentuados que eles descendem estão bem vivos nos nossos costumes: acocorar-se à beira de casa, ch**ar em tragos longos e espaçados o chimarão, guardar o toco do cigarro atrás da orelha, cuspir com o cigarro no canto da boca, assar carne no espeto de pau, conduzir as boleadeiras atadas na cintura, o laço nos tentos dos arreios, o pala bichará no pescoço, gritar batendo com a mão na boca, usar a vincha na cabeça e beber cachaça no bico da garrafa, que se fizeram tão costumeiros.
Os Minuano se assemelhavam muito aos Charrua em certos aspectos.
Azara, que viveu entre eles, diz:
“Se diferenciavam principalmente no idioma em todo diferente.
São mais baixos, mais descarnados, tristes e sombrios e menos espirituais”.
Os índios Minuan, vulgo Minuano, eram cavaleiros, sabiam amansar bem os cavalos e, na paz como na guerra, sabiam utilizar-se deles perfeitamente: era indiferente andarem, ora montados, ora deitados nos dorsos dos cavalos e muitas vezes passavam a ocultar-se debaixo do animal.
Facilmente surpreendiam o inimigo, que não os distinguia de simples manadas de animais cavalares pastando.
Os Minuano, sendo nômade, usavam casas ambulantes cuja coberta era de esteira de caraguatá ou de taboa e cada tribo ou toldo não passavam de 50 famílias, mais ou menos, juntando-se as tribos da mesma nação, em tempo de guerra, de modo a constituírem forças numerosas, que combatiam com flecha, lança, bolas e funda.
Segundo a tradição, até os anos de 1830 a 1835, ainda existiam algum desses grupos nômades de Minuanos, vagando pelas campinas sul-rio-grandenses alimentando-se de carne de gado vacum, de cavalo, de v***o e de outras caças, e de avestruz, de que também comiam os ovos.
E nessas épocas, nas margens dos rios Cacequi e Ibicuí, viviam alguns toldos dos ditos índios Minuano.
Embora falassem língua diferente do guarani, nem por isso deixavam de sabê-lo, como os Tapes que, segundo a expressão do padre Teschauer, se “guaranizaram”.
Tinham eles necessidade de saber o guarani, para entenderem-se com os padres jesuítas das Missões e com os guaranis destas, pois negociavam com eles p***s de avestruz, peles e todos os produtos indígenas estimados na Europa, os quais eram exportados pelos ditos padres.
Como o tupi no norte, o guarani no sul era a língua geral.
Os Minuano preferiam andar pelas campinas, a viver nos matos.
Faziam as suas correrias na guerra e na caça, nos lugares mais descampados, e gostavam de parar nas alturas, nos cumes dos serros e das coxilhas, para dominarem esse mimoso tapete verde que forma os campos sul-rio-grandenses e os platinos, que são a continuação dos primeiros.
No cimo das coxilhas e dos serros, os Minuano, montando nos seus cabayús, habilmente amansados, sentiam-se alegres, afrontando intempéries e parecendo desafiarem as iras do vento pampeiro e o rigor do frio causado pelo do nome dos últimos , isto é – o minuano.
Observando as pessoas presentes àquele fato, digno de admiração do quanto é capaz o exercício que leva os selvagens no arremesso da dita arma, o general que lhe dirigirá a palavra, desde o princípio da cena, entusiasmou-se muitíssimo por esse fato e libertando-o, faz-lhe presentes de fumo e aguardente, gêneros estes pelos Charruas muito estimados.
Os Minuano, e em quase todas as nações indígenas, os homens não cortavam os cabelos, conservavam-nos compridos como os das mulheres e trançados.
Usavam na cabeça um grande ñhanduá paraguá ou cocar de plumas de ñnandú (avestruz) e na cintura uma espécie de cinta das ditas plumas habilmente tramada na parte superior, caindo para a parte de baixo, até os joelhos.
Com plumas menores, faziam umas espécies de perneiras, nas quais ficavam para a parte de cima as extremidades das mesmas plumas.
Esse trajes eram, nas festas, ornados com p***s de diversas cores.
E além deles usavam também os caipis de couro de quadrúpedes bem sovados, ou amaciados e habilmente pintados, com que cobriam a parte superior do corpo."
Pampa sem Fronteira

25/04/2023

L'association AmazoNE invitait, cet après-midi, le public à partager une promenade dans la forêt de Peseux avec deux représentants Puyanawa. Il s'agit d'une population vivant dans la forêt amazonienne. Cette sortie permet de partager les connaissances sur la nature.

24/02/2023


Com o filósofo Paulo Ghiraldelli

24/02/2023

Endereço

Porto Alegre, RS
90050002

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