Monte Mor em Foco

Monte Mor em Foco Aspectos sociais, políticos, econômicos e históricos de Monte Mor, SP

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Memórias de Monte Mor 2024-04-19Rodrigo Maia Rodrigo Maia Santos nasceu em Uberaba, Minas Gerais, mas adotou Monte Mor c...
19/04/2024

Memórias de Monte Mor 2024-04-19
Rodrigo Maia
Rodrigo Maia Santos nasceu em Uberaba, Minas Gerais, mas adotou Monte Mor como sua terra onde vive desde o início da década de 1990. Casado, pais de dois filhos, é advogado, sociólogo, professor e mestre em sustentabilidade. Foi prefeito de Monte Mor por dois mandatos consecutivos (2005-2008) e (2009-2012).
Quando deixou Uberaba, ainda muito jovem, veio para Campinas e, nessa época, carregava muitos sonhos e entre eles os desejos de estudar medicina e de se transformar em um atleta maratonista. Todos os dias corria dez mil metros, sendo cinco mil no período da manhã e outros cinco mil no período da tarde. Mas havia a necessidade de trabalhar para se manter. Foi quando conseguiu um emprego de office boy com a deputada Célia Leão que lhe proporcionou a possibilidade de frequentar uma escola durante à noite. Entretanto foi obrigado a transferir-se para São Paulo onde trabalhou com a deputada Célia até 1990. Em 1992 adquiriu um terreno no Bairro Chácaras Miracatu e foi quando passou a viver em Monte Mor. Logo depois foi aprovado num vestibular de direito e a partir de 1994 passou a lecionar história e geografia na Escola Municipal Miguel Jalbut do Bairro Jardim Paulista.
O fato de ter trabalhado com uma parlamentar e de ter frequentado diariamente as dependências do Palácio Nove de Julho, sede da Assembleia Legislativa Paulista, despertou em Rodrigo o desejo de entrar para a vida política. Morando em Monte Mor, em 1996 candidatou-se a vereador e por muito pouco não foi eleito. Nas eleições seguintes, novamente candidato, foi eleito vereador para o mandato de 2000 a 2004. Teve uma destacada atuação como vereador e para as eleições de outubro de 2004 lançou-se como candidato a prefeito, sendo eleito com expressiva votação. Foi reeleito para o mandato 2009/2012 e assim permaneceu à frente do executivo montemorense por oito anos.
Segundo suas próprias palavras, o que marcou o seu governo, entre outras coisas, foi a enorme atenção dispensada aos bairros da cidade. Asfalto foram feitos em 18 bairros num total de 300 quilômetros e sem despesas para os proprietários, Além do asfalto, outras obras de infraestrutura foram realizadas em diversos bairros.
Quando assumiu o governo, o município contava com quatro unidades de saúde e ao final esse número chegou a nove. Além disso implantou o projeto da Saúde da Família em todo o município.
A Educação também recebeu uma especial atenção de seu governo. Foi criado o Estatuto do Magistério, todos os professores receberam computadores, as escolas foram equipadas com lousas digitais, criou o projeto “Contador de Histórias”, aulas de Inglês para as primeiras séries do ensino fundamental I e elevou o salário dos professores que se tornou o terceiro melhor da Região Metropolitana, perdendo apenas para Paulínia e Campinas. Trouxe a Escola Etec para o município, construiu mais quatro escolas fundamentais e duas creches, no Jardim Bela Vista e Bairro São Clemente.
Construiu a ponte do Rio Acima, sobre o rio Capivari e pensando em minimizar as consequências das enchentes do mesmo rio, apresentou, em 2011, o “Plano de Macrodrenagem” visando o rio e afluentes, cuja lei ficou engavetada no legislativo e esquecida pelos governos seguintes.
Quanto à segurança, criou o Estatuto da Guarda Municipal, instalou câmeras de monitoramento e equipou a instituição com novos armamentos, dando assim, maior poder e eficiência aos componentes da corporação.
Agora quer voltar ao poder e se apresenta como pré-candidato, novamente ao cargo de prefeito, às próximas eleições a serem realizadas em outubro do corrente ano.

0960 – Festa do Chope Registro do ano de 1965 mostrando jovens montemorenses que participavam da Primeira Festa do Chope...
19/04/2024

0960 – Festa do Chope
Registro do ano de 1965 mostrando jovens montemorenses que participavam da Primeira Festa do Chope realizada em Monte Mor. O local onde se realizou o evento pertencia a Antônio Gonçalves Neto, conhecido como Toninho Dacota. Hoje, no mesmo prédio está instalada a empresa Dakota Pneus, pertencente a um dos netos de Antônio. Da esquerda para a direita, a primeira figura é de um jovem não identif**ado e em seguida aparecem: Chiquinho Caboclinho, Zé Curitba (em pé), Mário Duarte, Ditinho do Listro e José Rabelo, conhecido como Zé Barbeiro.

0959 – Leopoldo PaviottiFoto da década de 1930 mostrando o imigrante austríaco Leopoldo Paviotti montado em seu animal d...
19/04/2024

0959 – Leopoldo Paviotti
Foto da década de 1930 mostrando o imigrante austríaco Leopoldo Paviotti montado em seu animal de estimação. Leopoldo nasceu na Áustria em 22 de maio de 1903 e chegou ao Brasil, com seus pais, quando contava nove anos. Em 1924 casou-se com Justina Paganato com teve oito filhos e passou praticamente toda a vida em Monte Mor. Inicialmente trabalhou na lavoura, foi proprietário de um sítio e em 1936 adquiriu um armazém de secos e molhados. Além disso comercializava produtos agrícolas como batata, algodão e feijão. Também desenvolvia, de forma voluntária, um importante trabalho social, socorrendo e transportando doentes para atendimento médico. Conseguiu uma escola rural em seu bairro e posteriormente cedeu um terreno para a instalação de uma nova escola estadual que hoje recebe seu nome. A região onde viveu, hoje se transformou em um bairro que recebe o seu sobrenome – “Jardim Paviotti”.

0958 – Euclides Michelini Euclides Michelini nasceu em Monte mor a 23 de junho de 1935 e era filho de José Michelini (19...
19/04/2024

0958 – Euclides Michelini
Euclides Michelini nasceu em Monte mor a 23 de junho de 1935 e era filho de José Michelini (1907-1997) e de Maria Amide Michetti Michelini (1916-1977). Passou boa parte de sua vida em Monte Mor, vivendo no sítio da família e, posteriormente, mudou-se para Capivari. Em 01 de julho de 1961 casou-se com Florinda Borges Michelini. Faleceu em 29 de maio de 2021, aos 85 anos em Capivari, SP.

0957 – Maria Cândida Pires Penteado Maria Cândida nasceu em Monte Mor a 16 de janeiro de 1929 e era filha de Juvenal de ...
19/04/2024

0957 – Maria Cândida Pires Penteado
Maria Cândida nasceu em Monte Mor a 16 de janeiro de 1929 e era filha de Juvenal de Almeida Penteado (1884-1940) e de Benedicta Pires de Camargo (1894-1976). Passou sua infância e juventude em sua terra natal, em companhia dos pais. Em 15 de janeiro de 1955 casou-se com Milton Spreafico Pedroso (1929-1971), natural de Campinas. Depois de casada passou a residir na cidade de seu esposo onde viveu até seu falecimento em 10 de junho de 2021, aos 92 anos. Foi sepultada no Cemitério da Saudade em Campinas, SP.

Centro Histórico de Monte Mor
13/04/2024

Centro Histórico de Monte Mor

Governos de Nabih Assis Nabih Assis nasceu em Monte Mor a 10 de setembro de 1941, filho do casal de imigrantes libaneses...
13/04/2024

Governos de Nabih Assis
Nabih Assis nasceu em Monte Mor a 10 de setembro de 1941, filho do casal de imigrantes libaneses, Chequer Assis (1900-1972) e Said Jacob Assis (1902-1966). Seus pais, como a maioria dos imigrantes libaneses, chegaram com as malas cheias de sonhos e, através muito esforço e duro trabalho conseguiram uma vida próspera e tranquila para oferecer aos filhos um lar tranquilo, digno e feliz. Nabih teve uma bela infância, rodeado de amigos com quem dividia as brincadeiras nas ruas e na praça central da cidade. Os primeiros estudos foram realizados no Grupo Escolar Coronel Domingos Ferreira enquanto que o curso ginasial e o científico foram concluídos na Escola Estadual Padre Fabiano José Moreira de Camargo de Capivari. Em seguida optou pela carreira da advocacia estudando na Faculdade de Direito na Universidade Católica de Campinas. Morando em Monte Mor, em 11 de dezembro de 1971 Nabih se casou com Allete Giatti, filha de José Giatti (1910-1969) e de Maria Aparecida Giatti (1914-1987) e desse casamento nasceram quatro filhos.
Mesmo advogando com muita dedicação e sucesso, Nabih resolveu participar da vida política e conseguiu apoio para se candidatar a prefeito nas eleições que seriam realizadas em 1976 para a gestão 1977-1982. Filiado ao antigo PMDB foi eleito com a soma de 1425 votos tendo como vice, Benedito Vicentin, também do PMDB. Durante esse seu primeiro mandato várias obras foram realizadas com o objetivo de trazer melhorias à população montemoranse. Entre essas realizações destacamos as ações na área da educação como ampliação da Escola Rural do Bairro Garcia, Escola Rural dos Gomes, Fazenda Vista Alegre, Bairro dos Gonçalves e Bairro Paviotti. Fornecimento de material escolar e merenda tanto para os alunos das escolas urbanas como rurais, transporte aos estudantes das escolas municipais e ajuda de custo aos estudantes que se deslocavam para outras cidades. Destaca-se ainda a construção e inauguração da Escola do Bairro Jardim Santo Antônio, denominada Professor Lázaro Gonçalves Teixeira, a reforma e iluminação do Estádio Municipal José de Freitas Guimarães, construção da ponte sobre o rio Capivari no Bairro dos Templanos, reforma da iluminação das Praças do Centenário e Coronel Domingos Ferreira além da construção da Praça do Jardim Santo Antônio com fonte luminosa. Construção e inauguração de creches e ambulatórios médicos nos bairros Jardim Paulista e Jardim Paviotti, enquanto que no bairro denominado Parque Imperial foi construído um mini zoológico ao lado de um belo parque infantil. Ali, também, foram construídas as primeiras piscinas públicas destinadas ao uso adulto e infantil. Muitas ruas foram pavimentadas e muitas pontes foram construídas e ou reformadas enquanto era inaugurada uma nova Capela no Cemitério Municipal da cidade. Além disso a prefeitura, durante essa gestão, adquiriu vários veículos e máquinas que foram anexadas ao patrimônio do município.
Muitas outras obras foram concluídas e inauguradas durante esse primeiro governo de Nabih Assis que, posteriormente, exerceu o cargo de prefeito por mais dois mandatos, nos períodos de 1993-1996 e de 2001-2004. Nessas duas gestões contamos com importantes realizações, tais como inauguração do novo Paço Municipal à rua Francisco Glicério, criação do Espaço Cultural João Bueno de Oliveira, ampliação da Biblioteca Municipal José Maluf, reforma da Praça Coronel Domingos Ferreira com a anexação da Praça do Centenário, construção e inauguração da Praça Carlos Pedrina Sobrinho na Vila Magal, construção e inauguração da Praça Tese Marini, reforma e urbanização da Praça da Bandeira, inauguração da creche Orlanda Tiziani Malaquias e tantas outras.
Em 2004 Nabih concorreu mais uma vez ao cargo de prefeito, mas não foi eleito. Em 2012 seu filho Thiago Giatti Assis, seguindo os passos do pai, foi eleito prefeito para a gestão 2013-2016 e reeleito para o mandato de 2017-2020.

Governo Benedito Santos (1948-1951) As eleições municipais de 1947 ocorreram em diferentes datas em cada estado da feder...
13/04/2024

Governo Benedito Santos (1948-1951)
As eleições municipais de 1947 ocorreram em diferentes datas em cada estado da federação no período de 28 de setembro de 1947 a 21 de março de 1948. Em Monte Mor as eleições aconteceram em 11 de novembro de 1947 e concorreram ao cargo de prefeito os candidatos Benedito Santos, e Messias Gonçalves. O candidato eleito para a gestão que se estendeu de 01 de janeiro de 1948 31 de dezembro de 1951 foi Benedito Santos. Esse foi seu primeiro mandato já que será novamente prefeito, exercendo seu segundo mandato, de 01 de janeiro de 1964 a 30 de janeiro de 1969.
Os vereadores eleitos nesse pleito eleitoral foram: Alberto João Steffen, Bonafede Giorgetti, Carlos Luiz Steffen, Elias Massud, Francisco Ferraz, Guilherme Carlos Stroeh, João Benedito Aguirre, Laurindo Caetano de Andrade, Lázaro Lirani, Onofre Baldiotti, Orozimbo de Carvalho, Teólifilo Sebastião Scaranello Pires e Vespasiano Ferreira Lobo. O vereador Orozimbo de Carvalho faleceu durante o mandato e foi substituído pelo suplente Pedro Tizziani. O presidente da câmara foi Francisco Ferraz durante os quatro anos desse governo.
Durante esse primeiro governo de Benedito Santos podemos destacar as seguintes realizações:
- Instalação no pavimento superior do prédio número 53 da Praça Coronel Domingos Ferreira, do posto de assistência médica sob a responsabilidade do médico Doutor Gilberto Martorano;
- Inauguração do novo serviço de tratamento de água, agora retirada do rio Capivari, para a distribuição aos lares montemorenses, uma vez que o antigo sistema já não atendia à demanda;
- Construção da ponte para pedestres, sobre o rio Capivari, junto ao prédio de tratamento de água, conhecida como “Bombinha” que na época se transformou em local de lazer, principalmente aos jovens;
- Construção e inauguração do castelo, ao lado da antiga caixa d’água, para a distribuição da água encanada à população da cidade
- Junto à Companhia Paulista de Estrada de Ferro, esse governo conseguiu um caminhão para transporte de encomendas e despachos entre Monte Mor e Campinas, serviço que existiu por cerca de sete anos;
- Em 1950 foi criado o Serviço Dentário Escolar aos estudantes do ensino primário do Grupo Escolar Coronel Domingos Ferreira, serviço que só funcionou, efetivamente, seis anos depois;
- À rua Padre Civetta, no terreno onde se localizava a residência do fazendeiro Joaquim Pinto de Oliveira, proprietário da Fazenda do Morro, foi construído um novo prédio para receber a agência dos correios.
Durante esses anos de meados do século passado destacamos acontecimentos, que embora não sejam de responsabilidade do governo municipal, devem ser lembrados porque marcaram a vida do cotidiana da cidade:
- Em 1950 foram realizadas obras de reforma e ampliação da capela de São Benedito, inclusive a construção da torre que até então não existia. Esses trabalhos foram realizados sob a direção do construtor Mário Milan, e o pároco era o padre Cyríaco Scaranello Pires. Essa capela havia sido inaugurada em 1900 pelo então pároco Antônio Civetta, responsável pela Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio;
- Em 1949 faleceu o muito conhecido e querido maestro da Corporação Musical de Monte Mor, Joaquim Bicudo de Almeida. Assumiu, então, a direção dessa banda, o maestro Renato Cavalaro que dirigiu os trabalhos dessa corporação até 1988, quando foi extinta.
- Segundo o IBGE em 1940 a população de Monte Mor, juntamente com o distrito de Elias Fausto, era de 10489 habitantes. Com a separação de Elias Fausto acontecido em 1944, a população, em 1950, passou para 5614 habitantes.
Nota: A foto ilustrativa mostra a figura do prefeito Benedito Santos ao lado da esposa Emília.

O INÍCIO Este chão onde hoje se assenta Monte Mor, no início do século XIX, era apenas o lugar da pousada de tropeiros. ...
13/04/2024

O INÍCIO
Este chão onde hoje se assenta Monte Mor, no início do século XIX, era apenas o lugar da pousada de tropeiros. Lugar para descansar homens e animais que por aqui passavam, vindo ou voltando às terras piracicabanas, de onde traziam mercadorias, em especial o açúcar e para onde, de volta, levavam produtos industrializados. Com certeza esses homens mesmo embrutecidos pelas agruras do duro e violento trabalho, traziam no coração, como cruzados modernos, a fé cristã para amenizar a dura lida e a certeza da proteção divina diante de tantas adversidades. Talvez daí a necessidade, nos momentos de descanso, de um lugarzinho para agradecer a Deus e à Virgem, pelas graças recebidas, através da reflexão e da oração. Surge assim a primeira capela, marco inicial da cidade. Num terreno doado pelos ricos proprietários e agricultores Manoel Bicudo de Aguirra, José Ferreira Alves e o Capitão João de Aguirra Camargo foi construída essa ermida cuja falta de referências não nos permite saber suas dimensões e nem os materiais usados na construção. Com certeza deveria ser uma sala modesta, mas repleta de amor e devoção a Nossa Senhora do Patrocínio. Esse título, a Virgem recebeu de seus devotos espanhóis durante a Guerra da Reconquista, quando os Cristãos aquartelados nas montanhas da região das Astúrias, futuro reino de Leão, desenvolveram, a partir do século XI a luta para expulsar os muçulmanos (mouros) que desde o século VIII dominavam a península Ibérica. Segundo a tradição, as vitórias dos cristãos sobre os sarracenos e hereges sempre contou com o “Patrocínio da Virgem”. Foi, pois, na Espanha onde começou a festa de Nossa Senhora do Patrocínio, concedida pelo Papa Alexandre VII, na bula Praeclara Christianissimi, em 28 de julho de 1656, a pedido do rei Felipe IV.
A capela foi então denominada “Capela Curada de Nossa Senhora do Patrocínio de Capivari de Cima”, estendendo a referência, ao próprio vilarejo que se iniciava. Como era muito comum nomear núcleos habitacionais usando nomes de rios que os banhavam e para diferenciar do Capivari de Baixo, já existente, optou-se por Capivari de Cima, já que o novo núcleo nascia rio acima.
Essa denominação manteve-se até 1832. Nesse ano, quando já encerrara o Primeiro Reinado, haja vista que o imperador D. Pedro I havia abdicado ao trono em 7 de abril de 1831, em nome de seu filho Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II, que pela idade não podia assumir o comando da nação, o país estava constitucionalmente governado por uma Regência Trina Permanente composta pelos parlamentares João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e Francisco Lima e Silva e um decreto desses regentes elevava a povoação à categoria de freguesia, mantendo-se a denominação Nossa Senhora do Patrocínio, mas alterando a referência, Capivari de Cima para Água Choca – Freguesia de Nossa Senhora do Patrocínio da Água Choca. Mais uma vez manteve-se o costume de ligar o povoado ao nome de um curso d’água, agora córrego da Água Choca.
Em 24 de março de 1871 o decreto da Assembleia Legislativa Provincial, lei número 29, elevou a então freguesia à categoria de Vila com a denominação de Monte Mor. Nesse momento era presidente da Província de São Paulo o senhor Antônio da Costa Pinto e Silva.

Primeira eleição à Cãmara Muncipal da nova Vila de Monte Mor.
Em setembro de 1872 foram realizadas as eleições para a constituição da primeira câmara municipal de Monte Mor. A apuração, que aconteceu a 8 de setembro daquele ano apresentou o seguinte resultado:
Antônio Theodoro Leite de Oliveira – 113 votos
Francisco Pacheco de Toledo – 103 votos
João de Campos Souza – 101 votos
Luciano José do Nascimento – 100 votos
Joaquim Caetano Gomes Carneiro – 85 votos
Manoel Joaquim de Almeida – 72 votos
Antônio Galvão de Barros Leite – 59 votos
João Galvão de Barros França – 45 votos
Francisco Leopoldo Borges – 32 votos
Manoel Joaquim de Toledo – 27 votos
Tristão Manoel Rodrigues – 26 votos
Joaquim Pinto de Oliveira – 17 votos
Joaquim da Rocha Penteado – 16 votos
João José Rodrigues – 2 votos
Antônio Manoel Rodrigues – 2 votos
João de Souza Campos – 2 votos
Domingos Ferreira Alves – 2 votos
Joaquim Galvão de Barros Leite – 1 voto
José Ferreira Alves – 1 voto
Antônio leite de Oliveira – 1 voto
Joaquim Caetano Gomes de Andrade – 1 voto
Hermenegildo de Moraes Silva – 1 voto
Luciano Teixeira Nogueira Junior – 1 voto
Constâncio Arlindo da Silva – 1 voto
João Vaz do Amaral – 1 voto



Acta da instalação da nova Villa de Monte Mor e posse da respectiva Câmara Minicipal.

“Aos onze dias do mez de janeiro do anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e setenta e três, quinquagésimo segundo da Independência do Império, nesta nova Villa de Monte Mor, outr’ora Freguezia da Água Choca, termo de Itu, província de São Paulo, na casa destinada para a sessão da Câmara, onde se reuniram os Vereadores – Antônio Theodoro Leite de Oliveira, Francisco Pacheco de Toledo, João de Campos Souza, Luciano José do Nascimento, Joaquim Caetano Gomes Carneiro, Antônio Galvão de Barros Leite, faltando com causa Manoel Joaquim de Almeida, o primeiro como Presidente por ser o mais votado juramentado e empossado pela Câmara Municipal da Cidade de Itu, no dia sete do corrente para o fim de deferir o juramento e dar posse aos supras mencionados e fazer-se effetectiva a instalação da referida Villa, nos termos da Lei de sua creação que é do theor seguinte:
Lei n. 29 de 24 de Março de 1871.
Antônio da Costa Pinto Silva, Presidente da Província de S. Paulo.
“Faço saber a todos os senhores habitantes que a assembleia legislativa provincial decretou e eu sancionei a seguinte lei:
Art. I – F**a elevada a cathegoria de villa de Monte Mor a freguesia de Água Choca.
§ Único – As divisas entre o município de Capivary e o de Monte Mor serão as seguintes: Partirão do ribeirão “Carneiro” e descerão por ele até sua confluência no rio “Capivary”, seguirão o curso deste até em frente do môrro “Escrutador” e subindo pelo môrro em linha recta irão ter ao caminho do sítio de João Vaz; proceguirão por este caminho até o sítio de Manuel Vaz e dahi sahirão na estrada que de Monte Mor vae à “Constituição” e continuando pela estrada terminarão na fazenda do Capitão Salvador Nardy, f**ando porem esta fazenda a pertencer ao município de Capivary.
Art. II – Os habitantes da nova Villa de que trata a presente lei, f**a obrigada f**am obrigados a construção de cadeia e paço da câmara, sem o que não se verif**ará a instalação da Villa.
Art. III – Revogam-se as disposições contrárias.
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução desta lei pertencer que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nella se contém.
O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Dada no Palácio do Governo de São Paulo aos vinte quatro – 24 – dias do mez de março do anno de mil oitocentos e setenta e um – 1871.
Antônio de Costa Pinto Silva”.

Política 05
INTENDENTES MUNICIPAIS
(1890 – 1907)
Domingos Ferreira Alves
João José da Silva
Raymundo Augusto de Aguirre
Antônio Manoel de Almeida
Ignácio Ferraz Leite
Innocêncio do Nascimento
José Francisco de Souza
Jorge Rohwedder
Antonio Costa
Joaquim Felippe da Costa Machado
João Felippe dos Santos
PREFEITOS MUNICIPAIS
1908 – 0000 – João Felippe dos Santos
1909 – 1910 – José Machado Silva
1911 – 1928 – João Paulo Ginefra
1929 – 1930 – Sílvio Minguzzi
1931 – 1932 – Joaquim Manoel Gonçalves
1933 – 0000 – Tenente Frsncisco Carlos Demetri
0000 – 0000 – Lamartine de Rezende Carvalho
1933 – 1935 – Onofre Baldiotti
1936 – 1938 – Joaquim Manoel Gonçalves
0000 – 0000 – Afonso Bertoni
1939 – 1946 – Amadeu Ginefra
1947 – 1949 – José Maluf
1949 – 1951 – Benedito Santos
1952 – 1955 – Dr. Elias Massud
1956 – 1959 – Fued Maluf
1960 – 1963 – Dr. Elias Massud
0000 – 0000 – Moacyr Vitório Forchetti
1964 – 1967 – Benedito Santos
1968 – 1971 – Fued Maluf
0000 – 0000 – Aurélio Transferetti
1973 – 1976 – José Luiz Gomes Carneiro
1977 – 1982 – Nabih Assis
1983 – 1988 – José Luiz Gomes Carneiro
1989 – 1992 – João Rinaldo
1993 – 1996 – Nabih Assis
1997 – 2000 – João Rinaldo
2001 – 2004 – Nabih Assis
2005 – 2008 – Rodrigo Maia
2009 – 2012 – Rodrigo Maia
2013 – 2016 – Thiago Giatti Assis
2017 – 2020 – Thiago Giatti Assis
- A foto ilustrativa, do início do século XX, mostra a Praça da Matriz em fase de construção

Governo João Rinaldo : 1997-2000 Nas eleições de 1996 concorreram ao cargo de prefeito os senhores João Rinaldo (PFL), A...
13/04/2024

Governo João Rinaldo : 1997-2000
Nas eleições de 1996 concorreram ao cargo de prefeito os senhores João Rinaldo (PFL), Antônio Transferetti (PSDB), José Luiz Gomes Carneiro (PMDB) e ainda a senhora Maria de Fátima (PT). Com uma votação de 6011 votos foram eleitos os senhores João Rinaldo para prefeito e Willian Maluf para vice-prefeito. Durante esse período foram presidentes da câmara o senhor Fernando Aparecido de Andrade e a senhora Isilda Maria de Sousa Rinaldo.
João Rinaldo, conhecido agricultor e comerciante do município, já havia governado a cidade na gestão 1989 a 1992, sendo, pois, esse seu segundo mandato à frente do executivo montemorense. As realizações desse governo foram importantes, especialmente quando se refere à educação e à saúde.
Logo que assumiu o cargo João se reuniu com a direção e professores da Escola Municipal Onofre Baldiotti (EMOB) e lançou um desafio, que seria transformar aquele estabelecimento de ensino em uma grande e importante escola, com vários cursos técnicos além dos já existentes e a manutenção do ensino médio com qualidade. A equipe da EMOB dirigida pela diretora, professora Sônia Berni, abraçou o desafio e com o fundamental apoio da prefeitura, em pouco tempo aquela escola se transformou em sonho para a maioria dos estudantes que deixavam o ensino fundamental. A qualidade do ensino atingiu um patamar invejável e muitos jovens de cidades vizinhas como Elias Fausto e Hortolândia também procuravam vagas nos diversos cursos oferecidos. Para se matricular na primeira série o aluno era obrigado a passar por um processo seletivo, pois as vagas nunca eram suficientes para atender tanta procura. O prefeito, um entusiasta da educação, ainda chegou a apresentar um projeto para a construção de um prédio próprio para a escola que reuniria vários outros cursos técnicos e que sem dúvida faria daquele estabelecimento um modelo para toda a região. Infelizmente não foi possível a conclusão desse projeto durante essa gestão e os prefeitos sucessores abandonaram a ideia.
Esse governo ainda foi responsável pela instalação de uma escola de computação, outra de música e ainda uma escola de futebol que iniciou as atividades em 08 de agosto de 1998 atendendo jovens de 07 a 18 anos e que chegou a receber cerca de 800 atletas. Além do futebol os jovens praticavam exercícios físicos monitorados por professores de educação física.
Em relação à saúde, o governo de João Rinaldo, entre outras coisas, foi responsável pela ampliação das dependências da Associação Hospital Sagrado Coração de Jesus de Monte Mor e ainda pela instalação da maternidade que até então não existia. Na verdade, desde a fundação, em 26 de junho de 1953, aquele local funcionava como um pronto socorro e somente em 18 de junho de 2000, depois das obras implementadas e pelos equipamentos adquiridos, além da criação da maternidade, é que acontece a efetiva inauguração do hospital.
Ainda na questão saúde, o governo de João Rinaldo criou um ambulatório de saúde mental com um psiquiatra, três psicólogos, um fonoaudiólogo, um atendente e um servente.
Além dessas realizações ainda podemos destacar a criação do Clube da Melhor Idade, denominado Waldemar Luiz Stroeh, a instalação de uma cooperativa de reciclagem em terreno de dois alqueires adquiridos pela prefeitura, criação de um serviço de transporte de pessoas carentes de Monte Mor a hospitais de outras cidades, asfaltamento de ruas dos bairros Jardim Paulista e Jardim Paviotti entre outras. O governo investiu em veículos novos e em reformas de outros que já faziam parte do patrimônio, como ônibus para transporte de alunos, caminhões e máquinas.
Ainda nessa gestão a cidade recebeu, com incentivos governamentais, algumas novas indústrias como a NHL a GVS e a IZA Indústria e Comércio.

001 - Entrevista - 2023-06-30Valdir Berni Nosso entrevistado de hoje é o escritor Valdir Berni, autor do livro “O Fim do...
13/04/2024

001 - Entrevista - 2023-06-30
Valdir Berni
Nosso entrevistado de hoje é o escritor Valdir Berni, autor do livro “O Fim do Capitalismo”, editora Uiclap, lançado em 30 de maio próximo passado em um evento realizado nas dependências do auditório José Luiz Gomes Carneiro, conhecido como Joaquinzão, em Monte Mor.
Valdir, hoje aos 74 anos, nasceu em Tupã, SP, passou sua infância e juventude em Indaiatuba SP, mudou-se para Monte Mor em 1979 e hoje podemos dizer que é um motemorense de fato e de direito. Casado com a professora Sônia Berni e pai dos filhos Adriana, Vanessa e Valdir Júnior, sempre foi muito dedicado à família, colecionador de amigos, preocupado com os problemas sociais e com os menos favorecidos. Por vários anos dedicou boa parte de seu tempo em favor da Associação Assistencial Montemorense (Asilo).
Antes de tudo queremos agradecer ao Valdir pela atenção e disposição em nos atender prontamente.
- NL: Valdir, qual é a sua formação?
- VB: Técnica e Acadêmica. Fiz um curso técnico de desenho e projeto de máquinas que se tornou o carro chefe de minha profissão. Participei, na PUCC, de um antigo curso de Desenho recém-trazido da Europa que englobava todo o currículo de desenhos básicos nas áreas de engenharia civil e mecânica, desenho comercial e agrimensura. Esse curso se encerrou com a 1ª turma e foi continuado como um curso de Desenho e Artes. Mais tarde ingressei no curso de engenharia industrial na UNIMEP, que nunca terminei por estar sempre viajando por conta do trabalho.
- NL: Além do Português, você domina outros idiomas?
- VB: Durante o curso ginasial, fiz um curso de Francês particular com minha professora, além das aulas da escola porque gostava muito da língua e acabei fluente no idioma. Estudei Inglês na escola Fisk por ser necessário para o trabalho e devido ao uso diário da língua, também fiquei fluente. Ao terminar o curso de Inglês e a faculdade, continuei com um curso de Alemão porque achava importante para o meu trabalho. Seis meses mais tarde consegui emprego em uma firma alemã (Haver) e continuei com o curso de Alemão por mais três anos e meio (Hans Staden e Berlitz). Uma das exigências para ir para a Alemanha era saber o Idioma Alemão, daí passei a viajar com frequência para a Alemanha, fazer traduções dos manuais das máquinas do Alemão para o Português e também acabei falando o idioma com fluência. Hoje domino esses 3 idiomas além do Português.
-NL: Em quais empresas você trabalhou?
-VB: Antes de trabalhar na firma alemã, trabalhei em mais seis empresas de pequeno porte, onde adquiri grandes experiências no ramo de projeto de máquinas (sempre trabalhei nessa área de engenharia).
-NL: Você exerceu funções fora do Brasil?
-VB: Como já expus anteriormente trabalhei vários meses na matriz da Haver na Alemanha, e sempre viajava para trazer projetos novos para o Brasil.
-NL: O que o levou a escrever essa obra?
-VB: Primeiro, por hábito, sempre gostei de ler e descobrir muitas coisas que me deixavam curioso e uma dessas coisas foi a curiosidade pela minha profissão, era de saber o que aconteceria no futuro com a corrida desenfreada de todas as empresas em substituir o homem pela máquina e cada vez mais automatizar a produção, numa corrida sem fim. Foi então que pesquisando os sistemas econômicos, a função da moeda e os grandes pensadores da economia mundial, descobri que todos os sistemas econômicos vão se alterando com a civilização, no decorrer do tempo por causa de um fator comum na economia humana: a vantagem econômica. Esse foi o fator que sempre modificou os sistemas econômicos no decorrer da história e a grande vantagem econômica de nosso século é a automatização, deixando o ser humano marginalizado na produção de bens e isso não poderá resultar em outra coisa senão modif**ar o sistema econômico capitalista, extinguindo-o e substituindo-o por outro sistema mais adequado à civilização futura que é o socialismo. (Porem, não tem nada a ver com o dito socialismo científico de Karl Max, bem entendido. O socialismo de Karl Marx, não é e nunca foi socialismo, não passa de capitalismo de estado).
-NL: Como a obra está dividida?
-VB: A obra está logicamente dividida naquilo que eu sempre via na sociedade antes e naquilo que vejo hoje de como a sociedade se estrutura e a visão futura de um socialismo real que é uma economia participativa tanto na produção como no consumo, uma sociedade de trabalhadores que não são mais proletários e nem patrões, mas donos de seus trabalhos participativos em sistemas cooperativados, um pouco diferente das cooperativas que existem hoje. Já existem pelo mundo alguns tipos de cooperativas nesse sentido, as chamadas (Worner Workers), são cooperativas de trabalhadores profissionais que formam uma empresa que produz e tem lucros como todas as empresas, porém não são capitalistas porque, não existe nesse sistema o fator mais valia, que acumula o capital somente de um lado da sociedade, e por isso não são capitalistas, são socialistas, a meu ver esse será o futuro da humanidade. O conceito de socialismo científico de Karl Marx é totalmente furado.
-NL: Quais os principais tópicos?
-VB: Os principais tópicos são os sistemas sociais desde o primitivismo até o capitalismo atual, é uma evolução constante dos sistemas sociais, por isso as revoluções nunca mudaram os sistemas sociais, como previa Karl Marx, mas foram apenas alguns acontecimentos históricos que nunca mudaram o curso da evolução natural humana. Descrita pelo filósofo italiano Pietro Ubaldi. (o telefinalismo ).
-NL: Na sua visão, para onde caminha a economia mundial?
-VB: Sem dúvida a economia mundial caminhará para um socialismo real, onde não haverá mais o domínio do homem sobre outro homem, a economia participativa trará uma liberdade ao ser humano, muito superior ao capitalismo atual, (fim do proletariado e do patronato) o que corresponderá a um comunismo perante as leis da Natureza onde todos são iguais perante elas, mas são todos diferentes como seres humanos porque cada indivíduo é um mundo diferente.
-NL: Suas palavras para concluir esse nosso bate-papo.
-VB: O meu livro trata-se, primeiramente, de uma visão geral sobre o assunto e não de uma filosofia, uma crítica ou uma ideologia de um modo de ser da sociedade, mas apenas de uma visão sobre o assunto. Eu vejo que iremos passar por grandes dificuldades nesse começo de século, até as coisas se adaptarem a uma nova realidade. É possível sim que tenhamos os sofrimentos de uma terceira guerra muito devastadora, mas eu vejo que após todos esses tumultos, o mundo será muito melhor do que esse em que vivemos hoje. Com o fim do capitalismo, o ser humano passará a enxergar em cada ser humano uma partícula do próprio Deus que se manifesta em Sua criação, e não mais um inimigo ou concorrente de sua economia privada. Será o triunfo definitivo do Cristianismo. O fim do capitalismo está no meta-capitalismo, onde o poder acumulado em forma monetária, não poderá mais se converter em produtos consumíveis para, novamente, gerar mais moeda, devido ao extremo acúmulo superior à capacidade de produção e de consumo da humanidade. Isso é o fim.

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