18/07/2021
EXTRA! EXTRA! 📖💣💥
Nosso amigo Giovani Verazzani,
o Poeta Verazz, chega mandando o verbo
em sua mais nova obra. GRANDE!
Salve, família! Firmeza?
É com muita satisfação que apresento a vocês meu primeiro livro de poemas, "Moleque de Pena na Mão", publicado pela Cacareco Edições, do amigo Julio Reis Simões, pessoa por quem já nutria grande respeito e admiração e que botou (e bota!) muita fé nesses rolê que eu faço e chamo de arte.
A ilustração de capa ficou por conta de outra grande amiga grafiteira que a cultura Hip Hop me trouxe e com quem realizei projetos em escolas, Fernanda Lumen, mais conhecida como Pekena, cujos traços têm uma singularidade única capaz de se fazer reconhecer por qualquer muro de Juiz de Fora. Já o prefácio ficou com a enorme amiga que o universo e a cultura Hip Hop também me trouxeram que é a Dê, Adenilde Petrina Bispo, com quem sonhei e sonho as mais lindas utopias da humanidade. A Dê é uma irmã de fato: de sonhos, lutas e ideais. Amizade de pouquíssimas palavras, sempre certeiras e repletas de afeto, solidariedade e companheirismo (te amo, Dê!).
Apesar de só essas pessoas estarem diretamente nesse trampo, tenho que reconhecer os/as/es incontáveis artistas que contribuíram para o artista que sou hoje. Sejam os que vieram antes, seja a molecada que chega agora, principalmente do Coletivo Vozes da Rua, do qual sou parte. Apesar de ser o trabalho solitário de um único "moleque", várias e vários "moleques" (do rap, da literatura, da minha vida!) também estão aqui, mesmo que seus nomes não estejam evidentes.
Quando criei o blog Poesia Independente em 2006 para 2007 foi uma parada totalmente experimental, para publicação de espasmos literários que estava tendo naquele momento. Até então, pensar num livro inteiro só com meus poemas era algo distante (e nem ideia pra um livro eu tinha).
Depois, a partir de 2008, passei a frequentar saraus e despir a alma na frente de um monte de gente f**a. Conheci muita gente f**a. O Eco - Performances Poéticas foi uma escola enorme de poesia, com gente que hoje está nos circuitos literários mais f**as. Sou muito grato a todas as amizades que conquistei ali.
O livro ainda me parecia muito distante quando soube de uma roda de rima que dava seus primeiros passos na praça da Baleia no Bairu em 2011. Consegui colar na primeira edição elétrica, no antigo Happy Lanches (pois até então as rodas e batalhas eram só à capela ou com beatbox dos talentos que às vezes colavam). Conheci uma molecada fantástica, mcs, bboys, bgirls, grafiteiros e grafiteiras se juntavam para aquilo que o Hip Hop prega: paz, amor, união e diversão. Esse era o Encontro de Mc's, lugar que acabou abraçando minha poesia como a minha poesia o abraçou. Muitas parcerias, projetos e amizades vieram desse "Encontro" e pontes e mais pontes apareciam.
Daí que eu virei esse cara que sempre tá com algum bonde. Veio o Sarau do Encontro, Sarau da Absurda, Educarte - Hip Hop e Educação, e outra série de projetos, sempre no coletivo, diluído entre os tantos e tantas moleques. Isso era 2014 e 2015. Numa repassada em tudo que eu já havia escrito e estava em processo de escrita naquele momento, reparei que tinha um negócio acontecendo ali. De imediato o título (Moleque de Pena na Mão) e umas ideias para serem criadas ainda.
Em 2016, outros amigos/irmãos escritores malditos que a vida me deu me chamaram para outro projeto, a querida Revista Oblívio - narrativas autorais, que segue firme, mesmo que num passo lento, que o capital odeia, cobra e ameaça jogar no "olvido" (esquecimento). Arrisquei umas prosa, editei e conheci outros/as artistas e amigos/es/as.
Participei de algumas coletâneas, com 1 poema ou 2, como a participação na coletânea "Universo Divergentes", da Editar Editora (reunindo centenas de artistas de JF) e, recentemente, "Pelas Periferias do Brasil vol. 8" junto à Suburbano Convicto Produções.
Continuo o maluco que gosta de colar de bonde. No coletivo desenvolvemos projetos que me realizam seja enquanto artista seja enquanto educador. A Oblívio também segue sendo um lar. Gosto de chegar de forma coletiva, até porque fui educado numa cultura que não só prega, mas pratica a conquista coletiva; o Hip Hop é sobre isso.
Não é a toa a dedicatória que faço nessa obra. Esse Caminho da criar essa obra foi extremamente solitário (como o é todo e qualquer trabalho de criação subjetiva). Mas o modo que ele foi sonhado teve ajuda dos sonhos de muita gente que dividiu seus sonhos comigo.
À minha família, meus irmãos e irmãs que chamo de amigos/amigas/amigues, manos, manas e monas, deixo meus 20 centavos para a história da literatura. Se vai ficar é um problema do futuro. Hoje nós só temos nós mesmos. Esse trampo é pra nós; pro agora.
Obrigado pra quem (me) leu até aqui.
(Breve sai divulgação da Live de lançamento e link de compra pelo site da Cacareco Edições; aguardem)