Os putos do jazz

Os putos do jazz 🎺PlataformaJAZZísticaTransDuriensE🥁
Promoção📢/Crítica✍/Programação📅 Silva - "Mt.
(5)

Certo dia uns putos transmontanos e alto durienses lembraram-se de disseminar a cultura Jazz em Portugal e assim nasceu esta página;
Jazz retangular, à beira mar plantado mas como os socalcos do Douro: livre, espontâneo e improvisado. Músicos já abordados/propagados/homenageados pelos Putos:

Bernardo Sassetti - Pianista (1970 - 2012)
João Barradas - Acordeonista (1992)
André Fernandes - Guitarris

ta (1982)
Carlos Bica - Contrabaixista (1958)

Críticas de álbuns, por ordem cronológica:

João Barradas - "Directions" (Inner Circle Music / Nischo - 2017)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1285156681552483

SongBird - "SongBird Vol.II" (2017)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1310951528972998:0

Vítor Rua & The Metaphysical Angels - "Do Androids Dream of Electric Guitars" (Clean Feed - 2017)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1350538645014286

João Mortágua - "Axes" (Carimbo Porta Jazz - 2017)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1375599459174871

Dan Costa - "Suite Três Rios" (Hypnote Records - 2017)
(Brasil)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1417888458279304

André B. Meru" (Clean Feed - 2022)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/photos/a.1281242245277260/4806168266117956/

Mário Costa - "Chromosome" (Clean Feed - 2023)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/pfbid02YLVxqCej5eJZHTtfQPt1J7vMibZqUurukH9QakHmoMciW9dKahhxrPX2aeMtBqpKl

Resenhas filosóficas/ounão/sobre concertos/festivais/eventos avulsos:

04/10/2017 - João Paulo Esteves da Silva e Ricardo Toscano (CCB, Lisboa)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/1405967782804705

22,24 e 25/11/2017 - Creative Sources Fest XI (O'culto da Ajuda, Lisboa)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/photos/a.1277514055650079.1073741826.1277204775681007/1457002227701260/?type=1&theater

07/05/2022 - Salvador Sobral (Teatro de Vila Real)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/photos/a.1281242245277260/4892414014160047/

04/02/2023 - 13ºFestival Porta-Jazz (Teatro Rivoli, Porto)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/pfbid0ZeNpgQMKCAqvMnWXhzNfAoSkMRrNoiLKa3EFq1SGXc3QBE7Zjh7A1UPBdpNPFcFgl

02/03/2023 - Pedro Melo Alves+Luís Vicente (Café Concerto Maus Hábitos, Teatro de Vila Real)
https://www.facebook.com/osputosdojazz/posts/pfbid02HcUbs6z3PWEhZmCwaEhmCv3nNdzjeZAVFEPxPRfNGePdJLvLFV7MGXwZGMZgwcv3l

05/04/2024

Esta Sexta-Feira (05/04) na berma do Corgo.

👉 Líder da banda italiana Sudoku Killer, Caterina Palazzi chega-nos com ZALESKA, um projecto intimista, obscuro e hipnótico onde mescla as linhas melódicas com momentos ruidosos e dissonantes.

Cada peça musical é inspirada num actor que tenha representado a personagem do "Drácula" na imensidão de filmes que lhe dizem respeito, numa performance que, em palco, muitas vezes vem acompanhada por video design, pintura e artes visuais.

Old Mountain - "Another State of Rhythm" (Clean Feed - 2024)“Um belo vulcão sonoro nasceu, improvisado no meio do Atlânt...
30/03/2024

Old Mountain - "Another State of Rhythm" (Clean Feed - 2024)

“Um belo vulcão sonoro nasceu, improvisado no meio do Atlântico, irradiando preciosa lava portuguesa e americana!”

Depois de uma dupla e auspiciosa estreia com “This Is Not Our Music” e “Parallels” (ambos via Nischo) em inícios de 2020, a dupla Old Mountain, formada por Pedro Branco (PB) e João Sousa (JS) sobe a fasquia com o belíssimo “Another State of Rhythm” lançado dia 16 de janeiro e que promete alojar-se nas playlists dos melómanos mais exigentes, marcando desde logo um forte statement no que diz respeitos aos registos jazzísticos a figurarem nas escolhas do ano. Se os discos anteriores da dupla sempre se pautaram pelo acrescento de convidados musicais especiais visando enriquecer a panóplia sonora desta “velha montanha” – o próprio Bandcamp do projeto salienta - “…Together they invite people to play with them…” – o mesmo se passa neste ambicioso “Another State of Rhythm”: por um lado a presença de Tony Malaby (TM), lenda viva do “jazz global”, amplifica de várias formas o presente registo e catapulta o próprio projeto para um panorama mais transatlântico; por outro ao fazerem-se valer de dois consagrados do contrabaixo nacional, Joao Hasselberg (JH) e Hernâni Faustino (HF) - incríveis instrumentistas com abordagens completamente diferentes do instrumento - demonstram um arrojo deveras assinalável.
O álbum abre de maneira soberba com “Goodnight, Irene” (original de Huddie “Lead Belly” Ledbetter – único tema não original) onde TM expõe toda a sua sapiência jazzística e respetivas vivências musicais em menos de 6 minutos. Um blues rural muito bem “lavrado” e arrastado q.b. com um mood a piscar o olho às nossas paisagens alentejanas e um convite para entrar neste “outro estado de ritmo” ao ouvinte…numa frequência de onda do tipo “traz outro amigo também”. Na fase final o tema começa a desfragmentar-se e o tenor de TM dá-se ao luxo de parodiar por breves segundos com “Smile” de Charlie Chaplin; aqui surge uma das novidades do álbum e respetivo projeto: PB troca as 6 cordas de aço eletrificadas por um instrumento também de cordas mas bem mais comprido/pesado e com as teclas ora brancas, ora pretas. A escolha está mais justificada, pois se por um lado se perde (momentaneamente penso) um ótimo guitarrista, por outro vem ao de cima um pianista extremamente sensível, abstrato e bem “vestido” para dar corpo às roupagens criadas pelos Old Mountain para este novo registo discográfico, projeto este que começou a ganhar forma quando PB e JS estavam a aprofundar os seus estudos musicais nos Países Baixos há cerca de 10 anos atrás.
Em “The Sixth Commandement” acontece uma espécie de descompressão de todos os músicos envolvidos num crescendo pontuado pelo piano de PB e brilhantemente finalizado pelo profundo ride de JS enquanto o sax. tenor de TM – considerado pelo The New York Times como um dos grandes instrumentistas da sua geração - vai continuando a espalhar classe do alto dos seus 60 anos de sabedoria. No tema seguinte, “Giraldo” apresenta-nos uma paleta harmónica e melódica com mais vinculo à improvisação livre (possivelmente é aqui que o contrabaixo de HF se destaca) numa linguagem tão “cara” à Clean Feed Records, editora portuguesa sempre na vanguarda da música moderna e um verdadeiro case study nacional no que toca à produção discográfica de música dita mais “marginal” e respetiva interligação/cooperação de músicos nacionais/internacionais. A linguagem mais free prossegue no breve mas intenso “All of Our Heroes”…um tema que começa “in media res”, isto é, começa logo “a abrir” sem pedir licença num frenético uptempo, com final abrupto e eletronicamente manipulado – espécie de desmagnetização do quarteto em tempo real.
Depois da tempestade a bonança, com a curta reinterpretação do tema “Ballad For Paul” (presente nos dois anteriores registos do duo e dedicada ao intemporal e deveras marcante Paul Motian). Regresso a paisagens mais bucólicas e oníricas (apostaria que aqui sera JH a assumir com mais preponderância as rédeas do cb) com espaço para respirarmos fundo e podermos meditar tranquilamente através da música que nos é oferecida, tal como em “Blend in By Standing Out”. Há aqui uma óbvia influência ECM Records, mas sem nunca soar a colagem a este ou aquele músico/compositor pois a dupla e respetivos convidados não são apenas dotados do ponto de vista técnico, possuem uma originalidade e expressões musicais que lhes permite criar horizontes sonoros bastante próprios – e este é porventura o maior mérito do projeto.
“Stick to the Plan” funciona como intro irónico para os dois apontamentos finais e mais longos deste registo. Primeiro através de “Freebus”, quiçá um trocadilho entre um autocarro e o estilo mais subversivo do jazz bem fundamentado/reportado historicamente por editoras como a Impulse Records, Atlantic e Blue Note Records em meados do séc.xx. A cumplicidade entre os músicos vem ao de cima nesta faixa com destaque para o jogo de melodias sobrepostas entre o piano de PB e o tenor de TM, sendo que é neste momento que complexidade tímbrica de JS é impressa e manifestada com mais genialidade, desde a nuance na subtileza do toque entre pratos até à escolha das escovas e baquetas no domínio das peles. O álbum finaliza em chave de ouro com “Montanha”, o tema mais longo do álbum com mais de 10min mas que na verdade é divido em dois: sensivelmente os primeiros 5min apresentam-nos uma tocante e impressiva balada, possivelmente o momento mais belo deste registo superlativo e que certamente dará muito que escutar; após uns segundos de silêncio surge a hidden track numa reprise do 1º tema “Goodnight, Irene”, aqui explanado de uma forma mais contida por parte de TM, dando assim mais espaço a PB poder explorar o seu requinte criativo no piano.
Palavra final para Eduardo Vinhas, que de forma impecável gravou este “Another State of Rhythm” no Namouche Studios e fez a sua mistura e masterização no Gold Pony Studios – ouvindo o álbum com headphones parece mesmo que os músicos estão a tocar ao nosso lado ao vivo e a cores. No que toca ao artwork ficou a cargo de Travassos e Nuno Martins, no design e nas fotos, respetivamente.
Uma montanha sonora portuguesa mesmo no meio do Atlântico com dupla vista: europeia e americana…e assim nasce um novo vulcão através de um registo discográfico imperdível!

Francisco M. Sousa

30/03/2024

Estivemos na Casa da Música, no Porto, que gentilmente nos abriu as portas para esta conversa com António Pinho Vargas,

29/03/2024
A Orquestra Jazz de Matosinhos, um case study musical entre e fora de portas (tão bem retratado por Paulo Moura em "Toca...
28/03/2024

A Orquestra Jazz de Matosinhos, um case study musical entre e fora de portas (tão bem retratado por Paulo Moura em "Tocamos o que Nos Apetece"), continua em alta na edição de um novo registo discográfico de aromas transatlânticos (via CARA Orquestra Jazz de Matosinhos) e um concerto sábado na Casa da Música com grandes convidados especiais: Ricardo Ribeiro e João Paulo Esteves da Silva!

https://facebook.com/events/s/orquestra-jazz-de-matosinhos-r/342564292021600/

26/03/2024

100 Anos de Villas!!!🎹🎶🎶🎶👏

24/03/2024

É que é já(zz) a seguir na RTP2!🥁🎶🎶🎶🎷

20 Anos de Teatro de Vila Real! 🍾👏🙌Hora de partilhar boas e saudosas memórias pois 2004 foi um ano de viragem na oferta ...
20/03/2024

20 Anos de Teatro de Vila Real! 🍾👏🙌

Hora de partilhar boas e saudosas memórias pois 2004 foi um ano de viragem na oferta cultural vila-realense, sendo que há de facto um antes e um depois do TVR no que toca à "movida" artística para cá do Marão.
Muitos e bons espetáculos depois é hora de balanços, deste jovem e multifacetado edifício com ares de montanha e feitios de guitarra. Na parte musical, a minha "área" de predileção mas apenas uma das muitas artes exploradas pelo TVR, poderia destacar grandes nomes do jazz, da world music ou da nossa rica música portuguesa, que proporcionaram espetáculos fabulosos (ainda bem que sou daqueles que guarda sempre os bilhetes...) mas destacaria antes 3 momentos muito especiais para mim, complementados pelas fotos selecionadas:

1) Concerto do 1ºQuarteto resultante do projeto/plataforma Os putos do jazz. Foi um gozo imenso no dia 6 de Outubro de 2017, em pleno Douro Jazz, poder assistir da plateia do Pequeno Auditório ao concerto que contou com 4 jazzistas vila-realenses a saber:
Fábio Almeida no Sax. Tenor e Alto
Rui Guilherme Cardoso na Guitar. Elétrica
Daniel Almeida no Baixo Elétrico
Diogo Tildes na Bateria
A génese deste espetáculo esteve nas "jazz sessions" realizadas no saudoso Club de Vila Real. Sabendo que o formoso Técnico de Som Henrique Lopes fez o obséquio de gravar o áudio do concerto, quem sabe, se lhe pedirmos com muito jeitinho, aquando dos 10 anos desse momento alto (Outubro de 2027) não surja uma surpresa em formato áudio. À atenção do Teatro de Vila Real e do seu Diretor Rui Ângelo Araújo, que já tive o prazer de parabenizar pessoalmente pelas 20 primaveras deste espaço já icónico do Município de Vila Real mas que aproveito esta "carta aberta" para voltar a saudar, agora publicamente.

2) No ano passado, mas precisamente no dia 7 de Abril, vivenciei um daqueles momentos "kinder surpresa" - um 2 em 1 para mais tarde recordar:
Tive a oportunidade de me estrear numa peça de Teatro "Pé na Terra, Cabeça no Vento" - criada e dirigida pela fantástica Mafalda Saloio - ao mesmo tempo que pude pisar o palco do Grande Auditório do TVR, rodeado de pessoas incríveis numa atmosfera muito bonita e acolhedora.

3) Termino com o dia de ontem, 19 de Abril de 2024, onde se apagaram as 20 velas deste "nosso" Teatro em pleno Dia do Pai.
E foi com o meu, Francisco Antonio Sousa, mesmo ao lado que assistimos a um mágico recital para 2 Pianos com os incríveis Mário Laginha e Pedro Burmester (com Bernardo Sassetti sempre presente) a musicarem esta data comemorativa de uma forma brilhante.

Parabéns Teatro de Vila Reall!!!🎶🎶🎶

Uma conversa pela memória de João Barradas Episódio 8 - 14 mar. 2024 via Observador!🪗🎶🎶🎶🔝João Barradas foi convidado de ...
16/03/2024

Uma conversa pela memória de João Barradas Episódio 8 - 14 mar. 2024 via Observador!🪗🎶🎶🎶🔝

João Barradas foi convidado de Filipe Melo no oitavo episódio de “A Descoberta do Som”. Ouve esta conversa sobre música clássica, popular, jazz e fado numa viagem pela memória entre os dois músicos aqui:

João Barradas foi convidado de Filipe Melo no oitavo episódio de “A Descoberta do Som”. Oiça esta conversa sobre música clássica, popular, jazz e fado numa viagem pela memória entre os dois músicos.

“Uma tarde de poesia musicada onde o nosso partido foi a liberdade de celebrar dois poetas de exceção.”Com o título de “...
14/03/2024

“Uma tarde de poesia musicada onde o nosso partido foi a liberdade de celebrar dois poetas de exceção.”

Com o título de “O Meu Partido é a Liberdade” o recital abriu com “Apelo”, pouco passava das 18h no funcional auditório do Espaço Miguel Torga, referência multicultural do Alto Douro Vinhateiro. O concerto celebrava os 49 anos da troca de correspondência entre duas figuras maiores da literatura portuguesa do Séc.XX – Natália Correia e Miguel Torga, respetivamente em cartas abertas publicadas no jornal "A Capital” entre 1975 e 1976. Destaque logo à partida para a voz quente e densa de Mia Tomé (MT) a declamar os primeiros versos de Natália muito bem harmonizados pelo piano de João Pedro Coelho (JPC), refinado pianista da nova geração do jazz português via Hot Clube - Escola de Jazz Luís Villas-Boas (ver/ouvir o quarteto que partilha com Ricardo Toscano, Romeu Tristão e João Pereira). Um ambiente “sassettiano”, seguido de uma primeira apresentação dos músicos e da satisfação expressa por MT por fazer parte da celebração ao poeta do Reino Maravilhoso, naquela que foi a primeira colaboração do dueto – tal facto não foi notório; parece que já tocavam juntos há mais tempo, dada a cumplicidade lírica/musical entre ambos. Isto enquanto deambulavam por entre “Um rio que não existe”, belo apontamento musical saído da pena de Natália Correia.
Momento seguinte com “Carta de Natália Correia a Miguel Torga” com MT a declamar a solo um excerto da mesma publicada no extinto jornal “A Capital”, seguido de “O Poeta”, no qual foi a vez de JPC fazer o papel de solista através de um tema pleno de candura e repleto de ternura, a fazer-me lembrar paisagens de Francis Poulenc…extraído do álbum “Crónicas” lançado em 2022 e que conta com a participação de dois consagrados do jazz português – Bernardo Moreira no contrabaixo e André Sousa Machado na bateria (https://joaopedrocoelho.bandcamp.com/album/cr-nicas).
A cumplicidade do duo regressa num belíssimo poema de Natália, transformado em música de uma forma não menos bela, antes ganhando asas através da interpretação de MT e das mãos de JPC.
As palavras de Miguel Torga voltaram a ecoar no Espaço dedicado à sua vida e obra: “No meu jardim aberto…faltavas tu humana flor da infância que não tive…” – poesia livre e musicalmente muito rica numa tarde onde a tempestade que ocorria no exterior não se fez sentir durante todo o recital. Regresso a Natália Correia (“Creio em amores lunares…”) ao mesmo tempo que a voz profunda (excelente dicção, interpretação dos poemas trabalhados e apresentados) continuava a desfiar as palavras dos poetas com uma leveza contagiante e um timbre ultra brilhante. Em “Enquanto” foi abordada a questão dos direitos das mulheres, no poema mais cru e duro da tarde, onde o ímpeto ativista, revolucionário e feminista de Natália Correia veio ao de cima. Palavras bem escolhidas por MT a revelarem toda a potência lírica da poetisa.
Novo tema a solo de JPC, “Canção de Embalo”: momento para destacar as incríveis condições acústicas deste auditório munido de um excelente piano de cauda e de salientar o incrível arrojo, abertura e dinamismo do Diretor do Espaço Miguel Torga, o Professor João Luís Sequeira Rodrigues, em fazer deste espaço um polo de convergências de culturas artísticas várias (música, pintura, artes plásticas, entre outras) sempre com a literatura/poesia como pano de fundo – espécie de ode permanente à vasta obra de Torga.
Novas palavras profundas em “Arte de Amar” de Natália, numa toada mais soturna e carregada, complementada pela sua “Ode à Paz”, onde segundo MT escutamos as palavras mais luminosas e pertinentes de todo o recital, devido aos tempos conturbados que vivemos: passados 50 anos de Abril, a democracia encontra-se cada vez mais posta em causa, quer pelas várias guerras a acontecer por este mundo fora, quer por questões sociais, económicas e geracionais.
Próximo momento com “Confiança”, tema preferido de MT (lindíssimo poema de Torga), numa ode musicada a Trás os Montes e Alto Douro, brilhantemente harmonizada por JPC.
Regresso a Natália - “Creio nos anjos(…)” já depois de MT ter revelado o desejo de passar estas palavras e acordes para um álbum físico especialmente dedicado a Miguel Torga e Natália Correia, que segundo a cantora “estava sempre pronta a voar!”.
Encore final tal como começou o recital, com regresso a “Apelo”, tema já gravado e disponível nas plataformas digitais. Últimas palavras a ficarem na retina: “O futuro é o disfarce da impotência” e “a sombra do alento é o desalento”.
Destaque final para o belíssimo trabalho gráfico oferecido à entrada do espetáculo – réplica da correspondência original das Crónicas Vagantes de Natália in “A Capital” e da Carta Vagante de Torga in “Fogo Preso” numa edição do próprio Espaço Miguel Torga, com a coordenação de João Luís Sequeira e design de Paulo Melo Veiga.
Que bela e vagante tarde de poesia, música e liberdade!

Francisco M. Sousa
(Os putos do jazz)

Ficha Técnica:
Mia Tomé – Voz
João Pedro Coelho - Piano

Sábado, 2 de Março 2024 – 18h
Espaço Miguel Torga
(São Martinho de Anta, Vila Real)

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"Um Folar Musical/Revolucionário na celebração das 25 balas dos Fadomorse no Teatro Municipal de Bragança"Com o Teatro M...
09/03/2024

"Um Folar Musical/Revolucionário na celebração das 25 balas dos Fadomorse no Teatro Municipal de Bragança"

Com o Teatro Municipal de Bragança (TMB) muito bem composto (a zona central estava praticamente cheia) e com o palco a emanar um “perfume abrileiro” com um fundo vermelho – espécie de cravo visual – Hugo Correia (HC) solta a sua voz profunda num primeiro “Boa Noite Bragança”, enquanto os enúmeros músicos da Orquestra de Sopros da AAChaves (OSAAC) primeiro, os músicos dos próprios Fadomorse (FM) depois, iam ocupando os seus lugares num palco que em termos logísticos deve ter dado imenso trabalho a todos os técnicos envolvidos neste espetáculo, dada a sua complexidade logística. Cinco minutos passados e já depois da afinação geral da Orquestra surgem os primeiros samplers lançados por HC - sinos tubulares, vulgo sinos de igreja, coros de avozinhas pela bela pronúncia possivelmente da Terra Quente ou da Terra Fria (do Nordeste Transmontano certamente) – seguidos por um movimento geral de “desconstrução” em tutti por parte da OSAAC, multipremiada a nível nacional/internacional e uma “canteira” de jovens e promissores músicos na área erudita, a fazer lembra-me o projeto Megafone5 do saudoso, igualmente experimentalista e avant-garde João Aguardela (Sitiados, A Naifa, entre outros) num crescendo imperial. Meticuloso arranjo com destaque e bem para o cavaquinho de HC, o que não deixa de ser irónico mas bem merecido, no meio de uma imensidão de instrumentos, ser o pequeno cordofone típico da nossa Música Tradicional a ganhar o papel de solista. Um início em formato ópera rock e onde Leo Santos já trocava o violino inicial pela “nossa” gaita de fole, dando eco aos entrudos sonoros chocalheiros do Nordeste Transmontano e transformando-se toda esta panóplia numa marcha final que arrancou fortes aplausos para este primeiro tema com cerca de 8min. Abertura em grande desta celebração dos 25 anos de carreira da banda, de génese mirandelense e que pontuava o regresso dos FM a Bragança 19 anos depois, revisitando a sua discografia desde “Gritar o Fado” (2002) até “Meia Vida Depois” (2020).
João Lucas (JL) com um solo fantástico em saxofone soprano abriu o mote para o 2º tema marcado pelas primeiras rimas “bombardeadas” pelo MC (Mestre de Cerimónias e elemento icónico do agrupamento) Hugo Ferraz. Desde os seus primórdios, o projeto FM soube incorporar as linguagens estéticas derivadas do hip-hop de uma forma bem criativa, salvo as diferenças estilísticas, um pouco como fizeram os próprios Rage Against The Machine no seu país e na sua época. Ambiências e dissonâncias várias a remeterem este escrivã brigantino para um “universo zappiano” cimentado por um bom apontamento de guitarra elétrica de Tiago Batista e com uma palavra de ordem a sair com pujança do palco: “Porque a esperança é a última a vencer!” ao mesmo tempo que a minha memória musical ainda associava o som do soprano de JL ao universo de António Pinho Vargas dos finais dos anos 80 - quando editou um par de álbuns icónicos no panorama jazzístico português, fazendo-se acompanhar pelos irmãos Barreiros e o saudoso José Nogueira. Entrada das cantoras para o 3º tema e logo se destacou o timbre contralto de Laura Rui (LR), de voz quente apesar de estarmos na Terra Fria, a servir uma espécie de “chocolate quente” para o público que trocou o conforto do lar numa quarta-feira (ou será o “desconforto” de um canal de televisão qquer ou de mais uns “pregos horários” nas redes sociais?!), num momento de acalmia depois de um início de concerto frenético.
Depois da bonança, nova tempestade sonora com destaque para os fortíssimos da OSAAC brilhantemente conduzida pelo Maestro Luciano Pereira, que me levou a refletir no seguinte: às vezes são nas terras “mais pequenas” que a arte musical mas se faz sentir no nosso interior esquecido e ostracizado (vulgo Trás-os-Montes e Alto Douro). Se no passado a Esproarte - Escola Profissional de Arte de Mirandela começou por fazer ver a Bragança que não era preciso pertencer a uma capital de distrito, muito menos ter um “Conservatório” para ser uma grande escola de música; penso que aos dias de hoje o mesmo acontece na dicotomia entre Chaves e Vila Real. Talvez aqui com a gravidade desta última ter de facto Conservatório, coisa que quando foi criada a escola em Mirandela muito pouco existia em Bragança. Regressando ao espetáculo destaque para a entrada em cena da eletrónica em doses mais cavalares com JL agora em tenor (e não em Atenor, embora perto) fazia pairar no ar o fantasma de uns Bandemónio esquizofrénicos a relembrarem que não há só “Oliveira(s) da Serra” no Alentejo, o nosso azeite sonoro transmontano é tão bom ou melhor que o alentejano…numa miscelânea digna dos Future Sound of London”ela”. Ritmos intrincados e paisagens cinematográficas com espaço para uns minutos de jazz mais mainstream em formato slow bossa antes de nova apoteose no regresso à melodia sempre cativante da “oliveirinha”.
O concerto caminhava para o seu meridiano quando se ouvia “Freeze” com a colaboração de Vasco Alves no violoncelo, em “tempos de crise” anunciados num tema em que o lado 70’s Prog Rock do grupo veio ao de cima com referências de grande porte como Gentle Giant, Soft Machine ou Van der Graaf Generator. Mudança de paradigma e “chega desta loucura, agora uma canção em 4/4” segundo HC a anunciar de forma descontraída “Meia Vida Depois”, tema título do último registo discográfico dos FM que conta a história de uma senhora açoriana, entrevistada na 1ºpessoa e possuidora de um sotaque ilhéu cerradíssimo e maravilhoso. Destaque para novo sampler abrileiro com vozes vindas de oficiais do MFA, sobressaindo uma marimba, um vibrafone e várias palavras de ordem revolucionando o TMB numa espiral sonora operária. E isso sempre pautou uma dupla premissa existencial dos FM – um estilo avant-garde no que toca à composição aliado a uma mensagem político-social bem vincada e aos dias de hoje, bem necessária. Aqui é não só justo como obrigatório referir a Banda do Casaco, talvez o expoente máximo da criatividade extramusical no Portugal do Séc.XX e decerto uma grande inspiração para HC e seus pares. Este cariz de intervenção foi logo de seguida reforçado através de uma referência ao icónico “FMI” e justa homenagem ao inesquecível José Mário Branco. Afinal o interior transmontano também estava ciente e acordado para uma data que jugo estar a passar ao lado de muitos de nós aqui na “província” e são nem mais nem menos do que os 50 anos de Liberdade…Cinquenta!!! Liberdade essa que caso não existam agrupamentos musicais e/ou artísticos que a relembrem diariamente, tende nos dias que correm de tolerância abaixo de zero e de individualidades cada vez mais ameaçadas, a cair num vazio comum muito profundo e catatónico.
Falando em estados de alma, um dos momentos mais sentimentais da noite foi marcado pela entrada em cena dos Odores de Maria, icónica banda brigantina, onde foi evocada toda a sua caminhada - 20 anos de existência – e a sua voz/mentora original, Maria Zulmira (MZ), homenageada ao mesmo tempo que um aroma celta-ibero irrompia no sumptuoso auditório do TMB, numa desgarrada de violinos à lá The Chieftains e até um piscar de olhos a The Cranberries quando surge a voz de MZ, que apesar de já não estar connosco presencialmente teve em espírito certamente neste bonito momento do concerto. Enquanto o Avô de HC - presente no público - também era homenageado, entravam novos convidados (o antigo membro Óscar Correia nos teclados) para um tema onde HC com recurso a uma guitarra adaptada (de cariz elétrico-popular, espécie de bandolim eletrificado) debitou melodias com fragrâncias árabes e escalas quiçá cigano-húngaras destacando-se a voz de LR num tom salomónico repleto de sentimento e espiritualidade. Menção bem honrosa também para a sinergia triangular da secção rítmica do grupo, Bruno Rodrigues no baixo elétrico – excelente groove – e a dupla bem oleada, João Martins na bateria e Micael Lourenço na percussão, muito bem “amplificados” pelos jovens percussionistas da OSAAC.
O concerto caminhava-se para o último terço, sem antes HC fazer uma ode à vida noturno-musical da Bragança do século passado (referência especial aos “bares do Pita e Paulo Xavier” - atual Presidente da Câmara Municipal de Bragança), quando surge “Caminho Certo”, presente na coletânea “Bed Off – O pior de Fadomorse (1999-2013)”, com HC a por o dedo na ferida do centralismo exacerbado: “Lisboa é um bairro muito grande para um país tão pequeno.” Rock progressivo a rodos com arranjos bem complexos e no final uma espécie de “barco do amor” em formato Art Rock, provavelmente o termo que melhor encaixará neste grupo que por si só não se dá a catálogos, prateleiras (que o diga a Fnac) ou géneros/estilos. Ainda haveria tempo para a entrada em cena de MK Nocivo - possivelmente o músico brigantino da atualidade com mais projeção dentro/fora de portas e que ainda este ano foi alvo de homenagem por parte do Município – em “Porque um Povo que não viva a Verdade não pode ser boa Gente” com recurso a um sampler de “Liberdade”, canção transformada em hino sócio-musical saída da pena de Sérgio Godinho, outra pedra basilar do nosso património musical. Som cáustico/incisivo e mensagem corrosiva, abrindo espaço para as rimas bem afiadas do convidado especial (“…eles tiraram-nos o comboio, fecharam a linha do Tua…”).
Penúltimo tema com a participação de Rómulo Ferreira no baixo elétrico e momento para a apresentação individualizada de todos os elementos dos FM, onde até Nicolau (filho de HC) foi abençoado musicalmente. Em jeito de resumo destaco também o trabalho de Tiago Matos nos teclados, igualmente responsável por alguns dos arranjos dos temas que foram apresentados. Em “Se nasceste a gritar porque é que morres calado” destaque para a voz de Cátia Gonçalves a guiar o tema de forma enérgica e repleta de “bom feeling”.
O meu Casio piscava 22:46 aquando do encore e da chamada do último convidado da noite, o violinista Igor Ferreira, numa menção final a Gonçalo Garcia e Miguel Grácio, Técnicos de Som e Iluminação, respetivamente. Neste aspeto houve algum público a “queixar-se” do volume que inundou o TMB, na derradeira batucada em crescendo rodada a alta velocidade…e saída de cena perfeita de uma banda, Fadomorse, em estado de graça, a celebrar um quarto de século, mas certamente ainda com muita música para criar, transformar e partilhar num futuro próximo. Um espetáculo navegado por este “Rio Fervença” acima, sem nunca ir ao fundo e aportando numa bela “bojarda à Transmontana”!
Francisco M. Sousa

Ficha Técnica:

Fadomorse
Hugo Correia - Guitarras e Voz
João Martins - Bateria
Micael Lourenço – Percussão
Bruno Rodrigues - Baixo Eléctrico
Tiago Matos - Teclados
Tiago Batista - Guitarra Elétrica
João Lucas – Saxofones
David Sousa - Flauta Transversal
Laura Rui – Voz
Cátia Gonçalves – Voz
Hugo Ferraz – MC

Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves
Maestro Luciano Pereira

Convidados:
Odores de Maria
Vasco Alves (Violoncelo)
Óscar Correia (Teclados)
Igor Ferreira (Violino,Teclados)
Rómulo Ferreira (Violoncelo,Baixo Eléctrico)

Gonçalo Garcia - Som
Miguel Grácio – Iluminação

Quarta, 28 de Fevereiro 2024 – 21h
Teatro Municipal de Bragança

📸João Lourenço Fotografia

Uma Fadista na Broadway🎶🎶🎶
09/03/2024

Uma Fadista na Broadway🎶🎶🎶

Provided to YouTube by The Orchard EnterprisesSummertime · Orchestra conducted Norrie Paramour · Amalia RodriguesOn Broadway℗ 2005 Intermusic S.A.Released on...

Bela homenagem/despedida escrita de João Pedro Viegas a Paulo Curado, flautista/saxofonista ímpar no panorama da Música ...
08/03/2024

Bela homenagem/despedida escrita de João Pedro Viegas a Paulo Curado, flautista/saxofonista ímpar no panorama da Música Improvisada em Portugal, uma voz que cruzou o Jazz, a Música Tradicional Portuguesa e muitas outra latitudes e longitudes sonoras sem nunca nos deixar de impressionar.

Um texto “de amigo” sobre a vida e a obra do Paulo Curado. Sobra-me em amizade o que me falta em competência para este exercício. Ainda assim e sobretudo por isso, considero-me capacitado

Bardino - "Memória da Pedra Mãe" (Jazzego - 2024)“Uma pedrada eletrónica de cariz jazz-rock a ouvir progressivamente no ...
01/03/2024

Bardino - "Memória da Pedra Mãe" (Jazzego - 2024)

“Uma pedrada eletrónica de cariz jazz-rock a ouvir progressivamente no nosso ideário musical de 2024”

“Tenho uma história bonita, tenho uma história linda (…)” - é com esta frase samplada que abre “Memória da Pedra Mãe” - o mais recente e auspicioso registo de Bardino, trio portuense composto por Diogo Silva, Nuno Fulgêncio e Rui Martins, que regressam com um trabalho original depois de se terem estreado em 2017 com um EP homónimo e em 2020 com “Centelha”, o seu primeiro longa duração
O 1º tema explanado, “Tília” (com a participação de Sérgio Alves aka AZAR AZAR), sintetiza na perfeição o seu universo sonoro, numa toada progressiva que é alimentada pelos diversos sintetizadores muito bem criados por Rui Martins (RM) - no início um solo de piano acústico que rapidamente evolui para um “moog” bem gizado, regresso ao sampler inicial e término em piano solo. O teclista e possivelmente principal cérebro das composições desta obra, oscila entre piano e sintetizadores vários (Fazioli F278 Grand Piano, Rhodes Suitcase 73, Behringer Deepmind 12, Korg Minilogue, Roland SH2000) que promovem uma conexão bem temperada entre a música acústica e a respetiva eletrónica, com especial destaque para esta última.
“Pedra Mãe”, 2º tema e single de abertura desta “Memória…”, assenta numa camada de saxofones que induz a um jazz dançável q.b. e abre espaço para um toque de hip-hop (embora falando de “hop’s” numa toada bastante mais “trip” do que “hip”) com a colaboração de Hugo Oliveira aka Minus & MRDolly em formato “spoken word” e potenciada pelos coros de RM. A mensagem mais lírica mas ao mesmo tempo corrosiva do convidado complementa-se na perfeição com o groove debitado pelo trio.
Num terceiro capítulo, “Memória” funciona como espécie de “lado B” do tema anterior…vai crescendo ao nível das melodias dos diversos saxofones - várias camadas de alto & tenor - interligados por Brian Blaker (BB - o saxofonista norte-americano a residir no Porto é pedra basilar na estética do álbum), onde o respetivo solo no tenor vai ganhando asas e misturando-se com as roupagens eletrónicas numa fusão bem construída. Destaque também para o trabalho bastante dinâmico do baixo elétrico de Diogo Rodrigues Silva que funciona como uma espécie de pêndulo para as melodias que vão aparecendo e reaparecendo. O tema encerra com um inspirado solo de sax alto de BB.
Em “O Semeador” regressam os samplers e umas certas “reminiscências giacometianas” de exemplares rítmicos tradicionais portugueses captados no século passado, mas aqui emanados de uma atualidade efusiva e hipnotizante bem temperada e inserida na identidade sonora do trio. Um tema onde a voz de RM (tb autor da letra) surge com um aroma saudosista e tal como em alguns momentos anteriores, uma toada “à lá Snarky Puppy” - obviamente num formato mais minimalista.
O jazz volta a crescer com “Black Mica”: reentrada em cena de BB bem munido de efeitos vários do seu saxofone, aumentando assim o leque tímbrico através dos loops utilizados e piscando o olho a uma certa idiossincrasia jazzística portuense que ao longo dos últimos anos se tem consolidado e tendo o universo Porta-Jazz (e a sua relação genética com a Licenciatura em Jazz da ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo por um lado e com a Orquestra Jazz de Matosinhos, por outro) como principal propulsor criativo. Destaque também para a bateria de Nuno Fulgêncio, que ao longo deste 5º tema sobressai de forma mais vincada e efusiva.
Há algo de “70’s Prog Rock” em “Giesta”, que funciona como um “separador sonoro” para a parte final do álbum. Um tema inicialmente muito leve e com uma melodia aparentemente simples, mas inserida num contexto harmónico e rítmico bem elaborado e transformando-se até ao seu final num “labirinto sem saída”.
A guitarra de Leonardo Outeiro (outro convidado especial) guia com mestria o penúltimo tema - “Punctum No.2” – através de um som bem temperado (arriscaria por uma Fender Telecaster) catapultando o mesmo para paisagens sonoras boreais mais características e próximas do norte da europa ou quiçá do ambiente bucólico mas igualmente frio e invernal das Beiras e/ou do Nordeste Transmontano.
“Ressonância” marca um ponto final em modo festivo deste belo registo discográfico lançado pela Jazzego, editora do Porto fundada por André Carvalho e Hugo Oliveira, que em 2022 ganhou especial projeção através do lançamento da coletânea “Granito”. Gravado em Arda Recorders no Porto (com produção de Joao Brandao e Rui Martins), destaque também para a qualidade e solidez do som desta obra resultante da preciosa mistura a cargo de Henrique Lopes. Por fim sublime trabalho de Marcelo Baptista ao nível do artwork (fotografia e design gráfico).
Agora é estar a atento às agendas culturais nos próximos tempos de forma a apanhar estes “bardinos” ao vivo e sentirmos “in loco” toda a progressão sonora desta “Memória da Pedra Mãe”.
Uma pedra maternal que perdurará também na nossa memória!

Francisco M. Sousa

Endereço

Vila Real
5000-254

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