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14/02/2025
Invocando a urgência deste importante acordo, Hélder Sousa Silva, que é membro da Delegação para as relações com o Mercosul e presidente da Delegação para as relações com a República Federativa do Brasil, relembrou que em 20 anos de negociações perdeu-se tempo e competitividade, o que nas suas palavras “é inaceitável”.
Considerando o acordo de comércio a estabelecer entre a UE e os quatro países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), um acordo “equilibrado”, pois irá permitir a criação do maior mercado mundial, onde residem mais de 700 milhões de consumidores, o eurodeputado deixou um alerta: “Temos de potenciar os que vão ganhar - e são muitos - e de apoiar os que, eventualmente, possam perder”. Consciente de que em qualquer acordo equilibrado e justo, não ganhamos em todos os domínios, Hélder Sousa Silva acredita que, neste caso, os benefícios globais para o espaço da União Europeia são muitíssimo superiores a quaisquer prejuízos.
Reforçando que “qualquer parceria comercial que a União Europeia estabeleça, deve ser equilibrada e justa para todas as partes”, o eurodeputado do PSD lembra que os critérios democráticos, económicos, ambientais e sociais que hoje se praticam na UE, serão exigidos aos parceiros do Mercosul.
Recorde-se que as trocas comerciais atuais em bens e serviços, entre a União Europeia e os países do Mercosul, já ascendem a mais de 90 mil milhões de euros por ano, com taxas alfandegárias que variam entre os 10% e os 55%, de ambos os lados. Com o acordo firmado, estas taxas desaparecerão, de forma a criar uma grande zona de comércio livre, que garanta os produtos nos consumidores mais baratos e com as mesmas garantias de qualidade que hoje existem.
Na sua intervenção, Hélder Sousa Silva frisou ainda que “a União Europeia será tanto mais rica e mais desenvolvida, quando mais parcerias conseguir estabelecer; diversificando também os seus interlocutores comerciais”.