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𝗧𝗢𝗥𝗥𝗘𝗦 𝗡𝗢𝗩𝗔𝗦 | 𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗝𝗼𝗮̃𝗼 𝗖𝗮𝗿𝘃𝗮𝗹𝗵𝗼 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗼𝘂 "𝗢𝘀 𝗣𝗮𝘃𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗼 𝗖𝗮𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮𝗻𝗮"Maria João Carvalho, escritora, médica ap...
15/12/2024

𝗧𝗢𝗥𝗥𝗘𝗦 𝗡𝗢𝗩𝗔𝗦 | 𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗝𝗼𝗮̃𝗼 𝗖𝗮𝗿𝘃𝗮𝗹𝗵𝗼 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗼𝘂 "𝗢𝘀 𝗣𝗮𝘃𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗼 𝗖𝗮𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮𝗻𝗮"

Maria João Carvalho, escritora, médica aposentada e cronista do abarca desde 2015, apresentou este sábado, dia 14 de Dezembro, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, a sua mais recente obra “Os Pavões do Campo de Santana”.

Elvira Sequeira, vereadora da cultura da Câmara Municipal de Torres Novas, deu as boas-vindas aos presentes e referiu que esta apresentação se insere no projecto “Autores de Cá”, do município torrejano: “Sabem que têm aqui um espaço para fazer as vossas apresentações, esta casa é sempre vossa”.

A autarca disse ainda que Maria João Carvalho “é uma das nossas torrejanas queridas, pela sua interacção diferente cuidando de nós”, referindo-se à sua actividade como clínica, “e ainda tem a capacidade de usar as palavras para nos fazer sonhar”.

Margarida Teodora, directora da biblioteca, também interveio fazendo uma nota biográfica sobre a autora, referindo a premiação de obras como “Nero, o Cão”, “Edgar e o Canário”, “Jantei Ontem em Seattle” ou a obra poética “Champagne”.

De seguida a apresentação ficou a cargo de Margarida Trincão, directora do abarca, que lembrou uma amizade de décadas com a autora que começou com uma enfermidade da jornalista, então criança: “Estava doente, com varicela”, recorda. A amizade ficou e hoje “já não falamos em meses, nem tão pouco em anos, agora falamos em décadas”. E fez questão de separar as águas: “A amizade não influencia a verdade da escrita da Maria João. É uma escrita fluída, lexicalmente muito rica e leve, não superficial. A escrita é sucinta e os diálogos concisos e acintosos. Não usa frases inócuas e o palavrão é dispensável. Sabe como dizer em poucas palavras as coisas simples, ou seja, as mais difíceis de descrever”, sublinhou.

Sobre a obra Margarida Trincão começou por dizer que esta é “uma história igual a tantas outras, mas diferente de todas elas porque é única” e ler esta obra é “um exercício e um prazer”.

Terminou elogiando Carolina, “a menina bonita aqui ao lado”, neta de Maria João e autora da aguarela que deu origem à capa da obra.

Por seu turno, António Viera da Silva, representante da Editora Vieira da Silva, que publicou a obra, interveio de forma rápida agradecendo aos presentes e, também, felicitando Carolina pela “bela pintura que deu capa ao livro.

“𝗘́ 𝗼 𝘂́𝗹𝘁𝗶𝗺𝗼 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗼”
Maria João Carvalho, autora da obra, foi, como assim é habitualmente, a última a falar.

Fez o reparo de que este “não é um romance histórico porque não tenho habilitações para isso”, mas que a família de Paulina, a personagem central, “é influenciada por tudo o que se passa no século XX”.

A criação de Paulina surgiu “para escrever as crónicas para o Jornal Abarca” porque “no início do ano estava muito deprimida porque tinha descoberto que tinha envelhecido”, debatendo-se depois sobre uma realidade cada vez mais fracturante: “Um dia estava a ver uma série passada num lar e apareceu a seguinte frase: «Os velhos tornam-se invisíveis para a sociedade». O meu pai dizia que «Só existimos para os outros enquanto trabalhamos», e é verdade! Quando deixamos de trabalhar a sociedade esquece-se de nós”, lamenta.

Assim, “inventamos umas coisas, mas não deixamos de envelhecer. E pensei que Paulina me poderia ajudar, mas às vezes os personagens tornam-se independentes”. Por isso, “no início de Abril percebi que Paulina era uma figura diferente, e eu deixei-me levar”. Foi assim que nasceu um livro “que não era para ter escrito”. Paulina, aponta a autora, “é exactamente o contrário do que eu sou, mas a imaginação tem coisas muito estranhas”.

Maria João Carvalho revelou que este “foi o livro que maior prazer me deu escrever” e, a terminar, fez uma revelação que entristeceu a plateia, ainda esta se tenha mostrado pouco crédula: “Não vou deixar de escrever, mas este foi o último livro que apresentei”.

A terminar deixou um emotivo agradecimento “à minha neta que fez uma capa muito bonita, e que além de pintar faz poesia, que é uma coisa que me deixa muito orgulhosa. É uma artista!”, vincou.

𝗘𝗡𝗧𝗥𝗢𝗡𝗖𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 | 𝗔𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗼 𝗼 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗻𝘂𝗲𝗹 𝗙𝗲𝗿𝗻𝗮𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗩𝗶𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲Manuel Fernandes Vicente, habitual col...
15/12/2024

𝗘𝗡𝗧𝗥𝗢𝗡𝗖𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 | 𝗔𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗼 𝗼 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗻𝘂𝗲𝗹 𝗙𝗲𝗿𝗻𝗮𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗩𝗶𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲

Manuel Fernandes Vicente, habitual colaborador jornalístico de 𝘢𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢, apresentou no passado dia 1 de dezembro, no Cineteatro São João do Entroncamento, o seu livro Contos de um Futuro Antigo − a sua primeira obra de narrativas de ficção −, perante um público de convidados pelo autor que deu calor e emoção à cerimónia na principal sala de eventos da “Cidade Ferroviária”.

O livro, de 75 contos, todos eles com desenhos em diferentes técnicas imaginados por artistas amigos do autor a partir da interpretação dessas narrativas −, contou na apresentação com as intervenções da vice-presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Ilda Joaquim, do historiador António Matias Coelho, do tenente-general aposentado António de Mascarenhas, da professora Maria José Ventura, do responsável pela edição, António Vieira da Silva e, naturalmente, do próprio autor.

António Matias e António de Mascarenhas fizeram algumas referências não só ao perfil criativo de Manuel Fernandes Vicente, como também se detiveram na análise de alguns dos contos que integram a obra. Destacaram os valores neles sugeridos, mas também a diversidade de temas, épocas e geografias que os contos abrangem, podendo, de algum modo, serem também um retrato do mundo, e que, atentos ao que se perspetiva para o futuro, se alicerçam muito na história do ser humano, nas suas raízes e também na sua antiguidade, onde tudo começou. Maria José Ventura fez referência à sensibilidade do escritor e cativou a atenção do público com a sua leitura de “O Vagabundo da Harmónica”, um dos contos da obra. E depois de Vieira da Silva aludir a algumas particularidades do livro, o autor fez algumas revelações mais pessoais sobre a forma como a obra, uma coletânea de ficções que nunca julgou poder fazer, mas fez, e agora publicou, porque, e citando poeta espanhol Antonio Machado, “se hace camino al andar”. Por fim, Ilda Joaquim fez ainda questão de sublinhar o ambiente e a experiência estimulante, o interesse e o calor humano que envolveu a sala em todos os momentos da apresentação.

No final, e depois das fotos com os ilustradores presentes no Cineteatro, o autor reservou um período para os seus leitores, assinando e ensaiando dedicatórias em muitos dos exemplares, e convivendo com muitos amigos e colegas presentes.

Dividido por capítulos, Contos de um Futuro Antigo apresenta episódios mais realistas ou fictícios, como “O Meteorologista”, “O lápis mágico”, “O tempero de La Bamba”, “O Ritual”, “Marcelete falsete, já não és major!” ou “A abominável história do corcunda Gargana”, onde a ironia e as excentricidades coabitam com a surpresa e a proximidade dos personagens da ficção.

Manuel Fernandes Vicente é raiano, nasceu em Castelo Branco, estudou em Coimbra e vive no Entroncamento, onde foi professor de Matemática e de Ciências Físico-Químicas durante cerca de quatro décadas, correspondente nacional do jornal Público e colaborador do jornal musical Blitz, entre outras publicações. Neste livro, o seu oitavo, apostou na ficção e na liberdade de escrita proporcionada pelo conto, que deseja que não seja uma lavandaria de ideologias e ismos, mas mostra também a sua aversão ao politicamente correto, previsível ou conveniente.

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗔 𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗩𝗶𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗠𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼"Vítor Antunes e Maria Conceição Franco cansaram-se de uma vida inteira a “viver lá ...
13/12/2024

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗔 𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗩𝗶𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗠𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼"

Vítor Antunes e Maria Conceição Franco cansaram-se de uma vida inteira a “viver lá fora”. Voltaram a Portugal e instalaram-se em Mação, onde ele tem raízes. Com o regresso trouxeram também um sonho: a Doce M, uma padaria e pastelaria de fabrico próprio.

✅ 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘦𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘯𝘢𝘭 𝘈𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢.

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗔𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗞𝗲𝗻𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗔𝗴𝘂𝗶𝗮𝗿 𝗥𝗶𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼"Kenia de Aguiar Ribeiro é uma fotógrafa brasileira que se a...
13/12/2024

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗔𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗞𝗲𝗻𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗔𝗴𝘂𝗶𝗮𝗿 𝗥𝗶𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼"

Kenia de Aguiar Ribeiro é uma fotógrafa brasileira que se apaixonou e radicou na nossa região.

✅ 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘦𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘯𝘢𝘭 𝘈𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢.

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗢 𝗱𝗶𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗿𝗼𝘂 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗲 𝟮𝟳 𝗮𝗻𝗼𝘀"1 de Dezembro volta a comemorar-se o mesmo de 1640 e da Restauração Naci...
13/12/2024

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | "𝗢 𝗱𝗶𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗿𝗼𝘂 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗲 𝟮𝟳 𝗮𝗻𝗼𝘀"

1 de Dezembro volta a comemorar-se o mesmo de 1640 e da Restauração Nacional. Mas a retoma da independência do país esteve longe de ser obra de um dia. As refregas com os espanhóis duraram depois dessa data mais uns longos 27 anos. Foram anos de dramas quotidianos e batalhas épicas. Em 2012, por inspiração de Passos Coelho, a data foi extirpada da lista dos feriados nacionais, mas o bom senso e o respeito pela memória e pela identidade voltou três anos depois.

✅ 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘦𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘯𝘢𝘭 𝘈𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢.

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | 𝗔 𝗻𝗼𝘃𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗿𝗱𝗶𝗴𝗮O Grupo Vila Galé vai investir 20 milhões de euros para converter a Quinta da Cardiga...
13/12/2024

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | 𝗔 𝗻𝗼𝘃𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗿𝗱𝗶𝗴𝗮

O Grupo Vila Galé vai investir 20 milhões de euros para converter a Quinta da Cardiga num hotel de luxo.

✅ 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘦𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘯𝘢𝘭 𝘈𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢.

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | 𝗔̀ 𝗺𝗲𝗺𝗼́𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗔𝗿𝗺𝗶𝗻𝗱𝗮, 𝗮 "𝗕𝗿𝘂𝘅𝗮 𝗱𝗼 𝗣𝗲𝗴𝗼"Maria Hermínia Lopes Correia nasceu a 01 de Julho de 1933 e ...
13/12/2024

𝗥𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗚𝗘𝗠 | 𝗔̀ 𝗺𝗲𝗺𝗼́𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗔𝗿𝗺𝗶𝗻𝗱𝗮, 𝗮 "𝗕𝗿𝘂𝘅𝗮 𝗱𝗼 𝗣𝗲𝗴𝗼"

Maria Hermínia Lopes Correia nasceu a 01 de Julho de 1933 e é conhecida como “Bruxa do Pego”. Não se considera “bruxa” mas o oculto e o mistério alimentam a fama e trazem-lhe clientes de todo o país. Há mesmo quem garanta que não se quer aproximar da octogenária.

𝙏𝙚𝙭𝙩𝙤 𝙤𝙧𝙞𝙜𝙞𝙣𝙖𝙡𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙥𝙪𝙗𝙡𝙞𝙘𝙖𝙙𝙤 𝙣𝙖 𝙚𝙙𝙞𝙘̧𝙖̃𝙤 𝟰𝟮𝟴, 𝙙𝙚 𝙅𝙪𝙣𝙝𝙤 𝙙𝙚 𝟮𝟬𝟭𝟵, 𝙦𝙪𝙚 𝙧𝙚𝙘𝙪𝙥𝙚𝙧𝙖𝙢𝙤𝙨 𝙘𝙤𝙢𝙤 𝙝𝙤𝙢𝙚𝙣𝙖𝙜𝙚𝙢 𝙖̀ “𝘽𝙧𝙪𝙭𝙖 𝙙𝙤 𝙋𝙚𝙜𝙤”, 𝙛𝙖𝙡𝙚𝙘𝙞𝙙𝙖 𝙖 𝟭𝟮 𝙙𝙚 𝙉𝙤𝙫𝙚𝙢𝙗𝙧𝙤. 𝘼̀ 𝙛𝙖𝙢𝙞́𝙡𝙞𝙖 𝙚 𝙖𝙢𝙞𝙜𝙤𝙨 𝙚𝙢 𝙡𝙪𝙩𝙤 𝙖𝙗𝙖𝙧𝙘𝙖 𝙥𝙧𝙚𝙨𝙩𝙖 𝙖𝙨 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙙𝙖𝙨 𝙘𝙤𝙣𝙙𝙤𝙡𝙚̂𝙣𝙘𝙞𝙖𝙨.

✅ 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘦𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘯𝘢𝘭 𝘈𝘣𝘢𝘳𝘤𝘢.

𝗖𝗛𝗔𝗠𝗨𝗦𝗖𝗔 | 𝗣𝗔𝗥𝗤𝗨𝗘 𝗗𝗘 𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟 𝗘𝗦𝗣𝗔𝗟𝗛𝗔 𝗠𝗔𝗚𝗜𝗔 𝗔𝗧𝗘́ 𝟮𝟱 𝗗𝗘 𝗗𝗘𝗭𝗘𝗠𝗕𝗥𝗢O Parque dos Sonhos de Natal da Chamusca abriu oficialmente ...
09/12/2024

𝗖𝗛𝗔𝗠𝗨𝗦𝗖𝗔 | 𝗣𝗔𝗥𝗤𝗨𝗘 𝗗𝗘 𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟 𝗘𝗦𝗣𝗔𝗟𝗛𝗔 𝗠𝗔𝗚𝗜𝗔 𝗔𝗧𝗘́ 𝟮𝟱 𝗗𝗘 𝗗𝗘𝗭𝗘𝗠𝗕𝗥𝗢

O Parque dos Sonhos de Natal da Chamusca abriu oficialmente as suas portas esta sexta-feira, 6 de dezembro, num ambiente apoteótico de luz, cor e felicidade. A inauguração da quarta edição deste que é o Maior Parque Temático de Natal do Ribatejo foi marcada por um programa diversificado e momentos inesquecíveis que reuniram centenas de famílias no Parque Municipal da Chamusca.

O evento teve início com a Parada de Natal, onde os duendes, o Pai Natal, os animais embaixadores da Arca de Noel e a animação de rua criaram um ambiente mágico e de festa. De seguida os alunos da Rede de Universidades Seniores do Concelho da Chamusca (RUSCha) interpretaram algumas músicas de Natal, numa serenata que aqueceu ainda mais o ambiente.

Um dos momentos altos do evento foi o lançamento do hino oficial do Parque dos Sonhos de Natal 2024, uma das grandes novidades deste ano, interpretado por Mimicat, cantora e compositora portuguesa de música Pop e Soul. Vencedora do Festival RTP da Canção 2023, Mimicat representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção com a canção 'Ai Coração'. Com a sua voz envolvente e carisma únicos, a artista trouxe um brilho especial ao Maior Parque Temático do Ribatejo.

Este ano, o Parque dos Sonhos apresenta grandes novidades com experiências únicas e momentos inesquecíveis. Entre as atrações imperdíveis, destaca-se:
- a rampa de gelo natural, com 40 metros de comprimento, ideal para os mais aventureiros que se queiram desafiar numa descida repleta de emoção;
- a Arca de Noel, um verdadeiro refúgio natalício onde habitam os Animais Embaixadores, prontos para encantar os visitantes com a sua simpatia e magia;
- A Missão Secreta dos Duendes do Pai Natal traz uma dose extra de magia. Com a sua energia contagiante, os Duendes vão surpreender e criar momentos inesquecíveis de diversão e interação para toda a família.

Para além destas novidades, o Parque dos Sonhos de Natal da Chamusca mantém as suas atrações de sempre: pista de gelo, roda dos sonhos, carrosséis, Mercadinho de Natal e, claro, a presença do Pai Natal na sua casinha, onde o "velhinho das barbas brancas" recebe os desejos e sorrisos das crianças. A animação de rua, com desfiles, espetáculos e personagens mágicas, e a deslumbrante iluminação natalícia que transforma o parque num cenário de fantasia, completam uma programação rica e repleta de surpresas.

O Parque Municipal, um dos jardins mais bonitos da região, ganha uma nova vida ao cair da noite, com um deslumbrante espetáculo de luzes. Trilhos iluminados, árvores cintilantes e reflexos mágicos criam um cenário encantador, perfeito para criar memórias que durarão para sempre. A sua topografia em declive eleva a experiência, oferece diferentes níveis de exploração e descobertas mágicas a cada passo. Cada canto do parque revela uma surpresa, como se a magia do Natal se renovasse constantemente, convidando os visitantes a mergulhar num mundo encantado de sonhos.

Cláudia Moreira, vice-presidente da Câmara Municipal da Chamusca, em declarações à imprensa referiu que "Este parque é um orgulho para o nosso Concelho, não só pelas novidades que este ano trouxemos, como a rampa de gelo e a encantadora Arca de Noel, mas também pelos expositores do Mercadinho de Natal, que promovem o que de melhor temos na região. É também um privilégio ver o nosso Parque Municipal, um dos mais belos da região, transformado num espaço de magia e felicidade, que atrai visitantes de toda a parte e promove o nosso comércio e cultura local".

Pode visitar o Parque dos Sonhos de Natal da Chamusca até 25 de Dezembro e deixar-se envolver pelo espírito natalício num local onde a magia e a felicidade se encontram em cada detalhe.

Os Bilhetes estão à venda em TicketLine.pt, no Balcão Único do Município ou na bilheteira do evento. Há preços especiais para as escolas, para mais informações ligue 249 769 100.

O "Parque dos Sonhos de Natal" está de portas abertas de segunda-feira a domingo, das 14h30 às 20h30, até ao próximo dia 25 de dezembro.

Valor das entradas no Parque dos Sonhos de Natal da Chamusca:
Pulseira de livre-trânsito: 15€ (residentes no concelho) | 20€ (não residentes)
Entradas diárias (segunda a sexta):
Até aos 3 anos: Entrada gratuita
4 - 12 anos e +65 anos: 5€
13 - 64 anos: 7€

Entradas diárias (fins de semana):
Até aos 3 anos: Entrada gratuita
4 - 12 anos e +65 anos: 7€
13 - 64 anos: 8€
Cartão Jovem Municipal da Chamusca: 50% de desconto
Entradas gratuitas nos dias 6 e 25 de dezembro

Horários:
Dia 6 de dezembro: abertura às 18h00
Segunda a domingo: das 14h30 às 20h30
24 das 14h30 às 18h00
25 de dezembro das 14h30 às 19h00

Programa disponível em https://www.cm-chamusca.pt/parque-dos-sonhos.

🎯 EDIÇÃO DE DEZEMBRO DO JORNAL ABARCA:✅ "𝗔 𝗗𝗢𝗖𝗘 𝗩𝗜𝗗𝗔": Vítor Antunes e Maria Conceição Franco voltaram a Portugal e inst...
01/12/2024

🎯 EDIÇÃO DE DEZEMBRO DO JORNAL ABARCA:

✅ "𝗔 𝗗𝗢𝗖𝗘 𝗩𝗜𝗗𝗔": Vítor Antunes e Maria Conceição Franco voltaram a Portugal e instalaram-se em Mação, onde ele tem raízes. Com o regresso trouxeram também um sonho: a Doce M, uma padaria e pastelaria de fabrico próprio.

✅ "𝗔𝗦 𝗧𝗥𝗔𝗡𝗦𝗙𝗢𝗥𝗠𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗞𝗘𝗡𝗜𝗔": Kenia de Aguiar Ribeiro é uma fotógrafa brasileira que se apaixonou e radicou na nossa região.

✅ "𝗢 𝗗𝗜𝗔 𝗤𝗨𝗘 𝗗𝗨𝗥𝗢𝗨 𝟮𝟳 𝗔𝗡𝗢𝗦": O 1.º de Dezembro, Dia da Restauração da
Independência, durou 27 anos numa árdua luta contra Espanha.

✅ "𝗩𝗜𝗟𝗔 𝗚𝗔𝗟𝗘́ 𝗧𝗥𝗔𝗡𝗦𝗙𝗢𝗥𝗠𝗔 𝗖𝗔𝗥𝗗𝗜𝗚𝗔": O Grupo Vila Galé vai investir 20 milhões de euros para converter a Quinta da Cardiga num hotel de luxo.

✅ "𝗠𝗘𝗠𝗢́𝗥𝗜𝗔": Faleceu a “Bruxa do Pego”. Deixou história a mulher que a muitos assustava e a outros tantos ajudava.

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟𝗠𝗘𝗡𝗧𝗘, 𝗢 𝗠𝗨𝗦𝗘𝗨"À chamada para a inauguração do Museu Municipal de Alcanena, concelho onde nasci e resid...
30/11/2024

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟𝗠𝗘𝗡𝗧𝗘, 𝗢 𝗠𝗨𝗦𝗘𝗨"

À chamada para a inauguração do Museu Municipal de Alcanena, concelho onde nasci e resido, no dia 4 de Outubro, disseram presente algumas dezenas de pessoas, um considerável número que não deixou de me impressionar. Alguém disse: “Sabes, é que as pessoas já estavam à espera disto há muito tempo”; instintivamente respondi: “Pelo contrário: as pessoas já não estavam à espera!”.

A saga do Museu Municipal de Alcanena foi, durante décadas, um embaraço político e, consequentemente, uma paródia social. Durante mais de vinte anos lutou-se por um espaço e uma ideia para o museu. E, finalmente, em 2008, no final da presidência de Luís Azevedo, e com o valioso contributo do vereador Daniel Café, concluiu-se o edifício que haveria de albergar o espaço museológico.

Em 2009 aconteceu o pior cenário para Alcanena: a eleição de uma presidente sem visão, sem um conceito estratégico, sem um projecto para o concelho, interessada em servir “papas e bolos” ao povo para se ir reelegendo e perpetuando no poder. Incidindo sobre o tema do museu, o resultado é o espelho do que escrevo: em 2021, quando finalmente saiu do poder, o espaço concluído em 2008 e no qual houve um investimento inicial de 1 milhão e 700 mil euros continuava por inaugurar e entregue ao abandono. Durante doze anos as suas promessas de inaugurar o museu foram muitas, sobretudo em período de campanha eleitoral, mas - sem surpresa para quem estava atento - nenhuma se concretizou.

O actual executivo investiu para reabilitar um edifício inexplicavelmente deixado devoluto, estabeleceu uma ideia concreta para o museu e deu-lhe uma abrangência que vai da arqueologia à histórica local, num espaço temporal que abrange 47 mil anos: sim, Alcanena é naturalmente muito mais do que os curtumes.

Sobre isto, abro um parênteses. Felicito o actual executivo por ter destinado o espaço a mais do que um museu dos curtumes. Essa é uma arte que deve orgulhar todos os alcanenenses, mas a insistência em reduzir a nossa terra a “Capital da Pele” tem sido altamente destrutiva para o concelho a nível económico, cultural, ambiental e social - para não dizer político.

Orgulho. Foi isto que sentiram aqueles que visitaram o Museu Municipal de Alcanena na sua inauguração. Ali mora, agora, um espaço que reflecte o que é ser alcanenense. E também foi o que eu senti em relação a uma pessoa em particular: o meu amigo Gabriel Feitor, historiador e coordenador técnico do projecto. Para quem o conhece sabe que aquele espaço tem a sua impressão digital. Sem ele, o museu poderia existir um dia, mas não seria tão completo e valioso.

A todos os que deram vida a este sonho com quatro décadas, mas ao Gabriel em especial, enquanto alcanenense deixo o meu profundo obrigado. Finalmente, temos o nosso Museu. Que se lhe dê vida!

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 𝗘𝗠 𝗔𝗕𝗥𝗔𝗡𝗧𝗘𝗦"Nas recorrentes visitas que faço a Abrantes, seja por razões pessoais ou de outra índol...
30/11/2024

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 𝗘𝗠 𝗔𝗕𝗥𝗔𝗡𝗧𝗘𝗦"

Nas recorrentes visitas que faço a Abrantes, seja por razões pessoais ou de outra índole, e tendo por hábito acompanhar à distância tudo o que nela acontece, particularmente em termos desportivos, uma das paragens que não dispenso é a Cidade Desportiva. Para rever amigos, como também presenciar um qualquer evento que nela possa estar a desenrolar-se.

Tal como aconteceu ainda recentemente, em que tive a oportunidade de confirmar, como se isso fosse necessário, a dinâmica que aquele espaço de eleição para a prática desportiva tem patenteado, num claro exemplo do bem-fazer ou acontecer na área em apreço. Desde a prova Trail Abrantes 100, competição de basebol ou os habituais jogos de futebol dos escalões de formação, muitas foram as centenas ou até mesmo milhares de pessoas que participaram ou presenciaram os vários eventos atrás referenciados.

Uma realidade que contraria a velha tese de que em Abrantes nada acontece, numa visão distorcida e muitas vezes toldada por interesses que não são aqueles que melhor contribuem para a imagem da cidade e do próprio concelho. Quais tiros nos pés, protagonizados por quem carrega no gatilho e que podiam abster-se de dar. Mas que valem o que valem.

E como são importantes as dinâmicas desportivas, independentemente do seu caráter, e a função preponderante que cumprem nas comunidades, no seu desenvolvimento social, no qual impactam diretamente. Através das políticas desportivas que têm vindo a serem implementadas, consubstanciadas na oferta de condições de excelência para a prática desportiva (note-se apenas a ausência de uma infraestrutura desportiva com as condições ideais para praticantes e público direcionada para as modalidades de pavilhão - acredito que lá se chegará), para além dos tão necessários apoios concedidos pela autarquia, através dos programas disponibilizados. Quem não se recorda, pelo menos aqueles que sempre estiverem associados ao fenómeno desportivo em Abrantes disso estarão recordados, da criação do FINDESP – Programa de Apoio Desportivo, lançado num passado já algo distante, e o seu caráter pioneiro, que permitiu aos clubes saberem com o que passavam a contar em termos de apoio financeiro às suas atividades desportivas federadas, fosse na área da formação ou de competição? Boas recordações para quem, até aí, vivia num paradigma de apoios ocasionais, algumas vezes sem qualquer critério ou regulação.

Poderia ainda aqui invocar muitos outros benefícios que os acontecimentos de que a Cidade Desportiva vai sendo palco, sem esquecer todos os outros recintos desportivos existentes no concelho, aportam para Abrantes e os abrantinos. Seria fastidioso estar aqui a enumerá-los. Mais importante do que tudo isso é valorizarmos a estratégia que a autarquia tem vindo a seguir. Ao investir no desporto, o Município de Abrantes está a contribuir para uma melhor qualidade de vida, para a existência de práticas saudáveis, com todo o impacto positivo que daí emerge. Sem esquecer quem o protagoniza. Gente capaz, com conhecimento e a sensibilidade que se exige para responder de acordo com as necessidades.

Recorrendo a uma conhecida frase dos tempos das invasões francesas, “Em Abrantes, nada está como dantes”.

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗖𝗨𝗟𝗧𝗨𝗥𝗔 𝗖𝗜𝗘𝗡𝗧𝗜́𝗙𝗜𝗖𝗔"É tido como certo que, em 1675, Isaac Newton – físico e matemático inglês – escreveu “se...
30/11/2024

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗖𝗨𝗟𝗧𝗨𝗥𝗔 𝗖𝗜𝗘𝗡𝗧𝗜́𝗙𝗜𝗖𝗔"

É tido como certo que, em 1675, Isaac Newton – físico e matemático inglês – escreveu “se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes” ou, simplesmente, “se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Com tal frase – inspirada numa citação mitológica – Newton assumia a humildade própria dos cientistas que, mesmo autores de trabalhos notáveis, não esquecem que cada progresso científico é resultado de trabalho coletivo acumulado ao longo de anos e, por vezes, de várias gerações. A frase foi (e continua a ser) repetida em circunstâncias várias, desde astronautas que realizaram as primeiras viagens à Lua até pessoas que dedicam as suas vidas ao apoio a outras com dificuldades diversas, ao desenvolvimento e sustentabilidade de instituições de solidariedade social ou de empresas que honram o respeito por quem as serve. Sempre sobrepondo o fruto do seu esforço ao de outros que os antecederam, mas … “sempre de pé”, em permanente atitude cuidadora. E foi sempre assim – nas diferentes áreas do conhecimento – que se produziram os progressos, mais notórios em regiões do nosso planeta onde os ambientes culturais facilitam as trocas de conhecimentos e de saberes, e os mecanismos sociais promovem os convívios e o verdadeiro exercício de uma cidadania de que, ao fim de décadas, se tornarão visíveis os efeitos positivos.

Em Portugal, no início do século passado surgiram dois “gigantes”, Bento de Jesus Caraça (1901-1948) e Rómulo de Carvalho (1906-1997) que abririam o interminável caminho de mostrar a indispensabilidade do conhecimento para a vivência (e convivência) numa sociedade tolerante, solidária e democrática. O primeiro, promovendo a então designada cultura popular, com a demonstração de que a matemática é ferramenta de grande utilidade e … fácil de aprender, que a leitura é indispensável à imaginação de como o outro sente e vê o assunto que descreve, identificando, assim, diversas formas de “ver” o mesmo facto. Impulsionador das Universidades Populares e autor da notável “Biblioteca Cosmos”, Bento de Jesus Caraça terá influenciado não só Rómulo de Carvalho, seu contemporâneo, bem como outros “gigantes” que lhes sucederam, concebendo e ajustando métodos cada vez mais adequados às «habilidades literárias» da generalidade da população portuguesa. Rómulo de Carvalho abre o prefácio da 1.ª edição do seu livro A FÍSICA NO DIA-A-DIA com as frases “Este livro é para si, meu amigo. Foi escrito a pensar em todas aquelas pessoas que gostariam de estudar e de aprender mas que não tiveram ocasião para isso. Trata o leitor por “amigo” e coloca-lhe questões relacionadas com factos do dia-a-dia: “O meu amigo já observou, com atenção, a água quando está a ferver? Então observe bem, que aprende aí muita coisa”. Termina sempre com uma explicação fácil e esclarecedora, despertando cada vez mais curiosidades.

José Mariano Gago (1948-2015), bebeu – como outros – esta estratégia de tomar a vida prática de cada cidadão para, a partir disso, alertar para a ciência associada a todas as coisas que acontecem nas circunstâncias mais diversas da vida quotidiana e o prazer que resulta de se “saber por que” um determinado fenómeno acontece. Quando aprofundava a sua formação científica, em Genebra, reunia-se duas ou três vezes com trabalhadores emigrantes portugueses – na então designada «Universidade Operária de Genebra» - não só para lhes facilitar o exercício da linguagem local, mas também para, ouvindo-os falar das suas vidas anteriores ao ato de emigrar – e mesmo das profissões que passaram a desempenhar – propor conversas e debates sobre as ciências com que permanentemente lidavam. O livro que resultou de tais experiências (Homens e Ofícios) ilustra bem como
Mariano Gago tomou – à sua maneira – caminho idêntico ao que haviam trilhado Bento de Jesus Caraças e Rómulo de Carvalho. Pouco tempo antes de morte deste, José Mariano Gago, duas vezes ministro de pastas relacionadas com a Ciência e a Tecnologia, pediu a Rómulo de Carvalho/António Gedeão que aceitasse que a data do seu nascimento recebesse a designação de “Dia Nacional da Cultura Científica”, pedido que o professor, pedagogo, historiador e poeta acabaria por aceitar, não sem antes oferecer alguma resistência, por entender que apenas tinha – com muita satisfação - cumprido o seu dever de cidadão.

24 de novembro – Dia Nacional da Cultura Científica.
Escolhida a data do nascimento de Rómulo de Carvalho para comemorar não só a qualidade do trabalho do homem de ciência, mas também do poeta cuja obra está impregnada de poesia que torna aliciante a abordagem de temas científicos e quotidianos, nesta ocasião são inúmeras as iniciativas em diversas instituições do país: exposições, colóquios e experiências científicas, na maioria das quais participam investigadores que – sempre de pé – não se inibem de ocupar os ombros de gigantes, incentivando o cidadão comum, mas, essencialmente, crianças e jovens, na esperança de que, também eles, desejem – sempre - ver mais longe!

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗔𝗗𝗜𝗩𝗜𝗡𝗛𝗔𝗥 𝗘́ 𝗣𝗥𝗢𝗜𝗕𝗜𝗗𝗢"Estava de serviço naquela fase da noite em que o tempo corre mais devagar por ser hora...
30/11/2024

𝗖𝗥𝗢́𝗡𝗜𝗖𝗔 | "𝗔𝗗𝗜𝗩𝗜𝗡𝗛𝗔𝗥 𝗘́ 𝗣𝗥𝗢𝗜𝗕𝗜𝗗𝗢"

Estava de serviço naquela fase da noite em que o tempo corre mais devagar por ser hora de sono e adormecimento, quando o enfermeiro me veio chamar:
— Telefone para si… De fora.

Era a Gabriela que não se dava bem com relógios, cronometria em geral. Sabia que eu estava de banco e bastava. Ainda não me tinham instalado o telefone em casa, eram difíceis as comunicações. Mas ela tinha falado com o tal Peter Sims, que deixava Londres.

— Acho que veio hoje. Pediu-me que te dissesse que ia ficar em Lisboa por um tempo e se tu lhe podias devolver o mouleskine. Não lhe dei o número do hospital porque tu não ias gostar.
— Mas o Gustavo não levou o mouleskine para o trabalho?
— Não. Está ali na estante, dentro do s**o de plástico, mas aquela cabeça…
Eu tinha de ir a Lisboa, contrariada como sempre, mas não devia evitar.
— Talvez para a semana. Ligo na véspera.

A Gabriela desde aquele divórcio traumatizante fechara-se no trabalho, deixando de diferenciar os dias da semana, os dias festivos e agora, se bem me parecia, a noite do dia. Só trabalhava. Tudo o que ninguém queria fazer, ela fazia. De modo que era uma espécie de zombie pelos corredores do hospital, sabendo tudo de toda a gente e vivendo apenas para isso. Mesmo as férias era preciso chamarem-na da secretaria para as marcar. Ela nem percebia porquê.

E se não fosse esse telefonema nunca mais me lembraria do “homem sem cara” que afinal tinha outra cara mas eu continuava a ignorar quem era. Era de outro mundo. O mundo em que eu existia era longínquo e funcionava de um modo muito diferente.

Fui a Lisboa porque precisava de ir ao hospital de Santa Maria, o Professor de Dermatologia já estava jubilado mas ia ao Serviço como se estivesse no activo e era ele que eu queria encontrar. Depois de me tratar a verruga na testa e me aconselhar que não me preocupasse, não resisti a perguntar-lhe:
— O Professor lembra-se dum doente que era amigo do Clemente e esteve anos por cá porque não tinha cara?
— Ah! Esse era o Zé Brás. Mas não era doente do Serviço. Era da Plástica e da Otorrino. Nós tivemos um papel pouco relevante, mas sim, o Clemente era muito amigo dele. E ele teve sempre cara. Muito deformada e foi a última etapa da sua, digamos, reconstrução.
— Mas ele não falava e usava uma máscara.
— Não falava porque não queria. Quando saiu daqui e começou a andar de combóio, onde a Teresa o encontrava com a máscara, já podia falar. As primeiras operações foram à laringe.
— Porque é que não falava?
— Ah! Ele nunca aceitou a voz depois da operação. Mas nessa altura em que usava máscara ainda não tinha sido feito o nariz nem a boca. Vinha cá para aulas de terapia da voz e Psiquiatria. O Zé Brás nunca aceitou a voz nem a cara que lhe reconstruíram.
“Zé Brás” ficou a baralhar-me o pensamento. Lamentei ainda mais a morte estúpida do Clemente. “Zé Brás”?

Afinal o homem sem cara, como era chamado por quem dele se lembrava com a máscara e o silêncio, era mais complicado.
“Não aceitou a voz nem a cara” dizia o Professor dentro da minha cabeça, a cara que lhe permitiu ser durante anos o Inspector Clemente na série policial vencedora de todos os prémios na TV em Inglaterra, incluindo a condecoração pela rainha.

Era estranho. Para mim era estranho. Não me chocou nada a sua cara e a voz, nem me lembrava da voz.
— Tu és sempre baralhada!
Acusou-me a Gabriela. Eu que sabia direitinho os dias da semanas e sobretudo a diferença entre o dia e a noite é que era baralhada.
— Não percebo o que tem de estranho a cara dele. E da voz não me lembro.
A Gabriela tinha regressado de férias, desta vez de Paris, e tinha trazido um corroussel de brinquedo que girava sem cessar em cima da mesa de centro da sala.
— E este carrossel? É um enfeite de Natal, eu é que sou baralhada mas tu tens um enfeite de Natal apoteótico no mês de Setembro…
— Natal é “sempre que um homem quiser”, disse um poeta. Eu sei que estamos em Setembro.
A Gabriela não gostou do meu reparo.
— E não vejo que o Peter se mostre incomodado com a cara ou a voz. Fala bem. É simpático.
— Mas, segundo me disseram, a voz é semelhante a um actor famoso e a cara também. O que achas? Com quem se parece.
Gabriela ficou a pensar.
— Parece a voz do Marlon Brando no “Padrinho” e a cara não é bem a do Brando mas tem parecenças. Mas acho que ele está muito à vontade quer com a voz, quer com a cara.
Mas não era Peter.
— E sabes como se chama? Não é Peter.
Gabriela voltou a ficar pensativa. Era engraçado, eu é que tinha trazido o “homem sem cara” para o meio de nós, mas a Gabriela é que se aproveitara, sei lá, parecia defendê-lo nem sei bem de quê ou quem.
— Não é Peter?
— Não. Esse é o nome artístico. Acho eu.
A Gabriela tinha combinado irmos jantar com ele. Também vinha o Gustavo Terra.
— Combinado. Vamos ver o que nos conta.

Sinceramente não esperava grandes revelações, mas porque não conviver com um homem que tinha um passado tão rocambolesco?
Às vezes, a vida no seu vagar revela coisas extraordinárias. Mas ninguém adivinha.
Adivinhar é proibido.

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