Fontes Expressis

Fontes Expressis Entrevistas | Reportagens | Crónicas | Opiniões
Por C.Fontes

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰 🄲🄾🄼  𝐀𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨  Octopus Rise   (𝟐𝟕.𝟎𝟏.𝟐𝟒)𝐃𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐚 𝐢𝐧𝐟â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐢 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐚𝐭𝐫...
27/01/2024

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰
🄲🄾🄼 𝐀𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 Octopus Rise (𝟐𝟕.𝟎𝟏.𝟐𝟒)

𝐃𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐚 𝐢𝐧𝐟â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐢 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐟𝐚𝐦𝐢𝐥𝐢𝐚𝐫𝐞𝐬, 𝐦𝐚𝐬 𝐬ó 𝐚𝐨𝐬 𝟏𝟒 𝐚𝐧𝐨𝐬 é 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐨𝐮 𝐚 𝐭𝐨𝐜𝐚𝐫 𝐮𝐦 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨.
É 𝐠𝐮𝐢𝐭𝐚𝐫𝐫𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐒𝐭𝐞𝐫𝐞𝐨 𝐌𝐨𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟏𝟕 𝐞 𝐞𝐦 𝟐𝟎𝟐𝟎 𝐝𝐞𝐮 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐢𝐬, 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞.
𝐀𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝟑𝟐 𝐚𝐧𝐨𝐬, é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐨𝐮-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐞 𝐝𝐨 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐄𝐏 "𝐑𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚".

𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨.
Toda a minha infância foi presenciada por música, desde o meu pai a tocar ocasionalmente piano, guitarra e bandolim em momentos festivos, como o natal, como pelas bandas que o meu irmão e os meus primos mais velhos faziam parte. Portanto, foi uma coisa muito natural. Contudo, é curioso, só comecei a tocar aos 14 anos.
No fim dos meus 16 anos, início dos 17, ingressei na minha primeira banda, onde fazíamos tributo a Pearl Jam.
Aos 18 anos, fui para a universidade, na ilha Terceira. Comecei a tocar bandolim numa tuna – a TUSA. Fi-lo por 5 anos. Ao mesmo tempo fiz parte de uma banda de covers, The Doit, que me fez crescer imenso como pessoa. Só aí comecei a perceber a importância que a música tinha na minha vida.
Por volta de 2017, não consigo precisar, já de regresso a São Miguel, ingressei nos Stereo Mode, banda que me encontro ainda atualmente.
Em 2020 nasceu o projeto Octopus Rise, durante a pandemia.

𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐨𝐮 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐥𝐡𝐞 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐦?
Cronologicamente, comecei por amar Red Hot Chilli Peppers, Korn e Nirvana. Seguiu-se a adolescência com Iron Maiden, Cradle of Filth, Children of Bodom, Nightwish, Metallica e Slipknot. Posteriormente, comecei a ouvir Pearl Jam, System of a Down, Rage Against The Machine, Foo Fighters e Audioslave. Atualmente, Porcupine Tree.

𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞 é 𝐮𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐢.
𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨.
Graças aos Stereo Mode tenho o privilégio de tocar ao vivo com muita frequência. Quando surgiu a pandemia, a minha vida era uma correria. Aí, habituado à azáfama dos palcos, senti realmente necessidade de tocar. As emoções eram muitas e distintas, na altura. Havia uma incerteza futura, condição propícia para criar “o meu tipo” de música. Além disso, o tempo disponível era imenso, que melhor altura do que uma pandemia para gravar algo?
Como a necessidade aguça o engenho, comecei por estudar como trabalhar com uma Digital Audio Workstation (DAW), como criar baterias num teclado MIDI, princípios de mistura e….nasceram gémeos: não só criei uns temas, como desenvolvi a minha maior e mais atual paixão, a gravação e mistura de áudio.

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩õ𝐞𝐦 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨?
Para já, nessa fase prematura, não sinto necessidade de arranjar elementos fixos para fazerem parte integrante do projeto. Até porque, sinceramente, ainda não encontrei uma entidade para o mesmo. Se vos mostrar “a minha gaveta de ideias” por gravar, vai desde gótico a pop, passando pelo rock, por instrumentais épicos, metal e acabando em blues – uma mistura enorme. Mas posso vos adiantar que mais coisas irão nascer pelos mesmos membros do EP – Revolta!
Letras, guitarras, baixo – Alberto Furtado
Bateria – Nuno Tavares
Voz – João Melo
Mixagem e masterização – Alberto Furtado

“𝐑𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚” é 𝐨 𝐯𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐄𝐏 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐨 𝐢𝐧í𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨. 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐄𝐏 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨?
Impossível, infelizmente. Não sei se é suposto dizer nomes, mas há uma banda que trabalha no mundo da música quase a tempo inteiro aqui em São Miguel – e MUITO BEM – e dar o passo seguinte é difícil. Nunca me esquecerei de uma conversa que o meu pai me disse. A música é ótima, claro que sim, mas como hobby. Nunca irei deixar de ter isso na mente. Infelizmente, repito.

𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐪𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐮 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 𝐞 𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝟓 𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐚𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐦 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐄𝐏?
Se soubesse a resposta, seria ótimo!! Podia chegar a casa e conseguir escrever outros tantos (rindo).
Agora a sério, para criar tenho de estar num dia mau. Frustrado, aborrecido, com energia para gastar. É, digamos, o meu ginásio. Vou lá, descarrego, e sinto-me muito melhor!
No caso específico desse EP, o tema “Guerra” foi criado e inspirado durante o conflito Rússia – Ucrânia. O tema “Ir” é simplesmente sobre seguir e lutar pelos sonhos, não basta querer, é preciso agir. “Amor platónico”, o título fala por si. “Bom Rapaz” é sobre um sujeito que presenciei maltratar a sua companheira, e “És Capaz” é sobre a rotina no trabalho fazendo um paralelismo para a falta de valorização por parte da entidade empregadora.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐚 𝐫𝐞𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐨 𝐚𝐭é 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚?
Público? Qual público?
Lançar música em São Miguel, pelos vistos, é uma competição maior do que o futebol, tem mais mexericos do que novelas mexicanas, e recorre-se à “ajuda do público” mais do que no “Quem Quer Ser Milionário” – especialmente com as redes sociais tão presentes no nosso quotidiano. Em relação a pessoas mais chegadas, o feedback tem sido ótimo!! Guitarras vibrantes, bateria punchy, vocais magníficos – “um projeto super atual tanto na sua composição como na sua sonoridade”.

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨? 𝐒𝐮𝐛𝐢𝐫 𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐚𝐥𝐜𝐨 é 𝐮𝐦 𝐨𝐛𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨?
Objetivo sim, para já, não. Tudo a seu tempo.

𝐃𝐞𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐡𝐚𝐯𝐞𝐫á 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐩𝐫𝐞𝐭𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐯𝐞𝐫𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐫 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐥𝐡𝐞 𝐝á 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐮𝐥𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬?
Num cover, se me disserem que estou a tocar algo errado, tranquilo. Corrige-se. Num original, se dizem que “o refrão está feio”, estão a arrancar uma parte de ti, da tua alma, dos teus sentimentos. Uma música original é uma extensão de nós. Relativamente à subjetividade do prazer, é super assustador apresentar algo nosso, tão íntimo. Assim sendo, até certo ponto, será mais fácil disfrutar de um concerto de covers. Nunca tive a oportunidade de tocar algo original ao vivo.

𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐩𝐢𝐧𝐢ã𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐧𝐨𝐬 𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬?
Como tudo na vida, acho que há projetos MUITO bem conseguidos e outros nem tanto. Mas o gosto é subjetivo, o que seria do verde se gostássemos todos de amarelo, certo? Uma coisa é certa, e aí ninguém pode discordar: nunca se fez tanta e tão boa música nos Açores como se tem vindo a fazer nos últimos 5 anos.

𝐀 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐨𝐬 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 é 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐧ó𝐬. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢?
É um melhor amigo. Não o vejo todos os dias, mas quando preciso ele está lá e nunca me falha.

𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐨𝐮𝐯𝐢𝐫 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞?
Em todas as plataformas digitais.

✍️ C.Fontes
Fotos: DR

𝐋𝐢𝐧𝐤𝐬 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚:
𝐅𝐚𝐜𝐞𝐛𝐨𝐨𝐤: https://www.facebook.com/octopusriseband
𝐈𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦:https://www.instagram.com/octopusriseband?igsh=MWRweDZqa2w5NWI0Nw==
𝐘𝐨𝐮𝐓𝐮𝐛𝐞:https://youtube.com/?si=_sQRZ_S9mh9GWO9P
𝐒𝐩𝐨𝐭𝐢𝐟𝐲:https://open.spotify.com/artist/0ghpRUvqV96y3SatnuOv2k?si=gHHa7u6tSuiGYQa6ouUgQg

Nova entrevista a caminho com Alberto Furtado, compositor e mentor de Octopus Rise, projeto de originais da ilha de São ...
26/01/2024

Nova entrevista a caminho com Alberto Furtado, compositor e mentor de Octopus Rise, projeto de originais da ilha de São Miguel, Açores.
Fiquem atentos!

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰 🄲🄾🄼  𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐨 𝐌𝐚𝐭𝐨𝐬 Kakerlakk  (19.09.23)𝐕𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐜𝐞𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐜𝐨𝐦...
19/09/2023

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰
🄲🄾🄼 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐨 𝐌𝐚𝐭𝐨𝐬 Kakerlakk (19.09.23)

𝐕𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐜𝐞𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐨𝐮 𝐚 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚. 𝐓𝐞𝐦 𝟒𝟓 𝐚𝐧𝐨𝐬, é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐏𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐃𝐞𝐥𝐠𝐚𝐝𝐚, 𝐒ã𝐨 𝐌𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥, 𝐦𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐢 é 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐨, 𝐝𝐚 𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐏𝐢𝐜𝐨, 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐥𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐭𝐞𝐫𝐧𝐨. 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐨 𝐌𝐚𝐭𝐨𝐬 é 𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐬𝐢𝐭𝐨𝐫 𝐞 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤, 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐑𝐨𝐜𝐤 𝐚𝐥𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐭𝐢𝐯𝐨, 𝐪𝐮𝐞 𝐫𝐞𝐠𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐚𝐨 𝐚𝐭𝐢𝐯𝐨, 𝐚𝐩ó𝐬 𝐮𝐦 𝐥𝐨𝐧𝐠𝐨 𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐫𝐞𝐠𝐧𝐨. 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐨 𝐌𝐚𝐭𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐯𝐞 à 𝐜𝐨𝐧𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐅𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐄𝐱𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬𝐢𝐬 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐨𝐮-𝐧𝐨𝐬 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐭ã𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐫𝐞𝐠𝐫𝐞𝐬𝐬𝐨.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?
Desde que me lembro, a música fez sempre parte da minha vida. A minha mãe foi vocalista dos Académicos nos anos 60 e o meu pai foi técnico de som deles quando veio do Pico para S. Miguel; uma das minhas tias maternas foi fadista durante muitos anos; no lado do Pico, um dos meus tios tocava acordeão e muitos dos meus familiares tocavam (e tocam) em filarmónicas; outro dos meus tios tocava teclas na Orquestra Ligeira da Câmara da Horta. Sempre ouvi um pouco de tudo. Ouvia os discos e cassetes que os meus pais tinham em casa, ou o que estivesse a dar na rádio ou na televisão, ou os discos e cassetes da minha tia. Estava sempre rodeado de música, de uma maneira ou de outra.

𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚?
O que ficou realmente, de entre tudo o que ouvi conscientemente na minha infância, foi sobretudo coisas como Beatles ou Elvis Presley. Tive uma grande fase de Elvis por volta dos 9/10 anos. Também por essa altura ouvia alguma música açoriana, como por exemplo Zeca Medeiros, sobretudo através das bandas sonoras das suas séries, e Luís Alberto Bettencourt, de quem guardo como recordação mais antiga o “Vapor da Madrugada”, com que os Rimanço foram finalistas do Festival RTP da Canção em 1986. Mais tarde, na transição para a adolescência, comecei a ouvir coisas diferentes. Um dos meus primeiros CDs foi o Automatic for the People, dos REM, que ouvi vezes sem conta. Dentro do que começava a ser apelidado de grunge, ouvi primeiro Nirvana e Pearl Jam, e um pouco depois Soundgarden, Stone Temple Pilots, ou Alice in Chains. Pelo meio, Smashing Pumpkins, Ornatos Violeta, Placebo, Silverchair, Foo Fighters, entre muitos outros. Por volta de 1994 entrei no Punk Rock através, sobretudo, dos Bad Religion, NOFX, Rancid, Green Day, Offspring ou Ramones. São muitas influências, de diversos estilos, mas sempre a pender mais para o lado alternativo do Rock.

𝐎𝐬 𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐞𝐦 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨?
Tudo começou por volta de 1991, ano em que aprendi a tocar violão sozinho. Tinha 13 anos e foi aí que houve aquele “clique”. Por volta de 1994 comecei a compor vários temas e a ideia de formar uma banda era cada vez mais forte. Em 1996, juntamente com alguns colegas de turma, concretizamos isso e formamos os Raios Partam, participando no concurso Novas Ondas desse ano. Depois disso o grupo desfez-se, já que todos os membros, à minha excepção, partiram para o Continente para prosseguirem os estudos. Continuei a compor, sempre para "consumo interno", e em 1999 fui convidado por Zeca Medeiros para participar no programa da RTP Jardim das Estrelas, de Júlio Isidro, com um tema em português, “Almas Perdidas”. Ainda sem banda, ia gravando todos os meus temas em casa, numa mesa de gravação, tocando todos os instrumentos, com participações pontuais de amigos e familiares em alguns temas. Já em 2003, mais uma vez a convite de Zeca Medeiros, compus a música para um poema do escritor picoense José Dias de Melo, “Cantar do Meu Desejo Maior”, que interpretei num programa celebrativo dos seus 50 anos de carreira, transmitido na RTP-Açores. Finalmente, no mesmo ano, surgiu a oportunidade de mostrar o material composto ao longo dos anos no programa da RDP Última Fronteira, de Herberto Quaresma. Foi enviada uma maquete com 5 temas, e a “banda”, pela primeira vez em público com o nome Kakerlakk, passou à 2ª fase, que consistia na gravação em estúdio de alguns temas. Logo depois dessa sessão fiz uma pausa de mais de 7 anos. Deixei de escrever e de compor. Em janeiro de 2011, decidi tentar novamente formar a banda. Contactei o André Gouveia, dos In Peccatum, que já conheço desde a infância e que já tinha também colaborado comigo nas gravações da RDP, para tocar baixo, e o António Couto, dos Drakh (estava nos Nableena na altura), para tocar guitarra. Quando estávamos à procura de um baterista e de um teclista para começar a ensaiar, infelizmente a minha mãe morreu subitamente e o projeto foi novamente suspenso. Em janeiro deste ano, 12 anos depois, voltei a contactar o Gouveia para tentar gravar alguns dos temas e finalmente publicá-los. Foi assim que, através dele, conheci o Stepan Kobyakin – que também é membro dos In Peccatum – e os Kakerlakk têm vindo a gravar no estúdio do Stepan, StepKeys Studio, desde o início do ano.

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩õ𝐞𝐦 𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚?
Neste momento sou eu nas guitarras e vozes, o Gouveia no baixo e o Stepan nos teclados e programação de bateria.

𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤 𝐧ã𝐨 é 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐮𝐦 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐯𝐮𝐥𝐠𝐚𝐫. 𝐂𝐨𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐫 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚?
Literalmente, signif**a “barata”, o insecto, em norueguês. Tenho amigos noruegueses há quase 30 anos e essa palavra surgiu num contexto de brincadeira, em que estava a aprender palavras em norueguês, e achei piada quer ao aspecto da palavra escrita, quer ao som. Foi ao acaso, mas acabou por ser uma palavra que ficou comigo desde essa altura.

𝐏𝐨𝐫 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬, 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐚-𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐟í𝐜𝐢𝐥 𝐜𝐚𝐭𝐚𝐥𝐨𝐠𝐚𝐫 𝐮𝐦 𝐝𝐞𝐭𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐨𝐮 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 à 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐠é𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐞 𝐬𝐮𝐛𝐠é𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐦. 𝐂𝐨𝐦𝐨 é 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐞 𝐨 𝐬𝐨𝐦 𝐝𝐞 𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤?
Concordo quando diz que se torna difícil catalogar ou rotular alguém, principalmente hoje em dia. Há demasiados géneros e subgéneros, efectivamente. De qualquer maneira, tendo em conta as minhas várias influências sobretudo underground, julgo que o som se enquadra claramente no Rock, mas não na sua vertente mainstream, daí preferir catalogá-lo como alternativo.

𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐪𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 𝐞 𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬?
Geralmente “aparece” uma melodia curta, ou um som, um riff, pode mesmo ser só um acorde que me agrada, e desenvolvo o resto a partir daí. Não há hora marcada. Às vezes é nas alturas mais improváveis e nunca dá certo, pelo menos comigo, se tiver que programar um dia e uma hora para compor alguma coisa. Tem que ser espontâneo. Normalmente faço sempre a música primeiro e depois vem a letra. Na altura em que compus tudo o que tenho hoje para gravar, ou seja, de há quase 30 anos para cá, quando tinha uma ideia pegava num gravador de cassetes e gravava a melodia, geralmente no violão, cantando uma “letra” que às vezes não dizia absolutamente nada. Saíam frases no meio dessas tolices e aproveitava uma ou outra coisa para escrever a letra, isto quando aproveitava. Algumas não tinham mesmo hipótese de salvação… Hoje em dia já existem os telemóveis, com os seus prós e contras, claro, mas com a enorme vantagem de estarem sempre à mão nas alturas em que as ideias aparecem.

𝐉á 𝐬ã𝐨 𝐜𝐢𝐧𝐜𝐨 𝐬𝐢𝐧𝐠𝐥𝐞𝐬 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐝𝐨𝐬, 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 “𝐍𝐨𝐯𝐚” é 𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞. 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐚 𝐫𝐞𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐨 𝐚𝐭é 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚?
Tem sido bastante positiva e já é o terceiro single com mais visualizações no YouTube, por exemplo. Em geral, todos os singles têm sido bem recebidos, o que me deixa extremamente satisfeito e orgulhoso do trabalho que se tem desenvolvido.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐭ú𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐯𝐨𝐬𝐬𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬?
Como já mencionei, todo o processo de estúdio está a cargo do Stepan, no seu StepKeys Studio. Tenho orgulho em ser o primeiro projecto a gravar naquele estúdio e tem sido um privilégio trabalhar com ele. É uma pessoa extremamente competente, um músico de eleição, e como técnico tem imensa sensibilidade, profissionalismo e tacto. Todos os temas já tinham sido gravados há mais de 20 anos e muitos não tinham teclas, uma vez que eu não toco esse instrumento (aproveito a oportunidade para mandar um abraço ao meu primo Augusto Macedo, que foi um dos que contribuiu para as gravações de teclas e até alguma produção naquela altura e é uma das minhas “almas gémeas” na música), por isso o Stepan também tem sido uma peça-chave na adaptação e até mesmo composição de algumas partes de teclas, na programação da bateria e na própria publicidade (sessão fotográf**a, vídeos, composição gráf**a, teasers, banners…). Aqui f**a, uma vez mais (e nunca é demasiado) o meu singelo, mas sincero, agradecimento a ele. Queria também deixar uma palavra de apreço e de amizade ao Gouveia por tudo o que fez por este projecto (que acaba por ser por mim) ao longo destes 20 anos. Esteve em 2003 nas gravações da RDP-Açores, em 2011 quando era para recomeçar, está agora neste novo recomeço e esteve noutras alturas da minha vida além de Kakerlakk. Como já referi, é um dos meus amigos mais antigos e isso não tem preço. É extremamente atencioso, disponível e amigo do seu amigo. Foi um dos responsáveis por não deixar que eu esmorecesse e através dele tive esta oportunidade de publicar o meu trabalho. Todos temos as nossas vidas, trabalhamos, temos famílias, compromissos, outros projectos, por isso ainda dou mais valor ao que se tem vindo a conseguir concretizar. Aprecio e agradeço infinitamente a amizade, a disponibilidade e o apoio do Stepan e do Gouveia.

𝐄𝐬𝐭á 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨 𝐨 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 á𝐥𝐛𝐮𝐦?
Sim, temos o objectivo de lançar o nosso álbum de estreia num futuro próximo.

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤 𝐧𝐨 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨? 𝐅𝐚𝐳𝐞𝐦 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐧çõ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐮𝐛𝐢𝐫 𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐚𝐥𝐜𝐨?
Podem contar com Kakerlakk, sem dúvida. O plano está definido: vamos completar a banda, falar com os elementos que faltam e queremos arranjar uma sala de ensaio para começar a trabalhar no sentido de subir a um palco assim que estivermos preparados, o que eu gostava que fosse o quanto antes. Por outro lado, vamos continuar a lançar singles e, eventualmente, álbuns, e poderá vir a ser lançado um videoclip. Temos muito para dar e queremos que contem connosco.

𝐍𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐩𝐢𝐧𝐢ã𝐨, 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐫𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐧𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨?
Eu sou de um tempo em que havia bandas por todo o lado. Sempre mais dentro do metal, mas não faltava bandas e algumas iniciativas para incentivá-las e promovê-las. Vivemos numa região em que não é fácil alcançar grandes metas, seja pela situação geográf**a, seja pela quantidade de recursos disponíveis, mas a verdade – e falo apenas por mim – é que há hoje em dia muito mais hipóteses quer de gravar e produzir, quer de promover o que quer que seja. Não estou a dizer que é fácil, porque tem que haver vontade, trabalho e disponibilidade, mas a verdade é que há mais formas. Tendo voltado ao meio passados estes anos todos, vejo que continua a haver imensa gente com talento, fazem-se videoclipes, lançam-se singles e álbuns, mas julgo que fazia falta talvez mais iniciativas para aparecer esta gente. Aposta-se muito – e isto já acontece há algum tempo – no que é “fácil” de agradar à maioria das pessoas, neste caso as bandas de covers, pelas quais tenho o maior respeito e absolutamente nada contra, e tende-se a deixar de lado, ou nem sequer dar oportunidades, aos projectos de originais.

𝐃𝐢𝐠𝐚-𝐧𝐨𝐬, 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐫𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢.
A música e a alma são uma coisa só, estão interligadas. Não pode haver uma sem a outra e uma não está bem sem a outra. Não há um dia que passe sem que, de uma maneira ou de outra, ouça um pouco de música. Encaro a música como parte da vida.

𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐨𝐮𝐯𝐢𝐫 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 𝐊𝐚𝐤𝐞𝐫𝐥𝐚𝐤𝐤?
Estamos em quase todas as redes sociais e plataformas digitais. Os singles são sempre lançados primeiro no YouTube e depois seguem para várias plataformas. Deixo aqui as principais ligações e uma “Linktree” onde podem encontrar todas as restantes. Desde já agradeço por nos ouvirem. Façam “gosto”, subscrevam, sigam, partilhem… vai valer a pena!

✍️ C.Fontes
Fotos: DR

Links da banda:
Facebook: https://facebook.com/Kakerlakk/
Instagram: https://instagram.com/kakerlakkmusic
YouTube: https://www.youtube.com/
Spotify: https://open.spotify.com/artist/5j3sLHAluENG6schWarXzL?si=7fokIFPJTFCFJJcuiBgsJw&nd=1
Linktree: https://linktr.ee/kakerlakk

Nova entrevista a caminho.Com Carlos Rego Matos, compositor e fundador da banda de Rock alternativo Kakerlakk .Fiquem at...
19/09/2023

Nova entrevista a caminho.
Com Carlos Rego Matos, compositor e fundador da banda de Rock alternativo Kakerlakk .
Fiquem atentos.

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰 🄲🄾🄼  𝐀𝐧𝐚 𝐆𝐨𝐮𝐥𝐚𝐫𝐭   (𝟐𝟑.𝟏𝟐. 𝟐𝟎𝟐𝟐)𝐀𝐧𝐚 𝐆𝐨𝐮𝐥𝐚𝐫𝐭, 𝟑𝟕 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐧𝐚𝐬𝐜𝐞𝐮 𝐧𝐚 𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐏𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐩𝐚𝐢𝐱ã𝐨 𝐚𝐫𝐭í𝐬𝐭𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐞-...
23/12/2022

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰
🄲🄾🄼 𝐀𝐧𝐚 𝐆𝐨𝐮𝐥𝐚𝐫𝐭 (𝟐𝟑.𝟏𝟐. 𝟐𝟎𝟐𝟐)

𝐀𝐧𝐚 𝐆𝐨𝐮𝐥𝐚𝐫𝐭, 𝟑𝟕 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐧𝐚𝐬𝐜𝐞𝐮 𝐧𝐚 𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐏𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐩𝐚𝐢𝐱ã𝐨 𝐚𝐫𝐭í𝐬𝐭𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐞-𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐞 𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚.
𝐉á 𝐥𝐚𝐧ç𝐨𝐮 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐩𝐨𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞, "𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐏𝐚𝐢𝐱ã𝐨", 𝐭𝐫𝐚𝐳 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐢𝐠𝐨 𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐞 𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐧𝐮𝐦 𝐬ó 𝐫𝐞𝐠𝐢𝐬𝐭𝐨.
𝐀𝐧𝐚 𝐆𝐨𝐮𝐥𝐚𝐫𝐭 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐯𝐞 à 𝐜𝐨𝐧𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐅𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐄𝐱𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬𝐢𝐬 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐨𝐮 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐨 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚?
Foi a melhor maneira que encontrei de exteriorizar as emoções, boas e más, que eu guardava no meu interior, enquanto jovem adolescente, e que não tinha a quem recorrer para libertar-me.

𝐃𝐞 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐯𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨?
Vivências, observações, sentimentos e a música é a base da libertação dessa inspiração.

𝐎 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 "𝐀 𝐕𝐢𝐝𝐚 𝐍𝐮𝐦 𝐏𝐨𝐞𝐦𝐚" 𝐟𝐨𝐢 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐝𝐨 𝐞𝐦 𝟐𝟎𝟏𝟒. 𝐐𝐮𝐞 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚𝐬 𝐨𝐮 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐢𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐦𝐢𝐭𝐢𝐫 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨?
Foi uma mistura de poemas iniciais, sentimentos mistos de desgostos, fúrias, paixões, indignação, frustrações, tristeza e alegria.

𝐄𝐦 𝟐𝟎𝟐𝟏, 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐚 𝐩𝐮𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐫 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐮𝐦𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚, "𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐏𝐚𝐢𝐱ã𝐨" , 𝐮𝐦 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐭𝐨-𝐩𝐨𝐞𝐬𝐢𝐚. 𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐞𝐥𝐞.
"Açores de Paixão" levou 8 anos a ver a luz do dia, a ideia surgiu quando lancei "A Vida Num Poema" e sabia que seria de Poesia e Fotografia dedicadas às Ilhas.
O medo de dar o passo final, levou a melhor durante muito tempo, até que realmente decidi que estava na altura de o lançar.
Tem poemas que falam na minha identidade Picoense e Açoriana, bem como o amor que tenho em viajar e conhecer os nossos Açores.

𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐚𝐝𝐪𝐮𝐢𝐫𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬?
"A Vida Num Poema", pode ser adquirido diretamente no site da Edições Vieira da Silva.
https://www.edicoesvieiradasilva.pt/livros/poesia/a-vida-num-poema
"Açores de Paixão", pode ser adquirido no site da Livraria Atlântico.
https://www.livrariaatlantico.com/ficcao/acores-de-paixao

𝐃𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐢𝐥𝐢𝐚𝐫 𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐩𝐨é𝐭𝐢𝐜𝐚?
𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐪𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨.
Uma tem de ser o complemento da outra, quando se lida com palavras e estás a contar uma estória, parte-se do principio que o leitor consegue visualizar a cena, com a fotografia aliada eu tento por à disposição o cenário envolvente, a cativação visual que fornece o fio conector às palavras expostas.

𝐏𝐨𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐨𝐬𝐜𝐨 𝐮𝐦 𝐞𝐱𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐞𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐞𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐬𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢?
"Eu nada sou,
apenas um anjo que pousou,
algo inexistente,
perdida permanentemente,
não existo,
sou algo que persiste,
mas não resisto,
de ser quem existe".
Constará no novo livro que ainda está na forja.

𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐦/𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐦 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚?
Nenhum autor influenciou a minha escrita, não sou nenhuma entendida em poesia ou poetas, embora Fernando Pessoa e Natália Correia sejam os que saltam à minha mente imediatamente.

𝐀 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 é 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱ã𝐨 𝐬𝐮𝐚. 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐫𝐚𝐦 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨𝐬 𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚?
A fotografia chegou desde pequenina, era muito fotogénica em criança, e quando eu tinha 15 anos os meus pais ofereceram-me a minha primeira máquina fotográf**a de rolo.
Posso dizer que o bichinho surgiu nessa altura, mas só o solidifiquei em 2014 quando comprei a minha primeira Máquina Digital e comecei a aprender os conceitos e os mecanismos da Fotografia.

𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐢 𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐝𝐞 𝐭𝐢𝐫𝐚𝐫 𝐚𝐭é 𝐡𝐨𝐣𝐞? 𝐄 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮ê?
Tirei uma recentemente com uma onda a rebentar perto do Moinho, cá em São Roque, e depois fiz uma edição de alto contraste a Preto e Branco, foi uma das minhas favoritas.
Mas é difícil escolher porque todas tornam-se especiais e signif**ativas.

𝐓𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐢𝐯𝐞 𝐫𝐨𝐝𝐞𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐥𝐢𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐚𝐩𝐞𝐭𝐞𝐜í𝐯𝐞𝐢𝐬 𝐩𝐚𝐢𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐧𝐨𝐬 𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬, 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫? 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐞-𝐬𝐞 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐞𝐳𝐚?
Deveria perder-me bem mais, caminhando, mas sim gosto de viajar pelas ilhas e fotografar a luz e as cores que elas me queiram oferecer.
Paisagem é o meu foco principal, mas depois há certos pormenores que despertam a atenção, também aposto muito no Preto e Branco, porque tenho uma alma dramática.

𝐍𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐩𝐢𝐧𝐢ã𝐨, 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐯𝐞 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐮𝐢𝐫 𝐮𝐦 𝐛𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐭ó𝐠𝐫𝐚𝐟𝐨?
Atenção ao pormenor, e gostar do que se faz, apostar naquilo que quer fazer mas ter a humildade de reconhecer que pode haver gente com a mesma aptidão.

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟑 𝐥𝐡𝐞 𝐭𝐫𝐚𝐠𝐚?
Viagens pelas ilhas, e se eu tiver o mesmo que 2022 me ofereceu, serei uma mulher feliz.

𝐂𝐨𝐦𝐨 é 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐚 𝐝𝐢𝐯𝐮𝐥𝐠𝐚çã𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐞 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫á𝐟𝐢𝐜𝐨𝐬? 𝐔𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚 𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚𝐢𝐬?
Instagram e Facebook, são as redes que mais utilizo.
Goulart FotoGrafia, sendo a página do Facebook onde publico poemas e fotografias.bw o instagram onde posto as fotos a Preto e Branco.
com fotografia a cor.
com as paisagens açorianas que visito.

𝐐𝐮𝐞 𝐦𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐚 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐞/𝐨𝐮 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚?
Todo o bicho é feio à nascença, no inicio podem pensar que estão deslocados, que não fazem bem feito, podem ter gente a dizer para não perderem tempo, mas posso garantir que se a paixão por algo estiver a queimar as entranhas, então dediquem-se, estudem, percebam e cresçam.
As recompensas acabam por chegar de uma maneira ou de outra, nem que seja a nível interior.

Fotos: DR
✍️ C.Fontes

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰 🄲🄾🄼  𝐋𝐮í𝐬 𝐗𝐚𝐯𝐢𝐞𝐫  (𝟏𝟕.𝟏𝟐. 𝟐𝟎𝟐𝟐)𝐉á 𝐥𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐦ã𝐨𝐬 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨𝐠𝐫á𝐟𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞𝐬 𝐧𝐨𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 ...
17/12/2022

🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰
🄲🄾🄼 𝐋𝐮í𝐬 𝐗𝐚𝐯𝐢𝐞𝐫 (𝟏𝟕.𝟏𝟐. 𝟐𝟎𝟐𝟐)

𝐉á 𝐥𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐦ã𝐨𝐬 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨𝐠𝐫á𝐟𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞𝐬 𝐧𝐨𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐠𝐢𝐨𝐧𝐚𝐢𝐬, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐉𝐨ã𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐢𝐳 𝐞 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐂𝐚𝐫𝐯𝐚𝐥𝐡𝐨.
É 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐨, 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐞 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐅𝐚𝐭 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐋𝐚𝐧𝐝, 𝐦𝐚𝐬 é 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐪𝐮𝐞, 𝐮𝐥𝐭𝐢𝐦𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐭𝐞𝐦-𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐢𝐧𝐠𝐮𝐢𝐝𝐨 𝐞 𝐚𝐟𝐢𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐚 𝐜𝐞𝐧𝐚 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐨𝐬 𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬.
𝐋𝐮í𝐬 𝐗𝐚𝐯𝐢𝐞𝐫, 𝟒𝟐 𝐚𝐧𝐨𝐬, é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐑𝐢𝐛𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐐𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐨𝐮-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐛𝐚𝐜𝐤𝐠𝐫𝐨𝐮𝐧𝐝 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐞 𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐧𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?
As primeiras memórias que tenho com a música são de quando ouvia, com meu pai, os vinis de Amália e Modern Talking. E com o passar dos anos, esta audição tornou-se em algo mais. Ouvir música faz com que desenvolvas outras características e querer executá-la é uma delas. No meu caso, o contacto com a execução surgiu nos ranchos de folclore, logo depois ingressei numa banda de Pop-Rock.

𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚?
As minha maiores influências são diversas e de géneros diferentes. Destacaria o Rock português dos anos 90, como Xutos & Pontapés, UHF, Silence 4, Oasis, The Verve e os incontornáveis Metallica.
Fale-nos um pouco sobre o seu percurso na música e dos projetos que fez e/ou faz parte.
Entre o rancho folclórico e a banda filarmónica Furnense, partilhava ainda o meu tempo com a banda local, Odisseia. Éramos todos elementos do rancho que saltaram para as guitarras e baterias. Tocávamos covers e mais tarde fiz dois ou três originais. Após um longo afastamento, em 2012, voltei com FAT of the LAND, um projeto de originais onde pus um pouco daquilo que sou.

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚?
A música pode ser tudo o que precisas, pois ela tem vários estados emocionais tal como nós enquanto seres humanos.

𝐓𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐧𝐨𝐬 𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐚 𝐚𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐧𝐨 𝐦𝐞𝐫𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐢𝐬. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚 𝐝𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐞𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐭ê𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐝𝐨𝐬?
Os originais e as bandas locais com qualidade não são de agora. Quando ainda estava a viver na Ribeira Quente, via o programa Novas Ondas e pensava, para mim, que temos músicos incríveis cá. Na atualidade julgo que tudo se torna mais fácil divulgar, pois sabemos que toda a tecnologia à disposição ajuda, mesmo na questão de mostrar um produto com melhor som. Com isso, não quero dizer que a qualidade caiu, pelo contrário, hoje o detalhe conta. Com a imagem aliada à parte sonora temos futuro com qualidade.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐚 𝐨𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐞, 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐧𝐚 𝐜𝐫𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐞𝐬𝐭ú𝐝𝐢𝐨 𝐂𝐮𝐛𝐨 𝐗?
A oportunidade foi criada, por acaso, com a vontade de começar a mostrar os originais de Fat of the Land, onde comecei por gravar com um amigo. Só mais tarde é que me apercebi de que o conseguiria fazer e arrisquei em conjunto com o pessoal da banda. Comecei a estudar em casa os princípios básicos do som, como as frequências, por exemplo, e a assimilar conhecimentos na prática.
Uma coisa levou à outra e a cada trabalho, julgo que se notava um salto qualitativo, até chegar ao ponto de outros músicos me pedirem para gravar os seus temas.

𝐀 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐭𝐞𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐞𝐦𝐢𝐧𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐧𝐨𝐬 ú𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬. 𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐨.
Já partilhei ideias com alguns projetos e é assim que gosto de tratar a coisa. A minha abordagem é ir ao encontro das ideias do artista que está ali comigo. Talvez esta seja a melhor forma de descrever a fluidez como tem corrido as coisas. Tudo começou com The Freelance, banda de Rui Farias, onde lhes gravei uma canção. Logo depois, gravo com João Moniz a “Saudade”, tema que ele queria manter guardado, mas que acabei por convencê-lo a lançar, pois era bom demais para estar no anonimato.
Daí, até ao início dos discos, foi um piscar de olhos. O EP “Saudade” de João Moniz foi uma aprendizagem, tanto para mim como para o artista. Estávamos metidos numa "toca de um lobo" sem saber, mas acabámos por sair vivos.
Mais tarde, comecei a trabalhar com o Rafael Carvalho nos seus últimos dois discos. Foram sessões que correram muito bem, não fosse o Rafael um excelente músico. O bom ambiente e algum licor caseiro do Rafael também ajudaram bastante (risos).
No interregno entre os discos do Rafael gravei o segundo disco de João Moniz "Depois da Saudade" .
Neste trabalho conseguimos colocar em prática tudo o que foi planeado, tanto a nível musical como técnico.
Fiz uns upgrades em equipamentos de gravação e isso refletiu-se na qualidade final do produto.
Este é um disco que gostei muito de gravar, tanto pelas experiências de estúdio e partilha de experiências com os músicos, quer pela qualidade das canções. A maior diferença no processo deste disco para o primeiro foram as certezas pelo caminho, pois não tínhamos dúvidas daquilo que queríamos que o disco fosse.
Tenho ainda trabalhos feitos com Fontes, nomeadamente na masterização do seu álbum "Misto".

𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐪𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬, 𝐞𝐦 𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐠𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚 𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 á𝐥𝐛𝐮𝐦, 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐢𝐧í𝐜𝐢𝐨 𝐚𝐭é 𝐚𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥.
Existem linhas gerais, mas que se moldam conforme o que se tem em mãos.
O primeiro passo começa por gravar, onde normalmente se fazem guias do tema, de forma a que fique dentro do bpm definido, ou há quem prefira gravar apenas no "feeling". A partir daí, vão-se gravando os instrumentos individualmente até f**ar o processo completo. Durante este processo há muita troca de ideias, avanços e recuos, conforme a satisfação do artista e a minha, em relação ao que se está “montando”. Finalizada a parte de captação, partimos para a edição e mixagem, onde basicamente é limpar, ajustar tudo, como se de um interior de uma casa tratasse. Não faço mais do que realçar o que de bom tem o som de determinado instrumento e conjugar com os restantes que fazem a canção, de forma a termos uma boa união. Após esta parte, aprovada pelo seu autor, partimos então para a masterização. Aqui damos “ganho” e uma nova dinâmica aos temas, de forma a f**arem com um determinado volume para o fim que é, neste caso um álbum.
O meu processo termina com a aprovação final do autor e só aqui, faço a “montagem “ da imagem do álbum, que consiste na colocação e alinhamento de todas as canções, nomes das mesmas, nome no álbum e artista. Em suma, toda aquela informação que se vê nos leitores de CD. Este material segue para fábrica de produção e é aguardar.

𝐄𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫, 𝐝𝐞𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐣á 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐩𝐚𝐫𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐠é𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐢𝐬. 𝐄𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚 𝐟𝐚𝐳 𝐜𝐨𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐟á𝐜𝐢𝐥 𝐨𝐮 𝐝𝐢𝐟í𝐜𝐢𝐥 𝐚 𝐭𝐚𝐫𝐞𝐟𝐚?
Não me considero produtor. No curto espaço de tempo que passou desde que iniciei esta aventura, já tive a oportunidade de trabalhar com instrumentos tradicionais e com beats de Hip Hop, passando também pelo Rock. Não vejo as coisas mais difíceis ou mais fáceis. Independentemente do género, apenas tenho de me enquadrar naquilo em que se está a trabalhar. No fundo, cada trabalho acaba por ser uma grande e nova aprendizagem. Sempre que surge alguma dificuldade, arranja-se forma de a contornar, seja por intuição ou estudo.

𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥? 𝐂𝐨𝐥𝐢𝐝𝐞, 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚, 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐭é𝐜𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨?
A inspiração entra quando definimos o objetivo, onde eu e o músico queremos que a música soe de determinada forma. Sendo eu também músico compositor (amador), julgo que me ajuda neste processo de discussão de ideias, tanto no que seja de sugestões aos arranjos das canções, como também nas sonoridades das mesmas.

𝐎 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 é 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐝𝐨 𝐞/𝐨𝐮 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐝𝐨, 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚, 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐝𝐨?
Não, de todo. Ouço discos, conheço os músicos, mas não os produtores. Os únicos que conheço são os das nossas ilhas. Desde que entrei nesta área, dou outra atenção a tudo o que ouço e, de forma inconsciente, devo transportar algo disto para o que tenho andado a fazer. A inspiração é, na minha opinião, ouvir os instrumentos crus e dali exponenciar o melhor deles, para depois, no seu todo, termos um som que defina cada artista.

𝐍𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐩𝐢𝐧𝐢ã𝐨, 𝐪𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐢𝐫𝐭𝐮𝐝𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦 𝐛𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚 𝐭𝐞𝐫?
Dar ao artista, o produto que ele ambiciona, através do diálogo, da constante partilha do trabalho e também por vezes alguma paciência. Tento dar sempre algo que eu também goste, mas a última palavra é sempre do dono do trabalho.

𝐏𝐚𝐫𝐚 𝐚𝐥é𝐦 𝐝𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥, 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐭𝐞𝐦 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐧𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐮𝐝𝐢𝐨𝐯𝐢𝐬𝐮𝐚𝐥, 𝐭𝐚𝐥 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐕𝐢𝐝𝐞𝐨𝐜𝐥𝐢𝐩𝐞𝐬. 𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬.
Sim, veio com a necessidade de fazer os vídeos para os Fat of the Land, em paralelo com as gravações áudio. Comecei por fazer o vídeoclip do tema “A Bruma “, sem conhecimento nenhum, mas ainda assim ficou aceitável. A partir daí, tive de olhar melhor para o software de edição e investir em equipamentos de filmagem. Entretanto, nos dias de hoje, já conto com alguns vídeos musicais de que me orgulho bastante.
Já fui abordado para filmar casamentos, mas como não quero "estragar" dias especiais a noivos fui dizendo que não. Quem sabe um dia.

𝐂𝐨𝐦 𝐨 𝐚𝐧𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐚 𝐭𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫, 𝐪𝐮𝐞 𝐛𝐚𝐥𝐚𝐧ç𝐨 𝐟𝐚𝐳 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨 𝐧𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐢𝐳 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨?
Esta não é a minha profissão, contudo posso afirmar que foi um ano em cheio. Gravei dois discos dos quais tive, da parte dos músicos, a liberdade para opinar e debater todas as ideias. Quando assim é, o trabalho acaba por ser divertido e o resultado só pode ser bom. Há dias, vimos Rui Veloso, numa foto, com os dois discos do João Moniz na mão. Só isso é um bom presente.

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐝𝐨 𝐂𝐮𝐛𝐨 𝐗 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝟐𝟎𝟐𝟑?
Não sei… Depende do que for surgindo. Neste momento, estou a trabalhar num disco que sairá em 2023 e tenho já mais uns Singles para gravar. Quero finalizar também um tema da minha banda que espero que seja concluído e lançado no próximo ano.

𝐐𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐝𝐚𝐫 𝐚 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐚𝐫 𝐚 𝐝𝐚𝐫 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨𝐬 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥?
Que nada é impossível. Descomplicar é a melhor coisa e, claro que é preciso ter noções básicas, ponderar e investir no equipamento certo.
Eu sigo muito a minha intuição e o meu ouvido, pois não estou numa caixa fechada que leva tudo à regra como vem nos manuais.

Fotos: DR
✍️ C.Fontes

Endereço

Ponta Delgada

Website

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Fontes Expressis publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Entre Em Contato Com O Negócio

Envie uma mensagem para Fontes Expressis:

Compartilhar


Outra Empresa de comunicação e notícias em Ponta Delgada

Mostrar Todos