
27/01/2024
🄴🄽🅃🅁🄴🅅🄸🅂🅃🄰
🄲🄾🄼 𝐀𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 Octopus Rise (𝟐𝟕.𝟎𝟏.𝟐𝟒)
𝐃𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐚 𝐢𝐧𝐟â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐢 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐟𝐚𝐦𝐢𝐥𝐢𝐚𝐫𝐞𝐬, 𝐦𝐚𝐬 𝐬ó 𝐚𝐨𝐬 𝟏𝟒 𝐚𝐧𝐨𝐬 é 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐨𝐮 𝐚 𝐭𝐨𝐜𝐚𝐫 𝐮𝐦 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨.
É 𝐠𝐮𝐢𝐭𝐚𝐫𝐫𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐒𝐭𝐞𝐫𝐞𝐨 𝐌𝐨𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟏𝟕 𝐞 𝐞𝐦 𝟐𝟎𝟐𝟎 𝐝𝐞𝐮 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐢𝐬, 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞.
𝐀𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝟑𝟐 𝐚𝐧𝐨𝐬, é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐨𝐮-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐞 𝐝𝐨 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐄𝐏 "𝐑𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚".
𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐫𝐠𝐢𝐮 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨.
Toda a minha infância foi presenciada por música, desde o meu pai a tocar ocasionalmente piano, guitarra e bandolim em momentos festivos, como o natal, como pelas bandas que o meu irmão e os meus primos mais velhos faziam parte. Portanto, foi uma coisa muito natural. Contudo, é curioso, só comecei a tocar aos 14 anos.
No fim dos meus 16 anos, início dos 17, ingressei na minha primeira banda, onde fazíamos tributo a Pearl Jam.
Aos 18 anos, fui para a universidade, na ilha Terceira. Comecei a tocar bandolim numa tuna – a TUSA. Fi-lo por 5 anos. Ao mesmo tempo fiz parte de uma banda de covers, The Doit, que me fez crescer imenso como pessoa. Só aí comecei a perceber a importância que a música tinha na minha vida.
Por volta de 2017, não consigo precisar, já de regresso a São Miguel, ingressei nos Stereo Mode, banda que me encontro ainda atualmente.
Em 2020 nasceu o projeto Octopus Rise, durante a pandemia.
𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐨𝐮 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐥𝐡𝐞 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐦?
Cronologicamente, comecei por amar Red Hot Chilli Peppers, Korn e Nirvana. Seguiu-se a adolescência com Iron Maiden, Cradle of Filth, Children of Bodom, Nightwish, Metallica e Slipknot. Posteriormente, comecei a ouvir Pearl Jam, System of a Down, Rage Against The Machine, Foo Fighters e Audioslave. Atualmente, Porcupine Tree.
𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞 é 𝐮𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐬𝐢.
𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨.
Graças aos Stereo Mode tenho o privilégio de tocar ao vivo com muita frequência. Quando surgiu a pandemia, a minha vida era uma correria. Aí, habituado à azáfama dos palcos, senti realmente necessidade de tocar. As emoções eram muitas e distintas, na altura. Havia uma incerteza futura, condição propícia para criar “o meu tipo” de música. Além disso, o tempo disponível era imenso, que melhor altura do que uma pandemia para gravar algo?
Como a necessidade aguça o engenho, comecei por estudar como trabalhar com uma Digital Audio Workstation (DAW), como criar baterias num teclado MIDI, princípios de mistura e….nasceram gémeos: não só criei uns temas, como desenvolvi a minha maior e mais atual paixão, a gravação e mistura de áudio.
𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩õ𝐞𝐦 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨?
Para já, nessa fase prematura, não sinto necessidade de arranjar elementos fixos para fazerem parte integrante do projeto. Até porque, sinceramente, ainda não encontrei uma entidade para o mesmo. Se vos mostrar “a minha gaveta de ideias” por gravar, vai desde gótico a pop, passando pelo rock, por instrumentais épicos, metal e acabando em blues – uma mistura enorme. Mas posso vos adiantar que mais coisas irão nascer pelos mesmos membros do EP – Revolta!
Letras, guitarras, baixo – Alberto Furtado
Bateria – Nuno Tavares
Voz – João Melo
Mixagem e masterização – Alberto Furtado
“𝐑𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚” é 𝐨 𝐯𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐄𝐏 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐨 𝐢𝐧í𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨. 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐄𝐏 𝐧𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨?
Impossível, infelizmente. Não sei se é suposto dizer nomes, mas há uma banda que trabalha no mundo da música quase a tempo inteiro aqui em São Miguel – e MUITO BEM – e dar o passo seguinte é difícil. Nunca me esquecerei de uma conversa que o meu pai me disse. A música é ótima, claro que sim, mas como hobby. Nunca irei deixar de ter isso na mente. Infelizmente, repito.
𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐪𝐮𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐮 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 𝐞 𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝟓 𝐭𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐚𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐦 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐄𝐏?
Se soubesse a resposta, seria ótimo!! Podia chegar a casa e conseguir escrever outros tantos (rindo).
Agora a sério, para criar tenho de estar num dia mau. Frustrado, aborrecido, com energia para gastar. É, digamos, o meu ginásio. Vou lá, descarrego, e sinto-me muito melhor!
No caso específico desse EP, o tema “Guerra” foi criado e inspirado durante o conflito Rússia – Ucrânia. O tema “Ir” é simplesmente sobre seguir e lutar pelos sonhos, não basta querer, é preciso agir. “Amor platónico”, o título fala por si. “Bom Rapaz” é sobre um sujeito que presenciei maltratar a sua companheira, e “És Capaz” é sobre a rotina no trabalho fazendo um paralelismo para a falta de valorização por parte da entidade empregadora.
𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐚 𝐫𝐞𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐨 𝐚𝐭é 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚?
Público? Qual público?
Lançar música em São Miguel, pelos vistos, é uma competição maior do que o futebol, tem mais mexericos do que novelas mexicanas, e recorre-se à “ajuda do público” mais do que no “Quem Quer Ser Milionário” – especialmente com as redes sociais tão presentes no nosso quotidiano. Em relação a pessoas mais chegadas, o feedback tem sido ótimo!! Guitarras vibrantes, bateria punchy, vocais magníficos – “um projeto super atual tanto na sua composição como na sua sonoridade”.
𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨? 𝐒𝐮𝐛𝐢𝐫 𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐚𝐥𝐜𝐨 é 𝐮𝐦 𝐨𝐛𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨?
Objetivo sim, para já, não. Tudo a seu tempo.
𝐃𝐞𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐡𝐚𝐯𝐞𝐫á 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐩𝐫𝐞𝐭𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐯𝐞𝐫𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐨𝐫 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐥𝐡𝐞 𝐝á 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐬ã𝐨 𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐮𝐥𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬?
Num cover, se me disserem que estou a tocar algo errado, tranquilo. Corrige-se. Num original, se dizem que “o refrão está feio”, estão a arrancar uma parte de ti, da tua alma, dos teus sentimentos. Uma música original é uma extensão de nós. Relativamente à subjetividade do prazer, é super assustador apresentar algo nosso, tão íntimo. Assim sendo, até certo ponto, será mais fácil disfrutar de um concerto de covers. Nunca tive a oportunidade de tocar algo original ao vivo.
𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐩𝐢𝐧𝐢ã𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨𝐬 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐞 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐧𝐨𝐬 𝐀ç𝐨𝐫𝐞𝐬?
Como tudo na vida, acho que há projetos MUITO bem conseguidos e outros nem tanto. Mas o gosto é subjetivo, o que seria do verde se gostássemos todos de amarelo, certo? Uma coisa é certa, e aí ninguém pode discordar: nunca se fez tanta e tão boa música nos Açores como se tem vindo a fazer nos últimos 5 anos.
𝐀 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐨𝐬 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 é 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐧ó𝐬. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢?
É um melhor amigo. Não o vejo todos os dias, mas quando preciso ele está lá e nunca me falha.
𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐨𝐮𝐯𝐢𝐫 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 𝐎𝐜𝐭𝐨𝐩𝐮𝐬 𝐑𝐢𝐬𝐞?
Em todas as plataformas digitais.
✍️ C.Fontes
Fotos: DR
𝐋𝐢𝐧𝐤𝐬 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐚:
𝐅𝐚𝐜𝐞𝐛𝐨𝐨𝐤: https://www.facebook.com/octopusriseband
𝐈𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦:https://www.instagram.com/octopusriseband?igsh=MWRweDZqa2w5NWI0Nw==
𝐘𝐨𝐮𝐓𝐮𝐛𝐞:https://youtube.com/?si=_sQRZ_S9mh9GWO9P
𝐒𝐩𝐨𝐭𝐢𝐟𝐲:https://open.spotify.com/artist/0ghpRUvqV96y3SatnuOv2k?si=gHHa7u6tSuiGYQa6ouUgQg