
08/02/2025
Enquanto costuramos as últimas pontas da nossa próxima publicação, partilhamos uma nova entrada no blog da Maio Maio.
Em “Contra a ‘capacidade’”, Hannah Proctor questiona a utilização da expressão “ter capacidade para” em contextos de organização política. Trata-se de uma avaliação quantitativa ou qualitativa? E de que forma podemos atender às “condições sociais mais amplas” que determinam ou não o nosso envolvimento político? Não serão “as próprias condições que diminuem de forma desigual a “capacidade” das pessoas” as coisas que exigem precisamente “organização política para serem transformadas?”
“Às vezes, quando as pessoas dizem que “não têm capacidade”, querem dizer “estou a trabalhar imenso agora” ou “tenho de tomar conta do meu filho doente” ou “estou a ser despejado e a tentar encontrar um novo lugar para viver”, mas outras vezes podem querer dizer “não me apetece” ou “estou aborrecida com todos” ou “preferia estar envolvida noutro projeto” ou “não me posso dar a esse trabalho”.”
Este texto foi originalmente publicado em inglês, em Unconsciousness raising, substack de Hannah Proctor, e a nossa tradução pode ser lida aqui: https://maiomaio.cargo.site/contra-a-capacidade