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Nesta pequena série dedicada a Paul Mattick, traduzimos dois textos do dossier “The Young Mattick: Early Writings (1924-...
14/07/2024

Nesta pequena série dedicada a Paul Mattick, traduzimos dois textos do dossier “The Young Mattick: Early Writings (1924-1934)”, recolhido e organizado pela Endnotes.

No dossier original, “Uma reflexão pessoal”, assinado por Marie, serve de prefácio à série próxima da ficção documental, registo que no percurso de Mattick se tem mantido na sombra do trabalho teórico. Assente numa experiência partilhada, o testemunho de Marie é uma carta aberta sobre uma classe trabalhadora que procura estilhaçar a sua própria existência: “Nas palavras de Marx, “eu não sou nada e eu devo ser tudo”.”

“Dínamo”, pequeno conto escrito por Mattick em 1934, explora a interseção entre a especulação imobiliária e a violência policial ra***ta em Chicago. Partindo do despejo da família Washington, Mattick estabelece uma comparação entre o potencial energético dos levantes políticos e as investidas mais desenfreadas da investigação em torno da energia nuclear: “Mas faltaria muito para que estas faíscas irregulares fluíssem numa onda poderosa e amplamente consciente que atravessasse toda a terra e iluminasse as estrelas?”

Justiça para Cláudia Simões. Violência policial ra***ta mata.

https://maiomaio-mattick-dinamo.cargo.site

O percurso de Fausto não é unidimensional. Se a nível político se posicionou tantas vezes longe de uma tradição em que r...
09/07/2024

O percurso de Fausto não é unidimensional. Se a nível político se posicionou tantas vezes longe de uma tradição em que reconhecemos figuras como Teixeira de Pascoaes, Agostinho da Silva ou o próprio Eduardo Lourenço, em busca de um qualquer quinto império, é inegável que a sua discografia é atravessada por uma ideia central de portugalidade com que nunca deixou de nos encarar. Cantar a pátria era também invocar problemas e legados que à sua volta permaneciam engavetados. Neles remexendo, não raras vezes nos deixou ainda mais confusos. Pelo caminho, produziu uma das discografias mais ricas da língua portuguesa, nunca deixando de nela se refletir a sua e a nossa presença em lugares de exploração, a sua e a nossa dificuldade em articular a “lusitana viagem medonha”.”

Nesta leitura analítica da carreira de Fausto Bordalo Dias, Emanuel Graça guia-nos por uma experiência de diáspora, por uma nostalgia demasiado larga para se saciar numa única bandeira, numa única pátria imaginada. Na hora da sua morte, Fausto é, aos olhos da opinião pública, mais um cantautor consensual, de quem nos despedimos lançando rosas. Distanciamo-nos do tom elegíaco e raso com que temos enterrado os mortos e tentamos respeitar a canção: “Morrer, ficar quieto, não”.

Ler artigo: https://maiomaio-fausto.cargo.site

Abrimos a nossa última publicação e partilhamos alguns excertos. “Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL* - Manuel Fe...
12/06/2024

Abrimos a nossa última publicação e partilhamos alguns excertos.

“Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL* - Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, de José Lopes.

*Sociedade Metalúrgica Ovarense, LDª.

“O Martírio da Palestina Inverte o Mundo da Lei”, ensaio de Bassem Saad originalmente publicado na Protean Magazine, exp...
05/06/2024

“O Martírio da Palestina Inverte o Mundo da Lei”, ensaio de Bassem Saad originalmente publicado na Protean Magazine, expõe a incompatibilidade entre o martírio e a noção de direitos humanos na Palestina.

Partindo de referências como Ghassan Kanafani, Hannah Arendt ou Robert Meister, Saad aponta para a incapacidade de várias “esquerdas ocidentais” reconhecerem os termos da luta contra o genocídio definidos pelo próprio povo palestiniano.

“O martírio palestiniano atravessa a fronteira entre o secular e o teológico, estreitando a lacuna deixada pela ausência do direito a ter direitos. Reconhece que a vida e a morte palestinianas não são governadas por um regime ou comunidade política da sua autoria, em que os seus direitos possam ser codificados e exercidos. É simultaneamente um modo de ação pragmática e um método de elogio fúnebre: até o colonizador deixar de governar a comunidade política, o martírio existe antes e depois de cada morte injusta.“

“Reconhecer e fazer ecoar os métodos elegíacos que os próprios palestinianos encontraram para os seus mortos é reconhecer que o luto comum é com frequência tornado impossível pelo colonizador. Pode ser também propositadamente adiado ou confinado à porta fechada. Somos lembrados da longa tradição de mães palestinianas regozijando-se e ululando nos funerais da sua prole mártir, recusando mostrar tristeza em público debaixo do olhar do colonizador. Uma afirmação do mártírio rejeita a falta de sentido da morte, insistindo que uma morte individual é parte de um movimento coletivo rumo à libertação.“

Tradução de Francisco Silva.

http://maiomaio.com

Eu traduzo o nome de rapazes mortos em Gaza, de Ghinwa Jawhari (Brooklyn Rail, 2021). Jawhari é uma escritora libanesa-a...
15/05/2024

Eu traduzo o nome de rapazes mortos em Gaza, de Ghinwa Jawhari (Brooklyn Rail, 2021).

Jawhari é uma escritora libanesa-americana. BINT (Radix Media, 2021) é o seu primeiro livro. Os seus ensaios, poemas e ficção estão disponíveis em plataformas como a Catapult, The Margins, Mizna ou Adroit Journal.

Tradução de Francisco Silva

Em terras do litoral nortenho, a madrugada de 30 de abril para 1 de maio coincide com o passeio das bruxas. De porta em ...
01/05/2024

Em terras do litoral nortenho, a madrugada de 30 de abril para 1 de maio coincide com o passeio das bruxas. De porta em porta, de janela em janela, a população vai deixando ramos de maios ou maias, mezinha que conferia proteção durante a noite da grande volta.

De manhã, mais do que o rasto de uma perseguição cruel, a fila de pontos amarelos torna-se uma lembrança, uma presença espectral. Elas andaram por aí, elas vão andar sempre.

A maio maio nasceu nesta encruzilhada de maios, e há precisamente 3 anos. São dores de crescimento, é aprender a paginar e a imaginar livros por nossa conta, com o que temos e sabemos. É conhecer pessoas maravilhosas, é explorar furadouros com companheiras. É contornar a solidão e a falta de jeito, a nossa e a de uma cidade pequena. É tentar dar um sentido a tantos dias que nunca o têm. Também é nos fartarmos dos livros e da gente que lê, das curadorias, da dificuldade de obter apoios e da esquerda cirandeira.

Mas ainda faz sentido. Enquanto assim for, colhemos os maios, erguemos a bandeira e lutamos.

Feliz Primeiro de Maio ✊🏻✨

Já aqui está! Reforçamos o convite: dia 30 de abril, às 19h, juntamo-nos na Escola José Macedo Fragateiro, em Ovar, para...
28/04/2024

Já aqui está!

Reforçamos o convite: dia 30 de abril, às 19h, juntamo-nos na Escola José Macedo Fragateiro, em Ovar, para o lançamento do livro “Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL - Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1941-2017)”, de José Lopes.

Venham ✨

Muito felizes por partilhar que, no dia 30 de abril (terça-feira), às 19h, nos juntamos em Ovar, na Escola José Macedo F...
19/04/2024

Muito felizes por partilhar que, no dia 30 de abril (terça-feira), às 19h, nos juntamos em Ovar, na Escola José Macedo Fragateiro, para o lançamento do livro “Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL - Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, de José Lopes.

Na véspera do 1º de maio, conversamos com o autor e escavamos um futuro por entre o ar empoeirado, cinzento - e irremediavelmente solidário -, da Sociedade Metalúrgica Ovarense.

Venham!

“Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL*(Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, José Lopes* Nota de edição - ...
15/04/2024

“Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL*(Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, José Lopes

* Nota de edição - Francisco Silva *

Ao longo deste testemunho, o Zé - como
carinhosamente me habituei a tratá-lo desde
pequeno - utiliza várias vezes a expressão “exercício de cidadania ativa”. Nesta forma de descrever o seu trabalho, cabem muitas histórias. Uma boa parte delas tem-nos sido passada por escrito, mesmo que o Zé, arrisco-me a dizer, nunca tenha olhado para a sua produção como um fim em si mesmo. Integrados em diversas lutas, os seus textos estão intimamente ligados a uma militância atenta a escalas muito diferentes. Do rio que naquele dia passava mais cinzento, fruto dos crimes ambientais que tem rigorosamente documentado, à denúncia da gradual destruição da escola pública, instituição central no seu percurso.

O Zé ensaiou os seus primeiros escritos no “ambiente cinzento e poeirento da SMOL”. Nas paredes de um corredor descendente, com a oficina ao fundo, afixava inúmeros poemas que descreviam aquele dia-a-dia duro, ainda que os fizesse desaparecer logo a seguir: “punha-me a pensar… poemas? Mas isto é uma coisa pequeno burguesa, e então destruía aquilo, eu que tenho o hábito de guardar tudo”. Assim, o regresso à SMOL oferece-nos também indícios de uma poética, de uma descoberta da função e do lugar da escrita na sua vida.

Celebrar os 50 anos do 25 de abril em Ovar é, passe o chavão, escovar a história a contrapelo. Alexander Kluge e Oskar Negt abrem o “O que há de político na política” afirmando que, em lugares distantes de um dado centro, a biografia substitui os factos políticos. Talvez possamos acrescentar uma nuance, questionando o que é afinal uma biografia e o que é afinal um facto político. Ou o que é afinal uma relação solidária entre aprendiz e mestre, e o que é afinal a base de uma militância partilhada. Enquanto tudo nos parece mais árido e hostil, tudo deixa “verdadeiramente na prática” de o ser. À nossa volta, muita desta obstinação se deve ao Zé.

Informações sobre o lançamento em breve.

“Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL*: Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, de José Lopes, é a próxima p...
08/04/2024

“Memórias que guardo do meu Mestre na SMOL*: Manuel Fernando Oliveira Fonseca (1931-2017)”, de José Lopes, é a próxima publicação da maio maio.

Mais novidades em breve.

*Sociedade Metalúrgica Ovarense, LDª.

Enquanto cozinhamos gororobas, vêm sempre a tempo de agarrar um exemplar d’Os Vitoriosos, que editámos em 2022.
03/02/2024

Enquanto cozinhamos gororobas, vêm sempre a tempo de agarrar um exemplar d’Os Vitoriosos, que editámos em 2022.

Em 1971, a New Left Review publicou uma entrevista a Ghassan Kannafani. À época, além de escritor, Kannafani era também ...
04/01/2024

Em 1971, a New Left Review publicou uma entrevista a Ghassan Kannafani. À época, além de escritor, Kannafani era também editor do al-Hadaf, publicação semanal da FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina).

Um ano antes, em junho de 1970, o Egito e a Jordânia aceitaram o Plano Rogers, proposto pelos EUA, que procurava colocar um fim ao conflito entre as duas nações e Israel. O acordo é bastante polémico e muito mal recebido pelo povo palestiniano. Com esta medida, antecipava-se o desaparecimento da resistência palestiniana, que depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967, se refugiara em peso na Jordânia. O governo deste país, controlado pelo Rei Hussein, vinha bloqueando sucessivos ataques da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) (de que a FPLP era integrante) dirigidos a Israel. Em setembro de 1970, sob pressão, membros da OLP sequestraram três aviões civis e forçaram a sua aterragem na Jordânia. Para Hussein, este episódio serviu de pretexto a uma ofensiva sangrenta contra as guerrilhas palestinianas.

Interpelado sobre o sequestro dos três aviões, Kannafani fornece o contexto social e político desta ação, procurando sempre reconduzir a conversa para o plano estratégico geral da resistência palestiniana. Mais do que uma interpretação pronta-a-usar dos acontecimentos de 7 de outubro de 2023, este testemunho reflete um momento histórico bastante particular da luta pela libertação. Na década de 70, vários grupos palestinianos, como a FPLP de Ghassan, apresentavam-se como marxistas-leninistas, reflexo da influência crescente da República Popular da China, de Cuba e do Vietname, e da desilusão recente do Nasserismo.

Sob este quadro político, Kannafani defende que apenas “um movimento proletário em massa”, combinando a resistência palestiniana e um movimento de oposição interno em Israel, será capaz de derrubar esta cruel “situação colonial”.

Perante uma comunidade internacional complacente com este genocídio, o testemunho de Kannafani realça a importância de uma luta em várias frentes e da união dentro da classe trabalhadora, “contra Israel, o Sionismo mundial, o imperialismo e os regimes reacionários árabes.”

Ler: https://maiomaio.substack.com/p/sobre-a-fplp-e-a-crise-de-setembro?fbclid=PAAab2S4J1_aAXwvh_dKf78KlJtutuLtD2F-BMuqRtZC7LhaOySuaLi8Z9gQ0_aem_AbMz3Wbj97NgrY6Aq04KtBqxYMrUgciCjvLBjWvdojnolUzKWvExOhYL2zS5R3lcP8Y

Recebemos com mágoa a notícia da morte de Refaat Alareer. Poeta, professor e ativista, Alareer faleceu na sequência de u...
08/12/2023

Recebemos com mágoa a notícia da morte de Refaat Alareer. Poeta, professor e ativista, Alareer faleceu na sequência de um ataque aéreo de Israel à casa da sua irmã. Ao bombardeamento também não resistiram o seu irmão, a sua irmã e os seus quatro sobrinhos, ainda crianças.

Autor de um vasto trabalho de ficção sobre Gaza, em 2014 participou na antologia “Gaza Writes Back: Short Stories from Young Writers in Gaza, Palestine”, editada pela Just World Books. Em 2022, contribuiu ainda para a “Light in Gaza: Writings Born of Fire”, publicação da Haymarket Books.

Refaat era co-fundador da We Are Not Numbers, projeto que apoia escritores emergentes da região. Desde o início deste genocídio em curso, Alareer nunca deixou de prestar auxílio aos seus alunos, que, num movimento de revolta e incredulidade, disseminam agora estes versos escritos por Refaat no passado dia 1 de novembro.

O seu legado não será esquecido.

Tradução de Francisco Silva.

No passado mês de julho, Will Matsuda conversou com o artista palestiniano Adam Rouhana e traçou um perfil do seu percur...
31/10/2023

No passado mês de julho, Will Matsuda conversou com o artista palestiniano Adam Rouhana e traçou um perfil do seu percurso fotográfico para a série “Introducing”, da .

Rouhana desenvolve a sua atividade entre Londres e Jerusalém, visitando todos os anos a Palestina. Entre a “beleza silenciosa e cenas brutais de colonização”, Adam constrói uma relação complexa com este território, “uma terra-natal que conhece desde sempre, mas que permanece fora do alcance, como uma piscina encerrada sob um sol escaldante.” Contra o voyeurismo das “explosões, funerais, bulldozers israelitas e protestos nas ruas, Rouhana orienta as suas imagens para o futuro”.

O artigo de , traduzido para português por Francisco Silva, está já disponível no nosso site, e é a primeira entrada de um blog que prometemos [tentar] manter atualizado.

Will Matsuda é um fotógrafo e escritor sediado em Portland.

🇵🇸

https://maiomaio.cargo.site

‘Bichxs de M***a: Aristóteles, fêmeas e outros monstros de-generativos’, de p.feijó, está já disponível na Livraria aber...
19/07/2023

‘Bichxs de M***a: Aristóteles, fêmeas e outros monstros de-generativos’, de p.feijó, está já disponível na Livraria aberta, no Porto.

A partir de sexta-feira, dia 21 de julho, podem também encontrá-lo na Snob e na Tigre de Papel, em Lisboa.

Em breve no site.
Por agora aceitamos encomendas via [email protected] ou por mensagem.

‘Bichxs de M***a: Aristóteles, fêmeas e outros monstros de-generativos’, de p.feijó, é o terceiro livro da maio maio. O ...
18/07/2023

‘Bichxs de M***a: Aristóteles, fêmeas e outros monstros de-generativos’, de p.feijó, é o terceiro livro da maio maio.

O lançamento decorrerá no dia 21 de julho, sexta-feira, às 21h, na .

Contamos com a vossa presença 🏴 🪱

“Se a obra de Aristóteles se encontrou milenariamente como fundamental à scientia, filosofia e outras formas de conhecimento europeias, é porque teve o mérito e a capacidade de codificar no seu centro excluído uma incapacidade que vive ainda hoje no coração do “ocidente.” É a inquietude de uma insuficiência profunda e inevitável. A inquietude não só de não ser homem suficiente, mas a impossibilidade de se Ser Homem. É a inquietude patriarcal de se ser mulher-fêmea, a inquietude branca de se ser animal, a inquietude capacitista de se ser deficiente, de se ser insuficiente. É, por fim, a inquietude patriarcal face ao cu como locus de desejo, como locus de vida, e da abjecção como movimento de-generativo.”

8€
88 pp.
concepção gráfica: Vitória Auer
julho de 2023

01/05/2023

Provided to YouTube by The Orchard EnterprisesDown on the Picket Line · Sarah Ogan Gunning · UnknownGirl of Constant Sorrow℗ 1965 Smithsonian Folkways Record...

Os Vitoriosos, de Chris Nealon Tradução de Miguel CardosoConcepção Gráfica de Márcia Novaismaio maio edições (junho, 202...
10/10/2022

Os Vitoriosos, de Chris Nealon

Tradução de Miguel Cardoso
Concepção Gráfica de Márcia Novais

maio maio edições (junho, 2022)

estamos na linda livraria aberta, no Porto 💘
12/08/2022

estamos na linda livraria aberta, no Porto 💘

"Neste poema um rio corre para trás até às fontes
da literatura

O que é bom, seria de supor

Mas acredito, com unhas e dentes, que o belo é o início do terror

O belo ainda assim arreda parte do terror, pela forma, pela dança, pelo símbolo

E eu sei que o terror nunca anda longe

A questão é: isto continua a soar-me de direita

Porque a direita sempre praticou o terror como forma de insistir que não há forma de lhe escaparmos

Digo isto enquanto homossexual

Terror - eis o sentido da homofobia masculina -

Não é uma crítica ao enrabanço, nem por sombras - é um castigo à airosidade masculina, à masculina leveza, a um porte e entoação vocal masculinos que aos seus ouvidos diz

tudo é belo está tudo bem

as marteladas ministradas no crânio dos rapazes gay - elas dizem NÃO - não estamos livres da violência - não é a Arcádia, isto - como te atreves a bambolear-te assim -

(...)"

Christopher Nealon
Os vitoriosos [2015]
tradução de Miguel Cardoso
maio maio edições
8€

Reservas e encomendas para [email protected]

já cabe nas nossas mãos. dia 8 de junho, a partir das 18h, vamos passá-lo de mão em mão durante a leitura que o Chris e ...
31/05/2022

já cabe nas nossas mãos.
dia 8 de junho, a partir das 18h, vamos passá-lo de mão em mão durante a leitura que o Chris e o Miguel vão fazer das edições portuguesa e norte-americana, entre hortas, daninhas, cerveja e petiscos.

No jardim do Provisório.

Venham ✊

Os Vitoriosos, de Chris Nealon, é o segundo livro da maio maio. Originalmente publicado em 2015 pela Commune Editions (c...
26/05/2022

Os Vitoriosos, de Chris Nealon, é o segundo livro da maio maio. Originalmente publicado em 2015 pela Commune Editions (com o título The Victorious Ones) surge em português com tradução de Miguel Cardoso e concepção gráfica de Márcia Novais.

No dia 8 de junho, às 18h, o Provisório abre as portas do seu jardim (na rua C da Quinta do Ferro, n°69) para acolher o lançamento. Aproveitando a sua breve estadia em Portugal, o Chris junta-se ao Miguel para uma pequena conversa em torno do livro, acompanhada de uma leitura integral das edições portuguesa e norte-americana.
Ao ar livre, entre flores, hortícolas e daninhas. Haverá cerveja e petiscos. Os etceteras estão nas mãos de quem vier.

Bio do Autor

Christopher Nealon ensina literatura norte-americana, teoria estética e história da poesia e da sexualidade na Johns Hopkins University. Entre 1996 e 2008, esteve também associado à UC Berkeley. Enquanto investigador, tem explorado a relação entre literatura e capitalismo, percurso que se reflete nos seus dois livros de crítica literária: The Matter of Capital: Poetry and Crisis in the American Century (Harvard, 2011) e Foundlings: Le***an and Gay Historical Emotion before Stonewall (Duke, 2001). Escreveu igualmente a introdução de Sexual Hegemony: Statecraft, So**my, and Capital in The Rise of The World System (2020), de Christopher Chitty, e co-editou, com Colleen Lye, o volume crítico After Marx: Literature, Theory, and Value in the Twenty-First Century (Cambridge UP, 2022). Além da sua produção teórica, é autor de quatro livros de poesia, entre eles The Joyous Age (Black Square Editions, 2004) e The Shore (Wave, 2020).

Último dia para passarem pela exposição do Felipe no Museu Júlio Dinis.
30/04/2022

Último dia para passarem pela exposição do Felipe no Museu Júlio Dinis.

30 abril e 1 maio | sáb e dom
Tertúlia
MOSTRA DE TRABALHOS DESENVOLVIDOS E CAMINHADA NOTURNA
(no âmbito da exposição desencapados de Felipe Marcondes da Costa)

Neste encontro estarão em exposição os trabalhos desenvolvidos no Laboratório de Criação de Objetos Textuais, orientado por Felipe Marcondes da Costa e integrado na programação em torno de desencapados. Será ainda exibido o registo em vídeo da performance “escritas do efémero”, servindo de mote para o balanço final deste projeto.
Do Museu Júlio Dinis partirá uma caminhada noturna que celebrará tanto o Dia do Trabalhador como a tradição dos Maios. Esta caminhada assinala também o primeiro ano de existência da editora maio maio.

23h00
Museu Júlio Dinis
entrada gratuita
destinatários todos os públicos
duração 240’
+info [email protected] ou 256 581 378
[email protected] ou 910 502 866

curadoria e programação maio maio edições
organização Divisão da Cultura e Desporto | Câmara Municipal de Ovar
coprodução Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense | Antena Vareira – Cooperativa Cultural e Recreativa, C.R.L.

No sábado, às 21h30, juntamo-nos ao Felipe e ao Miguel Cardoso no Museu Júlio Dinis para conversar sobre a obra do poeta...
13/04/2022

No sábado, às 21h30, juntamo-nos ao Felipe e ao Miguel Cardoso no Museu Júlio Dinis para conversar sobre a obra do poeta inglês Sean Bonney e a sua relação com ‘desencapados’.

Este encontro, por que aguardávamos há algum tempo, centrar-se-á na importância de outros poetas no trabalho do Sean, apontando para um diálogo com a poesia que ora se forma a partir de experiências coletivas - como uma manifestação -, ora se assume como uma proposta para uma poética militante.

venham 🤸🏻‍♂️

Paula Caspão vive e trabalha entre Lisboa e Paris, entre práticas de arquivo e formas de desengajamento de tudo o que na...
06/04/2022

Paula Caspão vive e trabalha entre Lisboa e Paris, entre práticas de arquivo e formas de desengajamento de tudo o que nas nossas vidas e trabalhos quotidianos continua a performar violências colonizadoras. Artista obcecada com prátricas de leitura experimentais, rebordos e transbordos discursivos – achados, perdidos e/ou reencontrados – é investigadora e docente no Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa (CET/FLUL), bem como investigadora associada no Centro de História Contemporânea (IHC/UNL).

Neste encontro, Paula Caspão apresenta um filme-ensaio em jeito de leitura-emação de desencapados. Esta proposta emaranha excertos de desencapados com práticas de leitura e procedimentos de reinscrição cúmplices, convidando à conversa em torno dos vários tipos de ciné-performatividade em jogo neste trabalho de Felipe Marcondes da Costa.

Sexta-feira, às 18h, no Museu Júlio Dinis 🤸🏻‍♂️

já podem encontrar o nosso livrinho na snob, em Lisboa
31/03/2022

já podem encontrar o nosso livrinho na snob, em Lisboa

30/03/2022

Na sexta-feira, entre as 18h e as 20h, e no sábado, entre as 11h e as 13h, o Felipe vai orientar um Laboratório de Criação de Objetos Textuais no Museu Júlio Dinis.

A entrada é gratuita, só vos pedimos que nos escrevam antes para estarmos a contar convosco.

venham 🤸🏻‍♂️

o nosso primeiro livrinho já circula. por agora podem pedir por mensagem, que enviamos por correio, e entretanto divulga...
27/03/2022

o nosso primeiro livrinho já circula. por agora podem pedir por mensagem, que enviamos por correio, e entretanto divulgaremos as livrarias em que estará disponível 🏁

A Rádio AVfm, uma das entidades parceiras da maio maio neste projeto, a par da CMO/Museu Júlio Dinis, destaca o que nos ...
24/03/2022

A Rádio AVfm, uma das entidades parceiras da maio maio neste projeto, a par da CMO/Museu Júlio Dinis, destaca o que nos espera no sábado e lança alguns dados sobre a programação para as próximas semanas.

No sábado, 26 de março, o Museu Júlio Dinis acolhe o lançamento do livro “Desencapados”. Co-editada pela maio maio Edições e pela Câmara Municipal de Ovar, a obra parte da exposição homónima e reúne o registo dos objetos expostos e anotados, aos quais se juntam uma apresentação dos ...

24/03/2022

26 MAR | SÁB | 21H30
Museu Júlio Dinis
LANÇAMENTO DO LIVRO DESENCAPADOS
(no âmbito da exposição desencapados de Felipe Marcondes da Costa)

Partindo da exposição “desencapados”, patente no Museu Júlio Dinis, e co-editado pela maio maio e Câmara Municipal de Ovar, este livro reúne as obras ali expostas, contando ainda com um prefácio/apresentação dos editores e um texto de Felipe Marcondes da Costa.

entrada gratuita
todos os públicos
120’
+info: [email protected] ou 256 581 378 | [email protected] ou 910 502 866

curadoria e programação: maio maio edições
convidado: Felipe Marcondes da Costa
organização: Divisão da Cultura e Desporto | Câmara Municipal de Ovar
coprodução: Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense | Antena Vareira – Cooperativa Cultural e Recreativa, C.R.L.

Sábado, às 21h30, lançamos o nosso primeiro livrinho e recebemos o Felipe em Ovar. Além de conversarmos com mais detalhe...
24/03/2022

Sábado, às 21h30, lançamos o nosso primeiro livrinho e recebemos o Felipe em Ovar. Além de conversarmos com mais detalhe sobre o seu trabalho, discutiremos também o desafio de passar ‘desencapados’ para o formato de um livro.

venga lo 🤸🏻‍♂️

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