16/08/2024
Pe Artur Tavares de Almeida (13.4.1929-16.8.2007),
de saudosa memória
Faleceu há 17 anos!
Após uma prolongada doença, no dia 16 de Agosto faleceu o Rev. Padre Artur Tavares de Almeida, pároco de Oiã, depois de nas últimas semanas ter estado internado no Lar Social de Oiã e, por fim, no Hospital do Infante D. Pedro (Aveiro).
Tendo nascido em Avanca (Estarreja) no dia 13 de Abril de 1929, após o curso dos Seminários recebeu a Ordenação Sacerdotal em 3 de Julho de 1955 das mãos de D. João Evangelista de Lima Vidal. Pouco tempo decorrido, foi nomeado vigário paroquial de Requeixo e capelão de Mamodeiro, de Póvoa do Valado e de Perajorge.
Dedicando-se com admirável zelo pastoral a estas povoações, logo percebeu que, dada a distância com a igreja matriz de S. Paio de Requeixo, sede da paróquia, elas se-riam servidas em melhores condições, se constituíssem uma comunidade cristã autónoma, apesar das consequências que daí poderiam advir para Requeixo. Tudo ponderado, efectivamente o Bispo de Aveiro, D. Domingos da Apresentação Fernandes, em 13 de Agosto de 1960, instituiu a paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no concelho e arciprestado de Aveiro. O Padre Artur, que passou a ser o primeiro responsável, não iria parar no seu trabalho. Lançou-se imediatamente na construção da residência paroquial, da igreja matriz e de um edifício para a catequese e para outras actividades formativas e sociais; e, sempre com o desejo de criar pontes, mesmo com os ausentes, iniciou a publicação do boletim mensal “Notícias de Nariz e Fátima”.
Por diversas vezes deslocou-se ao estrangeiro, nomeadamente ao Canadá, aos Estados Unidos e à Venezuela, onde sabia viverem muitos emigrantes das referidas terras; foi uma presença que fortaleceu os laços tradicionais naquelas pessoas que, também pela sua generosidade, contribuíram para as obras em curso. Criado assim um ambiente de comunhão, tornou-se facilitada a criação da freguesia administrativa de Nossa Senhora de Fátima, por lei da Assembleia da República de 11 de Julho de 1985 – facto que foi popularmente festejado conjuntamente com as “bodas de prata” da paróquia.
O Padre Artur, que também exerceu o cargo de arcipreste de Oliveira do Bairro, em 5 de Agosto de 1995 foi nomeado pároco de Oiã, por provisão de D. António Baltasar Marcelino. Durante os seus últimos doze anos, com dedicação nunca vencida por quaisquer dificuldades, prosseguiu até ao fim no mesmo espírito conciliador, lutando sempre pelo bem do povo e das diferentes povoações da freguesia.
Às 10 horas do dia 18, foi celebrada a Missa Exequial na igreja de S. Simão de Oiã, sob a presidência de D. António Francisco dos Santos e com a participação de D. António Baltasar Marcelino, de D. António dos Santos, de várias dezenas de sacerdotes e de alguns diáconos. O templo foi pequeno para acolher as representações das Irmandades e das centenas de pessoas (entre as quais os Presidentes da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e da Junta de Freguesia de Oiã), que assim quiseram sentidamente homenagear e sufragar a alma do saudoso extinto. Os restos mortais, com uma breve paragem na igreja de Nossa Senhora de Fátima, foram levados para Avanca, onde tiveram sepultura no cemitério local, após a celebração da Eucaristia na igreja matriz de Santa Marinha, às 14h30, por D. António Baltasar Marcelino. Em 22 seguinte, o nosso Bispo celebrou a Missa do sétimo dia, na igreja de Nossa Senhora de Fátima.
(in Do jornal “Correio do Vouga”)