Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa

Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa Disponibilização em língua portuguesa de um periódico reconhecido internacionalmente, com artigo

«"À Primeira Vista": o testemunho das mulheres para lá do medo», por Mónica Baptista A peça À Primeira Vista (Prima Faci...
19/09/2024

«"À Primeira Vista": o testemunho das mulheres para lá do medo», por Mónica Baptista

A peça À Primeira Vista (Prima Facie) regressa ao Teatro Maria Matos, em Lisboa, a 18 de Setembro, encenando a construção do poder e do medo.

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«Em Londres, o regresso do extremo-centro», por Oliver EagletonApós catorze anos de poder conservador, os trabalhistas g...
19/09/2024

«Em Londres, o regresso do extremo-centro», por Oliver Eagleton

Após catorze anos de poder conservador, os trabalhistas ganharam as eleições de 4 de Julho. Mas ninguém acredita numa ruptura. O novo primeiro-ministro, tal como o seu antecessor, professa a moderação após a batalha do Brexit. Contudo, os motins racistas do Verão e as reacções por eles provocadas confirmam a direitização do campo político nacional.

Imagem: Nuno Viegas. Golden Paper Crown V.

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«Subida do nível do mar e as más decisões de planeamento urbanístico», por Carlos Antunes De Oeiras a Algés, passando po...
18/09/2024

«Subida do nível do mar e as más decisões de planeamento urbanístico», por Carlos Antunes

De Oeiras a Algés, passando por Almada, pelo Barreiro ou por Tróia, tal como em Aveiro, e em vários pontos do Alentejo e do Algarve, estão identificadas zonas costeiras vulneráveis à subida do nível médio do mar. Quando isto acontece, para reduzir os danos ambientais, económicos ou sociais há que parar de aumentar a ocupação, desocupar e relocalizar. Mas as pressões do turismo e do imobiliário ditam outras lógicas, que se anunciam desastrosas para o país.

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HABITAÇÃO | Dia 18 Set., quarta-feira, às 19h00, na Feira da Luz, no stand da Junta de Freguesia de Carnide (junto ao pa...
17/09/2024

HABITAÇÃO | Dia 18 Set., quarta-feira, às 19h00, na Feira da Luz, no stand da Junta de Freguesia de Carnide (junto ao palco).
Com Fábio Sousa (presidente da Junta com pelouro da Habitação) e os autores do livro «Caravana da Habitação».
Estão todos convidados!

Testemunho | Cooperativa Coopérnico«Democracia e participação cidadã no sector da energia», por Ana Rita Antunes e Carla...
13/09/2024

Testemunho | Cooperativa Coopérnico
«Democracia e participação cidadã no sector da energia», por Ana Rita Antunes e Carla Castelo

Nos 50 anos do 25 de Abril, vale a pena reflectir sobre a importância de os cidadãos participarem activamente no sector da energia, em particular na produção e partilha de electricidade renovável. Descentralizar a produção e o investimento, envolvendo os cidadãos, traz democratização energética e é um elemento central na acção climática. O caso da Coopérnico.

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Imagem: Rita Gorgulho. Power Up (2024)

Convite PROPRIEDADE | 25 SET | Casa do Comum | 19H00 |(falado em português e francês, tradução por intérprete com audiog...
12/09/2024

Convite PROPRIEDADE | 25 SET | Casa do Comum | 19H00 |
(falado em português e francês, tradução por intérprete com audioguias)

Nestes tempos de exacerbação do regime proprietarista é preciso perguntar o que significa o direito de propriedade sobre as coisas. Num ensaio lúcido, o filósofo Pierre Crétois faz uma crítica radical da propriedade privada tal como foi absolutizada na era do capitalismo liberal e neoliberal.

Um debate com
- Pierre Crétois (Universidade de Bordéus)
- João Luís Lisboa (NOVA FCSH, CHAM)
- João Rodrigues (FEUC)

Modera
Sandra Monteiro (Directora do Le Monde diplomatique - edição portuguesa)

Local: Casa do Comum - Rua da Rosa, n.º 285 (Bairro Alto, Lisboa)

Organização: Instituto Franco-Português e Le Monde diplomatique – edição portuguesa

Chile, 11 de Setembro (arquivo: Set 2023)«A história os julgará», por Franck Gaudichaud No 50.º aniversário do golpe de ...
11/09/2024

Chile, 11 de Setembro (arquivo: Set 2023)

«A história os julgará», por Franck Gaudichaud
No 50.º aniversário do golpe de Estado que pôs fim à experiência socialista no Chile e custou a vida a Salvador Allende, publicamos um conjunto de artigos na edição de Setembro que revisitam o golpe e analisam as divisões que persistem no Chile. Mas tudo começou naquela manhã de 11 de Setembro.

"Nesta terça-feira dia 11 de Setembro de 1973, o céu está cinzento, o Inverno austral ainda não partiu. O golpe de Estado começa muito cedo, quando a marinha de Valparaíso assume o controlo da cidade-porto situada no Oceano Pacífico. A aviação prepara os seus aviões Hawker Hunter no aeroporto de Concepción e, em Santiago, os movimentos de tropas do exército iniciam-se logo às 08h30, sob as ordens, entre outros, do general Sergio Arellano Stark. Salvador Allende recebe, desde a madrugada, as informações relativas à situação em Valparaíso e, depois de várias conversas com o seu ministro da Defesa, Orlando Letelier, compreende a gravidade da situação. Decide dirigir-se ao palácio presidencial, acompanhado pelos seus mais fiéis colaboradores, nomeadamente o médico Augusto Olivares e o cientista político Joan Garcés, mas também dos homens do GAP (o «grupo dos amigos do presidente»), a sua guarda pessoal. Tem perfeita consciência de que enfrenta uma operação coordenada de grande envergadura. (…)"

Imagem: Biblioteca del Congreso Nacional. Creative Commons Attribution 3.0 Chile license.

ALEMANHA«Uma nova "esquerda conservadora" agita a política alemã», por Pierre Rimbert & Peter Wahl As três eleições regi...
11/09/2024

ALEMANHA
«Uma nova "esquerda conservadora" agita a política alemã», por Pierre Rimbert & Peter Wahl

As três eleições regionais que se realizam este mês na antiga Alemanha de Leste (Turíngia, Saxónia e Brandeburgo) não vão apenas confirmar a forte implantação da extrema-direita. A Aliança Sahra Wagenknecht, um partido de esquerda fundado em Janeiro passado, vai testar uma linha original: progressista nas questões sociais e económicas, conservadora nas questões socioculturais.

Imagem: Telmo Alcobia. Sem título (2021).

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Dossiê Médio Oriente: o abismo«Extinguir a educação», por Angélique Mounier-KuhnSegundo a Organização das Nações Unidas ...
10/09/2024

Dossiê Médio Oriente: o abismo
«Extinguir a educação», por Angélique Mounier-Kuhn

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), entre 4 de Julho e 10 de Agosto o exército israelita bombardeou, pelo menos, vinte e uma escolas de Gaza. Todas elas acolhiam uma grande quantidade de civis deslocados. Para lá da carnificina humana, o aniquilamento metódico do sistema educativo torna um pouco mais sombrio o futuro da juventude palestiniana. Alguns especialistas denunciam um «escolasticídio».

Imagem: Marta Nunes. Muita gente não quer ver.

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IMIGRAÇÃO«Narrativa migratória: entre a percepção e a realidade», por Daniela Cunha(nas bancas e online 👇)As percepções ...
06/09/2024

IMIGRAÇÃO
«Narrativa migratória: entre a percepção e a realidade», por Daniela Cunha
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As percepções públicas sobre a imigração em Portugal, fomentadas por discursos políticos e mediáticos, aproveitam-se de sentimentos racistas e xenófobos, bem como de dificuldades de integração, para fazer crescer muito para lá da realidade os problemas com a imigração. Pretendem assim fomentar uma divisão entre trabalhadores que fragilizará os direitos de todos, imigrantes e não imigrantes.

Imagem: Rita Gaspar Vieira . O ato de abrir (2024) . Na Galeria das Salgadeiras, Lisboa, até 14 de Setembro

DOSSIÊ . Médio Oriente: o abismo«A guerra mais longa», por Alain Gresh(nas bancas e online no link 👇)Destruição da Faixa...
05/09/2024

DOSSIÊ . Médio Oriente: o abismo
«A guerra mais longa», por Alain Gresh
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Destruição da Faixa de Gaza, escalada entre Israel e o Hezbollah no Sul do Líbano e perigo de um conflito aberto entre Telavive e Teerão: quase um ano após os ataques de 7 de Outubro, o Maxereque está à beira de uma conflagração. Os Estados Unidos tentam preveni-la, mas nem por isso pressionam Israel para que as negociações com o Hamas conduzam a um cessar-fogo duradouro.

No mesmo dossiê:
– «A sociedade israelita entre arrogância e desespero», por SYLVAIN CYPEL
– «“Nós não somos tratados como cidadãos”», por ARIANE BONZON
– «Extinguir a educação», por ANGÉLIQUE MOUNIER-KUHN
– «Justiça internacional esmaga Telavive», por ANNE-CÉCILE ROBERT
– Infografia: CÉCILE MARIN

Imagem: Marta Nunes

«Tudo pelos "media", pouco pelo jornalismo», por Carla Baptista(nas bancas e online no link 👇)"As notícias recorrentes s...
04/09/2024

«Tudo pelos "media", pouco pelo jornalismo», por Carla Baptista
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"As notícias recorrentes sobre a morte do jornalismo são um exagero, parafraseando Mark Twain, mas há boas razões para pensar que o futuro vai continuar a mudar o panorama mediático, e trazer cada vez menos jornalismo. A situação financeira das empresas de comunicação social continua depressiva e as respostas do mercado são procurar novas áreas de negócio orientadas para as parcerias comerciais e institucionais, bem como para a organização e divulgação de eventos empresariais e corporativos. A tendência das próximas estações é substituir o jornalismo pela comunicação e os jornalistas pelos comentadores políticos.

O Estatuto do Jornalista (1) é muito claro na definição das incompatibilidades da profissão, incluindo a publicidade, o marketing e a assessoria de imprensa, mas o que prolifera no terreno são publicações híbridas que promovem produtos, espaços, iniciativas e até pessoas. Todos os jornais generalistas nacionais possuem áreas de desenvolvimento de conteúdos comerciais, chamadas de estúdio ou labs, que trabalham para as marcas e não para os leitores. A crise da informação, as soluções de monetização dominantes e o ciclo político e cívico que vivemos, convergem para tornar o jornalismo o género minoritário. Os meios de comunicação social são usados de forma pouco transparente para fins que desconhecemos, longínquos do objectivo de ganhar dinheiro a vender informação credível, e são esses que parecem determinar a sua sobrevivência.

Nas estruturas mais frágeis, onde não existem sequer as instâncias de auto-regulação capazes de oferecer alguma resistência e impor valores editoriais, como os conselhos de redacção ou uma massa crítica profissionalizada, multiplicam-se os atropelos éticos e a desfiguração do jornalismo atinge uma dimensão quase grotesca. O adjectivo é forte, mas em muitos órgãos locais e regionais o filme é mesmo de terror. (…)"

Imagem: Pedro Penilo

03/09/2024

«O Saara segundo Macron», editorial de
Setembro de Akram Belkaïd.

"Quando, no passado dia 30 de Julho, Emmanuel Macron decidiu reconhecer a soberania de Marrocos sobre o Saara Ocidental através de uma simples mensagem electrónica dirigida ao rei Mohammed VI, não se limitou a escamotear o direito internacional. Pôs em causa o equilíbrio frágil das relações franco-argelinas.

Na missiva enviada ao soberano marroquino, o presidente francês indicou que o plano de autonomia do Saara defendido desde 2007 por Rabat é a «única base para alcançar uma solução política justa, duradoura e negociada em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas». Como é seu hábito, o locatário do Eliseu não teme as contradições; já as Nações Unidas consideram, pelo contrário, que este território é «não autónomo» e que a sua descolonização deve ter fim por via de um referendo de autodeterminação das populações locais. (…)"

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Número de Setembro está nas bancas e online!Todos os artigos no link 👇
03/09/2024

Número de Setembro está nas bancas e online!
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«Buenos Aires, capital da psicanálise», por Anne-Dominique Correa Toda a gente, ou quase, faz terapia? A «pátria simbóli...
25/08/2024

«Buenos Aires, capital da psicanálise», por Anne-Dominique Correa
Toda a gente, ou quase, faz terapia? A «pátria simbólica» de Jacques Lacan é sem dúvida o país com mais psiquiatras. Os laços históricos entre a Argentina e a Europa não bastam para explicar esta longa hegemonia... hoje posta em causa por outras formas de tratamento do sofrimento psíquico. Ou até por vias como a do desenvolvimento pessoal.

Imagem: Fernando Marques de Oliveira

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Recensão de Valdemar Cruz a «25 de Abril. Revolução e Mudança em 50 Anos de Memória», Manuel Loff e Miguel Cardina (org....
24/08/2024

Recensão de Valdemar Cruz a «25 de Abril. Revolução e Mudança em 50 Anos de Memória», Manuel Loff e Miguel Cardina (org.)

"(…) A direita, como o demonstram as recentes evoluções relacionadas com a celebração do 25 de Novembro, procura, a partir do poder reconquistado, criar novas formas de percepção da realidade, destinadas a desembocar na construção de novas verdades. Daí a importância decisiva de um livro como este, ao dar um contributo essencial para a desconstrução do revisionismo histórico em curso. Num país como Portugal, com a imprensa e as televisões inundadas de comentadores cujo pluralismo, diversidade de pensamento e de posicionamento ideológico perante as grandes questões políticas e sociais é tão grande como um s**o cheio de bolas de golfe, os discursos do poder (político, económico ou mediático) assumem-se como contributos cruciais para a proliferação de narrativas empenhadas em moldar, condicionar e alterar a percepção social da realidade.

Daí o valor inestimável deste conjunto de ensaios de leitura imprescindível. Não se trata de um clássico livro de História(s) sobre o 25 de Abril. A partir de uma pergunta aliciante pelo potencial de debate nela contido — qual é a memória reacionária da Revolução? —, cada um dos capítulos, escreve-se na introdução, «procura mostrar como a Revolução é lembrada ou esquecida, celebrada ou contestada, apropriada ou combatida, narrada e inscrita na memória de diferentes setores políticos e sociais e das várias gerações que se sucederam ao longo dos últimos 50 anos». (…)"

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«Nas margens da Europa, a China penetra nos Balcãs», por Jean-Arnault Dérens & Laurent Geslin As Novas Rotas da Seda pas...
23/08/2024

«Nas margens da Europa, a China penetra nos Balcãs», por Jean-Arnault Dérens & Laurent Geslin

As Novas Rotas da Seda passam pela Albânia, pelo Montenegro e vão até à Eslovénia. Mas foi com Belgrado que Pequim estabeleceu laços mais estreitos, com base numa amizade nascida em 1999, sob as bombas norte-americanas que destruíram a embaixada chinesa na antiga capital jugoslava. Hoje, esta relação privilegiada contribui para o dinamismo da economia sérvia, sem suscitar sempre o apoio da população.

Imagem: Catarina Leitão

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«As ordens e as desordens do capital», por João RodriguesAs escolhas de orientação económica são determinantes para comb...
22/08/2024

«As ordens e as desordens do capital», por João Rodrigues
As escolhas de orientação económica são determinantes para combater o austeritarismo e os novos autoritarismos, mas será possível que tais alianças prescindam dos diálogos da Economia com várias disciplinas, a começar pela História e a Filosofia? E será possível forjar uma aliança intelectual entre marxismo e keynesianismo progressista capaz de fornecer uma alternativa ao neoliberalismo?

Imagem: Isaque Pinheiro
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Últimos dias!Torne-se assinante, oferecemos-lhe um livroCampanha Verão 2024leituras críticas, leitores resistentesNo Ver...
21/08/2024

Últimos dias!
Torne-se assinante, oferecemos-lhe um livro

Campanha Verão 2024
leituras críticas, leitores resistentes

No Verão alongam-se as leituras. Da informação ao ensaio e à literatura, mergulhamos na paisagem jornalística e editorial da cooperativa Outro Modo.

Por cada nova assinatura anual (Integral Portugal [€48] e Digital [€40]) do Le Monde diplomatique – edição portuguesa, oferecemos-lhe um dos quatro livros abaixo indicados*.

Torne-se assinante e reforce um projecto jornalístico alternativo ao neoliberalismo.

* Esta oferta é limitada ao stock existente dos livros. A campanha dura até 25 de Agosto.

«A grande desilusão política», por Bruno Amable Parece que o caos aberto pela dissolução da Assembleia Nacional francesa...
20/08/2024

«A grande desilusão política», por Bruno Amable
Parece que o caos aberto pela dissolução da Assembleia Nacional francesa no passado dia 9 de Junho vai prolongar-se. É possível vislumbrar desde já algumas linhas de força esclarecedoras, para lá da confusão dos partidos, das alianças e dos projectos.

Imagem: Pedro Valdez Cardoso

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«No Líbano, o poder e a prudência do Hezbollah», por Emmanuel Haddad (nas bancas e online 👇)Responder aos bombardeamento...
19/08/2024

«No Líbano, o poder e a prudência do Hezbollah», por Emmanuel Haddad

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Responder aos bombardeamentos das forças armadas de Telavive contra as populações civis libanesas atingindo localidades israelitas que até ao momento tenham sido poupadas pelos disparos das tropas do Hezbollah. Esta recorrente ameaça de Hassan Nasrallah, o líder do partido-milícia aliado do Irão, permite avaliar a escalada das tensões no país do Cedro. Quanto à população, oscila entre apoio aos palestinianos e recusa de mais uma guerra.

Imagem: Filipe Paixão

Pedro Cardim escreve sobre o livro «Para uma História Política da Raça», de Jean-Frédéric Schaub(nas bancas e online 👇)"...
17/08/2024

Pedro Cardim escreve sobre o livro «Para uma História Política da Raça», de Jean-Frédéric Schaub
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"Olivro Para uma História Política da Raça tem como finalidade analisar a aparição, no Ocidente, das ideologias políticas e das práticas sociais que produziram distinções com base na ideia de «raça». Conheceu a sua primeira edição, em França, em 2015, ou seja, há quase dez anos. A despeito disso, mantém uma grande actualidade. O seu título em inglês — Race is about Politics. Lessons from History — transmite, talvez de uma maneira mais clara do que os títulos em francês ou em português, o propósito deste estudo: identificar as lições que a história nos dá para a uma compreensão aprofundada do racismo.

O livro tem uma finalidade teórica clara: demonstrar que os processos de racialização só se entendem a partir de uma abordagem histórica. Não propriamente para se efectuar um inventário das formas de hostilidade, de desclassificação e de perseguição do «outro», mas para se captar os elementos daquilo de que falamos quando usamos o termo «raça».

O livro dialoga com uma impressionante quantidade de estudos sobre raça e a sua história, de vários campos das ciências sociais e das humanidades. No seu propósito de guiar o leitor pelos debates actuais acerca do racismo, também presta atenção aos mais recentes resultados da investigação no campo da genética (…)."

«A voz e o espaço dos Artistas Unidos», por Mónica Baptista(nas bancas e online 👇)"Os Artistas Unidos, estrutura criativ...
16/08/2024

«A voz e o espaço dos Artistas Unidos», por Mónica Baptista
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"Os Artistas Unidos, estrutura criativa, companhia de teatro e grupo de actores e criadores, saiu definitivamente do Teatro da Politécnica no passado dia 16 de Julho. A Universidade de Lisboa deixou de ceder o espaço que o colectivo ocupava desde 2011 — sempre na expectativa de que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) concretizasse os planos de renovação e reconversão do antigo Espaço A Capital.

Os Artistas Unidos, formados em 1995 pelo encenador e cineasta Jorge Silva Melo, é a companhia que, ao longo destes anos, me fez acreditar que é possível fazer muito bom teatro (e muito boa arte) num país culturalmente periférico como Portugal. As peças que levam a cena entusiasmam e ficam a ecoar em quem as vê. A mim, fizeram-me arriscar a começar a escrever sobre teatro; queria continuar a pensar sobre aquelas personagens, aqueles cenários e aqueles actores. Alguma coisa de diferente acontece sempre que vejo um espectáculo «Artistas Unidos». A companhia prima pela inovação na escolha e abordagem do texto. Pelas temáticas plurais (actuais e intemporais) de autores de todos os cantos do mundo.

Os Artistas Unidos sempre tiveram como intuito trazer dramaturgos contemporâneos internacionais, fora de um circuito mais convencional (jovens autores, muitos deles), alargando o espectro do panorama dramatúrgico para o público português. (…)"

Foto: © Jorge Gonçalves

«A guerra das praias na Califórnia já não terá lugar», por Isabelle Bruno e Grégory Salle(nas bancas e online no link 👇)...
15/08/2024

«A guerra das praias na Califórnia já não terá lugar»,
por Isabelle Bruno e Grégory Salle
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Nadar, fazer surf, passear, bronzear-se: no estado mais rico dos Estados Unidos, o direito à praia é alvo de inúmeras disputas. Nos tribunais, detentores de grandes fortunas opõem os seus privilégios de proprietários a administrações que consideram a costa como um bem comum. Mas o recuo da linha de costa está a acelerar-se e, portanto, o problema coloca-se cada vez mais noutros termos que não os litigiosos...

Fotos: Maria Peixoto Martins

«As ordens e as desordens do capital», por João Rodrigues(nas bancas e online 👇)As escolhas de orientação económica são ...
13/08/2024

«As ordens e as desordens do capital», por João Rodrigues
(nas bancas e online 👇)
As escolhas de orientação económica são determinantes para combater o austeritarismo e os novos autoritarismos, mas será possível que tais alianças prescindam dos diálogos da Economia com várias disciplinas, a começar pela História e a Filosofia? E será possível forjar uma aliança intelectual entre marxismo e keynesianismo progressista capaz de fornecer uma alternativa ao neoliberalismo?

Imagem: Isaque Pinheiro

«Desqualificar o trabalho através do subsídio de desemprego», por Margarida AntunesO governo da Aliança Democrática pare...
09/08/2024

«Desqualificar o trabalho através do subsídio de desemprego», por Margarida Antunes

O governo da Aliança Democrática parece querer dar mais um passo, e bem significativo, na já longa história de erosão do subsídio do desemprego. Os argumentos dos governos vão variando, mas põem sempre em causa o direito a uma prestação social assente na relação laboral e destinada a sustentar os níveis de consumo do trabalhador. Agita-se agora o papão do perigo moral, esquecendo o quanto o desemprego implica já uma desvalorização salarial e profissional.

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Imagem: Diana Costa

«Acelerar a governação neoliberal», por Sandra Monteiro(acesso livre no link 👇)"Ano após ano, no período estival, os tra...
08/08/2024

«Acelerar a governação neoliberal», por Sandra Monteiro
(acesso livre no link 👇)

"Ano após ano, no período estival, os trabalhadores e pensionistas portugueses que passam a vida a consumir-se para conseguir, quando conseguem, pagar as contas do mês, são inundados com as notícias dos lucros enormes que os seus sacrifícios e exploração permitiram às grandes empresas e grupos económicos arrecadar. Esses lucros são favorecidos por políticas desenhadas a partir do Estado. Os do primeiro semestre de 2024 aí estão, da banca às energéticas, passando pela grande distribuição: «Lucros dos bancos dão salto olímpico: ganham 2,6 mil milhões até Junho» (Eco, 1 de Agosto); «EDP dispara lucros em 75% para 762 milhões no primeiro semestre» (Jornal de Negócios, 30 de Julho); «Sonae fecha semestre com recordes nas vendas e no investimento, e crescimento de 14% nos lucros» (Expresso, 30 de Julho). Mesmo a dona do Pingo Doce, com menores lucros… «lucrou 253 milhões de euros» até Junho, com as vendas a aumentarem 12,3% e o recuo a ter como explicação um investimento: «Fundação de 40 milhões encolhe em 29% os lucros da Jerónimo Martins no primeiro semestre» (Eco, 24 de Julho).

As grandes empresas a operar em Portugal não querem mais medidas fiscais, apoios e incentivos públicos para aumentar salários, mas para ter mais lucros e remunerar mais o capital accionista. Se as políticas governativas que lhes favorecem os lucros — sem verdadeira contrapartida fiscal, salarial ou de preços —, tivessem capacidade para acabar com os baixos salários, então há muito que estes teriam aumentado. Mas este argumento é sempre usado pelos neoliberais para favorecer com dinheiro público as grandes empresas: salários aumentados jorrariam, por milagre, das contas dos ricos empresários para os bolsos dos trabalhadores pobres e remediados. Nada de novo. A economia do trickle-down sempre foi um dispositivo da propaganda que promete um «escorrer para baixo» que nunca acontece.

Pouco tem mudado, na prática e na comunicação dos neoliberais. Apoiados na bem rodada arquitectura político-institucional da União Europeia e do euro, vão misturando uma real opacidade dos textos de política económica com uma aparente clareza da comunicação. O caso do «Programa Acelerar a Economia — Crescimento, Competitividade, Inovação & Sustentabilidade» (1), apresentado pelo governo de Luís Montenegro no dia 4 de Julho, é paradigmático desta dupla estratégica de política e de comunicação. (…)"

Imagem: Pedro Penilo

«A miragem do apaziguamento», editorial de Benoît Bréville(acesso livre, link 👇)"Os ânimos exaltaram-se desde que Emmanu...
07/08/2024

«A miragem do apaziguamento», editorial de Benoît Bréville
(acesso livre, link 👇)

"Os ânimos exaltaram-se desde que Emmanuel Macron decretou a dissolução da Assembleia Nacional francesa. Tem havido agressões a representantes eleitos, pilhagens de serviços, espancamentos de militantes. Nas redes sociais proliferaram as ameaças, os dirigentes políticos insultam-se uns aos outros. Na comunicação social, jornalistas e comentadores mostram-se preocupados com uma escalada de violência política que pode incendiar todo o Ocidente, a começar pelos Estados Unidos, onde Donald Trump acaba de escapar a uma tentativa de assassinato — tal como aconteceu, antes dele, com o primeiro-ministro eslovaco Roberto Fico e com o antigo presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Perante este clima, parece estar a surgir uma solução transpartidária: «o apaziguamento» (…)
Um pouco de recuo histórico revela o quão quimérico é o projecto de um Parlamento serenado, onde as divergências seriam resolvidas com cortesia para dar o exemplo ao resto do país. (…)"

Neste Natal, propomos um presente que dura o ano inteiro: ofereça a um familiar ou amigo uma assinatura anual (Integral ...
26/11/2023

Neste Natal, propomos um presente que dura o ano inteiro: ofereça a um familiar ou amigo uma assinatura anual (Integral Portugal ou Digital) do Le Monde diplomatique – edição portuguesa. Nós oferecemos-lhe um livro à sua escolha entre os quatro abaixo indicados. Oferecer uma assinatura reforça um projecto jornalístico cooperativo, alternativo ao neoliberalismo e independente de todos os poderes.

(Le Monde Diplomatique - Edição Portuguesa, Outubro 2023 )

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