26/09/2022
|| NOVO PERFIL ||
Olá, bem vindos.
Depois de umas semanas a apalpar terreno, a perceber o que poderia fazer sentido, tudo ficou claro. Estilo, identidade e roupa, sim mas com propósito, pois não chega partilhar que podemos fazer mais com menos ou evitar comprar mais;
que podemos transformar a fast em slow fashion se, simplesmente, deixarmos de comprar;
se comprarmos (muito) menos;
se comprarmos apenas o essencial, escolhendo tecidos, cores e cortes que duram e perduram no tempo.
A partir de agora vou contar-te histórias de roupa e guarda-roupa e mostrar-te como podes criar o teu guarda-roupa sustentável.
Tão simples quanto isso.
É possível e mais fácil do que parece 🖤
A peça que tenho vestida não é sustentável e, por isso, voltou à loja. Comprei-a por impulso, por ser macia, com um toque suave, perfeita para a transição (que em Lisboa não temos e é disso preciso ter consciência) entre estações. A cor é linda e é o meu rosa, a cor que escolhi para quebrar a aparente monotonia monocromática que me caracteriza.
Permito-me um excesso quando percebo que há uma peça em falta no guarda-roupa. E sim, peças de transição, não tenho.
Comprei. Vesti-me, sai à rua, dei a volta ao quarteirão, como faço sempre que tenho uma peça nova de roupa. A luz da rua e os vidros das montras são a vida real e mostram aquilo que a luz e os espelhos das lojas escondem: a realidade. Gostei muito desta camisola mas é feita de fibras sintéticas (parcialmente recicladas), fast fashion e, na verdade, posso abdicar.
Foi um adeus sem remorso. E este é o problema da fast fashion: permite comprar sem pensar, devolver sem hesitar numa rotação de peças que muitas vezes acabam num aterro para destruição. Por isso, pensemos antes de entrar numa loja. Como?
F**a desse lado que eu vou contar-te tudo!