01/02/2025
A Mazda sempre deu particular atenção aos motores, desde as arquitecturas às tecnologias.
Os motores Wankel de êmbolos rotativos permancem na gama, enquanto os “skyactiv” passam a ser apresentados com maior intervenção das electricidade e electrónica.
Sem alterações significativas à silhueta cujo comprimento é inferior a quatro metros e meio (4.395 mm) o modelo balizado entre os 36 e 46.000 €, em pouco passa dos dois metros quando medido entre espelhos retrovisores (2.040 mm) sendo ligeiramente superior ao metro e meio na altura (1.540 mm). A bagageira é modulável dos 430 até aos 1.406 litros, mediante rebatimento assimétrico dos assentos traseiros. Na edição especial Nagisa, o acesso à bagageira dispõe de comando eléctrico, existindo espaço para arrumos sob o piso móvel, além dos consignados aos elementos a utilizar em recurso ou emergência.
Na motorização 2.0 litros a gasolina de injecção directa 16V-DOHC, e pós-tratamento dos gases de escape através de catalisador de três vias e filtro de partículas, a potência aumentou para os 186 cv (137 kW)/6.000 rpm, contando com o auxílio do agregado mecânico de 1,7 kW alimentado por bateria de iões de Lítio de 162 Wh. A designação de agregado mecânico, tem a ver com a forma como o gerador/motor se encontra ligado ao bloco motor por correia, de igual forma como acontece com outros agregados mecânicos (bombas água, óleo entre outros). A bateria de baixa capacidade está entre as rodas na via dianteira e, face a este conjunto, este Mazda recebe a designação “mild hybrid” ou por outras palavras, um híbrido suave.
No que diz respeito ao bloco de quatro cilindros em linha (1.998 cc) a designação SPCCI revela a tecnologia “Spark Controled Compression Ignition” que conjuga valores de taxa de compressão (15,0:1) habitualmente encontrados nos Diesel, com as vantagens dos motores a gasolina, nos quais a faísca é provocada por vela. No entanto, os “skyactiv X” são apresentados com outra característica mais aproximada dos Diesel. Durante o tempo de admissão é injectada uma mistura empobrecida no tocante a combustível e mas rica em ar. Depois da compressão e no momento da explosão, forma-se uma mistura mais rica, melhorando o tempo-motor. Esta gestão ou SPCCI funcionam na maioria das condições de operação, excepto durante os arranques a frio, na fase inicial de aquecimento e com acelerador em cargas muito elevadas. Nestes casos, o motor alterna, sem problemas, para um funcionamento tradicional com velas de ignição, e mistura estequiométrica habitual de ar-combustível de 14,7:1, dando sempre prioridade à poupança de combustível e diminuição de emissões poluentes.
Com a possibilidade de escolha entre manual ou automatizada, e diferenças nas seis relações de transmissão e final, esta motorização de 2.0 litros e 186 cv, está disponível para as versões com tracção dianteira ou integral.
Com bons acessos ao interior e boas cotas de habitabilidade, o CX 30 tem boa ergonomia no que diz respeito à colocação dos comandos. Para o visor central, acede-se aos menus e sub-menus através de um comando circular posicionado na consola central, na qual se encontram outros comandos. Em termos de espaços para arrumos, são suficientes, mas o central só abre na totalidade quando se recua a tampa, interferindo com a ergonomia do movimento e habitabilidade do passageiro sentado no meio do assento traseiro.
Com boas cotas de visibilidade para a frente e laterais, o CX 30 mitiga a visibilidade traseira e nas manobras de marcha-atrás, mediante visualização no painel central.
Sem acentuadas prestações nas acelerações e reprises, o motor skyactiv de 2.0 litros evidencia a suavidade de funcionamento, muito bem filtrado para o habitáculo, em termos de ruído e vibrações. A transmissão manual de seis relações, deixou a impressão de estar bem escalonada e suave acionamento através do selector bem posicionado. Todavia, esta é uma daquelas motorizações que funciona melhor com transmissão automatizada, devido às relações da transmissão manual, pensadas para a economia de combustível e reduzidas emissões poluentes. Antes das 2.000~2.500 rpm o motor está mais orientado para o conforto de rolamento, sendo mais audível acima destes regimes e também mais presente, quando se recorre à transmissão para descobrir a progressão dos 186 cv.
Outro dos itens que prima pela suavidade e eficácia é o acelerador automático adaptativo que inclui os “Mazda radar cruise control” e “inteligente speed assist”. Em termos práticos e além de controlar a velocidade em descida, salvaguarda a distância para o veículo da frente, a saída da faixa de rodagem ou transposição de traço contínuo. Para quem não pretender os avisos sonoros, este Mazda inibe os sons através de um botão.
Num breve contacto ao volante em percurso misto (AE+EN+Urbano) ficou registado um consumo médio de 6,0 litros/100 km.
Sem contar com as despesas de legalização, transporte, preparação e pintura metalizada o pvp deste CX 30 é de 40.650,44 €.