24/08/2024
Uma Dança Entre a Inteligência e a Inveja
Em um vasto salão de espelhos, onde as luzes da razão cintilam e as sombras do desejo se escondem, a Inteligência e a Inveja dançam uma valsa eterna. A Inteligência, vestida em trajes de luz, move-se com graça e serenidade, sua presença irradiando um brilho que ilumina os cantos mais escuros do salão.
A Inveja, por sua vez, veste-se com um manto de sombras, seus olhos fixos na luminosidade da Inteligência. Cada passo que dá é um eco de descontentamento, um sussurro de amargura que se arrasta pelo chão encerado. Ela segue a Inteligência com fervor, desejando absorver seu esplendor, mas incapaz de compreender a fonte de sua luminosidade.
A Inteligência, com sua capacidade de ver além das aparências, reconhece a Inveja como uma sombra necessária, um contraste que define seu próprio brilho. Ela sabe que a Inveja é cega para a essência do verdadeiro conhecimento, presa em um ciclo de comparações e ressentimentos. A Inteligência, em sua sabedoria, não busca ofuscar, mas esclarecer, não almeja dominar, mas elevar.
Enquanto a Inteligência se nutre da curiosidade e do desejo de entender o mundo em sua complexidade, a Inveja se alimenta do vazio, do constante anseio pelo que não possui. A Inteligência constrói pontes de compreensão, enquanto a Inveja ergue muros de separação. Cada descoberta da Inteligência é uma flor que desabrocha, enquanto cada pensamento da Inveja é uma erva daninha que sufoca.
No centro do salão, a música da vida continua a tocar, uma melodia de desafios e oportunidades. A Inteligência, ouvindo o chamado da melodia, dança com liberdade, explorando cada nota e cada pausa. A Inveja, entretanto, tropeça em seu próprio descontentamento, incapaz de encontrar harmonia em si mesma.
Ao final da dança, a Inteligência e a Inveja permanecem, cada uma em seu papel, refletindo a dualidade da condição humana. A Inteligência, com seu brilho sereno, continua a iluminar o caminho, enquanto a Inveja, com sua sombra persistente, lembra-nos da importância de buscar a luz interior e de transcender as limitações do ego.
E assim, no grande salão da existência, a valsa da Inteligência e da Inveja prossegue, um eterno lembrete de que a verdadeira sabedoria reside em reconhecer e superar as sombras que habitam nossos corações.
Oliver Harden