15/12/2024
ANAIS LEIRIENSES-17 LANÇADO EM MARRAZES (Leiria)
O Museu Escolar, em Marrazes (Leiria), acolheu, no passado dia 14 de Dezembro, o lançamento do volume n.º 17 de “Anais Leirienses – estudos & documentos” que conta com uma vintena de colaboradores nas mais diversas áreas de investigação. Com 438 páginas, é uma edição da Hora de ler e foi apresentado em termos gerais por Mário Rui Simões Rodrigues. Na mesa estiveram, para além do apresentador e do editor, Eduarda Manuel Nunes, directora do Museu Escolar, José Afonso Oliveira, colaborador, Paulo Clemente, Presidente da União de Freguesias de Marrazes e Barosa, e Anabela Graça, Vereadora e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Leiria.
Mário Rodrigues, no fundo, desenvolveu um pouco mais o que o coordenador científico, Prof. Saul Gomes, escreve no textos de apresentação:
«O presente volume dos “Anais Leirienses” abre com estudos sobre o passado e o significado arquitetónico do Mosteiro da Batalha, oferecendo, seguidamente, leituras sobre territórios de património industrial (Nazaré e Marinha Grande) ou sobre as paisagens rurais da Benedita, para se focar, no povoamento de lugares do termo de Ourém e da Maiorga (Alcobaça), assim como no protagonismo de antigas nigromancias na geografia diocesana leiriense. O governo do bispado, em 1822, merece observação, revelando-se, também, a pouco conhecida emissão de letras de câmbio em Leiria.
O Norte do distrito, na sua contemporaneidade histórica, continua a merecer espaço relevante nos “Anais”. Assim, deve assinalar-se que o concelho de Ansião merece evocação pela história das polémicas políticas republicanas que nele tiveram lugar, olhando-se, ainda, o município de Pedrógão Grande pela organização de um cortejo de oferendas, em 1948, em favor da Misericórdia local. Nesta linha cronológica se recorda também o “Primeiro Congresso das Actividades do Distrito de Leiria”, em 1943.
O património cultural e literário é alvo de um estudo debruçado sobre Afonso Lopes Vieira e Teixeira de Pascoais, redescobrindo-se, ainda, o Teatro, por uma peça que se preparava para levar à cena na ativíssima freguesia dos Marrazes, intitulada “Aqui é…Leiria”, submetida, como era obrigação legal naquele tempo, à “Censura Prévia” do Estado Novo.»
Justamente com esta peça como pretexto, José Afonso Oliveira, dos Marrazes, abordou depois, com algum desenvolvimento, a actividade teatral nos Marrazes, suscitando a intervenção de alguns ex-actores presentes, de entre uma plateia vasta que acorreu à sessão. (Fotos C.B.M.)