A revista BÍBLICA, iniciada em 1955, é única do género no país. Dedicada expressamente à Bíblia, ajuda a ler os textos no seu contexto histórico, geográfico e literário, e a fazer a transposição da mensagem para os contextos e problemas da vida de hoje. Escrita com a colaboração de especialistas em Sagrada Escritura, de Portugal e do estrangeiro, tem edição bimestral no formato de 17x23,5cm, com 4
8 páginas. A revista BÍBLICA teve início em Beja, na residência dos Capuchinhos junto à igreja paroquial do Salvador, a 25 de fevereiro de 1955. Em junho desse ano saiu o primeiro número levando como antetítulo: revista de cultura e difusão. Tinha 32 páginas ilustradas a preto e branco, o formato de 13,5x19cm, uma tiragem de 3000 exemplares e a assinatura anual custava 10$00. Com onº 75, em janeiro-fevereiro de 1968, a revista surge totalmente remodelada: o formato passa para 17x23, com a capa a quatro cores e o interior de 48 páginas, profusamente ilustrado, a duas. Com o nº 231 (março-abril de 1994), aos 40 anos, assumiu a cor total também no interior, até hoje. Hoje está com a tiragem de 10 500 exemplares. Atualmente, com o mesmo nome, temos uma revista popular e outra científica. A popular, de nível médio, é bimestral, tem 48 páginas a quatro cores e destina-se ao grande público, assegurando um primeiro contacto e descoberta da Bíblia e da sua mensagem, bem como a formação e informação permanente neste campo. Daí a preocupação com a linguagem, a escolha e tratamento dos temas. A científica, iniciada em 1993, é apenas anual. Publica as conferências feitas na Semana Bíblica Nacional e recensões; por isso as páginas e o preço são variáveis. Na fase inicial, os temas da revista Bíblica popular incidiram mais na propedêutica e na espiritualidade bíblica. Depois, entrou no campo monográfico, cobrindo os principais temas de Bíblia e teologia bíblica, incluindo os sacramentos, após a reforma do Vaticano II. Em janeiro-fevereiro de 1968, ao cumprir as bodas de diamante com o nº 75, surgiu com uma sensível remodelação, a que já fiz referência. A seguir à Revolução de 1974, até outubro de 1975, ajudou a fazer a leitura bíblica da vida e dos acontecimentos da história, à luz da História da Salvação. A partir de 1975, cumprindo a deliberação do Capítulo Provincial dos Capuchinhos, que optou preferencialmente pelo Movimento Bíblico, procurou seguir «uma orientação mais didática, como órgão de apoio e como elemento dinamizador do Movimento Bíblico», com números monográficos. Apostada na evangelização e no apoio ao Movimento Bíblico, de novembro-dezembro de 1978 a setembro-outubro de 1981 comentou os textos do Evangelho (nº 139-156); de 1981 a 1984, os textos da Primeira Leitura (nº 157-174); de 1984 a 1987, o Salmo Responsorial (n° 175-192). A partir de 1987, até 1992 (nº 193-222), fez um comentário ao conjunto das três Leituras dominicais, sob o título “A Mesa da Palavra”, depois publicado em livro homólogo; e além disso, entre 1988 e 1991, um artigo do frei Joaquim Monteiro sobre os livros da Bíblia donde é extraída a Segunda Leitura. No n° 229, em 1993, iniciou-se “A Palavra meditada”, abrangendo também todas as Leituras, mas só uma página cada Domingo, mantendo-se até 1996 (n° 246). No número seguinte, ainda em 1996, optou-se por acompanhar os temas do Grande Jubileu 2000. Em novembro-dezembro de 1999 (nº 265) iniciou-se “Palavra de Domingo”, por frei Manuel Rito Dias, que se manteve até concluir os três ciclos em 2002 (nº 282, de setembro-outubro), primeiro como destacável, depois no caderno central. A partir de novembro-dezembro de 2000, apresenta as grandes Figuras Bíblicas, como introdução e síntese da Revelação e da História da Salvação; e, desde 2003, condensa uma conferência da Semana Bíblica Nacional em cada número. No triénio 2009-2012 voltou a trazer os comentários a todas as Leituras bíblicas de domingo, na rubrica “Escola da Palavra”, feitos por frei Lopes Morgado. Em novembro-dezembro de 1013, encerra os comentários ao Credo, que vem fazendo desde setembro-outubro de 2013, a propósito do Ano da Fé. Fiel ao seu lema, que figura no subtítulo, a revista Bíblica é onde a Bíblia se faz vida.