Jornal O Ponney

Jornal O Ponney Desde 1929 a ser sempre um jornal inconformista.

O MEDO, A PARALISIA E A DEMOCRACIAAparentemente entre o ‘medo’, a ‘paralisia’ e a ‘Democracia’ não há uma relação direta...
17/01/2025

O MEDO, A PARALISIA E A DEMOCRACIA

Aparentemente entre o ‘medo’, a ‘paralisia’ e a ‘Democracia’ não há uma relação direta com cada um dos termos. Porém, quando observamos a sociedade, com mais pormenor, descobrimos que uma grande maioria das pessoas vive com medo de defender os seus direitos. Medo de terem processos disciplinares, medo de más avaliações arbitrárias, medo de ostracismo, medo de despedimento, medos que se juntam e que levam a uma paralisia. Paralisia que, por sua vez, leva a uma morte lenta da Liberdade de expressão para a comunidade, a uma quebra da afirmação de cidadania e que provoca uma morte lenta da Democracia.

Pois a Democracia é, por si só, um meio. Não é uma fim em si. Tal como o 25 de Abril de 1974, não pode garantir para sempre a Democracia. Há absoluta necessidade de cada cidadão “regar os cravos”, sejam eles vermelhos, brancos ou de qualquer outra cor.

É absolutamente necessária a coragem política que só pode começar por cada um de nós, antes de esperarmos que parta de quem é eleito ou quem tem poder institucional. Sem filtros, pois é necessário que cada um saiba expressar-se, e, evidentemente, sem medo de usar a sua cidadania.

Sem medo político (muito diferente da “partidarite”) está a Comissão de Trabalhadores, recentemente eleita, nos transportes públicos municipais (SMTUC). O Ponney apresenta o artigo «SMTUC COM AGENDA DE GREVES MARCADAS». É necessário que haja solidariedade para com estas lutas contra a injustiça. Hoje são os motoristas que necessitam de solidariedade, amanhã é uma outra qualquer profissão que pode ser aquela que exerce.

Como por exemplo, os profissionais de saúde em Coimbra. Por isso trazemos o artigo «CONTRADIÇÕES DA SAÚDE EM COIMBRA» onde são apresentados excelentes resultados da Unidade Local de Saúde (ULS), mas onde os profissionais, que em tempos de pandemia Covid-19 eram considerados “heróis” e hoje são sujeitos a injustiças laborais. E mesmo com a ameaça velada para mandar calar, tivemos profissionais que denunciaram estas injustiças ao O Ponney. Exige-se mais gente a não ter medo.

E enquanto paira no ar a ameaça velada, podendo abrir portas à ditadura, «COIMBRA CONTINUA NO SOFÁ». Talvez em observação contínua, mas sem grandes resultados à vista.

Numa observação mais nacional repete-se a ideia que “NÃO HÁ QUEM QUEIRA TRABALHAR!”. Será mesmo assim? Qual será mesmo o quadro geral?

Se não há suficiente capital para gerir as necessidades de estrutura para Portugal, por outro lado, questiona-se a gestão, por exemplo da Caixa Geral de Depósitos no nosso artigo «GESTÃO DA CGD SUPORTADA POR DINHEIRO PÚBLICO».

Passamos para o desporto onde o primeiro Torneio de Níveis de Ginástica Rítmica da AGDC contou com um total de 46 ginastas. Nesta competição participaram ginastas dos escalões de Infantis a Seniores, tanto de 1ª como de 2ª Divisão e também ginastas de representação. O que é uma boa notícia para Coimbra e mostra que o desporto não é só futebol.

A nossa amiga, Rosário Portugal, traz-nos o artigo de opinião «VAIDADES QUE NÃO AJUDAM COIMBRA». Numa clara coragem para apontar o que, na sua opinião, está errado em Coimbra. A coragem de cidadania a falar como exemplo.

Depois o nosso amigo e colaborador, Sancho Antunes, traz o seu artigo de opinião «A PROPÓSITO DOS SMTUC: UM BOM GESTOR». Onde aponta como se define o bom gestor, que bem falta faz aos SMTUC.

E terminamos a secção de opinião com um artigo, que nos traz as profissões antigas, pela pena da nossa colaboradora e amiga, Manuela Jones. Desta vez é lembrada a profissão de Moleira...ou moleirinha.

Mais artigos publicamos no O Ponney.

Terminamos com um pedido a todos os nossos leitores: nunca percam a esperança. A esperança é a base de toda a bondade.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney

VAIDADES QUE NÃO AJUDAM COIMBRAQuando leio os muitos artigos de opinião no Diário de Coimbra, da autoria de José Manuel ...
17/01/2025

VAIDADES QUE NÃO AJUDAM COIMBRA

Quando leio os muitos artigos de opinião no Diário de Coimbra, da autoria de José Manuel Silva, (umas vezes em parceria outras a solo) tenho que me rir, pois tratam-se de artigos de uma presunção incrível, de uma vaidade e falta de humildade que me soam a um certo desequilíbrio!

Resumindo: os artigos tratam-se apenas de dizer mal dos outros, culpar toda a gente, nomeadamente todos os autarcas dos últimos vinte anos (que nunca votei em nenhum, mas votei neste e que dizer?) até a forma como tratam Empresas que apresentam orçamentos mais baixos é de um péssimo mau gosto...

A qualidade das empresas não se medem pelo valor dos orçamentos, claro que as que mais cobram poderão ter mais mão de obra, terem engenheiros mais qualificados e com vencimentos bem mais altos.

Agora, colocar todas as empresas que apresentam orçamentos mais baixos, no mesmo s**o, desculpem, mas é de uma falta de respeito e educação para com essas empresas.

As escolhas são da responsabilidade de quem as aceitou, pelos vistos não conhecendo o seu trabalho e a qualidade do mesmo. Se o executivo culpa em parte estas empresas, deveria ter mais cuidado e os entendidos que trabalham para a CMC e são pagos para essas tarefas, todas e não só as dos privados, deviam andar nas obras e fiscalizar.

Lembro, por exemplo, que num artigo escrito no dia 12 de Janeiro do ano passado, mas que se mantêm no mesmo tom, e em parceria com a Vereadora doutorada nestes assuntos e pelo Presidente da Câmara, vi com grande agrado que são seguidores do Movimento de Humor. Pois há afirmações que vêm dar resposta ao que temos denunciado. Os membros do MH, agradecem ao Executivo a forma atenta como nos lêm e nos colocam processos crime.

Existe um parágrafo no referido artigo que me chamou particular atenção, a saber:
“ O facto de ter tantas obras em curso significa precisamente a ausência de obras no passado e a necessidade de ser dado um rápido salto para o futuro, para Coimbra recuperar dos seus atrasos”. Trouxe um artigo do ano passado, 2024, mas que continua atual.

Assim mesmo tem-se visto a rapidez, que colocou Coimbra em estado caótico e continua!

E a total falta de planeamento também é culpa do passado? Pois é o que mais se tem sentido.

Mas haja esperança, porque o motivo de Coimbra estar esquecida, se ter tornado numa cidade que obriga os jovens e até menos jovens a sair para encontrar forma de vida, era a falta do dito Metro.

O Metro vai trazer novas empresas e o desenvolvimento vai ser grande! Vai haver trabalho com fartura!

Com o Metro Mondego, Coimbra vai regressar aos velhos tempos em que era a terceira cidade do País e antes disso Capital, isto segundo a visão da Srª Vereadora e do Sr. Presidente.

Como diz o outro: “HABITUEM-SE!”

Rosário Portugal

A PROPÓSITO DOS SMTUC:  UM BOM GESTORNum ambiente de trabalho, a liderança desempenha um papel crucial no sucesso da equ...
17/01/2025

A PROPÓSITO DOS SMTUC: UM BOM GESTOR

Num ambiente de trabalho, a liderança desempenha um papel crucial no sucesso da equipa.

Um chefe que utiliza uma abordagem individualista, ao dizer "vai" em vez de "vamos", revela uma falta de espírito de equipa. A verdadeira eficácia de um gestor reside na capacidade de envolver os subordinados, criando um sentimento de unidade ao dizer "nosso" em vez de "meu".

Esta perspetiva compartilhada fortalece os laços dentro da equipa, promovendo uma colaboração mais eficaz, além disso, um bom orientador não apenas delega tarefas, mas também se envolve no processo ao dizer "fazemos" em vez de "faz".

A liderança participativa incentiva a troca de ideias e experiências, nutrindo um ambiente de aprendizagem contínua. Em contraste, um chefe repressivo que adota uma abordagem autoritária pode minar a moral da equipa, resultando em uma queda na produtividade, portanto, a qualidade de um líder reflete-se nas palavras que escolhe. Um gestor eficaz reconhece a importância de um discurso inclusivo e motivador, promovendo uma cultura de cooperação e crescimento mútuo. Ao valorizar o "nós" sobre o "eu", um chefe constrói uma equipa resiliente e orientada para o sucesso.

A comunicação eficaz é uma pedra angular da liderança, e um chefe que compreende isso utiliza palavras que inspiram e motivam. Ao adotar uma linguagem inclusiva, como o uso de “nós” em vez de “eu”, o gestor demonstra empatia e reconhece a contribuição coletiva para o sucesso. A coesão da equipa é reforçada quando todos se sentem valorizados e parte integrante do processo, além disso, a transparência na comunicação é fundamental. Um líder que partilha informações relevantes e toma decisões de forma colaborativa constrói confiança entre os membros da equipa. Isso cria um ambiente onde todos se sentem à vontade para expressar ideias e preocupações, promovendo uma cultura de inovação e resolução conjunta de desafios, Por outro lado, um chefe repressivo pode gerar um clima de medo e desconfiança, levando à redução da iniciativa e criatividade dos colaboradores. É imperativo que os líderes compreendam que a verdadeira liderança não é apenas sobre autoridade, mas também sobre inspirar e capacitar os outros a alcançarem o seu melhor desempenho, assim, ao considerar o impacto das palavras e da abordagem na dinâmica da equipa, um líder constrói um ambiente de trabalho positivo e produtivo, onde todos se sentem valorizados e motivados a contribuir para o sucesso comum.

Num ambiente de trabalho eficaz, a proximidade entre líderes e trabalhadores desempenha um papel crucial. Um chefe que se mostra acessível e compreensivo, capaz de entender outros pontos de vista, cria uma atmosfera de colaboração e confiança. Esta abordagem não apenas fortalece os laços entre a equipa, mas também estimula a troca de ideias e a resolução conjunta de desafios, ao aceitar que outros podem ter perspetivas valiosas, mesmo superiores às suas, um líder demonstra humildade e promove uma cultura organizacional baseada no mérito.

Contudo, quando um chefe adota uma postura inflexível, ignorando as contribuições dos colaboradores, pode surgir uma série de problemas. A falta de comunicação e colaboração leva a um ambiente onde as ideias são suprimidas, o que prejudica a inovação e a criatividade, além disso, uma liderança autoritária pode resultar em desmotivação e descontentamento entre os trabalhadores, afetando diretamente a produtividade e a qualidade do trabalho. Portanto, compreender e aceitar diferentes perspetivas é fundamental para construir uma equipa coesa, capaz de enfrentar desafios de forma eficaz e alcançar o sucesso conjunto e num ambiente profissional saudável, a capacidade de um líder em distinguir e reconhecer competências individuais desempenha um papel crucial na avaliação justa dos trabalhadores. Um chefe próximo, que compreende diferentes perspetivas e está disposto a aceitar ideias superiores às suas, cria um contexto onde as habilidades individuais são valorizadas, no entanto, quando um líder não consegue distinguir competência, o processo de avaliação torna-se distorcido. A incapacidade de reconhecer e valorizar as habilidades individuais resulta em avaliações injustas e na subutilização do potencial dos colaboradores. Esta falta de discernimento não apenas prejudica o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, mas também afeta negativamente a dinâmica da equipa e, por conseguinte, o desempenho geral, ao não avaliar corretamente as competências, um chefe corre o risco de promover um ambiente onde o mérito não é reconhecido, e a motivação dos trabalhadores é comprometida. Isso pode levar a um ciclo de descontentamento, diminuindo a qualidade do trabalho e impactando a produtividade, por outro lado, líderes que têm a capacidade de identificar e valorizar as competências individuais conseguem formar equipas equilibradas e eficientes.

Ao reconhecer o verdadeiro valor de cada colaborador, promovem um ambiente onde o crescimento é incentivado, as contribuições são reconhecidas e a motivação permanece alta, em resumo, a habilidade de um chefe em distinguir competência é vital para uma avaliação justa e para a promoção de um ambiente de trabalho produtivo e equitativo. A valorização das habilidades individuais contribui para o desenvolvimento contínuo da equipa e para a consecução de metas organizacionais de forma eficaz.

Sancho Antunes

MOLEIRINHA  (Do livro de leitura da 4ª classe de 1951)Pela estrada plana, toc, toc, toc,Guia o jumentinho uma velhinha e...
17/01/2025

MOLEIRINHA

(Do livro de leitura da 4ª classe de 1951)

Pela estrada plana, toc, toc, toc,
Guia o jumentinho uma velhinha errante
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toc, toc, toc
A velhinha atrás, o jumentinho adiante!...
Toc, toc, a velha vai para o moinho,
Tem oitenta anos, bem bonito rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toc, toc, e fresca como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O jerico ruço duma linda cor;.......
Quem nunca ouviu este lindo poema de Guerra Junqueiro que fazia parte dos antigos compêndios de leitura da quarta classe?
Ao longo da história, Portugal foi palco de uma riqueza de profissões que, com a evolução da sociedade e das suas necessidades, desapareceram gradualmente.
Entre elas, destaca-se a figura do moleiro, da moleira, imortalizada por Guerra Junqueiro, que representa não apenas uma atividade artesanal, mas também um profundo vínculo com as tradições rurais. Hoje, ao prestarmos homenagem a estas profissões que já não existem, refletimos sobre a importância de preservar a memória dos saberes e dos ofícios que um dia foram essenciais à vida das comunidades, mantendo viva a nossa identidade cultural e a importância de ter naquela altura o pão na mesa depois de transformado o milho, trigo e centeio em farinha.

Hoje vou contar-vos a história de duas moleirinhas que vinham de Cernache com o seu jumento, recolher o milho para moer nos moinhos ali existentes , trazendo de volta a farinha para fazer o pão e o farelo para os porcos comerem.

Era uma vez, nas memórias da minha infância, duas irmãs moleirinhas chamadas Nazaré e Maria. Todos os dias, conduziam a sua velha carroça, carregada de s**os de farinha, onde o chiar das rodas na velha estrada de Lisboa anunciava a sua chegada. Eu, era muito criança e no caminho de retorno a casa vinda da escola, tinha a sorte de por vezes receber boleia em cima da carroça e dos s**os da farinha. Sentia o vento fresco no meu rosto e respirava o aroma da vida simples e honesta.
Aquelas viagens eram momentos mágicos, cheias de risos e histórias contadas entre os solavancos e o chiar desengonçado da carroça. Ti Nazaré e Ti Maria como eram chamadas, não eram apenas irmãs, eram cúmplices e trabalhadoras incansáveis. Cada uma contribuindo com a sua força para um ofício que era tanto uma tradição como uma forma de vida.

Mas um dia, como na vida, mistura-se o infortúnio com a alegria. O burrito já cansado, exausto e velho, havia suportado por tanto tempo o peso das viagens entre Cernache e Coimbra que sucumbiu ao cansaço e caiu mesmo em frente à nossa casa. Num instante, a carga virou-se, os s**os de farinha espalharam - se pelo chão, e as duas irmãs foram projetadas para a valeta, apanhadas pela surpresa e pelo susto. No meio do tumulto, o desespero transformou-se em preocupação ao ouvir se um grito ecoar no ar:
-Mana, estás morta?
A resposta, carregada de alívio, chegou quase que instantaneamente: - Não e tu?
- Eu também não !

Olhando a imagem da Rainha Santa Isabel que ainda hoje existe na velha casa em ruínas, agradeceram o milagre de estarem vivas.

O som das suas vozes trouxe um sentimento profundo de união e resiliência, mostrando que, apesar das adversidades, à força do amor fraternal nada se opõe.
Toda a gente veio ajudar, dando água e descanso ao b***o, prestando ajuda nos ferimentos ligeiros e na carga. Lá continuaram viagem.

Durante alguns anos ainda se ouviu o chiar das rodas, mas depois, nem b***o nem moleirinhas.
Esta história, humilde e sincera, é uma homenagem à força destas mulheres e homens que, com coragem e determinação, enfrentaram os desafios do dia a dia. É um tributo não só ao seu trabalho incansável, mas também à beleza dos laços que se formavam. Hoje os moinhos ainda existentes e recuperados em Portugal, são voltados para o turismo. Eu continuo a viver no mesmo local, mas já não ouço o toc, toc das irmãs moleirinhas e do burrito cansado.

Mas ainda faço a broa no velho forno da quinta.

Manuela Jones

NÃO SE ESQUEÇAM!
16/01/2025

NÃO SE ESQUEÇAM!

CARTOONS CENSURADOS SÃO ENTRADA PARA A ....Quando se fala em tirania ou ditadura a imagem que talvez façamos é de um pai...
15/01/2025

CARTOONS CENSURADOS SÃO ENTRADA PARA A ....

Quando se fala em tirania ou ditadura a imagem que talvez façamos é de um pais, ou uma região cheio de militares, ou cheio de polícias que supervisionam cada passo dos cidadãos. No século XXI, as ditaduras não têm esta aparência e até os ditadores mantêm um discurso que se confunde com uma posição democrata.

https://www.oponney.pt/coimbra/cartoons-censurados-sao-entrada-para-a/



FAZ-ME FESTAS EM COIMBRA!Nesta segunda-feira, dia 6 de Janeiro, a Câmara Municipal de Coimbra fez o balanço dos quatro d...
14/01/2025

FAZ-ME FESTAS EM COIMBRA!

Nesta segunda-feira, dia 6 de Janeiro, a Câmara Municipal de Coimbra fez o balanço dos quatro dias das festas de fim-de-ano onde mais de 718 pessoas tiveram que trabalhar para as 30 horas de música e 17 espetáculos, com fogo-de-artifício. Um enorme esforço para tão efémero momento.

Diz o referido relatório da CMC que estiveram envolvidos 718 técnicos e agentes que trabalharam diária e diretamente nos quatro dias de evento, aos quais se juntaram funcionários de oito departamentos e 15 unidades orgânicas da Câmara Municipal de Coimbra, sob coordenação geral do Gabinete dos Grandes Eventos.



https://www.oponney.pt/coimbra/faz-me-festas-em-coimbra/

RESÍDUOS DE CELULOSES DESPEJADOS EM SOUSELASNo Concelho de Coimbra, de Condeixa-a-Nova e do Concelho de Cantanhede, anda...
13/01/2025

RESÍDUOS DE CELULOSES DESPEJADOS EM SOUSELAS

No Concelho de Coimbra, de Condeixa-a-Nova e do Concelho de Cantanhede, andam a ser depositados a céu aberto, milhares de toneladas de lamas e cinzas provenientes do fabrico de celuloses. O que configura um crime ambiental. Isto numa altura em que se investe tanto capital e recursos humanos em sustentabilidade.

MESMO NÃO CONCORDANDO COM O QUE DISSER...A continuação da frase que serve de título diz: «Mesmo não concordando com o qu...
10/01/2025

MESMO NÃO CONCORDANDO COM O QUE DISSER...

A continuação da frase que serve de título diz: «Mesmo não concordando com o que disser, defenderei até a morte o direito de o dizer» e é muitas vezes atribuída a Voltaire, quando na realidade é de Evelyn Beatrice Hall, que a escreveu para ilustrar as crenças de Voltaire, na sua biografia sobre o autor "Amigos de Voltaire".

Independentemente de quem seja o autor, esta frase é particularmente feliz no resumo de uma ideia importante que fundamenta a Democracia. Um dos grandes pilares, se não mesmo o mais importante, da Democracia é o livre direito à expressão.

Porém, coloca-se a questão: até onde é que a liberdade de expressão pode ofender deliberadamente a honra e o bom nome do outro?

Esta é a pergunta que separa o direito dado pela Democracia e a ofensa. Ora é exactamente na palavra ‘deliberadamente’ que nos dá a pista crucial para separar o “trigo do joio”.

O termo ‘deliberadamente’ significa que foi feito de propósito ou com determinada intenção, neste caso, de ofender uma pessoa. Porém quando se faz uma crítica a uma ação, esta não foi com o propósito de ofender a pessoa, mas do que foi feito pela pessoa visada. O termo ‘deliberadamente’ separa a intenção de ofender a pessoa ou a sua ação.

Como exemplo ilustrativo: dizer que a pessoa A teve uma ação estúpida não significa obrigatoriamente que esteja a considerar que A é pessoa estúpida. Está-se apenas a dizer que a ação é estúpida, no entendimento de quem o profere. Para isso basta que cada um de nós faça uma auto-reflexão para que veja quantas ações poderiam ser condenadas e não pode ser por causa disso que nos possamos auto-depreciar.

É aqui que se separa a ‘liberdade de expressão’ do ‘ataque deliberado a pessoa’!

Por outro lado, uma figura pública, que consentiu e até desejou sê-lo, passa a ser um alvo para a opinião publica. Ou como o povo costuma dizer: «pôs-se a jeito». Somando ao facto de ser figura pública a ser político eleito, a exposição passa a ser maior para uma crítica às ações que têm intenção de alterar o quotidiano das pessoas. Como acontece com as ações políticas.

Mas as críticas às ações políticas, de um eleito, podem ser caladas quando há confusão entre “liberdade de expressão” e “difamação de pessoa”. Ou confusão entre “liberdade de expressão” e “ataque à nação” - esta muito usada pelo Estado Novo.

A confusão que ajuda a calar a intervenção dos cidadãos é uma forma usada por quem defende mais a tirania do que a democracia. Pois considera, quem deseja calar a democracia, que poucos “incendeiam” muitos o que fundamenta o pensamento tirânico de que o povo, na sua maioria, é ignorante e acéfalo - na sua absoluta descrença da democracia.

O nosso artigo «RESÍDUOS DE CELULOSES DESPEJADOS EM SOUSELAS» prova que, dar voz a mais cidadãos, se cumpre melhor o objetivo de melhorar as condições de vida das regiões e do próprio país. Neste caso uma munícipe alertou as autoridades do crime que se está a cometer em Souselas e em mais dois concelhos do distrito de Coimbra. Mas é esta “populaça” participativa que a tirania deseja calar.

O artigo «FAZ-ME FESTAS EM COIMBRA!» conta as prioridades da Câmara Municipal de Coimbra. Dados que nos podem aumentar a nossa intervenção na comunidade.

Neste raciocínio que defende a Democracia denunciamos o que se passa no mundo, em Portugal e especificamente em Coimbra sobre o modo como, a pouco-e-pouco, está a ser limitada a Liberdade de Expressão por intermédio do desenho humorístico, cartoon. O que por si só nos deve colocar a questão « Colabora, em silêncio, com esta vaga de tirania que começa a ganhar cada vez mais força?» Uma pergunta que cada um de nós deve fazer antes de acordar um dia e ter uma polícia política a bater-lhe à porta.

Dentro da nossa colaboração de cidadania devemos perceber se a « HABITAÇÃO SOCIAL - É OU NÃO IMPORTANTE?» Ou se está certo pensar que a “habitação social é apenas uma maneira de muitos pagarem a outros para não terem responsabilidades”. Devemos refletir para podermos defender o que é melhor para a nossa comunidade, seja região, seja continental ou mundial.

Neste trabalho de cidadania, cabe a O Ponney alertar para que «NÃO HÁ REPRESENTAÇÃO PARA OS 155.306 VOTOS EM BRANCO E NULOS». A Democracia terá que melhorar para ouvir os muitos eleitores portugueses. Perceber o que desejam, ouvir todos e entender o que é melhor para a comunidade.

Nos artigos de opinião começamos com a voz da nossa amiga Rosário Portugal que nos traz a pergunta «LIBERDADE DE QUÊ?» e onde nos explica a importância da Liberdade de Expressão.

Paulo Freitas do Amaral traz-nos o artigo «OS MOVIMENTOS COMUNISTAS DE JOVENS E CRIANÇAS EM PORTUGAL» que nos deve fazer refletir. Pois considera o autor que está a haver um tratamento desigual entre a Esquerda e a Direita.

Manuela Jones, amiga de O Ponney, traz-nos um artigo sobre as «PROFISSÕES QUE DESAPARECERAM» numa ação de cidadania importante para uma reflexão geral.

Outros artigos sustentam o nosso O Ponney.

Desejo, a todos, bons momentos de reflexão para os leitores que beneficiam de um jornal completamente isento e feito com o trabalho de quem o faz a “vestir a camisola”.

Agradecemos que partilhem as notícias de O Ponney para nos ajudarem ao seu conhecimento.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney

LIBERDADE DE QUÊ?Quem não se lembra do atentado à redacção da revista francesa Charlie Hebdo? Passou-se em 7 de Janeiro ...
10/01/2025

LIBERDADE DE QUÊ?
Quem não se lembra do atentado à redacção da revista francesa Charlie Hebdo? Passou-se em 7 de Janeiro de 2015.
No passado da 7 de Janeiro de 2025, 10 anos nos separam desse trágico dia em que foram assassinadas 12 pessoas e feriu 11.
“Je suis Charlie”, foi o mote para que tanto em França como noutros países, as pessoas mostrassem a sua indignação e revolta pelo assassinato dos artistas, que defendiam a liberdade de expressão. A história de Charlie é complexa e levou as pessoas a optarem por um lado. Ser ou não ser Charlie, que foi muito além do ataque , tornando-se num debate histórico e cultural, sobre a liberdade de expressão, os direitos humanos, o papel do cartoon e a laicidade.
Esta liberdade, a de expressão, é um direito humano que dá o poder a qualquer indivíduo de opinar, comentar, partilhar informações sem que esteja a cometer um ato ilícito.
A liberdade de expressão está sob a protecção do Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
Em Portugal, a liberdade de expressão é regida pelo artigo 37º da Constituição Portuguesa, onde logo no ponto 1., podemos ler:
“ Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento, pela palavra, pela imagem ou qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos, nem discriminações”.
Qualquer pessoa que se candidata a um lugar público, seja na política ou em outro lugar, sabem que serão um alvo fácil de crítica e os cartoons, na maioria dos casos, a forma mais directa de o fazer, com humor e grandes risadas.
Pelo menos por duas vezes o Estado Português foi censurado e condenado, por condenações a quem em determinado momento exerceu o seu direito de liberdade de expressão, tendo sido obrigado a devolver os valores das indemnizações e pagamento de multas.
Mas infelizmente este direito é esquecido por algumas figuras públicas, avançando com queixas crime, fazendo perder tempo tão necessário em casos graves e urgentes, isto tanto para o Ministério Público como para os Tribunais.
O direito de expressão, desde que não ultrapasse os limites pondo em causa os Direitos Humanos, é um ato lícito e tantas vezes absolutamente necessário.
Aceitando e compreendo que haja pessoas que considerem determinados cartoons ofensivos, dependendo da sensibilidade de cada um e até da forma de estar em sociedade, de uma forma não participativa.
Com isto, pretende-se salvaguardar o direito que assiste, enquanto seres humanos, cidadãos em denunciar o erro. Todos sabemos que os cidadãos só têm voto na matéria, quando são chamados às urnas e exercer o seu direito de voto. Por isso há greves, manifestações e outras formas de protesto. Podem perguntar: Porque não denunciam directamente às entidades competentes?
Em Coimbra já há alguns anos foi criada uma Associação: a APAEME – Associação para o Empreendedorismo da Margem Esquerda, devido às muitas queixas e injustiças sentidas pelos comerciantes. Com todos os requisitos exigidos por Lei, esta Associação passou a representar Comerciantes e outras pessoas. Mas os que pediam sigilo, pois temiam represálias, passaram a ser muitos e em número cada vez maior.
Muitas cartas, ofícios e emails foram enviados para a CMC que devia responder e nem apenas uma foi respondida. Abusos de alguns fiscais da CMC, são um claro exemplo, sentida na pele de muitos que têm espaços comerciais, que são a sua única forma de sustento. Os abusos de poder continuam.
Assim, o Presidente da APAEME, criou um Movimento, para denunciar o erro tendo recorrido para além da escrita aos cartoons que são uma via mais rápida para dar voz aos que pelos vistos, não tem. Se a CMC não responde então começou a ser criticada pelo riso.
Quem sabe se tornando público, não haverá mais respeito pelo cidadão comum. Colocar acções em Tribunal é dispendioso, tanto em custas de Tribunal como em pagamento de honorários aos Advogados. Nem todos têm direito, embora não sendo ricos, nem pouco mais ou menos, a ficar isentos de pagamento de taxas de justiça e direito a patrono.
Foi desta forma que surgiu o Movimento de Humor, que já há alguns bons anos, presta serviços de Cidadania. Os seus conteúdos, servem única e exclusivamente, para questionar, denunciar e proteger os outros e não como alguns afirmam, tratar-se de um “movimento incendiário”!
Mas a realidade é que, o Movimento de Humor, faz parte da vida de todos os cidadãos. Não se trata de um Movimento tendencioso. Quando acham que devem apoiar, fazem-no. Mas quando se trata de apontar o erro e a injustiça, também o fazem.
Por isso, tenho muito orgulho de fazer parte deste Movimento que apoia o cidadão comum. Seja para informar, seja para defender interesses comuns e profissionais.
Tal como Charlie Hebdo, o MH tem a coragem de dizer!

Rosário Portugal

OS MOVIMENTOS COMUNISTAS DE JOVENS E CRIANÇAS EM PORTUGALÉ curioso o nosso jornalismo de investigação, principalmente te...
10/01/2025

OS MOVIMENTOS COMUNISTAS DE JOVENS E CRIANÇAS EM PORTUGAL

É curioso o nosso jornalismo de investigação, principalmente televisivo, andar sempre tão preocupado e bem, a escrutinar tudo o que ultrapassou os limites do aceitável nos movimentos que educaram gerações de crianças ligados a setores da direita política, mas esquecerem-se sempre de escrutinar os movimentos ideológicos juvenis mais próximos da extrema esquerda como foi o caso do movimento "Pioneiros" , ligados ao comunismo em Portugal e que existiram no nosso país durante décadas.

Não se compreende, pois, que alguns destes jornalistas televisivos que fazem reportagens com suspense e emoção, sendo naturais de terras onde o comunismo imperou durante quase toda a nossa democracia, desconheçam que os movimentos como os "Pioneiros" pretendiam a formação ideológica das crianças com base na instrução que se fazia na União Soviética. Na minha perspetiva, as técnicas e os métodos utilizados eram inapropriados para crianças ainda de tenra idade ou jovens adolescentes em crescimento...

No que diz respeito à minha experiência de vida, bastou-me viver 8 anos no Seixal (quartel general do comunismo) para conhecer jovens (na altura em que também eu era um jovem) e até mais novos, que pertenceram a estes movimentos até à década de 90 e que não apreciaram os seus métodos e práticas promovidas por militantes que importavam o que vinha da Rússia, antiga URSS até 1992...

No entanto, esta forma de instrução que fez parte da nossa História, só é relatada na nossa imprensa televisiva comunista, se houver uma "Zita Seabra" que quebre o silêncio, pois pelos corredores da imprensa há ainda quem tenha muito respeito pelo contributo que os seus pais deram para a revolução que também era para ser comunista, mas que só foi travada pelo 25 de novembro pelos militares moderados que controlaram a programação televisiva.

Fiquemos então, até existir alguém com coragem, sem estas histórias mais tristes, na nossa História de Portugal.

Paulo Freitas do Amaral
Professor de História
Secretário-Geral do partido Nova Direita

PROFISSÕES QUE DESAPARECERAMDesde já quero desejar um bom Ano 2025 a todos os nossos leitores. No seguimento dos temas q...
10/01/2025

PROFISSÕES QUE DESAPARECERAM

Desde já quero desejar um bom Ano 2025 a todos os nossos leitores. No seguimento dos temas que iniciei em 2024 sobre algumas das profissões que desapareceram, vou dar continuidade a este tema que acho interessante para os mais novos e recordar os jovens de outras gerações como a minha. Será também uma forma de homenagear esses homens e essas mulheres que contribuíram para o nosso bem estar cuja vida nem sempre foi fácil.

Na memória coletiva de muitos de nós, a experiência de ir ao cinema durante a juventude carrega um encanto especial. Recordo-me claramente da atmosfera vibrante que pairava no ar, com a luz suave das lâmpadas a iluminar as ruas, enquanto os adeptos do sétima arte se aglomeravam nas entradas das salas. No meu tempo de adolescência, o meu cinema favorito era o Tivoli e o teatro Avenida. À porta, o senhor da lanterna esperava, figura emblemática que, com um gesto cortês, acompanhava cada espetador até ao seu lugar. A sua lanterna, sempre acesa, iluminava o caminho para a aventura que se desenrolaria na tela do cinema, uma luz que não só nos guiava, mas também prometia mundos novos, cheios de possibilidades e histórias por contar. Naturalmente que, muitos de nós queríamos era que as luzes se apagassem para podermos trocar alguns beijos clandestinamente.

Infelizmente, muitas dessas profissões que faziam parte do nosso quotidiano caíram na poeira do tempo. As leiteiras, por exemplo, com os seus cântaros a transbordar de leite fresco, que nos batiam à porta de casa ao amanhecer, entregando um produto ainda quente, são uma reminiscência de tempos mais simples. O seu sorriso e a conversa matinal trouxeram um calor humano que as prateleiras dos supermercados não conseguem substituir. A tradição, que passava de geração em geração, deixou de ser uma rotina, perdendo-se num ritmo acelerado de vidas cada vez mais isoladas.

Ainda mais distante no tempo, pensa-se nos telegrafistas. Aqueles que traduziram emoções em mensagens codificadas, ligando pessoas em diferentes partes do mundo. Cada telegrama enviado era um pedaço de vida, um recado que cruzava mares e continentes. Quantos de nós não tivemos familiares que fizeram o serviço militar em África durante o período conturbado do Estado Novo? Que partiam para uma guerra e que por vezes deixavam os corações das mães a sangrar de angústia com falta de notícias. Cada telegrama, com as suas palavras cuidadosamente escolhidas, aliviava a preocupação e trazia notícias, desafiando a solidão da distância. Por vezes também traziam o luto e as lágrimas.

Ainda me recordo das cartas que o carteiro trazia com um " fumo" negro que anunciava luto ou morte. O papel onde era escrita a carta era quase como hoje o papel vegetal. Fino e transparente.

Neste entrelaçar de histórias, somos levados a refletir sobre o peso das memórias e a transitoriedade da vida. As profissões que desapareceram e as vidas que se entrelaçam nas mensagens do passado são um testemunho da nossa evolução, mas também do que perdemos pelo caminho. Hoje vivemos na era digital, onde a inteligência artificial consegue fazer em segundos o que estes homens e mulheres faziam durante uma vida. É verdade que já não nos trazem a leiteira ou homem da lanterna. Olhando para trás, aprendemos com as histórias que nos foram contadas e, ao mesmo tempo, plantamos sementes de nostalgia para que as futuras gerações entendam que, por detrás de cada profissão e de cada mensagem, há sempre um mundo de humanidade que nos conecta.

Boas leituras e bom fim de semana.

Manuela Jones

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