13/12/2023
░A░c░á░c░i░o░ ░L░i░n░o░
Acácio “Lino” de Magalhães, pintor, escultor e professor (1878-1956) estudou, viveu e trabalhou no porto.
Nasceu em Travanca, Amarante, e era o sétimo de doze irmãos de uma família de abastados proprietários rurais.
Desde muito cedo manifestou inclinação para o desenho e pintura e aos seis anos, já fazia desenhos que afirmavam o início do seu génio artístico.
Na Escola Primária, a professora acrescentou-lhe o nome de “Lino” que, mais tarde, o pintor adoptaria como nome artístico – Acácio Lino.
Com doze anos veio viver para o Porto, para casa do seu irmão Albano, advogado com escritório na Rua de Santa Catarina.
Teve aulas de Desenho e Escultura, e quis seguir as Belas Artes, mas o seu pai sonhava que ele fosse médico e retirou-lhe a mesada. Assim, começou cedo a fazer desenhos a craion para vender e superar as dificuldades económicas.
Acabou por frequentar a Academia Portuense de Belas Artes, onde foi um aluno distinto, premiado e convidado para participar nas exposições aí promovidas.
Logo que acabou o curso, foi admitido como bolseiro em 1904, em Paris, onde conviveu com grandes nomes do panorama artístico e intelectual da “Cidade das Luzes”.
Quando regressou ao Porto, concorreu ao lugar de Professor da Academia Portuense de Belas Artes para leccionar Pintura Histórica. Nesta área, transmitiu aos seus alunos a preocupação pelo rigor histórico, baseado na pesquisa de dados do passado, característica bem patente nas suas obras.
Um dos seus professores, com quem desenvolveu grande amizade, foi Marques de Oliveira, de quem foi discípulo, nos cursos de escultura, arquitectura, desenho e pintura terminando a sua formação com distinção.
Estagiou em França, Itália e Suíça, e substituiu o escultor Teixeira Lopes, na Escola de Belas-Artes do Porto.
Retratou os grandes dramas da História de Portugal, como “O Grande Desvairo” que já esteve exposto, muitos anos, na Câmara Municipal do Porto e que representa a tragédia de D. Pedro e D. Inês, assim como, na mesma instituição a figura de João das Regras.
A capela mor da Igreja dos Congregados foi reconstruída no século XIX e recebeu as pinturas murais de Acácio Lino.
E ele também foi um dos responsáveis pela decoração do Teatro Nacional S. João no Porto.