Médio Tejo Edições

Médio Tejo Edições Editora vocacionada para a publicação de obras relacionadas com a história e cultura do Médio Tejo. Detém as chancelas nacionais Origami Livros e Prefácio.

Proprietária do jornal mediotejo.net A MTED – Médio Tejo Edições é uma editora vocacionada para a publicação de obras relacionadas com a história e cultura da região do Médio Tejo, que agrega os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha. A empresa é proprietária do título m

ediotejo.net, jornal digital regional lançado a 27 de setembro de 2015 e registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº 126721. Além da edição de publicações periódicas, como jornais e revistas, aposta também na Edição de publicações não periódicas, como livros, guias, brochuras e edições especiais para empresas, produzindo edições em papel e também em suporte digital. A editora procurará revelar anualmente novos autores regionais, nas áreas do romance, poesia e não-ficção, promovendo um concurso literário. A MTED presta também serviços de edição e revisão de texto: seja de um romance, de uma tese de mestrado ou de um relatório empresarial. Presta igualmente apoio na área da tradução. Presta ainda serviços na área da Comunicação, com um departamento dedicado ao setor institucional e empresarial, criando soluções à medida das necessidades do cliente, na área do marketing, assessoria de imprensa, criação de conteúdos multimédia e gestão de toda a presença digital, em sites, blogues e redes sociais. A editora possui também um departamento de Eventos, que funciona em articulação com a Edição e a Comunicação, para dar resposta à necessidade das instituições e empresas que pretendam criar momentos especiais para marcar ocasiões especiais: os 10 anos de uma marca, o lançamento de um novo produto, a homenagem a uma personalidade local ou a criação de um festival literário, só para citar alguns exemplos.

E foi assim esta tarde, na Azinhaga! Obrigado à Fundação José Saramago e a todos os que estiveram presentes para convers...
13/07/2024

E foi assim esta tarde, na Azinhaga! Obrigado à Fundação José Saramago e a todos os que estiveram presentes para conversar com os autores e conhecer a história deste livro, que procura "trocar por miúdos" o conceito (e a importância) da Liberdade.
– Com José Martinho Gaspar, Maike Bispo, Patrícia Fonseca, Médio Tejo Edições, Perspectiva

Amanhã à tarde!
12/07/2024

Amanhã à tarde!

No próximo sábado, dia 13 de julho, às 16h, terá lugar na Delegação de Azinhaga da Fundação José Saramago a apresentação do livro “O que fizeram à Liberdade?” de José Martinho Gaspar.

Para celebrar o 50° aniversário do 25 de Abril de 1974, a Médio Tejo Edições e a Perspectiva criaram um livro especial, procurando explicar de forma simples e apelativa o valor da Liberdade aos mais pequenos, contribuindo para que os ideais democráticos que nortearam a Revolução dos Cravos sejam compreendidos e acarinhados pelas crianças de hoje.
Com texto de José Martinho Gaspar, professor de História e escritor premiado, e ilustrações do artista visual Maike Bispo, este é um livro infantil que também dirá muito aos adultos.

Agarrem nos mais pequenos e juntem-se a nós no sábado a tarde na Azinhaga (Golegã), na Fundação Saramago!
09/07/2024

Agarrem nos mais pequenos e juntem-se a nós no sábado a tarde na Azinhaga (Golegã), na Fundação Saramago!

No próximo sábado, dia 13 de julho, às 16h, terá lugar na Delegação de Azinhaga da Fundação José Saramago a apresentação do livro “O que fizeram à Liberdade?” de José Martinho Gaspar.

Para celebrar o 50° aniversário do 25 de Abril de 1974, a Médio Tejo Edições e a Perspectiva criaram um livro especial, procurando explicar de forma simples e apelativa o valor da Liberdade aos mais pequenos, contribuindo para que os ideais democráticos que nortearam a Revolução dos Cravos sejam compreendidos e acarinhados pelas crianças de hoje.
Com texto de José Martinho Gaspar, professor de História e escritor premiado, e ilustrações do artista visual Maike Bispo, este é um livro infantil que também dirá muito aos adultos.

*** ÚLTIMA CHAMADA PARA A FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***Termina este domingo, 16 de junho, às 22h00! Aproveite para compra...
15/06/2024

*** ÚLTIMA CHAMADA PARA A FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***
Termina este domingo, 16 de junho, às 22h00! Aproveite para comprar as nossas edições a preços especiais, no Espaço dos Pequenos Editores, junto ao Marquês de Pombal.
Apoie as pequenas editoras e os autores portugueses. Boas compras e boas leituras!
*** "Se uma palavra pode mudar tudo, imagina um livro."

Médio Tejo Edições * Origami Livros * Perspectiva

Com José Martinho Gaspar, Maike Bispo, Bostjan Videmsek, Paulo Jorge de Sousa, Elsa Ribeiro Gonçalves, Nuno Garcia Lopes, Ana Paula Costa, Sónia Chainho, Martinho Branco, Evelina Gaspar, Paulo Alves, Vera Dias António e outros

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA | ATÉ 16 DE JUNHO ***Edições especiais a preços especiais, no Espaço dos Pequenos Editores,...
12/06/2024

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA | ATÉ 16 DE JUNHO ***
Edições especiais a preços especiais, no Espaço dos Pequenos Editores, junto ao Marquês de Pombal, até 16 de junho.
Se for à Feira do Livro de Lisboa, não compre ap***s best-sellers internacionais: sejam estes ou outros títulos, entre os muitos tesouros escondidos nas bancas da Feira, atreva-se a procurar novas vozes, apoie as pequenas editoras e os autores portugueses. Boas leituras!
*** "Se uma palavra pode mudar tudo, imagina um livro."

Médio Tejo Edições * Origami Livros * Perspectiva

Vai à Feira do Livro de Lisboa? Descubra os nossos livros a preços muito especiais no Espaço dos Pequenos Editores (E.01...
08/06/2024

Vai à Feira do Livro de Lisboa? Descubra os nossos livros a preços muito especiais no Espaço dos Pequenos Editores (E.01), junto ao Marquês de Pombal.
Perspectiva
Origami Livros

Foi maravilhoso estar no Dia da Criança na Feira do Livro de Lisboa, para o lançamento do livro "O que fizeram a Liberda...
01/06/2024

Foi maravilhoso estar no Dia da Criança na Feira do Livro de Lisboa, para o lançamento do livro "O que fizeram a Liberdade?", uma história criada para os mais pequenos por José Martinho Gaspar (texto) e Maike Bispo (ilustração), a propósito dos 50 anos do 25 de Abril. Muitas crianças foram desenhando com o Maike ao longo da apresentação e deixaram-nos várias definições para "Liberdade". Como "recompensa" ganharam um cravo-chupa 🙂Obrigado a todos os que estiveram presentes!
O livro está a venda no Espaço dos Pequenos Editores, agarre um até 16 de junho!

Perspectiva & Médio Tejo Edições

E quem vai levar as crianças à Feira este sábado ponha o dedo no ar! Apareçam, vai ser divertido 🙃
31/05/2024

E quem vai levar as crianças à Feira este sábado ponha o dedo no ar! Apareçam, vai ser divertido 🙃

Já começou a Feira do Livro de Lisboa! Descubra os nossos livros no Espaço dos Pequenos Editores, junto ao Marquês de Po...
30/05/2024

Já começou a Feira do Livro de Lisboa! Descubra os nossos livros no Espaço dos Pequenos Editores, junto ao Marquês de Pombal, com descontos até 50%! E no sábado, Dia Mundial da Criança, lançamos o livro infantil "O que fizeram à Liberdade?", na Praça Azul, às 13h, com animação e surpresas para os mais pequenos. Junte-se a nós, nesta grande festa dos livros!
Médio Tejo Edições
Origami Livros
Perspectiva

Um dia triste 🖤Nunca esqueceremos as histórias de amor que nos deixou nos seus romances.
16/04/2024

Um dia triste 🖤
Nunca esqueceremos as histórias de amor que nos deixou nos seus romances.

Manuel Soares Traquina nasceu em 1938, em São Simão, no concelho do Sardoal, e fez toda a sua carreira na banca comercial, trabalhando durante muitos anos como gerente bancário em Tomar, cidade onde casou e onde teve os seus filhos. Residia há várias décadas em Abrantes e morreu na terça-feir...

  Médio Tejo Edições e Origami Livros
26/03/2024



Médio Tejo Edições e Origami Livros

Neste Dia da Mulher recordamos Maria Lamas, jornalista, escritora, feminista, nascida em Torres Novas em 1893. Até 28 de...
08/03/2024

Neste Dia da Mulher recordamos Maria Lamas, jornalista, escritora, feminista, nascida em Torres Novas em 1893. Até 28 de maio vale a pena visitar na Gulbenkian a exposição fotográfica de uma obra incontornável no estudo da condição feminina em Portugal: "As Mulheres do meu País".

“O desejo de conhecer, em todos os seus aspectos, a vida da mulher portuguesa, surgiu no meu cérebro e no meu coração há muitos anos. Foi quando eu própria me encontrei na encruzilhada onde é forçoso escolher um caminho, e me reconheci sem preparação para a luta, nem outra bússola que não fosse a minha sinceridade e a minha responsabilidade de mãe. Eu não podia avaliar, então, como era vasto e profundo este problema (…) Olhei à minha volta e comecei a reparar melhor nas outras mulheres: umas resignadas e heróicas na sua coragem silenciosa; outras indiferentes, entorpecidas; e ainda aquelas que fazem do seu luxo a exibição de um privilégio (…). Fui ao encontro das minhas irmãs portuguesas, procurei conhecer e sentir as suas vidas humildes ou desafogadas, as suas aspirações ou a sua falta de aspirações, sintoma alarmante de ignorância, desinteresse e derrota. Analisar as causas e efeitos que influenciam na mentalidade e no destino das nossas mulheres, é tarefa que excede as possibilidades de um trabalho individual. Mas basta contar como elas vivem e sonham e lutam e sofrem, para que o grande problema se revele no seu profundo e dramático sentido humano. Nada mais do que um documentário vivo e sincero. (…). Assim foi escrito este livro, que é uma expressão de fraternal solidariedade com as mulheres do meu País. Se ele abalar a indiferença, ou antes, a ironia com que os portugueses usam encarar os problemas femininos, e alguém estender a mão, firmemente, às grandes sacrificadas, vitimas milenárias de erros milenários, que, apesar de tudo, continuam a ser as obreiras da vida, bem pequenos foram, afinal, os incalculáveis esforços, fadigas e obstáculos vencidos, que a sua publicação representa.“

Excerto da introdução de Maria Lamas, em "As Mulheres do meu País" (Edição da Autora, 1948)

O amor pode ter muitas formas 💙Feliz Dia de São Valentim!
14/02/2024

O amor pode ter muitas formas 💙
Feliz Dia de São Valentim!

Parabéns Carmen Zita Ferreira - Escritora!
28/11/2023

Parabéns Carmen Zita Ferreira - Escritora!

O livro ‘O Morcego Bibliotecário’, da escritora oureense Carmen Zita Ferreira, está no top ten nacional e entre os 530 livros escolhidos pela IFLA (Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias), que fazem parte do programa The World Through Picture Books (O mundo...

30/10/2023

LANÇAMENTO DO LIVRO «Os judeus em Torres Novas. A repressão inquisitorial no concelho de Torres Novas (séc. XVI-XVII)» de António Mário Lopes dos Santos
4 de novembro . 15h30 . Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

Resulta de um trabalho de anos do seu autor e do interesse que sempre devotou a esta temática.
Este e outros estudos do mesmo autor anteriormente publicados, nomeadamente na revista Nova Augusta, permitem, como se diz na nota editorial «colocar a vila de Torres Novas no roteiro da história da presença judaica em Portugal, demonstrando inclusivamente a importância da comuna judaica torrejana no contexto nacional».
Para qualquer investigador que se interesse por este assunto, esta edição, que é o número 17 da coleção Estudos e Documentos, permite aceder a um conjunto de fontes fundamentais para a história da perseguição inquisitorial à comunidade judaica torrejana.

21/10/2023

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, no âmbito das comemorações dos seus 30 anos de existência, tem patente a exposição “Se eu pudesse contar-te e tu me ouvisses”, numa abordagem e homenagem à memória do poeta abrantino que lhe dá o nome, António Botto. A exposição, co...

No próximo sábado, em Torres Novas.
05/10/2023

No próximo sábado, em Torres Novas.

COMEMORAÇÕES DOS 130 ANOS DO NASCIMENTO DE MARIA LAMAS NA BMGPL

A Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes (BMGPL) vai assinalar os 130 anos do nascimento de Maria Lamas (6 de outubro de 1893), no dia 7 de outubro, com a apresentação do livro «Mulheres do Meu País - Século XXI» e o debate «As mulheres e a literatura».

As comemorações têm início às 17 horas com a apresentação de «Mulheres do Meu País - Século XXI», de Cidália Vargas Pecegueiro, com fotografias de M. Margarida Pereira-Müller, livro inspirado na obra homónima de Maria Lamas, publicada entre 1948 e 1950. Nesta obra são 31 as mulheres retratadas que representam, na atualidade, a diversidade de mulheres portuguesas no século XXI.

Nota ainda para o debate «As mulheres e a literatura», às 17h30, com as escritoras Dulce Maria Cardoso e Filipa Martins, e moderação da jornalista Isabel Lucas.

Saiba mais em: https://cm-torresnovas.pt/index.php/component/icagenda/1678-comemoracoes-dos-130-anos-do-nascimento-de-maria-lama?Itemid=1103

A convite do Centro de Estudos de Arte Contemporânea,Patrícia Fonseca, fundadora da Médio Tejo Edições, lê três poemas d...
04/09/2023

A convite do Centro de Estudos de Arte Contemporânea,
Patrícia Fonseca, fundadora da Médio Tejo Edições, lê três poemas de autores da região: António Lúcio Vieira, Sónia Chainho e António Botto.

Patrícia Fonseca é jornalista profissional desde 1995. Iniciou a carreira na revista Visão, onde foi grande-repórter e enviada especial a vários pontos do mu...

07/07/2023

A 11ª Maratona de Leitura arrancou na quinta-feira, numa iniciativa que promete colocar todos a ler no concelho da Sertã. Mais de 70 convidados, entre os quais Mia Couto, Gonçalo M. Tavares, Ana Margarida Carvalho ou Ana Galvão, integram uma programação que decorre até sábado sob o mote “O...

06/07/2023

A Maratona de Leitura da Sertã realiza-se este ano de 6 a 8 de julho e, se quiser, ainda se pode inscrever e contribuir para as emblemáticas 24 horas a ler. Mia Couto, Gonçalo M. Tavares, Filipa Martins e Raquel Marinho estão entre os muitos convidados. Explore o programa completo em https://www.maratonadeleitura.pt

A Biblioteca de Torres Novas não tem só livros para emprestar – desta vez está também a dar livros ! Basta escolher no s...
30/06/2023

A Biblioteca de Torres Novas não tem só livros para emprestar – desta vez está também a dar livros ! Basta escolher no stand das festas da cidade ❤️ 📖

Esta sexta-feira, ao final da tarde, juntem-se à conversa com a escritora Elsa Ribeiro Gonçalves, autora dos livros "Sin...
15/06/2023

Esta sexta-feira, ao final da tarde, juntem-se à conversa com a escritora Elsa Ribeiro Gonçalves, autora dos livros "Singularidades de uma Mulher de 40" (Origami Livros / Médio Tejo Edições), no FALA - Festival Literário de Alcanena.

Elsa Ribeiro Gonçalves no FALA - Festival Literário de Alcanena
16 de junho 2023, às 17:30h, no Jardim da Biblioteca Municipal

14/06/2023

O Festival Literário de Alcanena (FALA), que visa a valorização do livro, da literatura e das artes, realiza-se de 15 a 18 deste mês, com destaque para os migrantes “numa perspetiva de valorização das pessoas”, anunciou a autarquia. O FALA vai decorrer em vários equipamentos, nomeadamente...

*** ÚLTIMA CHAMADA PARA A FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***A Feira acaba hoje, dia 13 de junho! Se ainda passar por lá, os no...
13/06/2023

*** ÚLTIMA CHAMADA PARA A FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***
A Feira acaba hoje, dia 13 de junho! Se ainda passar por lá, os nossos livros estão no Espaço dos Pequenos Editores, junto ao Marquês de Pombal. E seja nesta ou noutra feira, numa livraria ou num alfarrabista, não comprem ap***s best-sellers internacionais: atrevam-se a procurar novas vozes, apoiem as pequenas editoras e os autores portugueses. Boas leituras!

Médio Tejo Edições * Origami Livros * Perspectiva

Últimos dias para aproveitar os nossos preços especiais na Feira do Livro de Lisboa!Médio Tejo EdiçõesOrigami LivrosPers...
11/06/2023

Últimos dias para aproveitar os nossos preços especiais na Feira do Livro de Lisboa!
Médio Tejo Edições
Origami Livros
Perspectiva

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***Obras distinguidas nas três edições do Prémio Literário do Médio Tejo, na categoria "Não...
10/06/2023

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***
Obras distinguidas nas três edições do Prémio Literário do Médio Tejo, na categoria "Não-Ficção", com 30% de desconto no Espaço dos Pequenos Editores.
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"O Arneiro - 100 anos depois da I Guerra", de Paulo Jorge de Sousa (Fotografia); "A árvore cantante", de Paulo Alves (ilustração); e "Liceu de Abrantes: 50 anos de uma escola para todos", de Joaquim Candeias da Silva e José Martinho Gaspar (História).

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***"na massa do sangue", de Evelina Gaspar, com prefácio de Patrícia Reis, Prémio Literário...
09/06/2023

*** FEIRA DO LIVRO DE LISBOA ***
"na massa do sangue", de Evelina Gaspar, com prefácio de Patrícia Reis, Prémio Literário do Médio Tejo (Romance) | PVP 15,90€ ; Preço de Feira: 9,50€
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"(...) Porém um dia houve, devia eu andar pelos dez ou onze anos, que saindo minha mãe de casa manhã cedo para ir sachar o milho, me disse, apontando o dedo ameaçadora, matas aquele frango que está maiorzito e fazes tu hoje o almoço para todos e sem desculpas. Fui sentar-me à beira do poço mal ela se foi para chorar a minha desgraça, pois que me sentia incapaz de acatar a incumbência que minha mãe, com tamanha dureza, me impunha sobre os ombros.

Nunca percebi porque escolhemos sempre, os três, esse lugar para chorar sozinhos. Talvez o poço, por líquida sugestão, atraísse as nossas águas profundas à flor dos olhos. (...) De roda do poço havia uns degraus de pedra que davam em cruz para as quatro direcções da rosa-dos-ventos, como se o poço fosse o coração que habitasse o centro do mundo. Chorei sentada nesses degraus por mais duma hora a lembrar como minha mãe costumava fazer para matar. Esticava com mãos decididas o pescoço da galinha e depois dava o golpe fatal com uma faca bem afiada. Ao meu pai vi-o fazer só uma vez que não era trabalho que lhe coubesse e até me deu pesadelos de noite. Diferentemente de minha mãe, ele deitou a galinha num cepo dando-lhe depois uma machadada com tanta força que separou a cabeça do corpo. A galinha antes de perceber que estava morta, pôs-se às voltas a correr com o coto do pescoço a jorrar sangue às golfadas e eu nunca mais consegui apagar essa imagem. E foi ali, sentada à beira do poço, que me veio à ideia enforcar o frango.

Bem depressa me senti arribar porque me pareceu essa uma morte muito mais digna, já que evitava os derramamentos de sangue. E pelo que eu tinha ouvido dizer, os enforcados em vez de morrerem devagar, asfixiados, morriam muitas vezes num segundo ap***s por se lhes partir o gorgomilo no laço da forca como um galho seco. Assim tinha eu ouvido contar nos Chãos, à saída da missa, sobre um homem que tinha amanhecido a baloiçar num ramo de azinheira para os lados da Enxofreira. Entrei na capoeira com um cordel na mão que fui desencantar à despensa e fui-me ao frango marcado para morrer. Fiz-lhe um laço no pescoço e trouxe-o debaixo do braço até chegar à porta de casa, onde o poisei no chão. Depois passei pela argola da aldraba o baraço e, agarrando-lhe na ponta, respirei fundo para tomar coragem antes de dar um esticão com quanta força tinha. Mas quer fosse devido ao pouco peso do frango em comparado com o do tal homem que se tinha matado na azinheira da Enxofreira, quer fosse por razões derivadas da anatomia específica das aves de capoeira, em vez de se partir o pescoço ao frango como era suposto, pôs-se ele a estrebuchar contra as tábuas da porta numa tão grande confusão de asas a bater e p***s a voar que se me partiu o coração dentro do peito com dó do frango. Dei folga ao baraço, deixando o frango voltar a poisar as patas no chão, e consenti que respirasse por uns segundos, azamboado de medo, de olhar esbugalhado a querer compreender o que se passava mas sem alcançar que eu estava prestes a matá-lo. Porque as aves não conhecem o que seja a morte nem sabem que a vida é só um riscar de fósforo que mal alumia qualquer coisa se apaga logo a seguir. Mas a minha intenção não era, com este compasso de espera, dar lições ao desventurado do frango sobre o sentido da vida e da morte, como podia eu saber, se mal tinha ainda largado os cueiros, que o morrer duns serve o viver engordado doutros? Eu quis foi ganhar tempo a ver se recuperava o sangue-frio, porque sentia na fronte um latejo tão acelerado que até parecia que era eu que estava para morrer dependurada na porta. Inspirei fundo para encher os pulmões de ar e, com um estirão bem dado na guita, voltei a alçar o frango. Mas em vez de morrer num segundo, diabos o levassem, de novo se pôs ele a estrebuchar numa aflição agitada contra a nossa porta e eu, outra vez acobardada, dei folga ao baraço. E não sei dizer o que terá passado pela cabeça do frango nesses dois minutos em que voltou ao contacto com a firmeza do chão, mas eu, pela minha parte, o que pensei foi que, para mim, matar era quase morrer, com a diferença que continuávamos a viver para ver morrer outro frango no dia a seguir. Voltei a içá-lo num repelão em que pus toda a minha têmpera, corada do esforço, mas para desesperança dos meus verdes anos mais uma vez o raça do frango se debateu no ar contra a madeira da porta, sem partir o raio do pescoço. Fiz três tentativas mais para dar ao animal a piedosa morte instantânea que eu tanto queria que ele tivesse, porém revelaram-se vãs todas elas. Acabei por ter de me conformar e esperar que o frango se torcesse, em agonia, à vista dos meus olhos, enquanto dois rios me corriam pelo rosto abaixo, lavando-me o pescoço, por um tempo que me pareceu a mim que nunca mais se acabava. Até que por fim a paz silenciosa da morte invadiu a nossa porta e o sossego instalou-se.

Quando a minha mãe regressou eu tinha os olhos entufados do pranto, mas a mesa estava posta e o almoço pronto a servir. Aprendi nesse dia que mais vale ser a frieza que mata sem piedade que a mão hesitante da compaixão que só mata após o suplício. Percebi que matava minha mãe com muita nobreza e que se eu sentia pena dos animais, então tinha de aprender a matar melhor, mais rápido e sem espavento, ou seja sem dor, ou seja com sangue. Eu bem me sentei com eles à mesa para comer, mas não pude engolir nem um bocado da carne daquele pobre frango que eu tão desastrosamente tinha matado."
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In "na massa do sangue", de Evelina Gaspar, Prémio Literário do Médio Tejo (Romance)

O António Lúcio Vieira já tinha várias obras publicadas quando foi apresentar estes "25 poemas" à Feira do Livro de Lisb...
08/06/2023

O António Lúcio Vieira já tinha várias obras publicadas quando foi apresentar estes "25 poemas" à Feira do Livro de Lisboa, em 2018. Foi a primeira vez que ali esteve como autor – uma emoção que nesse dia partilhou com muitos (e bons) amigos.
O poeta deixou-nos numa quinta-feira de junho, em 2020, mas os seus poemas continuam a ir à Feira do Livro todos os anos. Mesmo que não se venda um único exemplar (já aconteceu), pode haver quem repare no livro e leia o seu nome, talvez até um poema. Ele iria gostar.
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"25 poemas de dores e amores", de António Lúcio Vieira, Prémio Literário do Médio Tejo / Poesia, com prefácio de Pedro Barroso. PVP 12,90€ / Preço de Feira 10,30€.

Descubra os nossos livros no Espaço dos Pequenos Editores, na Feira do Livro de Lisboa, e aproveite os descontos especia...
07/06/2023

Descubra os nossos livros no Espaço dos Pequenos Editores, na Feira do Livro de Lisboa, e aproveite os descontos especiais até dia 13 de junho.

Este ano voltamos à Feira do Livro de Lisboa – e com preços ainda mais especiais! Procure-nos no Espaço dos Pequenos Editores, de 25 de maio a 11 de junho.

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Direção Editorial: Patrícia Fonseca, jornalista e editora


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