18/01/2025
TOPAS?
Nampula: A Cidade das Covas Sem Fim e o Maestro Giquira
Por Júnior Rafael
Ah, Município de Nampula, terra de heróis anônimos, pedras que contam histórias e… covas sem fim? Eis que o novo maestro da cidade, Mano Giquira, assumiu o comando e, em vez de aplausos, o que se ouve são estacas batendo e enxadas abrindo buracos... é, buracos. Parece até que a cidade virou um campo de golfe mal planejado ou um tabuleiro gigante de minas terrestres, só que sem prêmio no final.
No tempo do presidente Paulo Vahanle, pelo menos as covas eram contadas, quase como um inventário. Se tinha buraco na estrada, você podia até pegar a calculadora e somar: “Olha, mais cinco buracos na Avenida de trabalho, um progresso controlado!”
Ele até cobrava os empreiteiros e denunciava quem pegava os pavês ou as baterias das máquinas. Era um escândalo! Mas era o tipo de escândalo que pelo menos tinha lógica. Agora, sob a batuta de Giquirira, ninguém sabe ao certo se é para enterrar algo, construir ou treinar futuros arqueólogos.
E as promessas, meu povo? Diziam que viria uma praia artificial para Chimoio, mas aqui, em Nampula, só parece que querem nos transformar numa cidade subterrânea, tipo um queijo suíço gigante. Seria um novo conceito? “Cidade Encovada 2.0”? Imaginem o slogan turístico: “Visite Nampula: onde o chão é uma surpresa e as ruas, uma aventura!”
Agora, sobre os artistas… No tempo da campanha eleitoral, o pessoal estava cheio de inspiração. Era música pra cá, dança pra lá. Tinha até rimas improvisadas no mercado. Agora, estão todos calados. Talvez porque é difícil compor uma música que rime “Nampula” com “buracos debaixo da mula” sem parecer uma piada pronta. Ou quem sabe estão todos ocupados tentando desviar das covas enquanto andam por aí. Ah. Nossos artistas que venderam a mente e a arte, Deus os tenha no seu vocabulário de perdão.
Mano Giquirira, qual é a cena dessas covas? Está preparando um reality show tipo “O Grande Escavador de Nampula”? Ou será que as covas são para armazenar sonhos, porque só isso pode explicar o que está acontecendo. A verdade é que a cidade merece respostas. Afinal, ninguém quer viver num cenário de filme de desastre permanente.
Enquanto isso, os munícipes seguem, desviando buracos e desviando dos próprios pensamentos, porque aqui, até sonhar cansa. E se Nampula está parindo covas, esperamos pelo menos que o “bebê” seja uma cidade melhor. Por enquanto, seguimos torcendo para não cair nelas!
Não há cova mais perigosa que a mente vazia de um dirigente.