18/12/2024
O ciclone Chido devastou os distritos de Mecúfi e Metuge, em Cabo Delgado, deixando um rastro de destruição e sofrimento. Pelo menos 34 pessoas perderam a vida, e mais de 174.518 foram afectadas, entre elas 34.219 famílias desabrigadas.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres (INGD) indica, além das vidas perdidas, a fúria do ciclone, com ventos de 260 km/h e chuvas que atingiram 250 mm em apenas 24 horas, destruiu completamente 23.598 casas e danificou outras 11.744.
Escolas, unidades sanitárias e bens vitais como embarcações e postes de energia também foram devastadas, agravando ainda mais a situação. Apesar do cenário desolador, o INGD tem estado na linha da frente, prestando assistência às vítimas.
De acordo com Luísa Celma Meque, presidente do INGD, equipas de resgate e apoio humanitário foram mobilizadas para levar abrigo, alimentos, e cuidados médicos às comunidades afectadas. “Estamos a trabalhar incansavelmente para mitigar o impacto desta tragédia, sobretudo garantindo que as famílias mais vulneráveis recebam a ajuda necessária”, destacou Meque.
A situação é particularmente preocupante nas províncias vizinhas de Niassa, Manica e Zambézia, que continuam sob alerta, embora a força do ciclone tenha diminuído para uma tempestade de nível 2, trazendo esperança de impactos mais moderados.
O ciclone Chido, formado a 5 de Dezembro no sudeste do Oceano Índico, atingiu Cabo Delgado no dia 15, transformando-se numa das tempestades mais intensas registadas na região.
O INGD e outras entidades continuam a monitorar a situação e reforçam apelos para que as populações em áreas de risco se mantenham seguras e sigam as orientações das autoridades.
Apesar do sofrimento, a solidariedade tem sido o pilar de resistência para as vítimas, muitas das quais começam a reconstruir as suas vidas com o apoio das autoridades e parceiros humanitários.