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Hanif CRV -Media//Mahamad Hanif M***a: notícias, computação gráfica, publicidade e ‘marketing’, baseado na Cidade da Beira, Moçambique. Hanif CRV -Media é seguimento do suspenso órgão de comunicação social moçambicano Jornal Magazine CRV, na Beira (ver aqui: https://www.facebook.com/CRVmagazine/).

21/11/2024

Revista de Imprensa
VENÂNCIO MONDLANE ACEITA REUNIÃO PEDIDA PELO PR MAS SÓ COM AGENDA
Por: Lusa | iN: RTP.pt
Venâncio Mondlane anunciou hoje aceitar a reunião pedida pelo Presidente moçambicano com os quatro candidatos presidenciais às eleições de outubro, para resolver o conflito pós-eleitoral que afeta o país há um mês, fazendo depender da agenda da reunião.

"Eu, Venâncio Mondlane, candidato vencedor das eleições presidenciais de 2024, aceito sem reservas esse diálogo, aceito essa mesa de diálogo (...). Mas esse dialogo, como qualquer diálogo, como qualquer negociação, como qualquer tipo de encontro institucional, deve ter uma agenda", anunciou o candidato presidencial, numa transmissão através da sua conta oficial na rede social Facebook.

Para "não ir ao encontro no vazio, sem nenhuma agenda", avançou que vai submeter nas primeiras horas de sexta-feira, no gabinete da Presidência da República, um ofício com uma proposta "sustentada" pelos contributos dos moçambicanos sobre os passos a seguir no processo de contestação aos resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro, resumidos em cerca de 20 pontos que irá apresentar publicamente e que "representam os anseios do povo moçambicano".

"Quarenta mil pessoas escreveram [e-mail] para mim e está tudo resumido na carta que vai dar entrada na Presidência da República", disse Venâncio Mondlane.

"A soberania de Moçambique reside no povo, então é o povo que determina o que deve ser a agenda desse diálogo", frisou.

O candidato presidencial, que não aceita os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional, apontando várias irregularidades ao processo eleitoral, rejeita um diálogo "à porta fechada" e com "segredinhos".

"Diálogos abertos, em que a imprensa tenha acesso, em que a sociedade civil tenha acesso, em que os mediadores internacionais tenham acesso. Vamos fazer história", acrescentou o candidato, que afirma estar fora de Moçambique por questões de segurança, sendo atualmente visado por vários processos judiciais desencadeados pelo Ministério Público, nomeadamente conspiração para golpe de Estado, na sequência das manifestações e protestos do último mês.

O Presidente moçambicano convidou na terça-feira os quatro candidatos presidenciais para uma reunião, incluindo Venâncio Mondlane, e disse que as manifestações violentas pós-eleitorais instalam o "caos" e que "espalhar o medo pelas ruas" fragiliza o país.

"Prometo que, até ao último dia do meu mandato, irei usar toda a minha energia para pacif**ar Moçambique (...). Mas para que eu tenha sucesso nesta missão, precisamos de todos nós e de cada um de vocês (...). Moçambicanos têm de estar juntos para resolvermos os problemas", disse Nyusi, numa mensagem à nação, de cerca de 45 minutos, sobre a "situação do país no período pós-eleitoral".

Apelando à "libertação do egoísmo" neste processo pós-eleitoral, o chefe de Estado, cujo último mandato termina em janeiro, garantiu que o Governo está "aberto" para, "juntos", se encontrar "uma solução" para o atual momento, marcado por paralisações e manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

"Precisamos inclusivamente dos diferentes candidatos a Presidente da República. Precisamos do envolvimento do Lutero Simango, do Daniel Chapo, do Venâncio Mondlane e do Ossufo Momade. Precisamos do envolvimento dos seus colaboradores e apoiantes", disse Nyusi.

Nestes protestos, Venâncio Mondlane contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados em 24 de outubro pela CNE.

Sobre estas manifestações, Nyusi afirmou que não obedeceram aos preceitos legais, como a "falta" de informação sobre as "rotas" por quem as pediu, admitindo que a forma de convocação estava concebida para "criar ódio e desejo de vingança" entre moçambicanos, justif**ando assim a intervenção policial. - https://www.rtp.pt/noticias/mundo/venancio-mondlane-aceita-reuniao-pedida-pelo-pr-mas-so-com-agenda_n1616496)

20/11/2024

Moz | Crise Pós-Eleitoral:
DIVISÕES, PROTESTOS E CONVITE AO DIÁLOGO
----- >> Tensão cresce com acusações de fraude, manifestações mortais e apelos à recontagem ou anulação do pleito; Presidente Nyusi chama oposição para discutir o futuro
Beira, Moçambique, 20 de Novembro de 2024 (Hanif CRV - Media) — O cenário pós-eleitoral em Moçambique mergulhou o país numa crise sem precedentes, com divisões no Conselho Constitucional (CC), protestos massivos, apelos à anulação dos resultados e um discurso de reconciliação por parte do Presidente Filipe Nyusi.

DIVISÃO NO CONSELHO CONSTITUCIONAL

A edição de hoje do "Canal de Moçambique" destacou os conflitos internos no CC, com juízes divididos sobre o tratamento das denúncias de enchimento de urnas e falsif**ação de editais. Entre os membros, há quem defenda a anulação das eleições como medida de estabilização do país, mas a presidente do CC, Lúcia Ribeiro, rejeitou tal possibilidade. Segundo Ribeiro, apenas a redistribuição de assentos do partido Frelimo poderia ocorrer, mas juízes alertam que tal decisão ultrapassa as competências do órgão, cuja função é meramente verif**ar a legalidade do processo e aplicar as consequências jurídicas.

"Não é competência do CC retirar ou redistribuir assentos, nem inventar votos", argumentaram os magistrados conforme revela o semanário.

PROTESTOS E APELOS DE VENÂNCIO MONDLANE

Enquanto o CC debate nos bastidores, o candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido PODEMOS, lidera a quarta fase de manifestações. Em reacção à morte de 50 pessoas durante protestos contra a alegada "megafraude" eleitoral, Mondlane decretou três dias de luto e anunciou um buzinão nacional, marcado para o meio-dia de hoje.

"Os votos não são para se negociar, mas para serem contados", declarou Mondlane, reiterando o pedido de recontagem dos votos como alternativa à anulação defendida por Ossufo Momade, da RENAMO. Mondlane criticou a liderança política que, segundo ele, "acoberta criminosos para se manter no poder", e afirmou que o PODEMOS está pronto para governar em favor do povo .

PRESIDENTE NYUSI

O Presidente Filipe Nyusi, em declaração à Nação, classificou o período actual como "tempos de angústia" e condenou os actos de vandalismo registrados em mais de 200 protestos em todo o país. Nyusi destacou o impacto das manifestações nos serviços essenciais, como a suspensão de campanhas de vacinação, que afectaram mais de 6.500 crianças.

"Espalhar o medo pelas ruas apenas agrava a nossa condição", afirmou Nyusi, alertando contra tentativas de retroceder os ganhos do passado. Apesar das críticas à violência, o Presidente reiterou que "o uso da força deve ser apenas em situações extremas, para proteger vidas" .

Nyusi fez ainda acenou ao diálogo, propondo uma abordagem conjunta aos desafios eleitorais. "Queremos juntos abordar este processo, reconhecendo alguns ilícitos, mas também preservando a unidade nacional", declarou.

UM PAÍS EM SUSPENSO

A tensão nas ruas e nos corredores do poder reflecte o grau de polarização e desconfiança que envolve o processo eleitoral de 9 de Outubro. À medida que o Conselho Constitucional debate suas próximas decisões, o povo moçambicano continua dividido entre esperanças de mudança e temores de um agravamento da crise política e social.

A situação, descrita por muitos como um dos momentos mais críticos da jovem democracia moçambicana, coloca à prova a capacidade do país de encontrar soluções legais e pacíf**as para um futuro incerto. (Hanif CRV, jornalista freelancer // MhM / [email protected] / +258 84 572 8092 - Revisão: ChatGPT)

Revista de Imprensa"LUTO NACIONAL PELOS MÁRTIRES DA REVOLUÇÃO DAS PANELAS"  -- Venâncio Mondlane ______________________"...
19/11/2024

Revista de Imprensa
"LUTO NACIONAL PELOS MÁRTIRES DA REVOLUÇÃO DAS PANELAS"
-- Venâncio Mondlane
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"Venâncio Mondlane pede três dias de luto e carros parados na rua"

Por: Lusa | iN: RTP.pt

O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou hoje aos moçambicanos para cumprirem três dias de luto nacional pelas "50 vítimas mortais" nas manifestações pós-eleitorais, a partir de quarta-feira, incluindo uma paragem e buzinão dos carros por 15 minutos.

"Vamos parar todas as viaturas e buzinar em homenagem aos nossos heróis (...) os que não têm viaturas, das 12:00 às 12:15 [menos duas horas em Lisboa], levantem cartazes, da reposição da verdade eleitoral, nos semáforos, no meio das ruas, como se fossem sinaleiros", apelou Venâncio Mondlane, numa transmissão em direto na sua conta oficial na rede social Facebook, anunciando uma nova fase de contestação aos resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro.

A ação para os dias 20, 21 e 22 de novembro, em todo o país, é o luto pelas vítimas, manifestantes que participaram em ações de protesto anteriores, disse, "baleadas pelas autoridades que as deviam proteger".

"Vamos decretar luto nacional pelos mártires da revolução das panelas. Três dias de luto nacional (...) Não é de qualquer maneira que morrem 50 pessoas e a sociedade f**a impávida e serena", afirmou Mondlane.

Neste período, apelou igualmente à população para manter o protesto ruidoso noturno dos últimos dias, de bater panelas e outros instrumentos, mas "sem marchas", cingindo-se apenas à porta de casa ou ao quarteirão, face aos "infiltrados" e "vândalos" nestes protestos.

"A nossa manifestação vai ser estar de preto, bater panelas, levantar cartazes. Não vamos pegar em nenhum pau, em nenhuma catana, em nenhum objeto contundente", afirmou, insistindo que as viaturas, "onde estiverem", devem parar por 15 minutos a partir das 12:00.

"É a homenagem que queremos prestar aos que morreram", disse, admitindo ainda: "Aparentemente estamos a baixar a nossa intensidade, mas estamos em luto".

Afirmou que as 50 vítimas da ação da polícia em manifestações desde 21 de outubro "morreram como heróis, como mártires de uma revolução".

Antes desta comunicação, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que vai proferir esta tarde uma "comunicação à nação" sobre a "situação do país no período pós-eleitoral".

A comunicação do chefe de Estado está agendada para as 17:00 locais (15:00 em Lisboa), a partir do gabinete da Presidência da República, em Maputo, anunciou Nyusi na sua conta oficial na rede social Facebook.

"Um Presidente da República tinha ligado ao Venâncio", retorquiu o candidato.

Ao longo da intervenção, referindo-se às manifestações anteriores, que envolveram confrontos com a polícia, que as travou, Venâncio Mondlane afirmou que os protestos são de base "profundamente pacif**a", que pretendem uma mudança com base "em meios democráticos e pacíficos" e em "instrumentos legais".

Disse mesmo que já rejeitou anteriormente "declarações de fidelidade" de militares e antigos guerrilheiros para mudanças em Moçambique pela "via armada".

"Tudo o que é violência, agressões físicas a pessoas, destruição de bens privados ou públicos, viaturas, assaltos, seja qual for o tipo de violência, nós repudiamos de forma veemente", afirmou, garantindo: "Nunca, mas nunca, vamos usar meios violentos para conseguir qualquer propósito. Isto tem de f**ar claro para toda a gente".

Os líderes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, os dois maiores partidos da oposição e ambos também candidatos ao cargo de Presidente da República na votação de outubro, já pediram nos últimos dias a anulação e repetição das eleições, alegando várias irregularidades no processo.

"Esqueçam. Nós queremos a verdade eleitoral. Quem ganhou, ganhou. Os votos não se negoceiam", disse Venâncio Mondlane, sobre essas posições.

Venâncio Mondlane contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados em 24 de outubro pela CNE e que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional. (https://www.rtp.pt/noticias/mundo/venancio-mondlane-pede-tres-dias-de-luto-e-carros-parados-na-rua_n1615898)

O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou hoje aos moçambicanos para cumprirem três dias de luto nacional pelas "50 vítimas mortais" nas manifestações pós-eleitorais, a partir de quarta-feira, incluindo uma paragem e buzinão dos carros por 15 minutos.

REVISTA DE IMPRENSA Filipe Nyusi: “Não há motivos para os moçambicanos morrerem”De: O PaísPor: José Manhica - 18/11/2024...
19/11/2024

REVISTA DE IMPRENSA

Filipe Nyusi: “Não há motivos para os moçambicanos morrerem”

De: O País
Por: José Manhica - 18/11/2024 - 19:47

O Presidente da República, Filipe Nyusi, diz que “não há motivo nem razão dos moçambicanos morrerem, assim como não há motivo para se destruir o país”. A afirmação foi feita hoje (ontem), durante um encontro com todos os partidos com representação na Assembleia da República e extraparlamentares, que aliás, a Frelimo não se fez presente.

No âmbito da busca de soluções para o caos político causado pelas manifestações contra os resultados das eleições de 09 de outubro passado, o chefe do estado convidou os partidos políticos para uma conversa para a busca de soluções e sem cores partidárias.

“É necessário estarmos juntos a conversar porque pertencemos a um recente movimento democratico através das eleições, o que signif**a que é dever do país. Eu disse que as boas ideias não tem cor e isso é real. Não vamos encontrar em nenhum momento um partido que não fale de paz, de combate a pobreza, que não falte ao desenvolvimento”, defendeu.

O presidente, na sua intervenção diz que não é seu desejo que os moçambicanos morram.

“O desejo de mortes não existe, o desejo de destruição, o desejo de injustiça, agora questões do porquê isso acontece, são questões que temos de ver. Então, o nosso pedido é fazer consultas ao que estamos a viver”, disse.

A urgência do presidente em encontrar soluções está além das diferenças, “as diferenças não vão acabar, mas temos de trabalhar no sentido de encontrar um denominador comum que nos une e separa daquilo que nos divide, mas sobretudo encontrar saídas”, aclarou.

Os partidos concordaram que não devem haver diferenças e tendo notado que o partido Frelimo não se fez presente, questionaram:

“Não vejo aqui a direcção do partido Frelimo. Tomando em conta que a vossa excelência representa o nosso estado, ao longo da campanha tivemos quatro candidatos às presidenciais, eu sou um deles, mas os outros não estão”, questionou Lutero Simango, em representação do Movimento demócratico de Moçambique (MDM).

Miguel Mabote do partido trabalhista também disse que “há necessidade de todos os partidos discutirem o assunto”.

O mesmo posicionamento foi referido pelo presidente do Partido Ecologista, João Massango. “Se estamos aqui é para discutirmos a situação que o país. O partido Frelimo devia estar aqui com maior força e é pertinência de todos os partidos que estivéssemos aqui”, sustentou.

Na mesma perspectiva, o presidente do PIMO, Yacub Sibind, disse que os partidos devem se encontrar com o chefe do estado caso tenham contribuições orientadas para as soluções dos dos problemas do país.

“Somos chamados e temos que vir para podermos contribuir. Conversar com o Presidente não é uma questão ocasional, é uma agenda do Estado e não podemos continuar a vir aqui para trocar bons dias consigo sem que tenhamos aquilo que o presidente quer”, referiu.

Tendo ouvido os partidos, Nyusi disse que ainda não foram determinados os modelos de auscultação, contudo, todos os partidos devem estar presentes, por isso a importância de encontros desburocratizados para que também surjam agendas e discussão para resolução de mais problemas. -

O Presidente da República, Filipe Nyusi, diz que "não há motivo nem razão dos moçambicanos morrerem, assim como não há motivo para se destruir o país". A afirmação foi feita hoje, durante um encontro com todos os partidos com representação na Assembleia da República e extraparlamentares...

REVISTA DE IMPRENSA "MP exige indemnização de 480 mil euros a Venâncio Mondlane"Lusa / DW África - há 24 minutosEm causa...
18/11/2024

REVISTA DE IMPRENSA

"MP exige indemnização de 480 mil euros a Venâncio Mondlane"

Lusa / DW África - há 24 minutos

Em causa estão os prejuízos provocados pelas manifestações das últimas semanas em Maputo. Ministério Público diz que Mondlane e PODEMOS têm "responsabilidade civil, na qualidade de instigadores" pelos danos causados.

O Ministério Publicou moçambicano exige uma indemnização de 480 mil euros pelos prejuízos das manifestações das últimas semanas em Maputo, numa ação civil contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane e o PODEMOS, partido que o apoia.

De acordo com uma informação interna da Procuradoria-Geral da República, a que a Lusa teve acesso, esta ação foi apresentada pelo representante do Ministério Público junto do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), mas outras do género são esperadas nas restantes províncias.

"Mesmo com advertências e intimações emanadas pelo Ministério Público, os co-réus [Venâncio Mondlane e Albino Forquilha, presidente do PODEMOS] prosseguiram com as convocatórias e apelos à participação massiva dos cidadãos nos referidos movimentos de protestos, incitando-os a fúria e a paralisação de todas as atividades do país", lê-se na mesma informação.

Acrescenta que "por esta razão, dúvidas não podem existir sobre a responsabilidade civil dos réus, na qualidade de instigadores, na medida em que, os seus pronunciamentos foram determinantes para a verif**ação dos resultados ora em crise, mormente, danos sobre o património do Estado".

Refere ainda que "mesmo observando a desordem social e destruição de bens públicos e privados, continuaram instigando a realização de movimentos de protestos e anunciando a prática de atos mais severos contra o Estado Moçambicano", exigindo nesta ação civil, em Maputo, aos co-réus Venâncio Mondlane e ao Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) uma indemnização de 32.377.276,46 meticais (480 mil euros ao câmbio atual).

A Procuradoria-Geral da República realça que "a responsabilidade civil funda-se, não só, no princípio geral da prevenção e repressão de condutas ilícitas", mas "essencialmente numa função reparadora, de modo a acautelar os interesses patrimoniais e não patrimoniais dos lesados".

208 processos-crime

O Ministério Público já tinha referido que estava a instaurar processos judiciais, visando a responsabilização criminal dos autores "morais e materiais" e cúmplices destes atos -- manifestações que degeneraram em violência, confrontos com a polícia e saque de lojas, entre outros incidentes como a destruição de equipamento público -, e que tinha aberto 208 processos-crime, investigando "homicídios, ofensas corporais, danos, incitamento a desobediência coletiva, bem como a conjuração ou conspiração para prática de crime contra a segurança do Estado e alteração violenta do Estado de direito".

Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 26 foram baleadas, entre 13 e 17 de novembro, em manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais em Moçambique, indica uma atualização da plataforma eleitoral Decide, divulgada esta segunda-feira (18.11).

Em conferência de imprensa, esta segunda-feira (18.11), em Maputo, a polícia moçambicana diz, em 51 manifestações registadas nos últimos cinco dias de contestação, registou pelo menos cinco mortes e 37 feridos. -https://www.dw.com/pt-002/mp-exige-indemniza%C3%A7%C3%A3o-de-480-mil-euros-a-ven%C3%A2ncio-mondlane/a-70814422?fbclid=IwY2xjawGoaApleHRuA2FlbQIxMQABHahYWrhZZIlshCWgkUXgh5HOoV8JRz3GnWMqqJvo_C0fleAzSxo0g9lEUQ_aem_p6I2TY6wZ1DLxGMZsaPGHQ

Em causa estão os prejuízos provocados pelas manifestações das últimas semanas em Maputo. Ministério Público diz que Mondlane e PODEMOS têm "responsabilidade civil, na qualidade de instigadores" pelos danos causados.

18/11/2024

Moz | Crise Pós-Eleitoral:
PROTESTOS EVOLUEM PARA REVOLTA POPULAR. A URGÊNCIA DE SOLUÇÕES POLÍTICAS
----- >> Comentadores analisam transição de manifestações para revolta social e apontam descrédito nas instituições como catalisador da crise
Beira, Moçambique, 18 de Novembro de 2024 (Hanif CRV - Media) — Os protestos desencadeados pelos resultados das eleições de 9 de Outubro deram lugar a um movimento que ultrapassa as fronteiras das manifestações convencionais, assumindo características de uma revolta popular contra as instituições do Estado. A evolução desse cenário, marcada por tumultos e formas de protesto inovadoras, como panelaços e bloqueios de vias, expõe profundas falhas no sistema político e institucional do país.

Analistas observam que a elite dirigente precisa reconhecer a transformação do descontentamento social em uma revolta, que, por sua natureza, exige respostas políticas urgentes e não apenas enquadramentos legais. De acordo com análises, enquanto manifestações podem ser tratadas dentro dos limites da lei, revoltas representam um desafio mais profundo, exigindo que os líderes enfrentem o descontentamento directamente com estratégias de reconciliação e confiança.

Outro ponto destacado é o descrédito generalizado nas instituições. A crise é atribuída à desconexão entre representantes e representados, com cidadãos sentindo que o processo eleitoral não reflecte a sua vontade. Essa percepção, dizem observadores, mina o pacto social que sustenta o sistema democrático.

O contexto sugere que, sem um esforço político signif**ativo para abordar as preocupações e restaurar a credibilidade das instituições, o país poderá enfrentar um agravamento ainda maior das tensões sociais. O desafio colocado aos líderes é profundo: encontrar caminhos que reinstalem a confiança no sistema político e que respondam à escalada do descontentamento.(Hanif CRV, jornalista freelancer // MhM / [email protected] / +258 84 572 8092 - Revisão: ChatGPT -Fonte: https://opais.co.mz/manifestacoes-atingiram-estagio-de-revolta-dizem-comentadores/)

Moz | Educação:ESCOLA IQRA CELEBRA Xª CERIMÓNIA DE GRADUAÇÃO DA PRÉ-ESCOLA COM MENSAGEM DE REFLEXÃO E PROMESSA DE CRESCI...
17/11/2024

Moz | Educação:
ESCOLA IQRA CELEBRA Xª CERIMÓNIA DE GRADUAÇÃO DA PRÉ-ESCOLA COM MENSAGEM DE REFLEXÃO E PROMESSA DE CRESCIMENTO
----- >> Abertura de departamento de inglês anunciada para 2025
Beira, Moçambique, 17 de Novembro de 2024 (Hanif CRV - Media) — A Escola Iqra realizou hoje, 17 de Novembro de 2024, na cidade da Beira, a sua 10ª cerimónia de graduação da educação pré-escolar.

O evento contou com a presença dos graduandos, pais e encarregados de educação, professores, membros da direcção, pessoal de apoio e convidados, num ambiente de celebração e reflexão.

A cerimónia iniciou às 9h com o Hino Nacional, seguido do Hino da Escola e da leitura do Alcorão, que marcaram o tom solene do evento.

Os graduandos apresentaram actividades culturais e académicas, incluindo cânticos e recitações de poesia em português e inglês, evidenciando o trabalho pedagógico desenvolvido ao longo do ano.

Um momento de destaque foi a mensagem reflexiva apresentada pelos graduandos, dirigida aos presentes: "Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar".

O director da Escola Iqra, Casimiro Givá, no seu discurso, agradeceu aos pais pelo apoio contínuo e anunciou a abertura do Departamento de Inglês no próximo ano, demonstrando o compromisso da escola com a diversif**ação e o fortalecimento da educação oferecida.

Por sua vez, António Kadar Jivá, presidente da Associação Iqra, sublinhou a importância da educação familiar, frisando que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais.

Kadar Jivá destacou ainda o trabalho da direcção da escola, com menção especial à administradora Amina Mahomed, pelo seu empenho na gestão escolar.

O evento culminou com a entrega dos diplomas aos 38 graduados, dos quais 22 meninas e 16 meninos, marcando o encerramento de mais uma etapa no percurso educativo dos alunos da Escola Iqra. (Hanif CRV, jornalista freelancer // MhM / [email protected] / +258 84 572 8092)

Revista de Imprensa ____________________"PANELAS A BATER: PORQUE É QUE OS MANIFESTANTES ELEITORAIS DE MOÇAMBIQUE SE RECU...
15/11/2024

Revista de Imprensa
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"PANELAS A BATER: PORQUE É QUE OS MANIFESTANTES ELEITORAIS DE MOÇAMBIQUE SE RECUSAM A IR EMBORA"
------ >> Mais de um mês após uma eleição disputada, os protestos ainda agitam o país, assumindo formas inovadoras, mesmo com as paralisações sangrando a economia.
Por Qaanitah Hunter - Al Jazeera - 15 de Novembro de 2024 -
Maputo, Moçambique – (Tradução digital)

Às 19h do dia 4 de novembro, as ruas de Maputo caíram num silêncio assustador.

O transporte público ficou paralisado, atendendo ao apelo do líder da oposição Venâncio Mondlane.

Então, um barulho constante começou. Moradores de prédios altos e ricos e blocos de apartamentos no centro da cidade se juntaram em um coro coordenado de protesto com pancadas de panela.

Conhecido como “panelaco”, essa forma de protesto surgiu como uma maneira poderosa de expressar frustrações sobre os disputados resultados das eleições gerais de Moçambique , permitindo que os cidadãos expressassem discordância sem enfrentar o risco imediato de retaliação policial. O barulho e o clangor ecoaram pelo horizonte da cidade, marcando o início do que se tornaria expressões noturnas de frustração, unindo moradores de todas as classes sociais.

Desde as eleições de 9 de outubro, a declaração do candidato presidencial da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) Daniel Chapo como vencedor gerou intenso descontentamento. De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), Chapo recebeu 71 por cento dos votos e Mondlane, um candidato independente, recebeu 20 por cento.

No entanto, até a CNE admitiu “várias irregularidades”, levando o Conselho Constitucional a rever a integridade das eleições.

Mondlane rejeitou os resultados e se autoproclamou o legítimo vencedor. Dias depois, em 19 de outubro, seu advogado Elvino Dias foi assassinado , intensif**ando ainda mais a raiva pública sobre os resultados da eleição, nos quais muitos eleitores não acreditam. Dias, uma figura central na equipe jurídica que contestava os resultados oficiais, estava preparando um caso alegando fraude eleitoral.

'Voz dos sem voz'

Nas semanas seguintes, Maputo testemunhou uma série de protestos — demonstrações de dissidência com barulho de panelas à noite, mas também apelos de Mondlane pedindo aos manifestantes que fechassem locais economicamente vitais, de Maputo a capitais provinciais, portos e principais travessias de fronteira.

Os trabalhadores foram incentivados a f**ar longe do trabalho, empresas foram fechadas e as pessoas se reuniram para protestar em cidades por todo o país.

Esses apelos por paralisações intensif**adas se tornaram mortais em várias regiões. ONGs relataram que pelo menos 30 pessoas foram mortas desde o início dos protestos, incluindo em confrontos violentos com a polícia.

A agitação impactou o comércio regional, principalmente no posto de fronteira de Lebombo com a África do Sul, que foi temporariamente fechado devido a manifestações na cidade vizinha de Ressano Garcia, interrompendo uma rota crítica para mercadorias e passageiros.

O estudante de engenharia ambiental Henrique Amilcar Calioio juntou-se aos protestos em Maputo, onde os jovens gritavam “poder ao povo” em português e foram recebidos com gás lacrimogéneo pela polícia .

“Apesar de não causar nenhum dano ou prejuízo, tivemos que nos dispersar”, disse ele.

Calioio posteriormente se juntou aos protestos noturnos e bateu panelas e frigideiras como forma de protestar contra o que ele chama de governo opressor.

“Foi inspirador ouvir as pessoas se unindo por uma causa maior”, ele disse à Al Jazeera sobre os protestos do panelaco. Ele disse que o bater das panelas representa a “voz dos sem voz”.

Certa noite, durante o massacre coordenado, veículos da polícia passaram pelo prédio onde Calioio mora e lançaram gás lacrimogêneo que invadiu as casas, incluindo a de Calioio, deixando-o com muita dor.

“É chocante que, mesmo em nossas casas, estejamos proibidos de protestar”, disse ele.

'Todo mundo faz o que Mondlane diz'

Shenaaz Jamal, um professor de escola em Maputo, acusou a polícia de ser “muito, muito pesada”.

Ela descreveu seus deslocamentos diários entre casa e trabalho sob a sombra de veículos militares e caminhões da polícia estacionados nas principais rotas da cidade.

Nos dias em que os manifestantes atendem aos apelos de Mondlane por paralisações nacionais, ela é forçada a dar aulas on-line, embora isso tenha sido desafiador devido aos apagões periódicos de internet e mídia social impostos pelo governo. Os sinais de telefone também foram interrompidos intermitentemente.

“Os dias anteriores foram um caos”, ela lembrou. “Eu podia ouvir tiros. Foi uma loucura. E o que me frustra é que não conseguimos nem nos comunicar. Eu não conseguia usar meu telefone para ligar para ninguém. Você não pode dizer à sua família que está bem.”

Jamal disse que os protestos e a resposta dos moçambicanos – especialmente a aparente adesão das pessoas aos apelos de Mondlane por paralisações nacionais – são evidências de que os resultados formais das eleições foram duvidosos.

“Todo mundo faz o que Mondlane diz”, ela disse.

“A pergunta que está na boca de todos é: se ele obteve apenas 20 por cento e a Frelimo venceu com 70 por cento, como é que todos seguem o que ele diz?”

'Forte desencanto'

Sam Jones, pesquisador sênior do Instituto Mundial de Pesquisa Econômica para o Desenvolvimento, parte da Universidade das Nações Unidas, acredita que os protestos têm raízes socioeconômicas mais profundas, que vão além de uma única eleição.

"Moçambique tem sido atormentado pela estagnação econômica e as pessoas estão frustradas”, explicou Jones.

“Há uma sensação cumulativa de que o país não está no caminho certo. Tivemos 10 anos de quase nenhum crescimento econômico, e há um forte desencanto com a elite governante. Mondlane conseguiu se conectar efetivamente com os jovens, mobilizando-os de uma forma que nunca vimos antes.”

Em resposta, Bernardino Rafael, comandante da Polícia da República de Moçambique, condenou os protestos como “terrorismo urbano”, alegando que a sua intenção é desestabilizar a ordem constitucional.

No entanto, muitos veem a resposta do governo como desproporcionalmente agressiva. Para Jamal, as cenas de agitação têm uma familiaridade assustadora. Seus pais fugiram de Moçambique há mais de 30 anos para escapar de sua guerra civil, e agora ela teme que violência semelhante possa novamente engolir sua terra natal.

Jones disse que a resposta do estado só intensificou o conflito.

“A polícia respondeu com força com gás lacrimogêneo, balas de borracha e até munição real. Em muitos casos, a violência resultou das respostas brutais das forças de segurança, o que só aprofundou o ressentimento entre os manifestantes.”

Escassez de alimentos

A agitação prolongada começou a afectar o fornecimento de alimentos em Maputo, um país que depende fortemente de importações da África do Sul.

“Há ansiedade em torno da escassez de alimentos porque a região da fronteira sofreu protestos e até mesmo fechamentos de fronteira em diversas ocasiões”, disse Jones.

Siphiwe Nyanda, alta comissária da África do Sul em Moçambique, reconheceu a tensão transfronteiriça, observando que os supermercados em Maputo sofreram escassez directamente devido às interrupções na cadeia de suprimentos relacionadas aos protestos.

“Está a causar sérios problemas tanto para Moçambique como para a África do Sul, especialmente para as cidades fronteiriças dependentes do comércio”, disse, acrescentando que a fronteira de Lebombo, uma das mais movimentadas da região, serve como uma rota comercial crucial.

"Os protestos criaram um efeito cascata que impacta não apenas as economias locais, mas também os passageiros e a vida diária em lugares como [a cidade fronteiriça sul-africana] Komatipoort, que depende dos trabalhadores e do comércio moçambicanos.”

A crise actual teria levado a perdas econômicas estimadas em 10 milhões de rands (US$ 550.000) por dia para a África do Sul, de acordo com Gavin Kelly, CEO da South African Road Freight Association.

Em Moçambique, mais de 150 lojas foram vandalizadas, com danos estimados em US$ 369 milhões, agravando ainda mais a turbulência econômica.

Agora, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, o bloco regional de 16 nações, agendou uma cúpula de emergência em Harare no sábado para abordar a crise.

De volta a Maputo, porém, Jones acredita que os protestos ganharam vida própria — sua escala e persistência são incomuns em Moçambique e uma indicação de uma raiva que políticos e diplomatas no país e na região não conseguirão reprimir facilmente.

“Já vimos protestos pós-eleitorais antes, mas raramente foram tão sustentados. Normalmente, depois de alguns dias, as pessoas se cansam, especialmente quando parece que nada vai mudar”, disse ele.

“Desta vez, a participação foi mais ampla e intensa, reflectindo não apenas queixas eleitorais, mas uma insatisfação mais profunda com o status quo.” (Al Jazeera - https://www.aljazeera.com/features/2024/11/15/clanging-pans-why-mozambiques-election-protesters-refuse-to-go-away - Tradução digital)

More than a month after a disputed election, protests still roil the country, even as shutdowns bleed the economy.

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