24/02/2022
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Electronic Arts divulga declaração agressiva aos casos polêmicos envolvendo a Activision Blizzard e Ubisoft
"Executivos que não sabem criar um bom ambiente de trabalho em sua própria empresa devem se demitir", disse a COO da EA
Nos últimos anos, a indústria de videogames foi assolada por eventos bastante polêmicos, delicados e que vez ou outra reaparecem: a péssimo forma que os funcionários das grandes editoras Third-Party são tratados.
Desde ambientes de trabalho tóxicos, assédios, demissões forçadas, baixa remuneraca e discriminação, todos esses temas envolveram algumas das grandes editoras de jogos em 2020 e 2021, causando mobilizações internas e externas com o objetivo de melhorar as condições de cada funcionário, promovendo o respeito e a inclusão.
Garantir locais de trabalho seguros para todos deve ser o objetivo de qualquer executivo: Essa é a opinião de Laura Miele, diretora de operações (COO) da Electronic Arts, que falou durante uma palestra presencial na última edição da D.I.C.E. Summit realizada em Las Vegas, Nevada, a cargo da Academia de Artes dos Jogos.
“Devemos ter ambientes de trabalho honestos e seguros, no mínimo. Estes são os princípios básicos”, explica Miele, sublinhando como a indústria do jogo deve ter como objetivo “proteger, defender e lutar por todos”.
"Vimos líderes de alto nível falharem em estabelecer os padrões certos. Não me importo com o sucesso de seus negócios: Se um líder falha nisso, ele deve renunciar", foi a decoração agressiva sa executivo da EA, sem nomear explicitamente qualquer nome.
Ela continua:
"Precisamos de empregos seguros para indivíduos de todas as raças, gêneros, orientações se***is e talentos. Os estúdios que fazem jogos devem representar corretamente nosso mundo."
"Não fazemos mais jogos em nossas garagens, temos enormes poderes e responsabilidades neste mundo. As pessoas que se tornam desenvolvedores de videogame o fazem porque adoram jogar e criá-los. Mas se quisermos continuar atraindo os indivíduos mais criativos e talentosos temos que fazer da nossa indústria um lugar fantástico para trabalhar para qualquer um", continua Miele.
Ela finaliza lembrando como a EA há muito adotou uma política de tolerância zero em relação a atitudes tóxicas em relação aos funcionários, promovendo a inclusão e criando mecanismos para denunciar facilmente qualquer tipo de abuso.
Nos últimos meses, foram quase 40 demissões por má conduta na Activision Blizzard, após os eventos envolvendo a gigante da indústria, enquanto mais de 1.000 funcionários da Ubisoft lançaram inúmeras petições para acabar com os abusos internos.
Miele não nomeou qualquer nome para quem ela dirigiu suas palavras, mas claramente elas atingem diretamente na Activision Blizzard e Ubisoft. A situação, portanto, continua muito delicada na indústria de jogos, que está tentando avançar na melhor direção possível para deixar esses eventos para trás e promover um mundo de trabalho saudável para todos os funcionários.
Fonte: Gv