30/11/2024
ISSO É O QUE SOMOS!
Qual o filme de vingança que não é um "acerto de contas"?
Qual o vídeo de casamento que não termina com um beijo ao pôr do sol?
Qual o comercial de carro que não fala de "liberdade"?
Clichês. Histórias que se repetem, enlatadas, entregando o que já vimos mil vezes. Para muitos, é suficiente. Mas para mim, é exaustivo. Sempre me perguntei: por que aceitar o óbvio, quando podemos criar algo que realmente mexa com as pessoas?
Criar, para mim, nunca foi um exercício de ego. Não sou dono da verdade, mas sempre desconfio de quem acredita que é. Já convivi com incontáveis publicitários que têm todas as respostas antes mesmo de fazerem as perguntas. É nesse ponto que a criatividade se torna perigosa. Criatividade sem verdade vira ficção. E, quando aplicada a uma marca, vira uma mentira mal contada de si mesma.
Meu propósito sempre foi o oposto: buscar a essência. Não criar histórias vazias, mas sim aquelas enraizadas na realidade – na voz do cliente, nos valores da empresa, no que há de mais autêntico. Isso exige algo que muitos esquecem: ouvir. Não de longe, não através de e-mails ou reuniões apressadas. Ouvir de verdade. Estar presente. Sentir o espaço, as pessoas, as emoções. Entender que cada empresa é um organismo vivo, com nuances que só podem ser percebidas com proximidade.
É assim que vejo a criação: um processo de descoberta lado a lado com o cliente. E essa é a alma da Ópera Multimídia. Não somos uma produtora nem uma agência. Não criamos à distância, "viajando na maionese" ou impondo nossas ideias. Nós amamos estar lado a lado, presencialmente sempre que possível, captando a verdade de cada empresa e transformando-a em algo único.
A criatividade só funciona quando tem verdade. É por isso que, na Ópera, não contamos histórias; revelamos histórias. O cliente não é um espectador do processo, mas parte essencial dele. Porque a essência de uma marca só pode ser construída se ela for ouvida.
No fim das contas, não é sobre criar algo bonito ou impressionante. É sobre criar algo real. Porque quando uma marca conta uma história que ressoa com o público, não é preciso gritar "somos bons no que fazemos." Basta duzer: isso é o que somos!