12/01/2025
Em 2024, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Dieese realiza sua pesquisa mensal. As maiores altas entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024 ocorreram em João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%), Campo Grande (10,41%), Goiânia (9,43%) e Recife (9,34%).
Durante 12 meses, todos os produtos da cesta básica tiveram alta, influenciados por fatores como instabilidade climática, demanda externa instável e desvalorização do real em relação ao dólar. Seis itens tiveram aumento de preços em todas as capitais: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja. Pão francês e manteiga subiram na maioria das localidades pesquisadas.
Entre os aumentos, o preço da carne bovina de primeira subiu em todas as cidades, com destaque para Campo Grande (29,90%), Goiânia (29,05%) e Fortaleza (28,06%). O aumento foi impulsionado pela maior demanda e restrições climáticas, que afetaram a formação dos pastos. O leite integral também teve aumento em todas as capitais, variando de 8,37% no Rio de Janeiro a 23,36% em Aracaju, devido à menor oferta e maior demanda das indústrias de laticínios.
O café em pó apresentou variações positivas em todas as cidades, com aumentos de até 62,56% em Belo Horizonte, devido às condições climáticas desfavoráveis e à menor produção no Vietnã e no Brasil.
Ao longo do ano, os aumentos foram de 45,85% no café, 23,19% no óleo de soja, 17,78% na banana, 17,28% no arroz, 13,91% no leite, 12,44% na carne, 4,47% na manteiga, 3,80% no feijão carioca, 3,36% no açúcar e 0,22% no pão francês.
O preço do açúcar subiu em nove capitais e caiu em sete. Itens como batata, feijão, farinha de mandioca, trigo e tomate tiveram redução de preço médio na maioria das capitais.
Em Recife, o tomate (-25,56%) e a farinha de mandioca (-13,24%) tiveram redução. Em dezembro de 2023, a cesta básica no Recife custava R$ 538,08 e fechou 2024 a R$ 588,35.