03/02/2025
ESTA É A HISTÓRIA!
Se hoje consideramos líderes negros Martin Luther King Jr., Malcolm X, e outros, um dos responsáveis é este líder ganense, principal voz por trás da lutas de libertação africanas das colônias europeias.
Educado em uma escola católica durante a sua infância, na juventude partiu para o EUA formando-se em teologia e fazendo um mestrado em filosofia. Foi desenvolvendo as suas ideias de um continente africano livre e desenvolvido até que ajudou a fundar o Pan-Africanismo.
Aos 38 anos retornou ao Gana, seu país de origem, já como um político respeitado. Aos poucos, foi recrutando pessoas para sua causa: implantar um autogoverno no país, na época colônia do Reino Unido. Gana foi o primeiro país africano a tornar-se independente em 1957 e a luta e ideais de Nkrumah inspirou líderes africanos e negros em todo mundo pela conquista de liberdade.
Em fevereiro de 1966, enquanto Nkrumah estava em uma visita de Estado ao Vietname do Norte e a China, seu governo foi derrubado por um golpe militar liderado por Emmanuel Kwasi Kotoka e pelo Conselho de Libertação Nacional. Vários comentaristas, como John Stockwell, afirmou que o golpe recebeu o apoio da CIA.
Nkrumah nunca voltou para Gana, mas ele continuou a impulsionar sua visão na unidade africana. Ele viveu no exílio em Conacri, na Guiné, como convidado do presidente Ahmed Sékou Touré, que fez dele copresidente honorário do país. Apesar de aposentado dos cargos públicos, ele ainda estava com medo de agências de inteligência ocidentais. Quando seu cozinheiro morreu, ele temia que alguém iria envenená-lo, e começou a estocar comida no seu quarto. Ele suspeitou que agentes estrangeiros estavam indo através correio, e vivia em constante medo de rapto e assassinato. Com a saúde debilitada, ele voou para Bucareste na Romênia, para tratamento médico em agosto de 1971. Kwame Nkrumah morreu de câncer de pele em abril de 1972 com 62 anos de idade.
Nkrumah foi sepultado em Gana num túmulo da sua cidade natal de Nkroful. Embora o túmulo tenha permanecido em Nkroful, seus restos mortais foram transferidos para um grande túmulo memorial em Acra.
Em 2000, ele foi eleito o maior africano do milênio através de uma votação feita na África pelo povo. A votação foi organizada pelo Serviço Mundial da BBC.