19/10/2024
Q triste!
“No ano passado, aos 90 anos, tive uma experiência que transformou minha vida para sempre. Depois de décadas interpretando um personagem icônico de ficção científica, que explorava as estrelas, finalmente fui ao espaço. Acreditei que sentiria uma conexão profunda com a vastidão ao nosso redor, um chamado irresistível para a exploração infinita.
Mas eu estava completamente errado. O que me envolveu foi o luto mais profundo que já senti.
Com uma clareza esmagadora, percebi que vivemos em um pequeno oásis de vida, cercado por uma vastidão de morte. Eu não vi infinitas possibilidades de mundos para desbravar, nem aventuras aguardando, ou criaturas vivas para conhecer. O que se revelou diante de mim foi a escuridão mais profunda que já imaginei, em um contraste brutal com o calor acolhedor do nosso lar, a Terra.
Esse foi um despertar devastador. Encheu-me de uma tristeza imensa. Entendi que, por décadas, e talvez por séculos, nos cegamos ao focar para fora, obcecados com o desconhecido, enquanto ignoramos o que temos aqui. Eu mesmo ajudei a difundir a ideia de que o espaço era a última fronteira. No entanto, foi preciso ir ao espaço para compreender que a Terra é, e sempre será, nossa única casa. E estamos destruindo-a implacavelmente, tornando-a inabitável.”
— William Shatner
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