09/03/2024
Por CĂĄssio Messias
144 anos de histĂłria: Corpo de Bombeiros de SĂŁo Paulo...đđšđ„đ©âđ
Nesses 144 anos de existĂȘncia, o Corpo de Bombeiros de SĂŁo Paulo jĂĄ atendeu vĂĄrias ocorrĂȘncias e sempre priorizando a vida alheia.
Logo apĂłs um incĂȘndio ter destruĂdo a biblioteca da Faculdade de Direito e o arquivo do Convento de SĂŁo Francisco na regiĂŁo central de SĂŁo Paulo, em 15 de fevereiro de 1880, no dia seguinte o deputado Ferreira Braga destacou em seu discurso a indignação de como SĂŁo Paulo, uma cidade tĂŁo importante, rica e com grande nĂșmero de habitantes, nĂŁo possuir um Corpo de Bombeiros, entĂŁo propĂŽs a criação de uma Seção de Bombeiros.
O serviço de extinção de incĂȘndios e socorro de pessoas era executado como atividade secundĂĄria dos corpos policiais da Ă©poca atĂ© que, em 10 de março de 1880, a Assembleia Legislativa provincial estabeleceu a âLei NÂș 6, de 10 de março de 1880â que foi sancionada pelo presidente da provĂncia de SĂŁo Paulo autorizando o governo a organizar uma seção de bombeiros, anexa Ă Companhia de Urbanos da capital, e a fazer a aquisição de maquinĂĄrios prĂłprios para o cumprimento da missĂŁo de extinção de incĂȘndios.
A aprovação desta lei representou a primeira vez que um efetivo foi designado para dedicar-se exclusivamente ao serviço de bombeiros no Estado de SĂŁo Paulo, foi sancionada e publicada no dia 10 de março de 1880, data que determinou a criação Oficial do atual Corpo de Bombeiros da PolĂcia Militar do Estado de SĂŁo Paulo.
A Seção foi criada, inicialmente composta de 20 homens ocupando uma parte do prĂ©dio onde funcionava a Estação Central da Companhia de Urbanos, na Rua do Quartel (hoje Rua 11 de Agosto), sendo requisitado o material necessĂĄrio para sua formação, e no dia 24 de julho de 1880, assumiu o comando o Tenente JosĂ© Severino Dias, o primeiro comandante do Corpo de Bombeiros, iniciando imediatamente os trabalhos de organização dos serviços de combate a incĂȘndios.
Hoje, o que era uma pequena Seção, se tornou uma instituição respeitada e admirada por todos, ao longo desses 144 anos de existĂȘncia foram muitas as dificuldades, e para chegar atĂ© aqui essa heroica escalada contou com a coragem e a dedicação de bravos bombeiros, de todas as patentes e graduaçÔes, que realizaram seu trabalho com afinco e amor Ă causa, com a missĂŁo de âProteger a vida, o meio ambiente e o patrimĂŽnioâ alĂ©m de trazer tranquilidade e segurança para a população que tem como herĂłis esses incansĂĄveis homens e mulheres que nĂŁo medem esforços para proteger a sociedade em diversas situaçÔes.
Nesses 144 anos de histĂłria, o Corpo de Bombeiros de SĂŁo Paulo jĂĄ atendeu vĂĄrias ocorrĂȘncias e sempre priorizando a vida alheia, em SĂŁo Paulo na dĂ©cada de 70 aconteceram os dois maiores incĂȘndios, em 24 de fevereiro de 1972, no edifĂcio Andraus, deixando um total de 330 feridos e 16 mortos, jĂĄ no dia 01 de fevereiro de 1974 no edifĂcio Joelma, o incĂȘndio causado por um curto-circuito provocou a morte de 187 pessoas e deixou aproximadamente 300 feridos.
Voltando Ă metade do SĂ©culo XIX a capital paulista era completamente diferente desta cidade que estamos acostumados a ver hoje em dia, pequena e com poucos habitantes, era natural que as ocorrĂȘncias de sinistros como incĂȘndios eram raros.
Um dos mais antigos relatos de incĂȘndio em SĂŁo Paulo Ă© do ano de 1850, ocorrido em uma residĂȘncia da entĂŁo Rua do RosĂĄrio, atualmente conhecida como Rua 15 de Novembro, naquele tempo nĂŁo existiam ainda leis e nem mesmo um corpo de bombeiros definido, e para apagar o fogo era organizada de uma maneira simples, mas razoavelmente eficaz com homens, mulheres e crianças ficando em fila atĂ© o poço mais prĂłximo do sinistro onde retirava a ĂĄgua, e assim era passado os baldes de mĂŁo em mĂŁo atĂ© o local em chamas.
O incĂȘndio mencionado acima serviu para que fossem aprovadas as primeiras normas relativas ao combate de incĂȘndio no ano de 1851.
Com o surgimento de novas ocorrĂȘncias, foi adotado um novo sistema de sinais de incĂȘndio baseados nos sinos das igrejas, eram toques, rebates e repiques em cĂłdigo que alertavam munĂcipes e autoridades das ocorrĂȘncias de fogo nas proximidades. AlĂ©m disso, a norma determinava que durante a noite os carroceiros deveriam manter as pipas cheias dâĂĄgua para nĂŁo se perder tempo de enchĂȘ-las em caso de ocorrĂȘncia, e os donos de poços tambĂ©m eram obrigados por lei a liberar o acesso para captação da ĂĄgua caso fosse necessĂĄrio.
Atualmente quando ocorre um incĂȘndio o combate Ă© rĂĄpido e eficiente, basta vocĂȘ pegar um telefone e discar 193 que as providĂȘncias serĂŁo tomadas o mais rĂĄpido possĂvel, hoje o Corpo de Bombeiros da PMESP estĂĄ bem estruturado, contando com equipamentos modernos e viaturas sofisticadas e o mais importante sĂŁo os homens e mulheres treinados pela maior escola da AmĂ©rica Latina a ESB Escola Superior de Bombeiros, localizada na cidade de Franco da Rocha no Estado de SĂŁo Paulo.
Parabéns aos heróis que vão além de suas forças e tem por objetivo Salvar Vidas!
CĂĄssio O. Messias