30/11/2024
S*x, 29 de novembro de 2024 após o pôr do sol = 29 de Cheshvan, 5785
כ״ט בְּחֶשְׁוָן תשפ״ה
✡️ Sigd 2024 / סיגד 5785
Feriado judaico etíope que ocorre 50 dias após o Yom Kippur ✡️
O Sigd para o ano hebraico 5785 começa ao pôr do sol na S*xta-feira, 29 de novembro de 2024 e termina ao anoitecer em Sábado, 30 de novembro de 2024.
Sigd é uma palavra amárica que signif**a “prostração” ou “adoração” e é o nome comumente usado para um feriado celebrado pela comunidade judaica etíope no dia 29 do mês hebraico de Cheshvan. Esta data é exatamente 50 dias após o Yom Kippur, geralmente caindo no final de outubro ou novembro, e de acordo com a tradição judaica etíope é também a data em que Deus se revelou pela primeira vez a Moisés. ✡️
Shabat Mevarchim Chodesh Kislev
Parashá Toldot
29-30/11/2024
Cheshvan חשבון
דנ ♏🦂 חשבון
נ Escorpião
ד Marte
נגד יכש
Kislev כסלו
סג ♐🏹 כסלו
ס Sagitário
ג Júpiter
קרע שטן
Tehilim 140 - 144
פרשת תולדות
שבת תולדות
Hadlakat Nerot Shabat - São Paulo & Baixada Santista:🕯️ 🕯️ 18h19
Havdalá,Tzeit Hakochavim - Anoitecer: ✨ 19h17
Alguns aguardam 72 minutos 📟 19h52
Toldot 5785 / תּוֹלְדוֹת
30 de novembro de 2024/ 29 Cheshvan 5785
Parashat Toldot é a 6ª porção semanal da Torá no ciclo judaico anual de leitura da Torá.
Gênesis 25:19-28:9
Toldot (“Gerações”) abre com o nascimento dos gêmeos de Isaac e Rebeca, Jacó e Esaú. Esaú vende seu direito de primogenitura a Jacó em troca de sopa. Isaac e Rebeca viajam para Gerar, onde Isaac faz um tratado de paz com o rei Abimeleque. Isaac dá a Jacó a bênção destinada a Esaú, e Jacó foge para seu tio Labão.
Haftarah * : I Samuel 20:18-42 · 25 p'sukim
*Shabat Machar Chodesh
Kriyah Completo
1: 25:19-26:5 · 21 p'sukim
2: 26:6-12 · 7 p'sukim
3: 26:13-22 · 10 p'sukim
4: 26:23-29 · 7 p'sukim
5: 26:30-27:27 · 33 p'sukim
6: 27:28-28:4 · 23 p'sukim
7: 28:5-9 · 5 p'sukim
Maf.: 28:7-9 · 3 versículos
Ano trienal 3
1: 27:28-30 · 3 p'sukim
2: 27:31-33 · 3 p'sukim
3: 27:34-37 · 4 p'sukim
4: 27:38-40 · 3 p'sukim
5: 27:41-46 · 6 p'sukim
6: 28:1-4 · 4 p'sukim
7: 28:5-9 · 5 p'sukim
Maf.: 28:7-9 · 3 versículos
Tol'dot
תּוֹלְדֹת
As Gerações [de Isaac]
Gênesis 25:19−28:9
Rebeca tem gêmeos, Esaú e Jacó. (25:19-26)
Esaú dá a Jacó seu direito de primogenitura em troca de um pouco de ensopado. (25:27-34)
O rei Abimeleque é levado a pensar que Rebeca é irmã de Isaque e mais tarde descobre que ela é realmente sua esposa. (26:1-16)
Isaque planeja abençoar Esaú, seu primogênito. Rebeca e Jacó enganam Isaque para que Jacó receba a bênção. (27:1-29)
Esaú ameaça matar Jacó, que então foge para Harã. (27:30-45)
Drashá Toldot
Parashá Toledot
Toledot (‘’Gerações’’) é uma parashá que já bem no começo é de fato marcada pela luta entre os dois irmãos; Jacob e Esav, mesmo ainda estando no ventre de sua mãe, nossa matriarca Rivka. Existe um detalhe que é importante levar em consideração, pois talvez alguns de nós poderíamos omitir durante a leitura dos primeiros p’ssukim: Rivka era estéril.
E orou Yitzhak ao Eterno, em frente à sua mulher, (que orava também) porque era estéril; e atendeu o Eterno, e concebeu Rivka, sua mulher. (25:21-22)
E é exatamente no seguinte p’ssuk onde de fato a Torá nos narra o começo desta luta:
E lutaram os filhos no seu ventre e ela disse: Se é assim, porque desejei isso, eu? E foi consultar o Eterno. (25:22-26)
Esta é uma história que traz consigo várias perguntas sob uma perspectiva analítica a qual podemos utilizar para descobrirmos qual o verdadeiro signif**ado da situação toda. Abravanel na verdade, faz umas vinte perguntas ou mais sobre esta história e com certeza possui um comentário bem amplo para se compreender.
Estas duas primeiras citações desses dois p’ssukim são importantes para entendermos o que eu considero uma das mais importantes perspectivas a considerar sobre esta parashá.
Uma pergunta que principalmente me deixa um tanto inquieto é, porque a Rivka resultou ser estéril por tanto tempo? (Aproximadamente durante uns vinte anos). Qual era o motivo disto? Pois sabemos que, quem fosse a esposa escolhida por Yitzhak, iria carregar consigo a responsabilidade de levar no seu ventre a descendência do seu esposo, a raízes das gerações sucessoras do abençoado, filho de Abraão.
Pois bem, a Torá nos narra que ambos os dois, Rivka e Yitzhak oraram ao Eterno e Ele respondeu num certo momento e Rivka pode conceber e quando no decorrer do seu período de gestação ela começa a sentir uma serie de dores que fogem da normalidade de uma gravidez, vemos que ela de fato sofre muito com isto e ela decide pedir uma resposta a Deus, uma vez que abençoada e o seu ventre renovado pela vontade divina, sua gravidez não deveria se tornar um estado de sofrimento contínuo. Então ela consultou o Eterno.
Rashi explica (a partir do Midrash) qual era o sofrimento que tinha Rivka: Quando Rivka caminhava pelas ruas e passava na frente de algum templo idolatra, Esav se agitava dentro do ventre dela, como se ele quisesse vir ao mundo nesse exato momento, o que fazia a Rivka pensar que talvez essa criança; seu filho (pois até esse momento pensava que era um) iria ser um idólatra. No entanto, quando ela passava na frente da Yeshiva do Shem, quem tinha uma casa de estudos; era Jacob que se agitava dentro do ventre da sua mãe, como se ele quisesse vir ao mundo. Isto fazia também a Rivka pensar que talvez a criança seria um indivíduo justo e temente a Deus, e isto causava um sofrimento e confusão muito grande nela e é este o motivo pelo qual ela foi buscar a Deus através de Shem. Então o Eterno através deste, lhe diz que no seu ventre leva duas crianças, dois filhos que virão ao mundo e serão dois povos diferentes, e um povo, o mais forte servirá ao mais ‘’fraco’’.
E disse-lhe o Eterno: ‘’Duas nações há no teu ventre, e dois reinos de tuas entranhas se dividirão; uma nação, mais que outra nação, se fortalecerá, é a maior servirá a menor. (25:23-23)
Então Rivka soube quem seria aquele que serviria e quem seria aquele o ‘’senhor’’ do seu próprio irmão.
E é exatamente este fato no qual devemos parar para pensar o que realmente acontece neste ponto especifico da história. Vamos lá, o fato de dizermos que Jacob e Esav eram gêmeos idênticos é um eufemismo; eles são opostos em todos os sentidos. E pelo fato de ‘’serem eles mesmos’’ através da mais pura expressão das suas personalidades e como vemos as suas características particulares virem à tona. Eles conseguem transcender além do que está escrito.
Quando estudamos a Torá, no geral nós devemos nos guiar pelo princípio de que as escrituras podem ser interpretadas em várias formas e de acordo com os princípios de Moshé Rabeinu, que foram transmitidos nos estágios de aprendizagem em cada geração. E nesta parashá de fato a Torá nos mostra que a história de Jacob e Esav não é para se entender literalmente.
Deus disse a Rivka que ela está levando no seu ventre história futura, a história de duas nações dentro de si. E ao nos aprofundarmos mais sobre o conceito de Jacob e Esav acredito que podemos de fato interpretar estes dois como arquétipos que vão muito além de duas crianças que brigam entre si.
Esav na Torá é associado a perversidade, a dureza e maldade. Esav é um caçador (e a julgar pela confiança que seu pai Yitzhak deu-lhe quando pediu para que fosse no campo e trouxesse uma caça) além de ser um ótimo cozinheiro e preparar tais manjares, deduzimos que no campo Esav é de fato um caçador muito habilidoso só que esta habilidade de caça não pode f**ar associada apenas a caça no campo, e sim devemos associa-la a sua habilidade de caçar as pessoas através da boca, através das suas palavras, através da adulação ou enfeite daquilo fala para apenas conseguir o que ele deseja sem se importar realmente com as pessoas próximas de si.
E quantos Esav nós temos hoje ao nosso redor? Ou, principalmente; quantas vezes temos agido de tal forma que de fato podemos ser sim comparados e atrelados com as características de Esav?
Esav nunca foi realmente próximo de Deus, nós podemos perceber isso quando Jacob com sua esperteza pede para Esav vender-lhe sua primogenitura por um prato de lentilhas. A resposta de Esav (que segundo o que seu pai esperaria) deveria ter sido negar tal proposta, pois nele repousava a responsabilidade da construção de uma linhagem que seriam as gerações vindouras e prometidas por Deus a Abraão e não apenas desfrutar dos ‘’benefícios’’ de se tornar o líder de um povo, de uma descendência abençoada por Deus. Esav responde a Jacob: ‘’. Eis que caminho para a morte, para que quero a primogenitura?’’ Dando a entender o pouco interesse e senso de responsabilidade com a promessa de Deus para com seu pai e seu avô.
Isto demonstra um comportamento que vá longe de qualquer vontade de seguir uma '' pretensão divina '' e com uma certa arrogância que vem com aquele ar de descrença no Deus de Abraão seu vô e Yitzhak seu pai.
Esav nunca foi um homem próximo de Deus e menos ainda um homem reto ou com virtudes e qualidades positivas, nem manso nas suas falas. Esav de alguma forma representa o arquétipo do que seria um ‘’anti-judeu’’ (não se entenda como antissionista) ou seja alguém que não compartilha a mesma crença nem princípios religiosos nem morais.
Existem de fato momentos nas nossas vidas em que sem percebermos (pois sempre haverá uma desculpa que justifique nossas ações), de alguma forma, nós nos tornamos um Esav, para nossas famílias, para nossos amigos, colegas de trabalho, nossos irmãos judeus e para nós mesmos; deixando-nos levar pelo arquétipo mais afastado de valores judaicos essenciais, no entanto cada um de nós sabe no mais profundo do seu interior que na realidade, nós temos o poder e a liberdade de agir com hipocrisia, com mentiras, com dureza e pouca sensibilidade, querendo nosso próprio bem à custa da queda ou da tristeza daqueles que dizemos '' nos importarmos com eles ''. Porém embora tentemos não sensibilizarmos com aqueles que sofrem pela nossa causa, sempre vai existir aquela '' subidinha de pressão’’ aquela' 'batidinha' ' forte do nosso coração que muitas vezes queremos e tentamos ignorar, pois esse ‘’reflexo inconsciente’’ de sensibilidade é a prova que também temos algo de Jacob dentro de nós, ou pelo menos já escutamos dele e da sua reputação de ser um homem (nosso patriarca) justo, virtuoso e com intimidade e reverência pelo seu Criador.
Quando Rivka escutou que Yitzhak pediu para Esav que fosse e trouxesse uma caça do campo para assim abençoa-lo, apressou a pedir para o Jacob que trouxesse aqueles dois bodes, as melhores do rebanho pois seria ele quem deveria levar aquele manjar ao seu pai e ser abençoado. Todos sabemos que Jacob tentou rejeitar a proposta da sua mãe até que finalmente aceitou e apressou. Aqui, neste ponto devemos nos lembrar que Rivka foi avisada pelo Eterno sobre o que aconteceria e vemos que a visão que nos dá o Rashi não está tão longe da realidade, pois a Rivka de fato sabia, bem por influência divina como por instinto maternal que o Jacob era quem deveria receber a benção do primogênito.
Jacob é um exemplo de justiça e coragem para todos nós, como eu disse antes, Jacob é o arquétipo da coragem e do bem para a sociedade judaica.
E aqui de novo faço a mesma pergunta só mudando de personagem:
Quantos Jacob nós conhecemos hoje? Ou quantos já percebemos que estão ao nosso redor? Quantas vezes temos agido de tal forma que de fato podemos ser comparados e atrelados às características do nosso patriarca Jacob?
Se formos capazes de direcionarmos nossos pensamentos para entender além daquilo que lemos a diário na Torá (ler entre linhas) através do estudo, com certeza vamos ser maravilhados pelos descobrimentos que vamos fazer, pelo estudo das vidas das nossas principais figuras bíblicas representativas das origens das nossas crenças e da nossa sociedade judaica. Conhecer de forma profunda o contexto das bases religiosas, morais e sociais nas quais viveram os principais arquétipos judaicos hoje, (nossos patriarcas e matriarcas a além dos outros personagens da Torá considerados como exemplos para nós) vai com certeza trazer uma mudança na visão de muitos de nós e tenho certeza, principalmente em aqueles que são mais jovens, as novas gerações, e que por falta de interesse ou por influência exterior decidem agir com as características de Esav, com indiferença e frieza pelas suas bases culturais, morais e religiosas.
Shabat Shalom Umevorách Lekol Hamishpachá!!!
Escrito por Guilad ben Avraham ve'Sará
Escrito como pedido de Refuá Shelemá por: Rav. Yossef Halevi ben Ruth, Luiz Mário Porto - Yaakov ben Avraham ve'Sará, Yaakov ben Frida, Beniamin ben David ve'Rivkah Chaiá, Levi Alves ben Sará, José Carlos ben Lourdes, Enzo ben Jessica, Celso Honorato - Shmuel ben Shamua ve'Yael, Antonio Alexandre Jorge ben Maria Alexandre, Fernanda - Rivcá Chaiá bat Avraham ve'Sará, Yael bat David ve'Rivkah Chaiá, Lourdes Abigail de Oliveira, Maria do Carmo bat Maria das Dores, Reizel bat Mirian, Judite Alves de Souza, Jessica bat Esther, Antonella bat Jessica, Esmeralda bat Herminia, Batya Chaiá bat Esther, Julia Calzavara bat Ana Paula Calzavara, Sonia Maria Albuquerque bat Odília, Esther bat Brunilda, Liora Dana bat Sará, Vitalina bat Joaquina.