22/01/2023
GIBRAN KHALIL GIBRAN: 140 ANOS DO ESCRITOR QUE ESTÁ EM TODOS OS LUGARES.
Nascido em 06 de janeiro de 1883, em Bcharri, Líbano, e falecido em 1931, nos EUA; se estivesse vivo, Gibran Khalil Gibran faria 140 anos. A sua obra marcou a literatura mundial com escrita espirituosa e profundas reflexões sobre sentimentos como o amor e a amizade. Deixou livros poéticos e filosóficos repletos de frases que ganharam vida própria e influenciaram escritores de todo o mundo, sem esquecer as suas primorosas pinturas.
De seus mais interessantes aforismos, destacam-se: “Aquele que nunca viu a tristeza nunca reconhecerá a alegria” / “Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos e, por estranho que possa parecer, sou grato a esses professores”.
Mas, talvez o pensamento mais conhecido e difundido seja o poema em que Gibran fala de pais e filhos: “Vossos filhos não são vossos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós...”.
Alguns de seus poemas foram também musicados, como Nagib Hankash fez com A’tini al Nay (Dê-me a flauta), que se tornou uma das canções mais populares no Líbano e nos países árabes na voz da diva libanesa Fairouz.
O livro “O Profeta” exerceu influência em muitas pessoas, em várias obras, como na de Johnny Cash, um dos gigantes da música folk e country americana. Na cinebiografia do músico, "Walk the Line" (Johnny & June, no Brasil), June, a mulher de Cash (interpretada por Reese Whiterspoon), aparece entregando ao marido (representado por Joaquim Phoenix) um exemplar de “O Profeta”.
Ainda na sétima arte, o cineasta libanês Youssef Maalouf filmou "Asas Partidas", em 1964, com roteiro do poeta Said Akl. Em 2014, a atriz de origem libanesa, Salma Hayek, produziu e atuou com sua voz no filme animado "O Profeta", de Roger Allers, com música de Gabriel Yared.
Quando vivo, Gibran publicou 15 obras em inglês, francês e árabe, desde "Nubthah fi Fan Al-Musiqa" (A Música), em 1905, até "The Earth God" (Deus da Terra), em 1931, passando por "Asas Partidas" (1912), "O Louco" (1918), "As Tempestades" (1920), "O Profeta" (1923) e "Jesus, O Filho do Homem" (1928). Postumamente, foram publicadas mais 12 obras, começando em 1932 com "O Errante" e incluindo "O Jardim do Profeta" (1933), "A Morte do Profeta" (1979), entre outros.
Gibran dizia que, muito de sua dor é a própria pessoa quem escolheu. Mas f**a para toda a humanidade a sua genuína lição: "Pois na verdade é a vida que dá vida - enquanto você, que se considera um doador, é apenas uma testemunha".
© Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro
fotos: Museu Gibran