Legião Urbana Infinito
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Editor Oficial : Rogério Santos
Página criada por mim,sem participação alguma de ex-integrantes do Fã'-clube.
(3)
11/01/2025
Eu também !!!
08/01/2025
Música escrita para Robert Scott
- Vento no Litoral-
* Ele está vivíssimo!
De tarde eu quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte, vai
Ser bom subir nas pedras, sei
Que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe, vê
A linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?
08/01/2025
Acabei de receber esse e-mail :
Solicitei o preço !
Resposta : Os quadros estão em excelente estado de conservação , e foram pintados enquanto o mesmo se encontrava em uma clínica de reabilitação , as obras tem alguma relação com momentos importantes da vida ou carreira de Renato Russo, peço uma valor inicial de 139.000,00 , por ambos os quadros. Contratei um especialista e ele disse que pode variar de 100.000,00 a 150.000,00
Eu: Disse que não tenho interesse, pois disse que ele não teria nenhuma oferta de 1% .
Resposta : Foi um prazer negociar com você Rogério , mas discordo completamente de você , a ambição e desejo das pessoas não tem preço , tenho uma boa tarde.
Eu: Em nenhum momento eu negociei nada com essa pessoa, ele me procurou e veio com essa oferta.
Cuidado gente, recebo esses tipos de oferta, pelo menos 1x a cada dois meses, ofertando de tudo, não caiam nesses golpes .
Hoje não existe ninguém que vá pagar um valor desse, e primeiramente tem que ver a veracidade ok ! ( F**a a Dica )
João Vitório
Rua São Sebastião , 1161 , Apt 903 , 36015410
[email protected]
Telefone: (32) 99912-2603
Ao Sr. Giuliano Manfredini
Prezado Sr. Giuliano Manfredini,
É com imenso respeito e admiração que me dirijo a você nesta correspondência. Meu nome é João Vitório, e escrevo para compartilhar uma história singular envolvendo seu pai, o inesquecível artista e ícone que tanto admiramos, e duas obras de arte de autoria dele que chegaram até minha família.
Enquanto internado em uma clínica de reabilitação, seu pai participou de atividades recreativas que, além de proporcionarem momentos de expressão criativa, resultaram em uma amizade especial com uma prima de minha mãe. Durante esse período, ele, com uma sensibilidade artística única, pintou dois quadros utilizando giz de cera, os quais presenteou essa prima como demonstração de afeto e gratidão.
As obras são deslumbrantes e carregadas de um simbolismo profundo. O primeiro quadro transmite uma força poética impressionante, com traços que evocam sentimentos de introspecção e redenção, características tão marcantes na personalidade e na obra de seu pai. Já o segundo apresenta cores vibrantes e um dinamismo que refletem um espírito de esperança e renovação, talvez como um reflexo de seu momento de recuperação.
Apesar dos quadros aparentarem estar em um estado duvidoso de conservação, não se engane. É apenas o enquadramento e o vidro que estão sujos. Os desenhos em si permanecem intactos, preservando toda a essência e beleza originais. Acredito que, com uma simples reforma, o senhor consiga deixá-los como novos, realçando ainda mais o valor artístico e sentimental dessas peças.
Minha intenção ao compartilhar essa história é não apenas enaltecer seu pai e sua arte, mas também preservar sua memória de maneira signif**ativa. Caso seja de seu interesse, gostaria de oferecer a oportunidade de adquirir essas peças para adicioná-las ao acervo relacionado ao legado de seu pai. Seria uma honra que essas obras encontrassem um espaço onde pudessem ser apreciadas por aqueles que tanto admiram sua trajetória.
Fico à disposição para conversarmos e esclarecer quaisquer dúvidas. Caso deseje entrar em contato, meu telefone é (32) 99912-2603.
Agradeço desde já pela atenção e espero que esta carta encontre você em plena saúde e harmonia.
Atenciosamente,
João Vitório Bagno da Silva.
07/01/2025
Show em 1986
Esse programa era muito legal .
07/01/2025
De Renato p/ Renato
07/01/2025
Esse sou Eu: Renato Russo
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz…
03/01/2025
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar…
01/01/2025
A mas pura verdade!
Feliz 2025 a todos, que seja um ano de muitas conquistas, saúde e paz no coração…
17/12/2024
Feliz Natal e um próspero Ano Novo !
Que o seu Deus derrame suas benção em seu lar !
Quando me vi tendo de viver
Comigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito
Eu não esqueço…
17/12/2024
Uma obra prima !
Alguns falam que foi a sua despedida, eu acho que foi sua marca registrada indelével… Ele deixou sua mensagem para os jovens da época !!!!
A Tempestade ou O Livro dos Dias foi gravado a partir de janeiro de 1996 no AR Estúdios, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A banda teve um desentendimento com o local assim que iniciaram os trabalhos, pois descobriram que as instalações não haviam sido reservadas exclusivamente para eles.
O disco imprimi tons tristes e um clima de despedida. Produzido por Dado Villa-Lobos e a banda, inicialmente seria duplo. Gravado no estúdio AR (Barra da Tijuca – RJ) com auxilio de Tom Capone, teve vozes guias e primeiros takes como definitivos. “Soul Parsifal” é uma parceria inédita dele com Marisa Monte, e “1º de Julho” foi composta em 1994 para Cássia Eller e o filho que a cantora esperava. Renato Russo escolheu “A Via Láctea” como single e um mês depois do lançamento se despediu da vida. Apesar do clima, “1º de Julho” e “L’Avventura” também tocaram nas rádios. Foram vendidos mais de meio milhão de cópias.
Renato Russo manteve para si todas as indicações de que era portador do vírus. Haviam inúmeras especulações sobre isso, mas elas iam e vinham à medida que a banda lançava um novo disco e resolvia fazer a parte que “menos gostava” do processo, ou seja, sair em turnê. É importante lembrar que o grupo vinha da estrondosa jornada de shows do álbum O Descobrimento do Brasil (1993), que desgastou bastante a já frágil saúde de Renato Russo. No período de inatividade após o fim da turnê, o músico voltou a beber descontroladamente e há indícios que tenha voltado a usar dr**as pesadas, embora por um curto espaço de tempo, pois viriam nesse meio tempo dois projetos solo (nos quais o produtor e músico Carlos Trilha tem importância vital) e que ocupariam Russo imensamente, o primeiro, o excelente álbum em inglês, The Stonewall Celebration Concert (1994), e o segundo, o ótimo álbum em italiano, Equilíbrio Distante (1995). Foi após o lançamento e relativamente breve divulgação deste último, que os arranjos para A Tempestade começaram a aparecer.
A ideia de um novo disco da Legião era uma necessidade criativa para Renato (mesmo padrão, tanto na doença quanto na sequência de lançamento de um penúltimo álbum, e depois, um disco póstumo, observados com o Queen, entre Innuendo e Made in Heaven), e o projeto começou com forte presença de Carlos Trilha (que gravou os teclados, bateria eletrônica/caixa de ritmos e baixo eletrônico), mas devido ao comportamento explosivo de Renato nesse momento, o peso da produção ficou com Dado Villa-Lobos, que dividiu os créditos de produtor com a Legião Urbana, mas que foi muito mais presente, tanto no trabalho com o disco quanto servindo de ligação entre o amigo moribundo e o restante da banda.
O grupo está aqui em um estágio de maturidade tremendo. Mesmo com a voz de Renato Russo visivelmente mais fraca (isso é ainda mais perceptível nas faixas escolhidas para o disco seguinte, Uma Outra Estação, de 1997, que deveria ter sido parte de um álbum duplo, lançado com A Tempestade, mas a ideia foi abandonada devido ao valor que o projeto f**aria no mercado, afinal, eram 15 músicas em cada CD!), o tom melancólico das letras e a musicalidade, havia uma atmosfera toda especial na produção do disco, algo que ganharia ainda mais signif**ado algumas semanas depois, quando da morte do vocalista. Na capa do álbum não haviam as frases habituais da banda, mas o dizer “O Brasil é uma república federativa, cheia de árvores e gente dizendo adeus“, de Oswald de Andrade.
Ainda sobre a produção, vale levantar um fato curioso: Renato queria que o disco se chamasse A Tempestade (título da última peça de Shakespeare), mas Bonfá (ou Dado? As fontes sempre divergem quanto a isso), queria que se chamasse O Livro dos Dias. O disco acabou ganhando os dois títulos, mas só A Tempestade foi impresso na capa e dentre as canções, só entrou O Livro dos Dias. A faixa A Tempestade foi colocada no álbum seguinte.
Exceto em dois casos, Longe do Meu Lado (parceria com Bonfá) e Soul Parsifal (parceria com Marisa Monte), todas as faixas de A Tempestade foram compostas por Renato Russo, e não há como negar o tom melancólico, intimista e reflexivo das canções. Percebam, por exemplo, que em Natália, a primeira faixa, não há exatamente uma garota com esse nome, mas uma “entidade”, um “estado da vida”, a juventude, sendo analisada. O oposto disso vem com Leila, música coberta de ternura que narra uma amizade entre um homem (Renato?) e uma mulher. Diferente de Natália, Leila traz estrofes com guitarra menos pesada e mais sintetizadores orquestrais, sendo musicalmente mais densa, poeticamente mais expansiva, cronista, e talvez feliz.
Baseada no filme homônimo do diretor italiano Michelangelo Antonioni, L’Avventura traz o ótimo violão de Dado e bateria simples, mas precisa, de Bonfá, em uma mensagem ampla de signif**ados, uma música de amor diferente, um tipo de exercício que vai do eu lírico para seu par, em um ambiente musical contendo algumas distorções de cordas (torna a base da canção triste, mas sutil), que também observamos em alguns momentos de Música de Trabalho, com a diferença que esta é de uma ousadia deliciosa de Bonfá nas guitarras, com diversas camadas de cordas metálicas acompanhadas de uma percussão que lembra uma marcha bastante acelerada, excelente arranjo para uma canção sobre excesso de trabalho e desprendimento das pessoas que amamos em prol do “fazer muito dinheiro”.
Em seguida vem uma poesia sobre o abandono, Longe do Meu Lado, a faixa mais Lana Del Rey de um álbum já bastante denso e depressivo. Ela é belíssima, traz uma única frase forte na voz de Renato — aqui, ele se sentia mais confortável nos graves quase em fade out, por motivos óbvios — e uma peça orquestral que segue todo o lamento do cantor. Na sequência, temos a única música que recebeu a gravação definitiva dele para o disco, A Via Láctea [o vocalista não conseguiu fazer nada além da voz-base para as outras faixas]. A letra indica debilitação do eu lírico, fala de uma “febre que não passa” e, por mais triste que seja, traz uma pitada de esperança. A voz marcante, os teclados de Trilha e o belo teminha de violão ao final definem a faixa como a primeira parte de um canto do cisne que se completaria no encerramento do disco.
Música Ambiente traz um pedal de efeito wah wah em uma linha de fundo, com violões utilizados no momento e no tom certos, e um tom psicodélico no tema de guitarra ao final, tudo para nos contar a história de um relacionamento bom que está “marcado para morrer”. É uma faixa simples em sua mensagem, mas não chorosa. A morte aqui (a partida de um dos pares é para a morte, não para “outro lugar na Terra”) é tratada como parte de um ciclo. A camada instrumental final aglutina isso de maneira perfeita, fazendo jus ao título. Esta é, juntamente com Soul Parsifal — parceria com Marisa Monte, que mostra um outro jeito do Legião fazer música, especialmente na harmonia –, a faixa mais diferente de A Tempestade. Ouçam com atenção a voz de Renato Russo nessa música. Mesmo em tons baixos, ela está quase tão imponente como antes, um dos melhores registros desses tapes-base gravados por ele já muito doente.
Com construções rítmicas levemente diferentes, três blocos pequenos de arranjos muito bem tocados (bons momentos de violão e viola, além de uma guitarra mais pesada no bloco do meio) e uma mensagem de crítica social cheia de sentimento, Aloha é uma canção de “juventude tardia”. Ou de um homem de quase 40 anos que ainda se via, em algumas coisas, como um jovem rebelde. Hoje, a mensagem pode parecer clichê para alguns, mas ela tem signif**ado tão simples e tão honesto que não deixa de encantar. Mas talvez, a verdadeira mensagem para a juventude tenha sido reservada para Dezesseis, que cita Janis Joplin, Led Zeppelin, Rolling Stones, Beatles e talvez traga um lamento oculto à morte de Ayrton Senna, em 1994, assim como o personagem da canção, ceifado em um acidente de carro, após “a curva fatal“. Há um coro final que fortalece o tom de música-homenagem, toda construída como um rock mais sujo que era a característica da Legião.
Uma dica: ao ouvir Mil Pedaços, façam uma vez sem um dos lados do fone e depois troquem, para perceber a participação discreta, mas muito bela do cello na segunda metade, a percussão leve do final e, claro, o caráter de uma balada de amor aos moldes românticos da banda. Uma peça acústica realmente tocante.
Já em 1º de Julho, que é uma demo — infelizmente! -, o tom é outro. A faixa foi composta para Cássia Eller, que a gravou no seu álbum de 1994. A força vocal do cantor aqui é grande e limpa, porque a demo foi gravada, juntamente com Carlos Trilha, nas sessões de The Stonewall.
A tríade que finaliza o fisco é para tocar o coração do mais duro dos humanos. Esperando Por Mim tem uma linha de baixo e teclados melancólicos e alguns canais de violões muito inspiradores, dando a base de uma despedida para familiares e amigos. O cantor anuncia o fim de um ciclo e Dado caprichou muito na produção da faixa, condição que não vemos tanto na instrumentalização (cadê a verdadeira bateria dessa faixa?) de Quando Você Voltar, apesar de a letra e a voz de Renato Russo valeram a pena. Não é nem de longe uma canção ruim, é que se colocarmos frente à produção de todas as outras, acaba se tornando um pouco acomodada demais.
E então chega a faixa que [espaço para o crítico f**ar de lado por uma frase] quase sempre me faz chorar ou lacrimejar ou f**ar olhando para o nada por alguns minutos. O Livro dos Dias. A canção é uma análise direta de uma vida boêmia. Não há grandes explosões das cordas ou da bateria, mas todo o arranjo funciona para colocar um fim emotivo à jornada, crescendo no refrão e deixando o ouvinte com uma guitarra tocando uma linha de conciliação, talvez da música que definia ali o seu fim, em um último estágio das coisas. Tendo em vista o que aconteceu depois, foi um adeus muitíssimo bem dado.
A Tempestade ou O Livro dos Dias não foi um álbum de hits. Apesar de ter vendido bastante, não se trata de uma produção constantemente lembrada pela maioria dos legionários Brasil a fora. A questão é que os registros, o contexto e a qualidade de produção desse projeto, mesmo que tragam um Renato Russo de voz debilitada, mostram uma banda em um estágio mais exigente e musicalmente até melhor que em outros discos mais badalados. É preciso ter cuidado, porém. Com tanto sentimento em jogo, ouvir A Tempestade ou O Livro dos Dias pode trazer uma torrente de sentimentos para qualquer um. Não é raro querer pedir um abraço longo de alguém, depois de terminada a audição.
A Tempestade ou O Livro dos Dias
Artista: Legião Urbana
País: Brasil
Lançamento: 20 de setembro de 1996
Gravadora: EMI
Estilo: Rock Alternativo, Punk Rock
14/12/2024
Metropolitan - 09/10/1994
A banda, então, atacou de SERÁ. Todo mundo pulava e cantava junto. Emocionante! Uma bela abertura. Renato estava usando uma bata branca e calça preta. Acho que ele usou essas roupas em todas as apresentações dessa turnê.
EU SEI foi a próxima, causando também muita emoção ao público. Quando Renato arriscou a sua “dança epiléptica” pela primeira vez, todo mundo começou a gritar. E foi assim sempre que ele começava a dançar. Em seguida a banda tocou LA NUOVA GIOVENTÚ, que Renato cantou e dançou com empolgação, seguido pela banda, que tocava bem rápido, bem pesado, bem punk.
AINDA É CEDO foi bem recebida logo aos primeiros acordes. Renato inseriu trechos da já conhecida GIMME SHELTER, dançou muito e terminou rolando no chão, debatendo-se e simulando uma relação sexual. Os fãs foram ao delírio. Interessante ver como Dado criava um clima melódico nas guitarras e como Bonfá tocava com vigor a sua bateria. Mesmo tocando essa canção há anos, cada performance da banda era diferente, tinha uma carga emocional e uma catarse únicas. Quem conhece as várias versões ao vivo dessa canção concordará comigo.
Renato & cia – ajudados ainda pelos músicos convidados Fred Nascimento (violão e guitarras), Carlos Trilha (teclados) e Gian Fabra (baixo) – atacam em seguida com DANIEL NA COVA DOS LEÕES. Uma pancadaria punk bem diferente do que se ouve na versão mais pop/pós-punk do disco DOIS: pesada, rápida, agressiva, intensa.
Em seguida, Renato anuncia que cantará canções do então novo disco O DESCOBRIMENTO DO BRASIL. Eu fiquei muito feliz, pois este era o meu álbum preferido até então. Continuei cantando emocionado cada verso, diferente de algumas poucas pessoas que só estavam ali para ouvir os clássicos. A banda então tocou VINTE E NOVE, UM DIA PERFEITO e OS ANJOS. Foi um grande momento do show para mim.
Em seguida, pancadaria pura: 1965 (DUAS TRIBOS). Lembro que, quando Renato cantou “Estou do lado do bem com a luz e com os anjos”, os canhões de luz iluminaram todos os fãs.
Seguiu-se um set acústico muito interessante. MONTE CASTELO foi a primeira, deixando todos muito emocionados (inclusive eu). A essa altura, tudo ali parecia um sonho perfeito, e eu torcia para não acordar mais. Essa canção foi tão emocionante que dois jovens entraram no palco após a mesma e tentaram abraçar o Renato, sendo em seguida retirados pelos seguranças. Eu pensei na hora: “meu Deus, o Renato odeia isso, ele vai parar o show! Ele vai embora!”. Que nada! Ele estava tão de bem com a vida, estava tão feliz de estar ali no Rio de Janeiro (ou seja: em casa), diante de tantos fãs, que apenas se desviou e disse: “Uau!”. Antes de tocar a próxima, QUANDO O SOL BATER NA JANELA DO TEU QUARTO, Renato ofereceu a canção “para todos nós e para os dois rapazes que subiram no palco”.
GERAÇÃO COCA-COLA foi tocada em versão acústica, tal como a EMI ouviu a gravação em uma fita cassete em 1984, por intermédio dos Paralamas do Sucesso. Isso foi explicado pelo Renato antes de a mesma ser tocada.
O TEATRO DOS VAMPIROS foi o grande momento do set acústico, em que todo mundo cantou junto. Foi uma das que mais emocionaram o público.
Em seguida, MENINOS E MENINAS foi executada, encerrando com o refrão de O MUNDO ANDA TÃO COMPLICADO: “Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver, o mundo anda tão complicado que hoje eu quero fazer tudo por você, tudo por você, tudo por você...”. um belo final para este momento acústico.
Lembro que, em certo momento do show, Renato foi irônico ao dizer: “Eu adoro ser idolatrado! Me amem!”. Logo ele, que tinha pavor à questão do fanatismo religioso de muitos fãs... Quem conhece o Renato sabe que ele estava brincando. Ele assumiu também: “Eu adoro tocar no Rio (os fãs aplaudiram e assobiaram). Eu gosto de tocar em São Paulo também...”, os fãs, brincando, demonstraram não gostar e Renato lembrou: “São Paulo é legal também. Eu canto ‘acho que gosto de São Paulo’...”
Após o momento acústico, novamente a banda voltou a atacar. E nada melhor do que voltar com um clássico: “Há muito tempo atrás, numa terra distante, longe da civilização, existia um jovem rapaz chamado João de Santo Cristo. (Os presentes foram à loucura: era FAROESTE CABOCLO.) Esta é a sua história. Guarde com atenção estas palavras e lembrem-se: as dr**as fazem você virar os seus pais”. Mais uma ironia de Russo. Os fãs cantaram a canção do 1º ao último verso, sem parar. Foi incrível! No final, Renato dançava de forma frenética, contagiante.
PAIS E FILHOS foi o clássico seguinte. Todo mundo cantou junto novamente, principalmente no seu refrão redentor. Interessante ver como as guitarras, ao vivo, f**aram mais pesadas, não só nesta mas também em várias outras canções. Legião sempre foi uma banda de rock, embora muita gente fale que é MPB. Os shows provavam o contrário! Ao final dessa canção esperei pelo cover de STAND BY ME, como foi feito na turnê de AS QUATRO ESTAÇÕES, mas isso não aconteceu.
A próxima foi o grande hino da juventude, uma das mais belas canções do rock nacional, com toda certeza: TEMPO PERDIDO. Fiquei tão emocionado! Não lembro se chorei, mas foi uma das que mais me deixaram arrepiado, já na introdução melancólica e nostálgica.
GIZ foi a próxima, com certeza para acalmar os ânimos exaltados dos fãs com tantos clássicos, mas sem deixar de nos emocionar. Ele explicou que na infância ele gostava de rabiscar mesmo o sol; cantou uma musiquinha infantil (não me lembro como era) para explicar como eles faziam para chamar o sol. E disse: “que bobeira, né, gente?”.
EDUARDO E MONICA reiniciou a sessão “clássicos”, numa versão mais moderna, meio blues, com guitarrinha, teclados... Eu já tinha lido numa entrevista que o Renato tivera problemas nos anos 80, quando tocava essa canção. O motivo? Os presentes no show queriam que a banda tocasse a mesma exatamente como era a versão no disco. E o Renato f**ava nervoso com isso: “as pessoas querem que eu toque ‘Eduardo e Monica’ exatamente como está no disco isso não é rock’n roll; eu toco como eu quero!”, foi mais ou menos o seu comentário na época. Já no show em que eu fui, tudo ocorreu muito bem, sem problemas: as pessoas cantavam juntas, pulavam, dançavam... Ali, naquele momento, eu presenciava um momento de amor e devoção dos fãs para com a banda e vice-versa.
Renato anunciou: “Eu tô com vontade de tocar uma balada!” e a banda tocou a canção de (des)amor mais linda e melancólica do nosso rock: a reflexiva VENTO NO LITORAL. Posso dizer, com certeza absoluta que esta, ao lado de FAROESTE CABOCLO, foram as duas canções mais ovacionadas pelos fãs. Esta balada foi tão emocionante que pude perceber que muitos namorados se abraçavam mais, criando um clima de ternura e amor.
HÁ TEMPOS animou os fãs, numa versão um pouco mais rápida do que a original. Em seguida veio “ÍNDIOS” em que Renato perguntou: “ A gente sabe tocar “ÍNDIOS” com a banda?”. Todo mundo foi ao delírio. Aí ele brincou, citando a Blitz. Errou a letra, mandou parar e perguntou à banda como era a 2ª estrofe da banda, induzindo os fãs ao erro: puxou de forma errada “Esquecer o que ninguém consegue entender...” e disse que tínhamos errado. Eu fiquei feliz, pois eu disse comigo mesmo “Está errado!” e não cantei. Muitos foram na dele e se deram mal! Quando ele finalmente puxou certo, todo mundo cantou junto e a canção ganhou força a cada estrofe. No final, Dado andou de um lado para o outro com sua guitarra (dançando?), parecia que iria cair. Foi bem legal. Para encerrar a canção, Renato emendou BLUE SUEDE SHOES, do Elvis.
Quando eu ainda recuperava o fôlego, ainda em estado de transe, Renato anunciou: PERFEIÇÃO. Posso dizer que era uma das canções que eu mais estava esperando. E foi demais: a guitarra pesada e distorcida de Dado, a bateria vibrante e meio tribal de Bonfá, a letra declamada de Russo. Quando a canção entrou na última parte (“Venha, meu coração está com pressa...”), os fãs criaram um clima religioso erguendo os braços fervorosamente com se fosse uma oração. Renato cravou mais um cover: LITHIUM, do Nirvana. Pensando nesse momento hoje, vejo que nada era feito isoladamente: a letra começava em forma de protesto, ironia e descrença absoluta diante da nossa realidade, terminava com um hino de esperança para o futuro e tinha, ao vivo, trechos da já citada LITHIUM, em que Kurt Cobain tentava manter a sanidade em meio ao caos de sua vida pública e privada. Havia paralelos interessantes com Renato, que havia vencido uma batalha pessoal contra as dr**as e o álcool.
A banda deixou o palco e eu pensei: “Eles têm que voltar!”. Ansiedade e espera. O público gritava “É Legião! É Legião!” e “Uh, uh! É Legião!”. Então, a banda correspondeu às nossas expectativas retornando ao palco. Renato brincou dizendo que o show iria acabar e ameaçou sair novamente.
Atendendo a pedidos, segundo Russo, a banda tocou uma versão bonita e mais curta de ANDREA DORIA. Na verdade, eu estava ouvindo pedidos para FÁBRICA. “Toca FÁBRICA!”, era o que eu ouvi com uma certa frequência.
VAMOS FAZER UM FILME foi mais uma canção do último disco; esta é uma das minhas preferidas e eu queria muito ouvi-la ao vivo! Ficou linda: mais rock, a guitarra ficou mais estridente e, no fim, Renato cantou “eu te amo” à capela, perguntando aos presentes: “Como é que se diz eu te amo?”. Foi perfeito.
Enfim, a última canção exigia uma reflexão diante do cenário brasileiro: QUE PAÍS É ESTE, pesada, agressiva, repleta de ironia. Renato cantou CAJUÍNA, de Caetano; brincou com a ridícula PINTINHO AMARELINHO, do programa trash do Gugu Liberato. Era uma forma de Renato criticar o sensacionalismo e a mediocridade da televisão brasileira. Por isso, Renato cantou essa música e inventou as vídeo-chineladas do Chinelão (mera coincidência com as vídeo-cassetadas do Faustão?), para mostrar como a violência e a futilidade dos programas de auditório são os grandes atrativos da mídia. “Vamos pegar aquela ali, ó! Cuidado aí senão vai cair na porrada!”, interpretava Renato com toda a sua ironia. AQUELE ABRAÇO, sucesso do Gilberto Gil, também apareceu no meio da canção. Por fim, Renato, enquanto a banda tocava, conversava com os fãs dizendo que, para mudar o país, era preciso primeiro mudar a nós mesmos, “ajuda pra caramba!”. E era verdade: não adianta falar em futuro do país se fomentamos a violência e alimentamos tudo o que é grotesco e ao mesmo tempo corriqueiro na sociedade. Era preciso uma mudança de consciência e de atitude no dia a dia. Na última estrofe, Renato pediu para a banda parar de tocar e disse: “Agora, são vocês que vão pra casa, que vão pensar como o país vai f**ar rico sem precisar matar ninguém”.
Era o fim do show – que era muito mais que um mero show. Renato havia dito numa entrevista naquela semana para o jornal O Globo: “Quando as pessoas cantam as nossas canções é como uma celebração. Nossos shows não são somente entretenimento. Cantamos músicas que marcam e, de repente, são todas tribais. A gente é a banda de rock mais rock do Brasil”. Isso sintetiza a importância da Legião não apenas para a música brasileira, mas para o pensamento e a ideologia jovem, tão desgastados pela pobreza do rock nacional atual.
A banda saiu de cena e retornou com vários buquês de rosas, que foram jogadas para o público. Infelizmente não peguei nenhuma, mas o mais importante eu havia finalmente presenciado: a magia de ver a Legião no palco. Um momento inesquecível!
Aquele viria a ser o meu primeiro e último show da Legião Urbana. O penúltimo no Rio (uma semana depois, na sexta, dia 14/10/1994, a pedidos da direção da casa, como o próprio Renato havia dito no show em que eu fui, haveria mais uma apresentação) e o antepenúltimo da história da banda (o último seria em Santos, em janeiro de 1995).
Posso dizer que nunca mais verei um show como aquele. Fui para casa com as imagens do show registradas em minha mente e em meu coração. Na volta do ônibus, a lembrança de Renato, Dado e Bonfá no palco me deixavam feliz e realizado. Fiquei ainda em estado de êxtase por mais alguns dias.
Hoje vejo que realmente “o pra sempre sempre acaba”, mas os bons momentos sempre serão lembrados com carinho. A minha história de amor com a Legião ratif**a essa afirmação.
Paulo Ávila
11/12/2024
EU GOSTO MUITO DE FAZER ESSAS COISAS, acredito muito na essência de cada música, e aonde ela toca em cada pessoa, isso não signif**a que estou totalmente correto, pois cada pessoa tem uma leitura da música, pois fala muito o momento que ela está passando. Espero que gostem !!!
O SIGNIFICADO DE ALGUMAS MUSICAS DA LEGIAO
Antes de mais nada, acho bom justif**ar porque essa seção se chama "Depois do Começo". Bom, no encarte do albúm Que País é Este, Renato escreve sobre a música que leva esse nome: "...A letra contém diversas mensagens em código, ideal para quem gosta de descobrir signif**ados secretos em letras de música. Cuidado, entretanto. Interpretar estes versos provavelmente dirá mais sobre que tenta decifrá-los do que propriamente sobre a música em si... "
Pois bem, essa seção tenta "interpretar", de uma forma séria e com base em declarações dos próprios integrantes da banda, algumas curiosidades que estão escondidas atrás das letras de Renato. As músicas estão em ordem alfabética, clicando no nome da canção você tem acesso a letra. Divirta-se!
1º de Julho - Essa música foi composta em 1994 por Renato para Cássia Eller. Depois que a cantora gravou a canção, a Legião a lançou no disco A Tempestade. Além de compor a letra, Renato fez a música também.
1965 (duas tribos) - A música fala sobre tortura na época da ditadura: 'Cortaram meus braços/Cortaram minhas mãos/Cortaram minhas pernas/Num dia de verão'. Renato, em 1994, disse numa entrevista: 'A música fala especif**amente de tortura, e fala dessa idéia toda de o Brasil ser o país do futuro. A gente tem que ser o país do presente, a gente tem que viver o agora'.
1977 - Os dois primeiros versos da letra deram origem a música Tempo Perdido e é uma das músicas que devem fazer parte da caixa que será lançada pela EMI em breve, chamada Material, só com versões inéditas e músicas raras. 1977 foi gravada em estúdio.
A Canção do Senhor da Guerra - Era para fazer parte do terceiro lp da banda, mas por ser muito parecida com outras canções acústicas (a versão elétrica nunca foi aprovada pela banda) eles preferiram não incluir a faixa no disco.
Essa música fez parte de um programa infantil da Rede Globo, chamado "A Era dos Halley's". A Legião também gravou uma espécie de clip, onde aparecem vestidos com umas roupas no maior estilo viking, um verdadeiro horror.
A música foi lançada no disco Música para Acampamentos e existem, pelo menos, três versões diferentes gravadas para ela.
A Dança
A Fonte
A Montanha Mágica
As Flores do Mal
A Tempestade
A Via Láctea
Acrilic on canvas - Renato escreveu para a mesma menina de Ainda é Cedo e quando cita aquele monte de materiais de pintura a sua fonte foi a sua irmã, Carmem que pintava. Acrilic on Canvas é uma técnica de pintura, aqui no Brasil é conhecida como Acrílico sobre Telas. Clique aqui e veja uma tela do artista Luiz Zerbibi que usa essa técnica.
Ainda é cedo
Aloha
Andrea Doria - Nas palavras do próprio Renato Russo: "Andrea Doria é um navio que afundou. A idéia era fazer uma imagem meio E La Nave Va (filme de Frederico fellini, passado num transatlântico)... Na hora de escolher o título da música, fizemos um monte mitologias para a coisa f**ar legal. E, no caso, Andrea Doria é uma menina. A música é um diálogo entre uma menina cheia de vida, alegria e planos, e que sempre me deu força, mas, nesse instante, é quem está derrubada. Têm coisas que ela fala pra mim e têm coisas que eu falo pra ela - o mundo está horrível, mas nós vamos conseguir, vamos juntos, etc. Quando você entra no mundo adulto, se não tomar cuidado, deixa entrar o cinismo, f**a jaded. E a música é uma conversa em cima disso, e termina justamente falando: 'A gente tem toda a sorte do mundo' - sem especif**ar, porque, bem ou mal, a gente não é favelado, não morre de fome. 'Sei que tenho sorte, como sei que tens também'. Esse depoimento foi dado ao cantor Leoni, que o publicou no livro chamado Letra, músicas e outras conversas, de 1998. Renato ainda dizia que Andrea Doria é a mesma coisa de Será, um jovem que quer mudar o mundo, porque está tudo horrível. "Coloca bem a questão da juventude, ter sonhos, fazer planos e esbarrar neste mundo de hipocrisia, de mentira, do capitalismo, de consumismo".
Leia mais sobre a tragédia com o navio Andrea Doria
Angra dos Reis - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Estas (Mais do Mesmo também) foram feita logo após a gravação do "Dois". As letras são as mais recentes entre todas aqui. Este disco junto aos outros dois outros LPs completa o registro da Legião Urbana em sua atual forma."
- No clip da música, que foi gravado, lógico, em Angra dos Reis, Dado não pôde ir junto, pois sua esposa, Fernanda Villa-Lobos, estava grávida. Todas as cenas em que Dado aparece foram gravadas no Rio de Janeiro. No final do clip, sem nenhuma explicação aparente, aparece uma imagem de um bebê na barriga da mãe. Essa imagem é de Miranda, filha de Dado.
Antes das Seis
Anúncio de Refrigerante - Outra preciosidade de Renato Russo, essa canção retrata sua juventude, as ruas de Brasília, os fins de semana na capital federal: - com muitas coisas na cabeça, mas, no bolso, nada. Existe uma versão que rola pr aí, onde Renato canta essa música sozinho, na famosa gravação feita em seu quarto.
Baader-Meinhof Blues - Baader-Meinhof era uma grande organização terrorista alemã da década de 70. O grupo foi responsável por diversos atentados com bomba que mataram centenas de pessoas. A primeira frase da música é "A violência é tão fascinante", daí Renato usou o nome do grupo para intitular a canção. O objetivo da organização era forçar o Estado a reagir com violência também, causando uma situação de caos no país, o que facilitaria uma futura revolução. Bom, os planos do grupo foram por água abaixo.O nome da organização vem dos sobrenomes de dois dos principais terroristas: Andreas Baader e Ulrike Meinhof. Esses militantes da ultra-esquerda morreram na prisão entre 1976 e 1977. Para saber mais, visite o site deles.
Boomerang Blues - Essa música é uma raridade, Renato Russo nunca gravou 'profissionalmente' essa pérola, é uma de suas melhores composições. Foi gravada pelo Barão Vermelho, no disco Declare Guerra, ainda quando Cazuza era o vocalista. Existe uma versão rara de Renato cantando Boomerang Blues em seu quarto. A qualidade do som é satisfatória. Foi nessa k-7 que o jornalista Marcelo Fróes conseguiu recuperar a música e remixa-la e inclui-la no disco Renato Russo Presente
Clarisse
Comédia Romântica - Essa música, do disco Uma Outra Estação, foi feita para Marcelo Bonfá e Dado. Segundo o guitarrista, várias vezes quando Renato tomava um caminho errado (dr**as pesadas, por exemplo) eles avisavam que aquilo era errado, que assim ele estava se autodestruindo. Bonfá falou para o Renato algo que ele não gostou nada de ouvir. Então Renato respondeu: "Eu tenho coragem de ser quem eu sou e mostrar isso pra quem quiser ver... e gosto muito de ser assim". A letra foi toda pensada nessa relação.
Conexão Amazônica - Mais bate-estaca. E dos bons. Assim com "Que País É Este" abriu caminho para temas mais tarde utilizados nas letras do grupo (principalmente no primeiro lp), "Conexão Amazônica", de 1980, definiu a sonoridade característica de grande parte das músicas da Legião Urbana: um ritmo esparso, quase marcial, repetido como um mantra elétrico sobre qual é feito uma variação vocal e instrumental (guitarras e efeitos diversos). Bate-estaca! Esta continua proibida até hoje proibida pela censura por causa da temática. Lembrando que discutir Freud e Jung em mesas de bar aconteça de verdade naqueles tempos (pelo menos em Brasília) e que o tema da música está hoje em todos os jornais e, pasmem, até nas novelas! Gente, até em chamadas do horário infantil (aquele anúncio do pó). Bem, alimento para cabeça nunca vai matar a fome de ninguém, mesmo.
Construção Civil - Essa música nunca foi gravada pela Legião Urbana, existe uma versão dela, cantada por Renato Russo, ainda no Ab**to Elétrico. A gravação feita num show ao vivo, provavelmente na UnB, começa com Renato gritando: "- O nome dessa música é Construção Civil... Yeee! Bonitinho, gostei. F**k!". A gravação tem cerca de 3 minutos meio.
Dado Viciado - Também faria parte do terceiro disco da Legião, mas, para evitar confusões com o guitarrista Dado Villa-Lobos, que não é o personagem citado na canção ela foi cortada. Isto permitiu espaço para a inclusão de Faroeste Caboclo. A música só seria lançada no disco Uma Outra Estação.
- O personagem Dado foi inspirado num primo de Renato, que, segundo o vocalista, era lindo: "Eu era o inteligente, com idéias maravilhosas; e ele era o Adônis, o Davi de Michelangelo, que até hoje tem problemas de dependência química, mas ainda não conseguiu f**ar feio. Até os 13 anos, tivemos uma amizade absurda. Depois, ele seguiu o caminho dele e eu continuei perdidamente apaixonado", declarou Renato numa entrevista.
Daniel na Cova dos Leões - Renato disse certa vez que essa música é um baião e que não sabia se a Legião fazia rock, eles apenas tentavam. "Não foi uma procura de fusão, algo arquitetado por nós. Mas, vimos depois, surgiu naturalmente", afirmou.
- Daniel na Cova dos Leões é a primeira música em que Renato faz referência ao homossexualismo: 'Aquele gosto amargo do teu corpo/ficou na minha boca por mais tempo', Renato fez uma alusão ao s**o oral, deu pra entender?
Depois do Começo - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Nosso Ska, da época do revival Two-Tone, 1982 ou 83. A letra contém diversas mensagens em código, ideal para quem gosta de descobrir signif**ados secretos em letras de música. Cuidado, entretanto. Interpretar estes versos provavelmente dirá mais sobre que tenta decifrá-los do que propriamente sobre a música em si. É conhecida através de uma gravação pirata de um show em Santos em 1983, que circula também em Brasília e no sul do país."
Desemprego
Dezesseis
Do Espírito
Eduardo e Mônica - Renato disse em 1995 que: "Graças à música, acabei me aproximando de um tal Fernando, que tinha chegado de Paris com uma grande coleção de discos - Traffic, Eric Clapton, tudo. Eu morava sozinho e namorava uma menina com filhos, a Lea [Coimbra]. Isso era 77,78. É ela a Mônica da música, e eu sou o Eduardo, só que menos bobo. É, eu lia, não era aquela coisa clube-e-televisão da letra".
- Léo já era artista plástica na época em que os dois se conheceram e, por vários descuidos, sempre aparecia para encontrar Renato "com tinta nos cabelos".
- Sabe aquela frase que Renato fala "Mas a Monica queria ver um filme do Godard"? Pois bem, Jean-Luc Godard nasceu em 1930 na suiça e foi um famoso diretor de filmes. Atuou principalmente nas décadas de 50 e 60 e renovou o cinema na sua época. Aclamadíssimo dirigiu uma das obras-primas do cinema (na opinião de Renato também), o filme Acossado. Clique aqui para ver outras influências de Renato.
Esperando por Mim
Eu Sei - Renato escreveu no encarte do disco: "Duas grandes redes de rádio transmitiram extensivamente uma gravação (pirata por sinal) das apresentações de fim de ano em Brasília, na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional. Quando é hora do set acústico, qual não foi a minha surpresa ao termos grande parte do público chamando por "s**o verbal, s**o verbal"! Esta canção, antes conhecida por "18 e 21" aqui aparece com seu título definitivo. Das nove canções esta, talvez esteja mais próxima do espírito do segundo lp. Foi escrita em 1982, depois do Ab**to Elétrico, pouco antes do aparecimento do Legião Urbana."
Eu era um Lobisomem Juvenil
Fábrica
Faroeste Caboclo - É uma história fictícia inventada e musicada por Renato. Segundo ele, Faroeste Caboclo é uma mistura de Domingo no Parque de Gilberto Gil e coisas de Raul Seixas com a tradição oral do povo brasileiro. "Brasileiro adora contar história e eu também queria imitar o Bob Dylan. Eu queria fazer a minha Hurricane", afirmou em 1990.
- Com duração de nove minutos, apresentada pela primeira vez (sob vaias iniciais dos punks) no Morro da Urca, em 1983. A música é de 1979, anterior a "Eduardo e Mônica"; seguindo a mesma linha: estória completa com personagens, começo, meio e fim. A letra (como todas as outras do disco) permanecem no original, rimas pobres e tudo. (declaração de Renato Russo)
- Sabe aquela hora da letra que fala assim: "O Jeremias, maconheiro sem-vergonha, organizou a Rockonha / E fez todo mundo dançar".
Fátima - Uma das mais belas músicas do Rock brasileiro também foi escrita por Renato Russo e Fê Lemos. Era a música que abria os shows do Ab**to Elétrico e na época era cantada bem mais rápido do que atualmente na voz de Dinho. Tinha cerca de três minutos com o Ab**to. Numa entrevista recente do Fê Lemos a uma rádio de São Paulo, ele disse que tocou a música para Renato e depois de cinco minutos ele já tinha composto toda a letra.
Feedback song for a dying friend - Leia o comentário de Millôr Fernandes sobre a canção que ele acabou traduzindo a pedido de Renato.
- Feedback Song for a Dying Friend Feedback Song for a Dying Friend tem uma música meio árabe, isso porque, na verdade, era para ter servido a uma música chamada Rapazes Católicos. A letra falava sobre religião e o conflito e as guerras santas do oriente médio. A letra foi escrita por Renato na época em que o escritor britânico Salman Rushdie escreveu o livro Versos Satânicos, que causou fúria no mundo islâmico, resultando até mesmo em uma sentença de morte proclamada pelo líder espiritual muçulmano, o Aiatolá Khomeini, que considerou o livro ofensivo para sua religião. Segundo Renato, no programa do Jô, ela teria essa estrofe: "Acho que eu vou ter que te matar / Por causa do teu Deus / Que os cristãos já fazem isso / Há muitos anos". A irmã de Renato Russo, Carmem Teresa, disse que não tinha gostado, e que achava a letra muito pesada. Como Renato ouvia muito a família, desistiu da idéia de gravar a música e hoje ela está engavetada na EMI. A Legião aproveitou a melodia com o trecho árabe e colocou a letra de Feedback Song for a Dying Friend que foi escrita logo após a morte de Cazuza, em 1988.
Ficção Cientifíca - Nunca foi gravada, mas existe uma versão gravada pelo Ab**to Elétrico no mesmo show que foi gravada Construção Civil. E as duas tem o mesmo ritmo, bem punk, com vocais aos berros e um longo solo de guitarra e baixo no meio das duas músicas.
Geração Coca-Cola
Giz - Era a música que Renato mais gostava, a que ele considerava 'completinha'.
Há tempos - Renato costumava dizer que essa música sintetizava todas as outras colocações do disco As Quatro Estações. "Há tempos começa tranqüila; no final eu estou me esgoelando. Mas, quando você vê aquele bando de gente cantando 'Há tempos são os jovens que adoecem', não tem como não se emocionar".
- Quando a música começou a fazer sucesso, alguns críticos chamaram Renato de 'facista' porque ele usou a frase "disciplina é liberdade". Numa entrevista, em 1990, o cantor afirmou: "Eu estou falando de autodisciplina. Se você pensar numa relação sujeito-objeto, é facista; mas, numa relação sujeito-sujeito, não é".
- Essa mesma frase, "disciplina é liberdade", é uma inversão do famoso "double think" do 1984 (livro de George Orwell), que dizia 'Liberdade é escravidão', 'Ignorância é força'. Renato falou: "Se você tiver um conceito legal de liberdade, imediatamente surge uma idéia positiva".
High Noon (Do Not Forsake Me)
"Índios" - Renato disse que escreveu a letra de "Índios" (assim mesmo, com aspas) no estúdio, enquanto eles gravavam o disco Dois. "Têm coisas bem fortes ali... e eu mostrava para o grupo e eles: 'Legal, Renato'. E meu coração ali! Foi uma coisa muito difícil. Eu queria uma resposta e ela não vinha"
L'Avventure
L' âge d' or - No progama Invasão da Cidade, em 1992, Renato disse que o nome da música quer dizer "A Idade do Ouro" em francês. E, segundo ele, a letra é uma brincadeira sobre o que estava rolando naquela época.
La Maison Dieu
La Nuova Gioventú
Leila - Uma das músicas em que Renato é mais explicito em relação ao seu homossexualismo. Em certa parte da canção o seguinte trecho chama a atenção: "E você [se referindo a Leila, personagem da música] diz daquele seu jeito: - Ai, preciso de um homem / E eu digo: - Ah, Leila! Eu também / E a gente ri"
Longe do Meu Lado - "Ah, a sacarina do Bonfá! Ah, essas músicas que o Bonfá me manda! Aí, todo mundo acha que eu é que faço essas coisas, e que eu é que sou o melancólico do grupo! Eu tenho essa fama. Isso vem mais das letras. As minhas coisas são as coisinhas mais pop, mais bundas, mais pretensiosas e mais metidas a besta. O Bonfá é que faz Vento no litoral. Mas é preciso... Esta música é você utilizar o meio mais romântico para dizer 'Eu não quero estar apaixonado'. Sabe, são certas sutilezas. Esse cara está é louco, está se perdendo de paixão. Aí as pessoas pensam que isso sou eu, entendeu?", Renato Russo sobre a música.
Love in The Afternoon - "Esta música foi feita para o Luís, um amigo. A gente chegou a namorar um tempo. Ele morreu baleado por uns sujeitos estranhos, na saída de uma boate em Campo Grande, onde costumava ir. Isso é uma coisa terrível".
- "É uma música que foi escrita para diversas pessoas e, quando o Kurt Cobain morreu, a gente pensou assim: 'poxa, mas se encaixa direitinho'. Na verdade, esta música foi feita para todas as pessoas que vão embora cedo demais".
Love Song
Mais do mesmo - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Estas (se refere também a Angra dos Reis) foram feita logo após a gravação do "Dois". As letras são as mais recentes entre todas aqui. Este disco junto aos outros dois outros LPs completa o registro da Legião Urbana em sua atual forma."
Marcianos Invadem a Terra
Mariane
Maurício
Meninos e meninas
Metal contra as nuvens
Metrópole
Mil Pedaços
Monte Castelo - A letra foi adaptada do Soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), poeta português renascentista que também escreveu "Os Lusíadas". Mas boa parte vêm do Coríntios 13 da Bíblia.
Música Ambiente
Música de Trabalho
Música Urbana - Também fazia parte das canções do Ab**to Elétrico e acabou f**ando com o Capital após o rompimento de Renato Russo e Fê Lemos.
Música Urbana 2
Natália
O Descobrimento do Brasil
O Livro dos Dias
O Mundo Anda tão Complicado
O Passeio da Boa Vista
O Reggae
O Teatro dos Vampiros
Os Anjos
Os Barcos - Renato disse sobre essa música que ela fala de 'um outro alguém', o someone else do Jimmy Webb, cantado pelo Art Garfunkel. Tudo bem, essa eu também não entendi.
Pais e filhos
Perdidos no espaço - Perdidos no Espaço foi um seriado bem popular da década de 60, quando Renato era criança.
- "E era como se jogassem Space Invaders" :: Space Invaders foi um dos jogos eletrônicos mais famosos de todos os tempos, além do fliperama, ganhou uma versão para o antigo Atari. O objetivo era matar as naves inimigasque queriam pousar na terra, onde você estava, atirando neles que desciam cada vez mais rápido.
Perfeição - A música foi feita por Marcelo Bonfá e quando Renato escutou pensou logo na letra dela, falando do momento que o país passava e que pelo jeito não mudou muito de lá pra cá. Escute um depoimento de Renato Russo sobre essa música.
Petróleo do futuro
Plantas embaixo do aquário
Por enquanto
Quando você Voltar
Quando o sol bater na janela do teu quarto - Segundo Renato, esta música tem uma sonoridade dos anos 60 e termina com uma guitarrinha à la Byrds. "Até bem pouco tempo atrás, a gente realmente acreditava que poderia mudar alguma coisa. Depois, percebemos que não ia dar mais para mudar, mas continuamos acreditando", disse.
Quase sem querer
Que país é este - Essa pergunta, não é uma pergunta, é uma exclamação!
- Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "É uma das arcas registradas da Legião Urbana junto com "Geração Coca-Cola", escrita em 1978 para o então Ab**to Elétrico e, mais tarde, incorporada definitivamente ao repertório da Legião. Com seu ritmo tribal e seus três acordes, foi a música de abertura de virtualmente todas as apresentações ao vivo da banda, também por ser ideal para passar na passagem do equilíbrio do PA (power amplif**ation) e do som no palco. Seu refrão (com direito a ô, ô, ô, ô e participação do público) é simples, direto e ef**az. Nunca foi gravada antes porque sempre havia a esperança de que algo iria realmente mudar no país, tornando-se a música então totalmente obsoleta. Isto não aconteceu e ainda é possível se fazer a pergunta do título, sem erros. Jimmy Page dizia que o bom do rock é que não se aprende na escola. Outros atacam: "para ser roqueiro basta pendurar uma guitarra no pescoço e sar por aí, fazendo a música mais primária do mundo". Oras, mas é este mesmo o espírito da coisa! O ataque continua: "O rock é isso mesmo, um bate-estaca. A coisa mais elementar que existe, mais primitiva, menos inventiva que pode acontecer. O rock não é novidade, é uma imposição, uma ditadura. É um sistema estético com a intenção de embotar a cabeça do jovem. Som, pois se você f**a com aquele bate-estaca o dia inteiro na cabeça, você se esquece da realidade que o cerca, de coisas realmente importantes". Dois apartes aqui. Realmente o rock não pode ser novidade já que é uma forma musical que nasceu em 1955, não te mais de trinta anos portanto. Bate-estaca ou não juvenil ou não, preste atenção à letra de "Que País É Este". Não nos parece coisa de gente que esqueceu da realidade que a cerca. Comparar o rock com ditadura? Que país é este? Quem é Jimmy Page?"
Química - Essa foi a música que abriu as portas para a Legião. Gravada pelos Paralamas, no seu primeiro disco, a letra chamou a atenção de Jorge Davidson, ex produtor musical da EMI, um dos responsáveis pela contratação da Legião pela gravadora. Foi ele quem ouviu as primeiras fitas demos do grupo e chamou a Legião para gravar um disco.
- Química f**aria marcada como o estopim que acabou com o primeiro conjunto de Renato, o Ab**to Elétrico. Numa discussão, Fê Lemos, baterista do grupo, disse que a música era horrível e que Renato estava perdendo "sua capacidade de fazer músicas". Foi a última vez que o Ab**to se reuniu.
- Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Também gravada em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez), está aqui em uma versão diferente da que foi incluída nas cópias cassete do segundo lp. Grito de guerra dos vestibulandos, escrita em 1981 para violão e voz."
- No final da letra existe uma expressão "Belsen Tropical". Belsen era um campo de concentração da Alemanha Nazista.
Riding Song
Sagrado Coração
Schubert Länder
Se fiquei esperando o meu amor passar
Sete cidades
Será
Sereníssima
Só Por Hoje - É o lema dos Narcóticos Anônimos, a música foi composta na época em que Renato estava se desintoxicando.
Soldados - Foi a primeira música com "sensibilidade gay" da Legião, segundo o próprio Renato. "Quem vai dizer agora o que eu não fiz?/Como explicar pra você o que eu quis"
- Inspirada em dois flmes de guerra (Nada de Novo no Front e Gallipoli), a música surgiu meio que sem querer, com o Bonfá brincando na bateria e o Dinho, do Capital, tirando umas notas no baixo.
Soul Parsifal
Tédio (com um T bem grande p'ra vocês) - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "A terceira música da época em que Renato Russo tinha o Ab**to Elétrico (muda o nome desse conjunto, meu filho). Sempre quisemos ter uma música entre parênteses. Algo como "(I Cant't Get No) Satisfaction" ou então "(baby, I'm On) Fire". Faz parte da primeira leva: é de 1979 e totalmente boba. Gravada em primeiro take é ótima para festas e era uma espécie de hino dos punks de Brasília naquela época. Os mais modernos podem cantar Césio com um C, se desejarem. Só não foi incluída no primeiro disco por que achamos que deveríamos falar sobre coisas mais sérias. Soldados, por exemplo. Na verdade, foi mesmo porque o Biquíni Cavadão já tinha gravado uma música com o mesmo nome."
Tempo Perdido
Teorema
Travessia do Eixão
Uma Outra Estação
Um dia Perfeito
Vamos fazer um Filme
Vento no litoral - Renato Russo deu a seguinte entrevista para a Folha de S. Paulo onde fala sobre a música: "eu vivi uma relação muito intensa, muito difícil com um americano. Ele vivia no gueto de São Francisco - era gay de carteirinha. Ele veio para o Brasil - ele era lindo, louro - e as meninas deram em cima. Aí veio aquela coisa de macho, porque todo homossexual masculino é macho, não adianta. Ele era dependente químico também, a gente viveu uma relação Sid & Sid. Ele, de speed, e eu, de álcool e tranqüilizantes. "Vento no Litoral" fala justamente disso: "Lembra que o plano era f**armos bem", era o nosso plano. Só que não deu certo". O americano que ele fala é Scott, a grande paixão de sua vida.
- Vento no Litoral foi trabalhada, a princípio, para fazer parte do disco As Quatro Estações, quando Negretti ainda fazia parte da banda. Após a saída do baixista, os outros três integrantes regravaram a faixa mas só a utilizaram no lp V.
País e filhos abordava o suicídio de uma menina que se jogou da janela do quinto andar; ele relatou isso no Programa Livre, de 1994.
Sobre Giz, é uma música que remete à infância do Renato, no Rio, especialmente quando falava:" Desenho toda a calçada, acaba o giz, tem tijolo de construção; eu rabisco o sol que a chuva apagou".
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