14/11/2024
Instituições de ensino privadas apoiam a decisão unânime da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) de aprovar projeto de lei que bane celular em instituições de ensino do estado, tanto em aulas como nos recreios e intervalos. Mas há temor sobre a implementação.
"É bem-vinda a decisão. Trata-se de um movimento orientador, em um ambiente que faltava regulação estatal", afirma Daniel Helene, coordenador pedagógico da Escola Vera Cruz. "O projeto de lei também acerta ao não reproduzir o equívoco de que o problema dos celulares é das escolas. É algo muito maior, e as escolas ajudam a pautar."
Segundo ele, o Vera Cruz está vivendo um experimento sem celulares "sem crises". A estratégia que eles usaram foi convidar os alunos para a roda de conversa, para que eles participem das decisões de como seria a implementação.
"Todas as pesquisas indicam o impacto favorável que o banimento causa, e, por isso, sou favorável. Porém, é importante notar que a tecnologia, sob orientações dos professores, é um recurso importante para a pedagogia", diz Wagner Borja, diretor da Escola Nossa Senhora das Graças. Lá, alunos a partir do ensino fundamental 2 devem depositar o celular em caixas antes da aula.
O projeto define que o uso de aparelhos eletrônicos é permitido para fins pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação. A lei fala em proibição de "aparelhos eletrônicos portáteis pessoais, inclusive telefones celulares", mas não especifica o uso de tablets.
Esses impasses causam receios. "Proibir o uso de dispositivos na educação é problemático, pois uma proibição é uma medida generalizadora e traz desafios de implementação", diz Claudia Tricate, diretora do Colégio Magno.
"A lei apenas decreta a restrição, mas não fornece diretrizes práticas, deixando para as escolas a responsabilidade de cumprimento, sobrecarregando professores e dificulta a gestão."
Via:
Matéria completa está disponível em link da bio e nos stories!