21/07/2021
Após Gleisi Hoffmann, Manuela D'Ávila aparece como morta em cadastro no SUS
No cadastro da ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) no Sistema Único de Saúde (SUS) consta que ela está morta desde 2018.
De acordo com Manuela, ela ficou sabendo quando foi se vacinar contra a covid-19 há uma semana. O mesmo aconteceu com a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT/PR) recentemente e com o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (Psol).
Nas redes sociais, Manuela compartilhou uma foto da página dela no SUS na qual é possível ver uma data de óbito: 14 de outubro de 2018. A ex-candidata à vice-presidência da República disse acreditar que o erro pode ter ocorrido após um suposto ataque hacker em 2019, quando dados pessoas de 2,4 milhões de pessoas foram vazados. Ela informou que percebeu o erro quando foi se vacinar, em 7 de julho. Na ocasião, os profissionais de saúde fizeram um registro manual.
"No dia em que fui me vacinar, fiquei algumas horas na fila, emocionada. Quando foram preencher meu cadastro, não encontraram meus dados. Imaginei que podia ser algo relacionado à legislação sobre figuras politicamente expostas. Depois de ler, me lembrei do ataque hacker em que haviam mudado meu nome e de meu pai. Pois bem, aí está: eles me mataram depois do 1º turno da eleição de 2018", afirmou. Nas eleições daquele ano Manuela concorreu à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT). "Tenho uma notícia para dar: estou vivinha da silva e na luta, apesar das ameaças permanentes que fazem. Vamos ver o Brasil feliz novamente", afirmou.
Manuela ainda disse que entrará na Justiça. "Sobre a alteração do meu cadastro no Ministério da Saúde: ingressarei com ação judicial para que seja corrigida a minha inscrição no SUS. Além disso, espero que seja responsabilizada a pessoa que praticou o crime de adulteração. Para tanto, estamos estudando medidas cabíveis", disse.