01/12/2022
10 CURIOSIDADES MALUCAS SOBRE DIABETES
Conheça o histórico de uma das doenças mais antigas da civilização humana
1. O boom de diabetes na China
A China é um dos países que possui maior concentração de casos de diabetes tipo 2 no mundo. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, a expectativa é que o número de pacientes diagnosticados com o distúrbio pode aumentar mais de 60 milhões em 2045. Atualmente o país tem mais de 114 milhões de diabéticos.
2. A relação com a obesidade
Aproximadamente 90% das pessoas com diabetes tipo 2 são obesas. Sabe por que?
As pessoas que estão acima do peso são mais propensos a desenvolver diabetes, pois a gordura requer mais insulina. Portanto, as células de gordura liberam ácidos graxos livres que interferem no metabolismo da glicose e as pessoas com sobrepeso têm menos receptores de insulina disponíveis.
3. Não é mais doença de gente grande
O diabetes era conhecido por ser uma doença que atingia principalmente adultos, mas o quadro mudou. Nos últimos anos, sua incidência entre crianças aumentou bastante. Não é coincidência, uma vez que esse aumento tenha acompanhado o crescimento do índice de obesidade infantil. Estima-se que aproximadamente 1/3 das crianças de 5 a 9 anos no Brasil está com excesso de peso.
A região sudeste predomina, com 38,8% das crianças acima do peso, seguida pelas regiões sul (35,9%), centro oeste (35,1%), nordeste (28,1%) e norte (25,6%). Os principais responsáveis por esses resultados são a alimentação repleta de industrializados e pobre em nutrientes. Além disso, o estilo de vida mais sedentário contribui para o sobrepeso.
4. O primeiro registro sobre o diabetes
A primeira menção de uma doença que hoje reconhecemos como diabetes tipo 2 é o Papiro Ebers. Ele foi descoberto em 1872, no Egito, pelo alemão Gerg Ebers e sua origem é estimada de 1500 a.C.. Nele, é caracterizada uma doença que causava produção freqüente e abundante de urina e sugeria alguns tratamentos à base de frutos e plantas.
5. A formalização do diabetes
Foi apenas no século II d.C., na Grécia Antiga, que o distúrbio recebeu o nome de Diabetes. Aliás,
este termo se atribui à Araeteus, discípulo de Hipócrates, e significa “passar através de um sifão”. Isso porque a poliúria — a frequente produção de urina, que caracterizava a doença — assemelhava-se à drenagem de água através de um sifão. Araeteus observou também a associação entre poliúria, polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome excessiva) e astenia (fraqueza).
A nomenclatura que diferencia os tipos de diabetes também vem da concentração de glicose na urina. O termo mellitus (mel, em latim) e insipidus — para pacientes que produzem urina também abundante, clara, mas não adocicada — foram sugeridos no século XVIII por Cullen.
Dessa maneira, em meados do século XIX foi sugerido, por Lanceraux e Bouchardat, que existiriam dois tipos de diabetes, um em pessoas mais jovens, e que se apresentava com mais gravidade, e outro em pessoas com mais idade, de evolução não tão severa, e que surgia mais frequentemente em pacientes com peso excessivo.
6. Doçura da urina
Médicos indianos foram os primeiros a observar que pacientes diabéticos tipo 2 produzem urina mais doce do que outras pessoas, seguidos por chineses e japoneses. Eles notaram que havia maior concentração de formigas e moscas em volta da urina de pessoas com diabetes.
Isso foi confirmado apenas no século XVII, na Inglaterra, quando Willis provou a urina de um paciente e disse que era “doce como mel”. Depois disso, também na Inglaterra, Dobson aqueceu a urina até o ressecamento, observando a formação de resíduo açucarado, no século XVIII.
7. Trancafiados para tratamento
Um dos maiores problemas encontrados pelos médicos no tratamento de pacientes diabéticos sempre foi a sua dificuldade em seguir dietas. Essa dificuldade já era tanta que, no século XIX, um importante médico italiano, Cantoni, costumava trancar seus pacientes a chave para controlar sua alimentação. Já Bernard Naunyn, médico alemão discípulo deste método, trancava seus pacientes em seus quartos por até 5 meses, a fim de obter urina livre de açúcar.
8. Amputações que poderiam ser evitadas
Há aproximadamente 86.000 amputações de membros inferiores em diabéticos tipo 2 nos Estados Unidos a cada ano. Com taxas mais elevadas entre os homens do que entre as mulheres, especialistas acreditam que quase metade de todas as amputações poderiam ter sido evitadas com exames e educação adequados.
9. Disfunção erétil
Homens com diabetes tipo 2 estão em maior risco de disfunção erétil do que os homens não-diabéticos. Aproximadamente 50-60% dos homens com diabetes acima dos 50 anos têm problemas com a disfunção.
10. Por outro lado…
As mulheres com diabetes tipo 2 são mais propensas a desenvolver infecções vaginais do que as não-diabéticas. Por causa de seus níveis elevados de glicose.
Impressionado? Já imaginou ser trancado por seu médico? Ainda bem que as técnicas mudaram bastante desde aquele tempo! E vamos em frente, para novas descobertas científicas que facilitem ainda mais a convivência com o diabetes!