Eduardo Roque

Eduardo Roque Todo terreiro é um kilombo

Nosso propósito não é proclamar qual forma de umbanda está certa ou errada, mas sim iluminar as diversas maneiras de cultuar nossos mortos e a riqueza de opiniões que permeiam esses rituais. Aqui, celebramos a diversidade de crenças e práticas, promovendo um espaço inclusivo onde diferentes vertentes da umbanda podem ser exploradas e compreendidas. Somos um ponto de encontro para aqueles que desej

am aprender, trocar experiências e expandir seus conhecimentos sobre essa religião tão rica em simbolismo e tradição. Através de artigos, entrevistas, vídeos e debates, buscamos oferecer uma visão ampla e respeitosa das múltiplas faces da umbanda, valorizando cada uma delas como expressões legítimas de espiritualidade. Seja você um praticante experiente, alguém em busca de entendimento ou simplesmente alguém curioso para conhecer mais sobre a umbanda, convidamos você a explorar conosco as muitas nuances dessa religião que tanto enriquece nossa cultura e nossa compreensão do mundo espiritual.

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A espiritualidade ancestral é a história de nossas lutasA presença dos Pretos Velhos e das entidades indígenas na Umband...
10/12/2024

A espiritualidade ancestral é a história de nossas lutas

A presença dos Pretos Velhos e das entidades indígenas na Umbanda e em algumas vertentes do Candomblé não é meramente um resgate simbólico, mas uma afirmação poderosa da continuidade histórica e espiritual de povos que, mesmo sob as condições mais desumanas, mantiveram suas práticas, sua fé e sua humanidade. A escravidão e o g3noc1di0 indígena, que marcaram profundamente a história do Brasil, não foram apenas processos de violência física, mas tentativas de apagar culturas inteiras, aniquilando suas línguas, suas crenças e suas cosmologias. No entanto, esses povos encontraram na espiritualidade um espaço de resistência e reconstrução, que reverbera até hoje.

A visão preconceituosa do Espiritismo clássico sobre essas entidades, descritas como “primitivas” ou “selvagens,” reflete a influência de uma mentalidade eurocêntrica que dominou grande parte do pensamento religioso e científico do século XIX, quando o Espiritismo surgiu. Essa perspectiva não apenas ignora a profundidade e a complexidade das práticas espirituais afro-indígenas, mas também revela um viés de classe e de raça profundamente enraizado. Para o pensamento colonial, a cultura europeia era o ápice da civilização, enquanto as demais culturas eram avaliadas sob critérios que desprezavam suas especificidades e contextos próprios.

A afirmação de que os povos africanos e indígenas eram "primitivos" desmorona diante de qualquer análise séria. Antes da colonização, as nações indígenas da América tinham sistemas sociais, políticos e econômicos complexos, com exemplos emblemáticos como os maias, astecas e incas, que desenvolveram cidades-estado altamente organizadas, calendários precisos, práticas agrícolas sofisticadas e uma arquitetura monumental. Na África, reinos como o Mali, Songhai e Benin foram centros de saber, comércio e cultura, muito antes do contato europeu.

Mesmo assim, a violência colonial desumanizou esses povos, usando a religião como justificativa para sua submissão. No Brasil, a escravidão africana foi acompanhada pela tentativa de conversão ao catolicismo, enquanto os povos indígenas eram classificados como infiéis ou incapazes. Entretanto, a resistência cultural foi vigorosa. As práticas religiosas de matriz africana, por exemplo, reinventaram-se no sincretismo, que, longe de ser simples assimilação, foi uma estratégia para manter vivas as tradições ancestrais sob a vigilância dos colonizadores.E hoje essa pratica já é totalmente dispensavel.

A espiritualidade afro-indígena não é apenas um legado religioso; ela é também um ato político. A presença dos Pretos Velhos e dos Caboclos na Umbanda não apenas afirma a continuidade espiritual, mas reivindica a memória histórica desses povos. É uma maneira de dar voz e protagonismo àqueles que foram sistematicamente silenciados. As práticas e ensinamentos desses espíritos carregam, muitas vezes, mensagens de cuidado com a comunidade, de valorização da natureza e de justiça social – valores que desafiam a lógica individualista e predatória do capitalismo contemporâneo.
Os espaços como o Museu de Arte Pré-Colombiana, ou mesmo iniciativas locais de preservação de culturas afro-indígenas no Brasil, revelam o quão importante é resgatar essas histórias para além da espiritualidade. Esses locais são evidências materiais da sofisticação e da riqueza cultural desses povos, mas também testemunhos de uma violência histórica que ainda ressoa nas desigualdades raciais e sociais contemporâneas.

O reconhecimento da espiritualidade afro-indígena passa necessariamente pela luta contra o racismo estrutural e a defesa dos territórios e direitos dos povos originários. A destruição ambiental, os ataques aos direitos indígenas e a perpetuação de estereótipos raciais são formas modernas de colonialismo. Homenagear os Pretos Velhos e Caboclos não é apenas um ato de respeito espiritual; é um chamado à ação em defesa das comunidades que ainda sofrem as consequências da colonização.
A espiritualidade ancestral também nos ensina sobre o cuidado com o planeta e a interdependência entre seres humanos e natureza. A visão telúrica dos povos indígenas, por exemplo, nos lembra que a espiritualidade não pode ser dissociada da prática cotidiana e da preservação da vida. Essa conexão com o sagrado, expressa na relação com a terra e os elementos naturais, é um antídoto contra a visão fragmentada e exploratória que domina as sociedades industrializadas.

A celebração da espiritualidade afro-indígena exige mais do que um reconhecimento simbólico; ela requer uma reconciliação histórica que passe pelo enfrentamento do racismo, pela valorização das culturas tradicionais e pela garantia de direitos territoriais e culturais. O que esses espíritos nos ensinam, a partir de sua vivência terrena e agora no plano espiritual, é que o verdadeiro progresso humano não está na negação da diversidade, mas na sua celebração e integração.

Assim, honrar esses ancestrais é, também, uma forma de transformar o presente, promovendo um futuro onde todas as vozes e culturas sejam respeitadas como parte essencial da humanidade.

Tata Eduardo Roque
Sacerdote e Psicologo

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05/12/2024

O Sacerdote como Guardião da Tradição e da Resistência Ancestral.

Nas religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, o sacerdote ocupa um lugar central na preservação da identidade cultural e espiritual de um povo cuja história foi marcada pela diáspora forçada e pela escravidão. Mais do que um líder religioso, ele é o guardião de uma tradição que atravessa gerações, resistindo às adversidades impostas por um sistema que tentou apagar sua existência. Esse papel não apenas mantém viva a memória coletiva, mas também fortalece os vínculos comunitários e a resistência cultural.

A história dos povos africanos escravizados no Brasil é uma história de apagamento forçado, onde idiomas, costumes e espiritualidades foram sistematicamente atacados. Nesse contexto, os sacerdotes desempenharam um papel crucial na manutenção das práticas religiosas, que se tornaram verdadeiras trincheiras de preservação identitária. A oralidade, característica central dessas tradições, garantiu que os conhecimentos ancestrais fossem transmitidos mesmo em meio à opressão. Por meio dos cantos, danças, mitos e rituais, os sacerdotes não apenas preservaram a religiosidade, mas também mantiveram viva a essência de uma cultura que se recusava a desaparecer.

O sacerdote, ao conduzir rituais e interpretar os ensinamentos ancestrais, torna-se também um contador de histórias. Cada oferenda, cada roda de dança, cada consulta aos orixás ou entidades espirituais é um ato de rememoração e resistência. Ele atua como mediador entre o mundo físico e o espiritual, mantendo o equilíbrio e promovendo a cura, não apenas em um sentido individual, mas comunitário. Assim, a figura do sacerdote transcende a religiosidade para ocupar um espaço político e cultural.

Além disso, o sacerdote nas religiões de matriz africana enfrenta desafios contemporâneos, como o racismo estrutural, a intolerância religiosa e a marginalização social. A perseguição às práticas religiosas afro-brasileiras, desde os tempos coloniais até os dias atuais, torna o papel do sacerdote ainda mais desafiador. Ele deve proteger os terreiros, que são não apenas espaços sagrados, mas também refúgios para a comunidade negra. Nesses espaços, a espiritualidade se entrelaça com a luta por direitos e reconhecimento.

Outro aspecto crucial da atuação do sacerdote é sua função educativa. Ele é responsável por ensinar os fundamentos da tradição a novos adeptos, garantindo que os valores, histórias e práticas sejam compreendidos e respeitados. Esse trabalho exige paciência e dedicação, pois as tradições não se limitam ao âmbito religioso, mas abrangem aspectos éticos, sociais e culturais.
O sacerdote representa, portanto, a resistência de um povo que encontrou na espiritualidade a força para sobreviver e se reerguer. Ele é a ponte entre o passado e o presente, carregando nas mãos a história de um continente, de um povo e de uma luta. Sua missão não é apenas espiritual, mas também cultural, política e social, perpetuando um legado que reverbera a força e a resiliência de seus ancestrais.

Tata Eduardo Roque
Sacerdote e Psicologo

A Violência Silenciosa: Quando a Idade Não JustificaA figura do idoso é frequentemente romantizada, vista como símbolo d...
04/12/2024

A Violência Silenciosa: Quando a Idade Não Justifica
A figura do idoso é frequentemente romantizada, vista como símbolo de sabedoria e experiência. No entanto, é importante reconhecer que a idade avançada não torna alguém imune a comportamentos agressivos ou violentos. Muitos acreditam que atitudes rudes ou violentas de pessoas mais velhas devem ser toleradas ou justificadas, mas essa ideia pode ser fruto de um ciclo de violência enraizado na dinâmica familiar.
Crescer em um ambiente onde os mais velhos agem de forma autoritária e os mais novos são ensinados a se calar gera padrões que se perpetuam. Essas famílias, muitas vezes, carregam a crença de que é normal aceitar a falta de respeito e a agressividade como parte da convivência com os mais velhos. Esse comportamento, no entanto, não deve ser aceito como algo inerente à idade ou ao desgaste emocional que pode vir com o passar dos anos.
A normalização dessa violência tem efeitos profundos: filhos e netos que internalizam que não têm o direito de responder ou se defender podem crescer com baixa autoestima, dificuldades de estabelecer limites e a falsa ideia de que amor e respeito incluem tolerar abusos. Por outro lado, o idoso que recorre à violência pode estar expressando frustrações não resolvidas ou reproduzindo o que aprendeu em sua própria criação.
Enfrentar essa questão exige coragem para quebrar o ciclo. Respeitar o idoso é essencial, mas respeitar não significa aceitar abusos. É preciso compreender que a convivência harmoniosa se baseia em reciprocidade e diálogo, não em permissividade ou medo. Reconhecer e lidar com essas questões pode ser um caminho para a cura de famílias que, durante gerações, confundiram amor com silêncio diante da dor. A mudança começa ao perceber que todos têm direito a um ambiente respeitoso, independentemente da idade.
Tata Eduardo Roque
Sacerdote e Psicologo
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04/12/2024

01/12/2024

jeca macumbeiro
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São José Dos Campos, SP

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