30/12/2024
Demora no Atendimento na UPA JK no Eldorado Expõe Problemas na Gestão da Saúde em Contagem
Por Marco Speziali
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA JK) do bairro Eldorado, em Contagem, se tornou palco de indignação na noite de ontem (29), por volta das 18h, devido a uma sequência de problemas que expõem fragilidades na gestão do sistema de saúde municipal.
Um paciente visivelmente em estado grave foi obrigado a esperar mais de duas horas para ser atendido. O atraso gerou revolta entre os demais usuários, que consideraram a situação inadmissível. Segundo relatos, a equipe da portaria parecia desmotivada e despreparada, sem se dispor a auxiliar pacientes que necessitavam de cadeiras de rodas para se locomover, agravando ainda mais o clima de insatisfação.
Outro ponto que chamou a atenção foi a abordagem de um funcionário a um paciente que ocupava uma cadeira reclinável, equipamento projetado para proporcionar maior conforto. O funcionário exigiu que o paciente não usasse a cadeira em sua posição reclinada, sob a justificativa de que isso dificultaria o andamento do atendimento, mesmo que a área estivesse devidamente destinada para tal uso.
Além disso, denúncias apontam que pessoas mais velhas, teoricamente prioritárias no atendimento, estavam sendo preteridas em favor de pacientes mais jovens. Apesar de todos portarem a mesma classificação de risco (pulseira verde), a ordem de atendimento não parecia seguir os critérios estabelecidos pelo sistema de triagem.
A prefeita Marília Campos enfrenta, com esses episódios, um desafio significativo em sua gestão. A organização e o bom funcionamento das unidades de saúde são pilares fundamentais da confiança da população na administração pública. O descaso registrado na UPA Eldorado pode ter impactos políticos e sociais graves caso providências não sejam tomadas com urgência.
É fundamental que as regras de triagem e atendimento sejam seguidas à risca, garantindo a prioridade para quem realmente necessita. Além disso, é imprescindível que a equipe da unidade receba capacitação adequada e que o atendimento humanizado seja retomado como uma prática padrão.
Em um momento em que a saúde pública é uma das principais demandas da população, a prefeita Marília Campos precisa agir rapidamente para reorganizar o sistema, recuperar a credibilidade do serviço e assegurar que situações como essa não voltem a acontecer. Afinal, a saúde é um direito de todos e precisa ser tratada com respeito e seriedade.
Campos
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