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Nada é para sempreNão é saudosismo. De vez em quando bate aquela saudade de um site do qual você era fã em 2013? Pois é,...
30/05/2024

Nada é para sempre

Não é saudosismo. De vez em quando bate aquela saudade de um site do qual você era fã em 2013? Pois é, caro (a)s internautas, nem tudo que está na rede é eterno e, é mesmo muito provável que alguns dos seus endereços queridinhos online tenham sumido para sempre. Cerca de 25% de todos os sites, que estavam disponíveis há 10 anos, são impossíveis de serem acessados hoje. Além disso, 1/4 de todas URLs que existiram entre 2013 e 2023 desapareceram completamente da internet.
Decadência digital é o termo que os pesquisadores da Ong britânica Pew Research Center criaram para o encolhimento do mundo virtual. Entre notícias, artigos da Wikipédia, sites de governos, tuítes e redes sociais inteiras, esse fenômeno traduz o processo de reciclagem no ambiente virtual. Querem mais dados? Pois saibam que 8% dos sites ativos no ano passado já não podem mais ser acessados. Já 20% dos tuítes desaparecem poucos meses depois de serem postados por motivos que vão desde a conta ter se tornado privada até simplesmente ter sido deletada.
Com o desaparecimento dos conteúdos, f**a mais difícil verif**ar informações ou encontrar dados confiáveis. A falta de evidências abre muitas brechas para a divulgação de fake news sobre o passado. É um perigo real: mais de dois milhões de artigos científicos, páginas de notícias antigas e até decisões da Suprema Corte americana exibem hoje a famosa tarja ERROR 404: Page Not Found.

DevoçãoHoje, o povo cigano festeja Santa Sara Khali, sua padroeira, em Sainte Marie de la Mer, na região da Camargue, no...
24/05/2024

Devoção

Hoje, o povo cigano festeja Santa Sara Khali, sua padroeira, em Sainte Marie de la Mer, na região da Camargue, no sul da França. Foi lá, segundo antigas lendas, onde atracou a barca que ficou tempos à deriva com a santa em seu interior.

Considerada pela igreja católica santa de culto local, pois nunca passou pelo processo de canonização, Sara está ligada à história das tradições cristãs da Idade Média, ao culto às virgens negras. Não se conhece a razão exata que levou os ciganos a elegerem Santa Sara como padroeira, mas foi ela quem converteu os ciganos ao cristianismo.

Todo acampamento cigano tem uma estátua da virgem negra depositada num altar de uma das tendas cercadas por velas, incenso, flores, frutas e alimentos. Conta-se também que os restos mortais de Sara foram encontrados por um rei, em 1448, e depositados na cripta da igreja do vilarejo francês.

É lá que na madrugada de 24 de maio milhares de ciganos de quase todas as regiões da Europa, África, Oriente e dos quatro cantos do mundo se reúnem para homenageá-la.

Optchá! (que signif**a Ela ri, no dialeto romani)



InesquecívelHoje, Charles Aznavour completaria 100 anos. Lenda da canção francesa será homenageado em diversos shows atr...
22/05/2024

Inesquecível

Hoje, Charles Aznavour completaria 100 anos. Lenda da canção francesa será homenageado em diversos shows através da França. Intérpretes de várias idades e estilos relembrarão canções que o notabilizaram pelo mundo afora.
A data marca também o lançamento da caixa reunindo 100 CDs com a obra completa do artista, em clássicos cantados em francês, inglês, espanhol, italiano e alemão.
Charles Aznavour compôs mais de 600 canções e vendeu mais de 100 milhões de discos. Foi um dos poucos artistas franceses a fazer sucesso nos dois lados do Atlântico. As canções dele não só fizeram parte da trilha sonora de gerações, como ainda influenciam jovens cantores que despontam em seu país.
Aprendi muitas letras dele nas aulas de francês com Madame Isaurá, no antigo ginásio. Mas o maior privilégio foi assisti-lo, na fila do gargarejo, no imponente Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Os ingressos foram presente de meu saudoso pai, homem amante da música, filmes e livros, pela passagem do meu 23° aniversário. Foi uma noite mágica.
Merci, M. Aznavour. Vous êtes inoubliable.

ChocadaA disputa mal começou. Provavelmente, será longa e midiática. É o que se diz no popular “uma briga de cachorro gr...
21/05/2024

Chocada
A disputa mal começou. Provavelmente, será longa e midiática. É o que se diz no popular “uma briga de cachorro grande”. A atriz norte-americana Scarlet Johansson acusou a empresa Open IA, detentora do uso da ferramenta ChatGPT, de apropriação de voz sem autorização. De acordo com a artista, uma das vozes da nova versão do chatbot, o ChatGPT-40, a Sky, seria a dela.
Na segunda-feira, dada a repercussão do caso nos Estados Unidos, a suposta voz da atriz foi retirada do aplicativo. Mas, a novela não é recente. Teria começado em setembro do ano passado, quando Sam Altman, CEO da Open IA, procurou Johansson propondo que ela emprestasse a voz à Sky. A atriz assegura que recusou. Contudo, em meados de maio, quando foi lançada, a nova versão do aplicativo teria confundido até mesmo os amigos e parentes da atriz, dada a incrível semelhança com o timbre vocal dela, segundo declarou ao jornal The Washington Post. “Estou chocada!”, declarou. De seu lado, Altman defendeu-se alegando ser a voz causadora da contenda a de uma dubladora, selecionada de uma lista de mais de 400 profissionais ativos no setor audiovisual americano. Para por mais lenha na fogueira, o CEO da Open AI publicou no fim de semana na rede socia X (ex-Tweeter) apenas a palavra Her (Ela), curiosamente, o nome do filme de Johansson, em que a voz da atriz é usada por uma assistente de voz para interagir com um homem solitário.
A Inteligência Artificial é um grande passo para a humanidade. Quem somos nós para discordar? Ela já tem excelentes aplicações testadas na Medicina, Engenharia, Segurança, Nutrição, nos Transportes e muito mais. Porém, estamos apenas começando a descortinar um campo vastíssimo, no qual, sem regulamentações urgentes e fundamentais, tudo pode se transformar em uma perigosa terra de ninguém. Pessoalmente, creio que Altman sabia muito bem o que estava fazendo e, como garoto mimado e milionário, não se conformou com o redondo não que recebeu pelas fuças. A atriz contou que contratou advogado quando percebeu o embuste, fez duas tentativas de contato frustradas e agora vai tomar todas as “medidas legais cabíveis”. Quero mais é que ela tenha sucesso, receba uns bons milhões de dólares como reparação pela audácia do bofe e seu caso crie um precedente jurídico global. Como está é que não pode continuar.

A hora da estrelaLogo mais, às 19 horas (14:00h, no horário de Brasília), uma cena peculiar acontecerá na abertura da 77...
14/05/2024

A hora da estrela
Logo mais, às 19 horas (14:00h, no horário de Brasília), uma cena peculiar acontecerá na abertura da 77ª edição do Festival de Cinema de Cannes, no sul da França. A atriz norte-americana Meryl Streep receberá a Palma de Ouro honoríf**a pelo conjunto da obra. Será uma homenagem repleta de simbolismos para os amantes da sétima arte. Afinal, aos 74 anos e com uma forma física invejável, ela contabiliza 95 filmes e séries, em 46 anos de carreira. E não é só: Meryl é a artista mais indicada ao Oscar, o mais importante prêmio do cinema mundial. Concorreu 21 vezes. E ganhou três: em 1980, por Kramer versus Kramer; em 1983, por A Escolha de Sofia e, em 2012, por A Dama de Ferro, no qual deu vida à ex- Primeira Ministra britânica Margareth Thatcher. E continua na ativa, com as mais recentes performances em Não Olhe Para Cima, no Netflix, ou a série Only Murders in the Building, com três temporadas disponíveis no Brasil por streaming.
“ Ser homenageada em Cannes signif**a muito para a os artistas de todo o mundo. É a mais alta distinção para a arte da realização cinematográf**a. ”, resumiu a estrela, modestamente.
Para mim, que sou fã dela desde As Pontes de Madison, filme de 1995, no inocente estilo Sessão da Tarde, o reconhecimento é mais uma prova de que o etarismo é uma questão cultural e, definitivamente, não está com nada. Nos Estados Unidos e na Comunidade Europeia, cuja pirâmide populacional, há décadas, se inverteu, qualquer profissional que viva da própria imagem, como artistas, cantores e apresentadores de tevê, não são descartados sumariamente, quando os primeiros cabelos brancos aparecem. Eles são reconhecidos e laureados pela contribuição que o trabalho deles trouxe à sociedade.
Antes de Meryl Streep, ícones femininos do cinema mundial, como Jeanne Moreau, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Isabelle Hupert e Sophia Loren receberam a mesma láurea. E, convenhamos, nenhuma delas estava mais na flor dos 20 anos ao serem premiadas em Cannes.
Portanto, viva Meryl Streep e todo (a)s que insistem em continuar produtivo(a)s ao longo da idade madura e, através dos ofícios que desempenham com tamanha paixão, põem pitadas de emoção, alegria e arte no nosso cotidiano.

Mar de plásticoMais de 70 entidades e cientistas brasileiros enviaram um manifesto à Casa Civil da Presidência da Repúbl...
13/05/2024

Mar de plástico

Mais de 70 entidades e cientistas brasileiros enviaram um manifesto à Casa Civil da Presidência da República e a vários ministérios, cobrando uma postura firme do governo brasileiro em relação à poluição por materiais plásticos. O documento foi elaborado após um encontro ocorrido, no fim de abril, em Ottawa, no Canadá, em que diplomatas e diversos atores sociais discutiram as bases para o Tratado Global contra a Poluição Plástica, demanda internacional urgente.
O Brasil vive uma situação paradoxal. Enquanto as recicladoras de plásticos têm 40% de sua capacidade ociosa, imensas quantidades de embalagens e de produtos à base de plásticos entopem aterros sanitários, lixões a céu aberto, ou, pior do que isso, são lançadas também diretamente nos rios, lagoas e praias. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a produção do setor, em 2022, alcançou 6,7 milhões de toneladas. A reciclagem foi de 25,6% naquele ano. Embora nos últimos anos, o percentual tenha aumentado, inúmeros desajustes na cadeia produtiva resultam no descarte inadequado e pouco aproveitamento da matéria prima reciclável.
A gravidade do problema foi denunciada no relatório Um Oceano Livre de Plástico, da ONG ambiental Oceana Brasil. As estimativas apontam que, 325 mil toneladas de materiais plásticos são lançadas anualmente nas praias e no Oceano Atlântico, ameaçando a biodiversidade marinha e a própria saúde humana no país.
No Brasil, até mesmo o PET, um dos tipos de plásticos mais consumidos e reciclados no país, por isso mesmo o mais valorizado nessa cadeia produtiva, poderia ser muito melhor aproveitado. Apenas 52% das garrafas PET consumidas no país são recicladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Um estudo do Blue Keepers, projeto ligado ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), é ainda mais preocupante: o Brasil é responsável por 3,44 milhões de toneladas de plástico que chegam aos oceanos todos os anos. Estima-se que há acumulado nas águas de 86 a 150 milhões de toneladas desses resíduos.
A situação global não é melhor. A ONU Meio Ambiente alerta que, anualmente, 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos, com PET sendo um dos principais componentes. A superação é urgente e complexa, mas passa, primordialmente, pela mudança de hábitos. E ela só virá se for acompanhada de exigências regulatórias, processos de governança de grandes fabricantes e consumidoras de materiais plásticos e cobrança da sociedade.
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Tá na mesa Há pouco mais de duas semanas, Fabrício Bloisi, presidente do aplicativo de entregas de comida IFood soltou u...
28/02/2024

Tá na mesa
Há pouco mais de duas semanas, Fabrício Bloisi, presidente do aplicativo de entregas de comida IFood soltou uma declaração polêmica para dizer o mínimo. Profetizou, do alto da experiência em ciência da computação e do sucesso das 16 milhões de entregas mensais que, em 10 anos, ninguém mais cozinharia em casa. A fala rendeu muito. Chefes de cozinha estrelados com programas na tevê, médicos, nutricionistas, historiadores e estatísticos cada um com argumentos próprios refutaram, veementemente, o comentário.
Não há como negar que no Brasil, especialmente devido à pandemia de Covid 19, as entregas de comida em domicílio cresceram bastante. Passaram de 80% em 2020 para 89% em 2022, segundo a consultoria Kantar. E em 2023, as marmitas foram os itens mais pedidos no aplicativo IFood. Mas, daí a prever a aposentadoria total e compulsória dos fogões e panelas parece-me otimismo exagerado de gestor.
Eu, que cultivo meus temperos em vasos na janela da cozinha, preparo diariamente o almoço da minha pequena família e considero a feira dos domingos uma festa, não posso concordar com Bloisi. Mas esperei um tempo para alinhavar minhas contrarrazões e entrar no debate. Será que ele se deu realmente conta de que, embora, a companhia envergue a invejável marca de 270 mil restaurantes cadastrados na plataforma, isso não representa nem a metade dos 736 mil estabelecimentos do segmento de comida abertos e operando no Brasil? Sem falar nas milhares de portinhas, barracas, carrocinhas e food trucks dos empreendedores individuais que, mesmo muitas vezes ainda sem documentação regular, oferecem nas esquinas de todo o país, comida caseira e honesta para uma clientela mais simples mas não menos fiel.
Será que se deu conta que o agronegócio é um trator que responde por 24,8% do nosso Produto Interno Bruto e que a companhia dele sozinha nunca conseguirá absorver 80% do feijão, 86% do arroz e 76% do milho em grãos que se destinam ao nosso consumo interno?
Quem se importa com segurança alimentar e qualidade de vida, vai continuar cozinhando, trocando receitas, convidando os amigos e parentes para o churrasco de aniversário, o bacalhau da Páscoa e a ceia do Natal preparados com alegria e esmero. Porque isso faz parte da nossa história, dos hábitos alimentares que atravessam gerações, da nossa cultura. Para os demais atarefados, inaptos a fritar um reles ovo ou mesmo preguiçosos, sempre restará, sim, a sacola de papel pardo na porta de casa, as refeições plant-based, que nunca me atrevi a experimentar, ou quem sabe o camarão vegetal impresso em 3D, já desenvolvido por uma empresa de tecnologia de alimentos. Quem viver, verá.

AmeaçadosO Brasil deve decidir nesta quinta-feira, 21 de fevereiro, se restringe o uso de um agrotóxico fatal para abelh...
21/02/2024

Ameaçados

O Brasil deve decidir nesta quinta-feira, 21 de fevereiro, se restringe o uso de um agrotóxico fatal para abelhas. O tiametoxam é considerado uma ameaça à biodiversidade ao afetar os insetos polinizadores, foi proibido na Europa e já tem uso restrito no Canadá. Por aqui, a substância está em reavaliação há dez anos. Nesse período, a suíça Syngenta e a brasileira Ourofino, fabricantes do pesticida no país, investiram pesadamente em lobby, apoiados pela bancada ruralista no Congresso. Também submeteram estudos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em sucessivas tentativas de atestar a segurança do produto. Com a proibição do tiametoxam na União Europeia em 2018, o Brasil se tornou um dos principais mercados para a Syngenta. No ano passado, o Ibama se manifestou a favor da restrição. A decisão está a cargo do Ministério da Agricultura em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Predominantes

Das 191 plantas cultivadas ou silvestres utilizadas para a produção de alimentos no Brasil, com processo de polinização conhecido, 114 (60%) dependem da visita de polinizadores, como as abelhas, para se reproduzir. Entre esses cultivos estão alguns de grande importância para a agricultura brasileira, como a soja, o café, o feijão e a laranja. As abelhas predominam, participando da polinização de 91 (80%) das 114 culturas agrícolas que dependem da visita de polinizadores e são responsáveis pela polinização exclusiva de 74 (65%) delas.




Voo das abelhas
Foto de Célio Albuquerque, no Arpoador (RJ).

Bom de bocaDécadas atrás, me submeti a uma cirurgia reparadora e levei 300 pontos. Para meu total desespero, uma dezena ...
06/02/2024

Bom de boca

Décadas atrás, me submeti a uma cirurgia reparadora e levei 300 pontos. Para meu total desespero, uma dezena deles não cicatrizava de modo algum, o que aumentava o sofrimento. Até que minha comadre Amélia Ramos, naturopata portuguesa e neta de ervanário, veio me visitar. Ao ouvir minha queixa, decretou: “Vais usar óleo de copaíba e em uma semana estarás com tudo resolvido”. Foi dito e feito.
Por isso, fiquei animadíssima ao saber que um novo produto à base da milagrosa planta acaba de ser patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, é um verniz dentário produzido com óleo da copaíba, com potencial de prevenir cáries, especialmente nas crianças, além de ser um grande aliado para o cuidado de pacientes em tratamento ortodôntico. Ao liberar fármacos na boca, o verniz diminui os microrganismos causadores da cárie e desestrutura o chamado biofilme, ou seja, as colônias de bactérias que vivem nos dentes e nas gengivas.
No Brasil, desde a década de 1960, a indústria farmacêutica oferece dentifrícios à base de flúor como conduta preventiva contra problemas bucais. Em muitas cidades, essa substancia é adicionada à água como política preventiva de saúde pública. Mas prova-se agora que o óleo de copaíba tem inúmeras vantagens sobre o flúor. É extraído de planta nacional, tem baixa toxidade, nenhum efeito colateral e baixo custo. Diferentemente do flúor, impede a proliferação excessiva de bactérias nocivas na boca.
A copaíba (chamada cientif**amente de Copaifera) tem cerca de 72 espécies, das quais mais de 20 existem no Brasil, distribuídas pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. A criação do verniz utilizou-se da espécie Copaifera langsdorfii, encontrada no Mato Grosso do Sul, da qual foi extraído o óleo essencial.
“A resina da copaíba é muito utilizada pelas comunidades rurais como cicatrizante, anti-inflamatório e antimicrobiano”, informa o professor Edilson Martins, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da UFC e um dos descobridores do produto. Portanto, os pesquisadores seguiram uma normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza a produção de medicamentos fitoterápicos já consagrados pelo uso popular. Em pouco tempo, estará disponível na farmácia da esquina.

De origem comprovadaSer um consumidor consciente requer atenção na hora da compra e a falta de informações básicas no ró...
01/02/2024

De origem comprovada

Ser um consumidor consciente requer atenção na hora da compra e a falta de informações básicas no rótulo dificulta a tarefa. Para facilitar esse processo é que surgem os selos a fim de garantir a veracidade das informações e assegurar ao comprador melhores escolhas. O Selo Indígenas do Brasil é a mais recente certif**ação em nosso país. Instituído pelo governo federal, ele identif**a a procedência dos produtos elaborados por pessoas físicas ou jurídicas de comunidades indígenas.
“Para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas e para os povos originários, é um avanço o reconhecimento desses produtos, caracterizados pela sustentabilidade, importância da terra, da demarcação, proteção e do trabalho coletivo”, afirma Joenia Wapichana, presidenta da Funai.
Embora centrado nas atividades agrícolas, sobretudo da agricultura familiar, o Selo Indígenas do Brasil também se aplica à produção extrativista e ao artesanato. Para obter a certif**ação, o principal requisito é que a atividade ou o empreendimento seja manejado por indígenas. O uso do selo é gratuito e para solicitá-lo basta que o interessado apresente à Funai uma ata de reunião em que a comunidade indígena deixa clara a concordância em utilizar a certif**ação.
“Os povos indígenas ainda têm muito a contribuir. A identif**ação dos produtos indígenas é uma iniciativa que visa valorizar e promover a cultura desses povos”, completa Wapichana.

**acao

Muito antesUma nova espécie de exame de sangue, que consegue rastrear a Doença de Alzheimer com alta precisão, antes mes...
29/01/2024

Muito antes

Uma nova espécie de exame de sangue, que consegue rastrear a Doença de Alzheimer com alta precisão, antes mesmo do início dos sintomas, pode se tornar realidade. Por esse rastreamento será possível identif**ar a proteína tau fosforilada ou p-tau, um tipo macromolécula que aumenta muito na corrente sanguínea de quem desenvolve a enfermidade.
Atualmente, é necessário fazer uma tomografia cerebral ou punção lombar, procedimentos geralmente caros e inacessíveis a muitos pacientes, para se constatar esse acúmulo desse biomarcador no cérebro.
O Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo que afeta fortemente a memória e, posteriormente, a capacidade de fala e de executar as mais simples tarefas cotidianas.
Pelas novas pesquisas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, esse simples exame de sangue teria até 97% de precisão na identif**ação da p-tau, confirmando o diagnóstico antes que um paciente apresente os sintomas da doença.
Embora o Mal de Alzheimer não tenha cura, descobri-lo nos estágios iniciais pode ajudar a orientar as decisões de tratamento, que são menos ef**azes quando a doença já está mais avançada.
Os pesquisadores estimam que, em 50 anos, esse tipo de exame seja tão rotineiro, que estará incluído no hemograma completo.


Mergulho profundo Faz muito tempo que Caymmi, o nosso grande poeta baiano cantou que o mar quando quebra na praia é boni...
24/01/2024

Mergulho profundo
Faz muito tempo que Caymmi, o nosso grande poeta baiano cantou que o mar quando quebra na praia é bonito. De lá para cá, mudamos nós e mudou o mar que, a julgar pelos maus tratos constantes, não anda lá tão belo como antes. A insensatez da dita “civilização” nos traz hoje a absurda constatação de que há mais plástico do que peixes nos mares do planeta. Não sem motivos, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a Década dos Oceanos em 2017 para ser realizada entre 2021 e 2030. O objetivo é conscientizar a população em todo o mundo a refletir sobre as ações urgentes e necessárias para proteção dos espaços costeiros e marinhos.
Praieira ou não, toda pessoa que se sensibiliza com a questão ambiental deve visitar a I Mostra Nacional de Criptoarte - A Década dos Oceanos, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. É uma excelente oportunidade de mergulhar nas mais inusitadas técnicas da arte digital contemporânea e, simultaneamente, se informar sobre os desafios diários para a preservação das águas salgadas.
São 27 artistas, alguns deles nativos digitais e outros pioneiros neste tipo de suporte artístico. Mas todos engajados no esforço da conscientização ambiental. “Os murais interativos e instalações multimídia não são apenas belos, eles testemunham como a arte digital pode capturar a beleza do mundo submarino”, explica Byron Mendes, idealizador da mostra e fundador da Metaverse Agency, primeira agência de criptoarte no Brasil.
Ele não exagera. Logo à entrada da primeira sala, Circulatory System I, instalação de Anaísa Franco, retrata as correntes marítimas como veias e artérias, numa metáfora das interconexões entre o sistema circulatório humano e o sistema circulatório do planeta Terra. Por simulação, as correntes são transformadas em linhas em movimento, com as variações das temperaturas das águas representadas por cores distintas. Já Sopa Primordial, tríptico de vídeo e som estéreo, de Alexandre Rangel, mostra imagens de supostas vidas submarinas, um mergulho em um oceano de possibilidades, emoções e interpretações.
Mas para mim, a obra mais impactante da exposição é o vídeo Solastalgia, de Vini Naso, artista canadense, especialmente convidado para a exposição. Nele, há uma escultura que nos lembra a Pietà, de Michelangelo, quase flutuando num mar de detritos. Ele resumiu assim a inspiração para a obra: “Nesta era de alterações climáticas, surgiu uma emoção pungente. Ela personif**a a nossa ansiedade quando lugares familiares se tornam irreconhecíveis devido a mudanças ambientais, seja por seca, inundações, guerra ou doença. No entanto, esta ligação profunda às nossas casas não gera apenas desespero. Estas mudanças unem-nos em experiências partilhadas, mas também despertam uma força coletiva. Juntos, enfrentamos estes desafios, transformando a nossa solastalgia em resiliência e num impulso comum para procurar soluções”.
A mostra, que é sucesso absoluto de público, com fins de semana em que foram registrados dois mil visitantes, f**ará no CCCBB/RJ até 26 de fevereiro. Depois, vai para São Paulo e Brasília. Não perca!

Endereço

Rio De Janeiro, RJ

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