02/12/2024
Hoje, no dia 2 de dezembro, comemora-se o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 1985. A data rememora a resolução 317 (IV), de 2 de dezembro de 1949, que determinou a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outros. O principal objetivo desta data é promover a erradicação das diversas formas de escravidão que ainda ocorrem, como tráfico humano, exploração sexual, trabalho infantil, trabalho forçado, servidão por dívida, exploração de trabalhadores migrantes, casamentos forçados, remoção de órgãos e recrutamento de crianças para conflitos armados.
Todos os anos, milhões de pessoas, especialmente mulheres e crianças, são enganadas, vendidas, coagidas ou submetidas a condições de exploração das quais, infelizmente, poucas conseguem escapar. Essas vítimas são tratadas como mercadorias em uma indústria global que movimenta bilhões de dólares e frequentemente são controladas por organizações criminosas que, em muitos casos, atuam com impunidade.
A Em Pauta se solidariza com essa causa e para que haja uma melhor compreensão sobre o assunto, recomenda o filme de “Òlòtūré” também conhecido como “Uma Vida Melhor”, disponível na Netflix. Na trama, acompanhamos a trajetória de uma jornalista que, para escrever uma matéria para o jornal onde trabalha e expor as condições insalubres e criminosas que acontecem com diversas mulheres e meninas na cidade de Lagos, infiltra-se em um mundo de crime e prostituição onde a violência é implacável e a desigualdade social, violação de direitos e a falta de apoio do Estado se fazem presentes a cada segundo. O impacto da obra foi tão grande que uma minissérie foi dirigida para continuar a história de Òlòtūré, sendo nomeada como “Por uma Vida Melhor: A Jornada.”
Com um conteúdo visceral, comovente, revoltante e único, as obras sugeridas trazem diversas reflexões sobre as lutas que são fortalecidas e enfrentadas não apenas no dia de hoje, mas sempre.
Aviso: “Òlòtūré”, tanto como filme, como minissérie é recomendado apenas para maiores de dezoito anos e contém diversos gatilhos como violência física, mental e sexual.