15/01/2025
𝐀 𝐢𝐧𝐜𝐫𝐢𝐯𝐞𝐥 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐨 𝐛𝐚𝐫𝐛𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐑𝐢𝐨 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞/𝐌𝐒, 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞 𝐨𝐟𝐟𝐢𝐜𝐞 𝐛𝐨𝐲 𝐝𝐨 𝐂𝐚𝐫𝐭𝐨𝐫𝐢𝐨, 𝐬𝐞 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨𝐮 𝐫𝐞𝐩𝐨𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐢𝐧𝐞𝐦𝐚𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐜𝐨 𝐧𝐚 𝐓𝐕 𝐌𝐨𝐫𝐞𝐧𝐚, 𝐜𝐚𝐦𝐞𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐁𝐢𝐠 𝐁𝐫𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫, 𝐅𝐚𝐮𝐬𝐭𝐚𝐨, 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐓𝐕 𝐧𝐚 𝐄𝐮𝐫𝐨𝐩𝐚 𝐞 𝐀𝐟𝐫𝐢𝐜𝐚.
História de Rio Verde de MT-MS
🧐Valorizando e conhecendo a História de nossa terra.
Por: Paulo Sergio
Fotos: Gil Moura
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O Gil, um menino simples, como todo bom rio-verdense, jogava bola no time do seu fiinho, não era aquele craque, mas ajudava muito na equipe.
Filho de um barbeiro, conhecido como Adão Zainha, seu pai, também conhecido carinhosamente por Adão Barbeiro, tinha um pequeno salão e trabalhava ali na Rua Porfírio Gonçalves, próximo onde hoje é a Alhambra Calçados.
O Adão Zainha, e seu irmão Lazinho (in memorian), eram corretores de imóveis e venderam o loteamento onde mais tarde se tornaria um dos maiores bairros de Rio Verde: O Bairro Nova Rio Verde.
Os dois já são falecidos, são irmãos da dona Aninha Nantes, esposa do Chico Nantes.
Os pais de Gilson, são de Rio Verde, e por força do destino, ele foi nascer em Santo André-SP, onde naquele tempo moravam seus avós baianos.
A mãe de Gilson era dona Lélia Moura Gomes.
Aos 11 anos, começou a trabalhar como Office-boy no Cartório do Dr. Renato, sendo que todo sábado, teria que passar pano, encerar, e por fim passar o escovão na mão para dar brilho no piso.
O pequeno Gilson, já tinha veia artística e no grupo de teatro infantil, se apresentava no Salão Paroquial, da Igreja Matriz, Nossa Senhora Auxiliadora e viajaram, se apresentando em algumas cidades próximas.
A diretora era a Beatriz Pivoto Peruffo, mas o diretor ele não conseguiu recordar o nome.
Com 12 anos, o pequeno rio-verdense Gil, trabalhou de garçom e ajudante geral com o Caprini e família, que arrendavam o Clube do Sete Quedas.
Aos 14 anos de idade, a família do já adolescente Gil, saíram de Rio Verde para morar em Campo Grande, isso no ano de 1980.
Por lá, a vida não era fácil e começou a trabalhar com seu tio como cobrador de publicidade na maior emissora de rádio na época do estado, a Rádio Educação Rural.
Certo dia, Gil acompanhou o repórter Fábio Rodrigues, até a TV Morena, que o encaminhou para o Chefe de Imagem.
Depois de três meses, o rio-verdense Gil, já adolescente, foi chamado para ser Assistente de Câmera.
Ele se recorda que fez um curso da TV Globo, com mais 60 pessoas da região Centro-Oeste, com 17 anos, ficou em segundo lugar, decolando de cargo para repórter cinematográfico.
Por um tempo a TV Morena, emprestou Gilson para a Assessoria de Imprensa do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Fazia a cobertura de agenda do governador Wilson Barbosa Martins. Em duas ocasiões esteve gravando em Rio Verde, acompanhando o governador.
Depois, foi morar em Curitiba, no estado do Paraná, onde fez a campanha de Álvaro Dias para governador do estado no ano de 2006.
A produtora era a Olhar Eletrônico, que tinha como sócio Fernando Meirelles, diretor do filme premiadíssimo “Cidade de Deus”, o filme, com quem gravou comerciais.
No ano de 1993, o rio-verdense foi para Europa fazer um curso de cinema na Itália, e como começaria novamente o curso em seis meses, foi para Portugal, onde acabou f**ando por treze anos.
Já em Portugal, se tornou diretor, e dirigiu uma série juvenil chamada “O Clube das Chaves. Era funcionário fixo da SIC, vivendo em Lisboa de 1993 até 2006. Em 1998 resolveu sair para viajar.
Como já era colaborador internacional da Rede Globo, voltou ao Brasil e foi morar no Rio de Janeiro.
Na TV Globo alternava entre jornalismo e Projac.
Foi repórter cinematográfico no RJTV, Jornal Nacional e Fantástico. Foi câmera no Big Brother 8 e 10, Domingão do Faustão e programa Mais Você.
Gravou comerciais com Fernando Meirelles, famoso cineasta internacional.
Em 2018, viveu em Moçambique, na África, durante seis meses, onde atuou como Diretor de comerciais, e de um programa rural, que passou na TV local e na RTP Internacional.
Foi para a Ásia, com a intenção de f**ar por seis meses.
Iria fazer Índia, Laos, Vietnã, Tailândia, mas ao conhecer a história dos tibetanos no exílio, quando foi para o norte da Índia, na terra do Dalai Lama, resolveu voltar e procurar patrocínio de algum canal para fazer um documentário.
Gil havia f**ado quarenta e cinco dias conhecendo a história deles, esteve com Dalai Lama.
_”Eu estava com William Waack, cobrindo o Festival de Cannes, quando comentei com ele que tinha a produção pronta para gravar com Dalai Lama, O Waack, ligou para o Brasil na hora, fechamos o job em dois minutos”, relembra.
_”Quando o meu amigo Willian Waack, apresentador do Jornal da Globo por muitos anos, com o qual trabalhei por muito tempo, foi acusado de racismo, achincalhado nas redes sociais, resolvi escrever minha experiência com ele, ao acordar, havia mais de 4.000 compartimentos. Acabou por viralizar em toda imprensa e redes sociais, a minha postagem.
Me ligavam de todos os lugares, se eu quisesse f**ar famoso, teria dado muitas entrevistas, mas meu intuito não era aquilo.
“O Waack, tinha sido demitido da Globo depois daquele episódio, e quando ele deu a primeira entrevista para esclarecer a sua mal interpretada piada, citou meu nome, acho que foi com o Augusto Nunes da revista Veja.”
_Depois de uns dois meses do ocorrido, ele veio a Curitiba, onde vivo há 10 anos, almoçar comigo.
Muita coisa mudou depois de minha publicação, a Rede Globo tem 20 vezes mais o número de negros, as jornalistas diminuíram aquela preocupação de ter o cabelinho na régua.
Quando pergunto de Rio Verde, porque não tem negros em cargos, relevantes no município, o Gil responde.
-É difícil conscientizar geral sobre a igualdade que não existiu desde o início. Sofremos racismo desde muito jovens.
Lembro-me que muitos descendentes de alemães do sul do Brasil que migraram para Rio Verde de Mato Grosso, chamava-nós de “negrinho”, e mais alguns adjetivos, com a maior naturalidade.
Essa é a história do pequeno Gilson Moura, menino de Rio Verde, que gostava de tomar banho no rio, comia amora e caju no próprio quintal, jogava bola no estádio do latinha, e que se tornou conhecido profissionalmente Gil Moura, que de vez em quando está em Rio Verde, visitando a família, seu Chico Nantes e dona Aninha, os tios a quem tem muita admiração e agradecimento pelos ensinamentos na infância.
Gil passou por 39 países, mas nunca se esqueceu ou negou suas origens.
Orgulho do menino rio-verdense que estava atrás das câmeras, captando e dirigindo a imagem de jornalistas e artistas famosos que chegara a milhões de pessoas, nos mais longínquos locais do mundo.
É pra ter orgulho de mais um filho de Rio Verde/MS, que saiu pra vencer.
Parabéns Gilson Moura-Repórter Cinematográfico e diretor de Rio Verde de Mato Grosso-MS.
Pesquisa e entrevista: Paulo Sérgio
E assim vamos contando a história de Rio Verde de Mato Grosso-MS