Revista Será?

Revista Será? Revista Será?Opinião sobre cultura, economia, política, psicanálise. literatura e artes. (www.revistasera.info) Conselho Editorial

Por que lançar mais um blog na rede virtual já saturada de informação? O que acrescentar a este alucinado bombardeio de dados, notícias e informações que circulam e inundam o planeta? Duas motivações podem justificar este empreendimento do blog “Será?”. A primeira decorre de uma sensação de incômodo com a enorme poluição de informação e de mensagens, na sua maioria de limitado conteúdo, combinando

concisão e velocidade com simplicidade e superficialidade. O excesso de notícias e informações tende a confundir e mesmo atrapalhar a reflexão, a análise e a organização do pensamento, a troca de ideias e conhecimentos e o debate aprofundado. “Será?” se propõe a ser uma revista de opinião e de debate de ideias, um espaço para a reflexão crítica e a troca de visões e interpretação do mundo contemporâneo. A segunda motivação dos editores da “Será?” parece implícita na denominação da revista: a utilização da dúvida como método de observação e análise da realidade, questionando as verdades cristalizadas e estabelecidas – verdades e pré-conceitos carregados de emoção que inibem o pensamento crítico e paralisam a criação – duvidando do senso comum e das unanimidades, frequentemente carregados de enganos e simplificações. A revista, num formato de blog, não tem verdades nem convicções definitivas. Prefere a dúvida e a abertura intelectual que, estas sim, avançam no conhecimento e consequentemente na busca de soluções. “As convicções”, dizia Nietzsche, “são inimigas da verdade mais perigosos que as mentiras”. O mais grave das certezas absolutas e definitivas é a paixão e a carga emocional que costumam carregar, impedindo um debate sério e equilibrado. Neste aspecto, vale a referência a outro filósofo, David Hume, para quem “todas as doutrinas que sejam favorecidas por nossas paixões devem ser objeto de suspeita”.

Na Última Página, a charge de Elson.
03/01/2025

Na Última Página, a charge de Elson.

Última Página

Paulo Gustavo explora o uso político e autoritário da figura de Deus ao longo da história, destacando como o islamismo r...
03/01/2025

Paulo Gustavo explora o uso político e autoritário da figura de Deus ao longo da história, destacando como o islamismo radical exemplifica essa prática na Argélia e além. Inspirado pelo ensaio de Boualem Sansal, o autor reflete sobre os desafios de conciliar fanatismo religioso com democracia e liberdade, clamando pela libertação de Sansal e pelos Direitos Humanos. Está em “Em Nome de Deus”.

O etnocentrismo da fé, ao que parece, é um dos mais inabaláveis da agitada sofrida história humana. O monoteísmo trouxe benefícios revolucionários, conforme lembrou Arnold Toynbee, mas também problemas. Um deus único, ou o único Deus, foi apropriado por diversos povos como um “único” ...

Elimar Pinheiro do Nascimento reflete sobre o otimismo no fim de ano, contrastando previsões pessimistas com avanços his...
03/01/2025

Elimar Pinheiro do Nascimento reflete sobre o otimismo no fim de ano, contrastando previsões pessimistas com avanços históricos e dados que mostram melhorias globais. Ele destaca como as narrativas midiáticas moldam percepções negativas e conclui que o futuro depende das escolhas humanas, incentivando uma perspectiva crítica e proativa sobre desafios como mudanças climáticas e desigualdades. Está em “Crônica de Fim de Ano”.

De um colega, do qual não esperava muito, chegaram-me, no dia 31 de dezembro, os tradicionais votos de feliz ano novo com uma frase que me surpreendeu: “O melhor está por vir”. Natural que os humanos sejam mais otimistas ao final do ano. Hora de renovação de promessas e congratulações. É ...

Helga Hoffmann em “Fim de ano é para balanços?”, reflete sobre o simbolismo do fim de ano para balanços e resoluções, an...
03/01/2025

Helga Hoffmann em “Fim de ano é para balanços?”, reflete sobre o simbolismo do fim de ano para balanços e resoluções, analisando memória e recordação. Inspira-se em autores como Thomas Brussig e Norberto Bobbio para discutir como filtros subjetivos moldam lembranças e como a narrativa histórica e política é influenciada por perspectivas pessoais, destacando a necessidade de reconciliar-se com o passado e valorizar a não violência.

Momento de fazer balanço? Na imprensa nacional e internacional, sim. De países e da economia mundial, sim, sobretudo pelo “The Economist”, o melhor semanário do mundo. Também de empresas. No plano individual, parece que, mais que balanços, ainda existe o tal costume (ou fuga?) das resoluç....

No artigo “Vergonha!”, Tibério Canuto critica a atual postura da ABI e da UBES, acusando-as de desonrar suas histórias a...
03/01/2025

No artigo “Vergonha!”, Tibério Canuto critica a atual postura da ABI e da UBES, acusando-as de desonrar suas histórias ao apoiarem regimes ditatoriais, como o de Nicolás Maduro. Destaca a importância de defender a liberdade de imprensa e repudia o afastamento de valores democráticos, contrastando com o legado de resistência de Barbosa Lima Sobrinho e outros.

Barbosa Lima Sobrinho, ex-governador de Pernambuco, jornalista e candidato a vice-presidente na anticandidatura de Ulysses Guimarães em 1973, deve estar se revirando no túmulo, indignado com a decisão da Associação Brasileira de Imprensa de assinar uma carta a Lula, pedindo que o presidente da ...

Nosso editorial reflete sobre a influência dos valores históricos na formação da humanidade e alerta para os desvios que...
03/01/2025

Nosso editorial reflete sobre a influência dos valores históricos na formação da humanidade e alerta para os desvios que geram intolerância e desigualdades. Conclui com um apelo universal para 2025: superar barreiras e cultivar a essência humana baseada no amor ao próximo, como ecoam os ensinamentos de Cristo e outros valores atemporais. É este o tema da Opinião da Semana: “Tempo, tempo, tempo...”

É inegável que os valores do passado, como os transmitidos pelas religiões, pela filosofia e por outras áreas do conhecimento, vêm moldando o que somos hoje como indivíduos em sociedade. A mensagem de Cristo representou uma ruptura em sua época, ao elevar nossa humanidade a um nível de toler...

No poema “Manter a Esperança”, Clóvis Cavalcanti reflete sobre a beleza do mundo natural, a ameaça das mudanças climátic...
27/12/2024

No poema “Manter a Esperança”, Clóvis Cavalcanti reflete sobre a beleza do mundo natural, a ameaça das mudanças climáticas e a resiliência da natureza frente à insensibilidade humana. Ele exorta a manter a esperança viva e a lutar pela preservação do planeta, destacando o amor como força de resistência e aprendizado essencial.

  Ouço violinos que tocam Elgar (poderia ser Bach ou Brahms) – e sonho. Perscruto a marcha dos dias (e das noites, das auroras, dos crepúsculos) – e sonho. Sinto pó que parece cair de estrelas no firmamento (mas também jatos de luz e de amor) – e sonho.   Ah! Sonho e vejo este...

Na crônica “Conversas de ½ Minuto (38) ‒ Cemitérios (II)”, José Paulo Cavalcanti Filho apresenta epitáfios curiosos e hi...
27/12/2024

Na crônica “Conversas de ½ Minuto (38) ‒ Cemitérios (II)”, José Paulo Cavalcanti Filho apresenta epitáfios curiosos e histórias singulares sobre cemitérios, encerrando o ano com humor e reflexão. O autor anuncia uma breve pausa, tirando férias até o Carnaval, quando retomará sua escrita, sempre marcada por perspicácia e originalidade.

Mais conversas, hoje novamente só os cemitérios e afins, em livro que estou escrevendo (título da coluna). INSCRIÇÕES TUMULARES. Seguem algumas de pessoas famosas * ÁLVARES DE AZEVEDO, poeta. - No vaso impuro corrompeu-se o néctar A argila da existência desbotou-me... O sol de tua glória ab...

Em “Regionalização na Inovação: um discurso, outra prática”, Abraham B. Sicsu critica a concentração regional de investi...
27/12/2024

Em “Regionalização na Inovação: um discurso, outra prática”, Abraham B. Sicsu critica a concentração regional de investimentos em inovação no Brasil, que favorecem o Sudeste e o Sul em detrimento de outras regiões. Apesar do discurso de equilíbrio, a prática revela disparidades profundas. O autor defende critérios alocativos transparentes para promover justiça social e desenvolvimento harmonioso.

O tema é o processo de modernização e inovação na economia brasileira e seus rebatimentos regionais. Tema que tem sido foco de meus estudos faz muitos anos. Tema que considero fundamental para um desenvolvimento mais harmônico e menos desigual de nossa sociedade. Em agosto deste ano tivemos a ...

No artigo “Quem tem medo do mercado?”, Sérgio C. Buarque critica a demonização do mercado financeiro por parte do govern...
27/12/2024

No artigo “Quem tem medo do mercado?”, Sérgio C. Buarque critica a demonização do mercado financeiro por parte do governo Lula, que atribui ao mercado intenções conspiratórias para justificar dificuldades econômicas. O autor explica que o mercado não é uma entidade política, mas um ambiente de negociações baseado em expectativas econômicas. Ele argumenta que responsabilizar o mercado pela instabilidade econômica é distorcer a realidade, aumentando a desconfiança dos agentes financeiros e prejudicando a credibilidade do governo.

A forte desvalorização do Real em relação à moeda norte-americana, nos últimos meses, tem causas externas, mas reflete diretamente a desconfiança dos agentes econômicos na disposição do governo em conter a expansão das despesas públicas. Desconfiança que cresceu com as tímidas medidas ...

Nosso editorial reflete sobre os desafios globais e nacionais enfrentados em 2024, destacando guerras, instabilidade eco...
27/12/2024

Nosso editorial reflete sobre os desafios globais e nacionais enfrentados em 2024, destacando guerras, instabilidade econômica e política. Enquanto o Brasil avança em reformas e crescimento, enfrenta dificuldades fiscais e corrupção. Com Trump assumindo nos EUA, o cenário internacional torna-se ainda mais incerto. Apesar disso, expressamos o desejo de um ano melhor. É este o tema da Opinião da Semana:“Que 2025 seja melhor. Será?”.

O desejo é grande: que 2025 seja melhor que este ano que se encerra. Houve, aqui e ali, algum fato positivo, mas, no geral, 2024 foi um desastre no contexto mundial, e bem complicado no Brasil. A intensificação da guerra na Ucrânia e a explosão do conflito violento no Oriente Médio, com o gove...

Em “Ceia Natalina, Proust e Polarização”, Paulo Gustavo reflete sobre polarizações políticas, relacionando o caso Dreyfu...
20/12/2024

Em “Ceia Natalina, Proust e Polarização”, Paulo Gustavo reflete sobre polarizações políticas, relacionando o caso Dreyfus com tensões modernas. Com humor, alerta para os riscos de discussões políticas durante a ceia de Natal, sugerindo gentileza e neutralidade para preservar a paz familiar. Inspirado em Proust, defende a amizade e a convivência acima das divergências, promovendo união em tempos difíceis.

Marcel, o narrador de “Em busca do tempo perdido”, nos conta que uma amiga da sua família, ao cruzar na rua com o pai dele, vira a cara para o outro lado, aparentemente sem motivo para gesto tão grosseiro. Que teria se passado? Essa amiga tornara-se uma fervorosa partidária da inocência do c...

José Paulo Cavalcanti Filho reúne reações ao seu artigo “Ditadura e CCC”, refletindo sobre os anos sombrios do regime mi...
20/12/2024

José Paulo Cavalcanti Filho reúne reações ao seu artigo “Ditadura e CCC”, refletindo sobre os anos sombrios do regime militar no Brasil. Com comentários de personalidades e leitores, o autor destaca memórias, críticas e perspectivas sobre liberdade e democracia. A diversidade de opiniões reforça a importância de lembrar o passado para evitar retrocessos e fortalecer a democracia. Está em “Com a Palavra, os Leitores”.

O melhor, para quem escreve, é sentir a reação dos leitores. Seguem palavras deles, entre as tantas que recebi (aqui apenas trechos, pois a maioria trazia mensagens extensas), sobre artigo que escrevi na última semana dizendo como foram os negros anos da Ditadura Militar de 1964 e o terror do CC...

Na crônica “Chuquicamata, Patagônia, Índios Alacalufes”, Tomás Togni Tarquinio relata sua viagem pelo Chile, explorando ...
20/12/2024

Na crônica “Chuquicamata, Patagônia, Índios Alacalufes”, Tomás Togni Tarquinio relata sua viagem pelo Chile, explorando paisagens deslumbrantes e minas icônicas como Chuquicamata. Em Cutter Cove, destaca encontros com os Alacalufes, últimos nômades marítimos, e reflete sobre o etnocídio de povos originários. A crônica combina aventura, história e impacto humano, revelando a complexa relação entre progresso e perda cultural.

Atravessei o Chile de ponta a ponta carregando a máquina fotográfica. Escutei o silêncio do deserto de Atacama e o ruído das lufadas de vento úmido da região austral. No Valle Central, coloquei os pés nas águas frias do Llanquihue, escalei, sem sucesso, alguns metros do vulcão Osorno, venci...

Helga Hoffmann em “Venezuela: suspense numa autocracia caótica”, analisa o caótico cenário político da Venezuela após as...
20/12/2024

Helga Hoffmann em “Venezuela: suspense numa autocracia caótica”, analisa o caótico cenário político da Venezuela após as eleições de 2024. Apesar de promessas de transparência nos Acordos de Barbados, Maduro perpetuou fraudes e repressões. Edmundo Gonzalez, eleito com maioria reconhecida internacionalmente, rejeita a estratégia de “Presidente no exílio” e defende negociações. O artigo explora a tensão entre oposição, sanções e a brutalidade de um regime autocrático.

Edmundo Gonzalez Urrutia, o diplomata desconhecido que ganhou a eleição presidencial de 28 de julho este ano na Venezuela, provocou uma manchete surpreendente no jornal espanhol “El País” deste 9 de dezembro: “Estarei na Venezuela 10 de janeiro para tomar posse. Não presidirei um governo n...

O artigo de Rui Martins reflete sobre o julgamento de líderes golpistas no Brasil, incluindo Bolsonaro, com impactos esp...
20/12/2024

O artigo de Rui Martins reflete sobre o julgamento de líderes golpistas no Brasil, incluindo Bolsonaro, com impactos esperados para 2025. Também destaca a queda do ditador sírio Bashar al-Assad, celebrada internacionalmente, e explora mudanças potenciais no Irã e o papel de figuras globais, como Trump, no cenário geopolítico. Está em “Balanço positivo de fim de ano”.

Chegamos ao fim do ano com boas notícias, uma é nacional. É o início prático do processo dos chefes golpistas, depois de já ter sido julgada e condenada uma parte dos seus fanáticos seguidores, autores dos atos de vandalismo nos prédios da praça dos Três Poderes, em Brasília, há quase do...

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