05/12/2024
Febre entre crianças e adolescentes no Brasil, as armas de balas de gel podem gerar sérias consequências para quem usa e até para quem não tem nada a ver com a “brincadeira”. O aumento de atendimentos relacionados a ferimentos nos olhos provocados por disparos desse tipo de produto fez a Fundação Altino Ventura (FAV), no Centro do Recife, a fazer um alerta.
Vítima da arma de gel
Segundo a FAV, em apenas quatro dias, 17 pacientes foram atendidos com ferimentos nos olhos. Um deles foi o pequeno Kauê Antony da Silva, de nove anos.
Ele estava brincando com amigos, no último domingo, quando foi atingido por um disparo de arma de gel no olho direito. O garoto foi socorrido às pressas para a unidade hospitalar, onde precisou passar por cirurgia.
“Agora ele está se recuperando. Está tomando os medicamentos e vai fazer acompanhamento semanal”, explicou o tio do garoto, o influenciador digital Rafael Gomes, 30 anos.
Ainda segundo o tio, a equipe médica repassou que, no futuro, o menino pode ter maiores chances de doenças no olho atingido pelo disparo, como catarata. Passada a dor e o transtorno do caso, a família não vai mais permitir que a criança use dispositivos do tipo.
“A gente não vai deixar nem ele, nem os irmãos e primos usarem. É muito perigoso. Chegaram muitos casos na gente, que podem lesionar gravemente. Não podemos deixar isso continuar”, completou o familiar.
As balas de gel são feitas de polímero superabsorvente, que pode causar lesões graves ao atingir regiões sensíveis do corpo, como os olhos. Em impactos mais fortes, é possível, inclusive, causar algum dano permanente, como perda da visão e aumento de riscos à contração de doenças.