04/11/2024
"Esta noite, com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones”, informou, em um comunicado, a família do produtor musical, instrumentista e compositor norte-americano, que faleceu, no domingo (3), em sua casa em Bel Air, Los Angeles, cercado por familiares. “E embora esta seja uma perda inacreditável para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.”
A última frase do comunicado não poderia estar mais correta. Nunca houve e provavelmente nunca haverá alguém como Quincy Jones. Dizer que ele foi o produtor musical responsável pelos principais álbuns da carreira solo de Michael Jackson, Off the Wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987), sendo o segundo o disco mais vendido da história, já bastaria. No entanto, a sua trajetória foi muito maior que esses feitos. O impacto de seu trabalho alcançou a cultura contemporânea em muitas áreas, como a música, o cinema e a TV, sem esquecer que muitas de suas ideias e iniciativas visaram o empoderamento dos negros.
Em 1964, Quincy Jones se tornou o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de vice-presidente de uma grande gravadora. Naquele ano, compôs, a convite do diretor Sidney Lumet, para O Homem do Prego (The Pawnbroker, 1964), a primeira de suas 33 trilhas sonoras.
Em 1985, Quincy Jones também produziu um dos singles mais vendidos da história, We Are the World. Na memorável noite de 28 de janeiro daquele ano, foi feita a gravação. Na entrada do estúdio, uma frase e aviso do produtor demonstrava um pouco de sua personalidade: “Deixe o seu ego na porta”. A ideia do produtor para a iniciativa solidária do ator e ativista Harry Belafonte era uma gravação socializada, com todos os grandes artistas da música pop da época juntos, sem estrelismos.
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