31/10/2021
Quando as portas entre o visível e o invisível se abrem, e aquilo que parecia mágica se aproxima do que se parece real. No dissipar das brumas que penetram na floresta de saberes ao anoitecer e ampliam o horizonte daquele que continuou a caminhar passo a passo onde antes não podia ver.
Para os antigos celtas, o dia de hoje, Samhain, marca o fim da colheita, fim do verão e início de um novo ano, um renascer que surge a partir do acesso ao mundo que não é visto, banhado pelo escurecer dos dias de inverno e iluminado pela luz que brota não de fora, mas de dentro do ser.
Neste período os dias se tornam mais sombrios e as noites mais extensas, como uma oportunidade para vermos com mais clareza o que está além dos limites do visível, do outro lado da porta, dos muros que construímos para nos proteger. A casa que habita toda a fonte do ser, e que pede passagem a cada entardecer, mostrando que a escuridão é apenas um estado e um convite para ver a verdadeira fonte de luz que existe dentro de você.