Jornal de Artes

Jornal de Artes Veículo de mídia impressa que busca destacar a análise da produção artística e cultural. ISSN: 2358-9019 Jornal de Artes | Uma públicação da Muruci Editor.

Veículo de mídia impressa, com periodicidade trimestral. Circulação em Porto Alegre e Osório nos principais pontos culturais da cidade.

Pelo Avesso"Eu não sabia que viver pelo avesso era uma experiência mortal. "A teus pés.  Cristina Cesar.
03/11/2024

Pelo Avesso

"Eu não sabia que viver pelo avesso era uma experiência mortal. "
A teus pés.
Cristina Cesar.

03/11/2024
24/09/2024

Grupos

A verdade que envergonha.
20/09/2024

A verdade que envergonha.

Da série: mostre o bar que frequenta, e te direi quem é.
14/03/2024

Da série: mostre o bar que frequenta, e te direi quem é.

29/08/2023

Poesia
Crítica Literária
Cloveci Muruci
Editor Jornal de Artes

Inventário, dos 25 aos 30 anos
Gabriely Santos
• Autora de
• Mistura misteriosas de mentiras mesmas

Qual o jeito mais apropriado para falar de uma poeta que traz o conceito do desassossego, dentro de sua fala poética. Os poemas em “Inventário” dos 25 aos 30 anos”. De Gabriely Santos, transborda solidão, ao falar sobre o mal-estar ao não viver a perpetuação das relações amorosas.
O livro compõe 82 poemas divididos em subtítulos que identifica o pensamento nostálgico sobre a passagem do tempo, e também do amor. Os versos cantam, ou contam os sentimentos não vividos em plenitude, e ao mesmo tempo expõem as dores e o esvaziamento dessa energia vivida em não plenitude.
PRIMAVERA: “Houve um bater de asas de um pássaro/ O folhar de uma página de livro, cada um voa como pode”.
A poesia de Gabriely Santos, referencial em si mesma, marcada pela ausência de algum reconhecimento amoroso, sublinha a sensação de isolamento na relação de afeto, na linguagem coloquial com referência no desconforto à realidade.
FIGUEIRA: “Minha solidão tem raízes profundas, / Sob tantas camadas de chão... / Tem tronco tão grosso, a minha solidão / Que é duro e dura como um osso.”
A poeta fala com o eu-lírico e ressalta a última redenção que seja renegada ao perder os vestígios de esperança, ao expor danos particulares e sexualidade. Se submete a sofrimentos inesperados.
SEPARAÇÃO: “Eu não temo tanto assim a quietude dos outros. / Eu só morro de medo de ficar em silêncio comigo”.
São muitas as tensões. Existência/consciência ao protagonizar sobre andrajos, a superfície dos versos que exalam vísceras em um pensamento poético -filosófico.
Há em GS constante comunicabilidade no relato do seu eu-artista, ao se abordar, convoca todos a viver a mesma dor. Pode -se dizer, que a poeta é autora com discurso forte, as não vivencias que pôde suportar. Com obsessão de querer permanecer em constante cena de amor, para dizer-se com privilégio verbal e pureza de imagens. Reforça a voz feminina, maneja com ousada agudez o traço da palavra.
PAI – “Não aceito as tuas coisas, / Todas são tristes.”
Não se poupa e se coroe ao observar cotidianos urbanos no mais íntimo dos íntimos. Mas também se autoriza expor feridas, ela que já caminhou por deserto (Atacama)e acariciou cactos com mochila nas costas, embarcou no Trem da Morte. Também transitou por avenidas enfumaçadas, bebeu em bares com bêbados estranhos, levantou taças para comemorar um poema ainda não escrito.
SEM PAR – “Eu sou atmosfera densa/ E com a facilidade que voo / me arrasto no chão.”
A densidade de seus sentimentos a faz deslocar em perigosas agonias vivenciais. Alegre e triste ao mesmo tempo, divide paixões com cheiro de vinhos baratos. Não é indiferente as cores cinzas, e dores alheias nas ruas que transita. Tudo afeta seu ser dolorido, e seus versos registram o gosto forte de bílis.
DOS POBRES – “Não se sabe o que apodrece primeiro na vida do pobre, / se o estomago subnutrido de restos, /se o fígado fatigado de cachaça/ se o corpo exausto pelo trabalho / Se o cérebro atrofiado pela televisão.”
UMBIGO UBIQUO “Quando eu me sentir sozinha / Daquele jeito que parece que só com o toque / consegue mesmo estar junto de outro.”
Só alguns poetas conseguem escrever certos versos, com tanta propriedade e leveza. Só aqueles, que se permitem viver com algum medo estampado no rosto, ou com os olhos às vezes marejados, ou quem sabe, com um leve sorriso na alma. Só esses, conseguem expor a incrível sensação de caminhar destemidamente junto ao abismo.

25/08/2023

Em breve teremos o lançamento do livro "Memorial Luiz Carlos Prestes" do autor Davi Lima de Oliveira II . O livro terá lançamento no próprio Memorial Luiz Carlos Prestes Memorial Luiz Carlos Prestes . Com prefácio de Olivio De Oliveira Dutra o livro realiza uma abordagem tanto da vida de Luiz Carlos Prestes quanto da criação do memorial em homenagem ao político brasileiro. O lançamento acontecerá no dia 30 de Setembro ás 10h da manhã.

Exposição no próximo dia 15 de março a 5 de abril no Café Ginkgo  no Nova Olaria!
05/03/2023

Exposição no próximo dia 15 de março a 5 de abril no Café Ginkgo no Nova Olaria!

C NTICO DOS QU NTICOS Ó, Senhor, dai-me sabedoria para entender o que quiz Jesus dizer com estas palavras de Saber: “Que...
04/03/2023

C NTICO DOS QU NTICOS Ó,

Senhor, dai-me sabedoria para entender o que quiz Jesus dizer com estas palavras de Saber: “Que o teu falar seja sempre: sim, sim; não, não.” Ó, Caminho da Verdade, não me consigo adaptar à maneira de pensar oriunda do Oriente, de que o viver vivido é apenas no presente. Ó, Divino! Ó, meu Mestre! Não há como consignar ser apenas o Agora o objeto de penar; sendo o Antes, desgraçado, atirado e condenado a um mero existido momento de pesar; e o Depois, eu nem menciono, relegado ao abandono de ainda não estar. fÓ, Rei dos Reis, este Cântico escutai! Se existem os Umbrais, onde as almas perambulam em intermináveis “Ais!”, antes de serem conduzidas às alturas celestiais ou para sempre relegadas às funduras infernais, permita-me que entoe este canto primordial: que minha voz não soe em tom monocordial. Não sejamos binários seres, prisioneiros de Sim e Não, afirmativos ou negativos, reduzidos seres unários, mas acrescentemos ao nosso estado um fenômeno intermediário. Um estado entre Sim e Não, de existir furtivo, um fenômeno relativo de estúpida palidez, a que nós, cientistas d’Alma, chamaremos de Talvez. Imagina, Tu, este diálogo, Ó, Meu Redentor! “Tu irás, então? Não sei. Talvez. Nem Sim, nem Não.” Ó, Glória! Ó, Meu Pastor! Hosana nas Alturas! Dai-nos ciência deste estado excêntrico! Que tanto se assemelha àquele do Amor Romântico: pode ser, vamos ver, deixa acontecer. Esta é a mecânica quântica do meu Cântico que relativizo no espaço atemporal do coração: Sejamos Sim! Sejamos Não! Ao mesmo tempo e outra vez, mas sejamos, acima de tudo, os que gritam com altivez: Talvez! Talvez! Talvez!

Por: Autista Baptista

24/12/2022

Poodquest

Argentina, 1985Ricardo Darín é Julio Cesar Strassera, o promotor na acusação dos militares responsáveis pela ditadura mi...
09/12/2022

Argentina, 1985

Ricardo Darín é Julio Cesar Strassera, o promotor na acusação dos militares responsáveis pela ditadura militar na Argentina. Foi o primeiro julgamento civil de um caso militar – como a polícia, os militares tem ‘direito’ a seus próprios inquéritos internos, mas, nesse caso, não tiveram. Como disse o amigo de Julio, as vezes, alguém faz algo errado e abre uma brecha e se você souber entrar nessa brecha consegue mudar algo, consegue fazer história – não deixar que tudo fique impune, que o fim da tortura e da ameaça, o terror e a morte seja a recompensa para os que sobreviveram e pra trás ficam os corpos de quem não teve essa sorte.

Mas me antecipo, regressemos, Julio pega o processo e, começa a trabalhar sem grandes expectativas, afinal, os militares sempre saíram impunes, um deles, dias antes, tinha discursado na televisão, culpando as vítimas, falando na guerra contra a subversão. Parece o discurso de alguém que conhecemos daqui do Brasil contemporâneo e que, curiosamente, também foi militar, claro que ele não teria inventado algo assim, família e religião e costumes, tradições, sempre foram falas do fascismo, logo no início, quando designam um advogado jovem, de uma família de militares para trabalhar com ele, o Ormiga, que logo lhe explica, precisamos convencer a classe média, que sempre tende a defender os militares, como sua mãe dirá depois, a minha família, a religião, a sociedade e as pessoas me ensinaram a respeitar os militares e ninguém quer perder espaço. Eles continuavam se infiltrando no novo governo lá na Argentina.

Até que houve o julgamento, vários jovens ajudaram a defesa a coletar provas, ninguém de nome queria se envolver num caso daqueles, tão impopular, o filme demonstra muito bem a tensão, as ameaças, o ambiente inóspito de inimizade e antipatia que Julio, Ormiga e o pessoal que os ajudava. Mas seus motivos eram claros: vou herdar esse país, vejo que ninguém se importa, mas eu me importo. Eles se dividiram em grupos e se espalharam pela Argentina, pelos ‘campos’, onde se praticavam as torturas. E pediram que fossem feitas denúncias e contribuições de pessoas comuns que tivessem sido vítimas ou tivesse familiares, amigos que foram sequestrados e nunca mais vistos.

E mesmo com ameaças por telefone e por carta, inclusive para as testemunhas, o que, provavelmente, não aconteceu mais porque eles acreditavam na própria impunidade do que a escolta da polícia que, afinal, era do lado deles.
O filme consegue, a despeito da duração e, mesmo, do assunto, passar rápido, a caracterização dos anos 80, as pessoas fumando o tempo todo – mas, também, eram, apenas cinco meses pra reunir as provas para o júri e dos, cerca de 30 mil crimes, eles tiveram que escolher setecentos, das possíveis dezenas de testemunhas, eles mostraram três, a mulher que deu a luz numa viatura e não pode pegar seu bebê no colo antes de limpar o carro, o homem que foi pego por engano e uma mãe que nunca mais reviu a filha, que continuava desaparecida – ela nunca pôde sequer enterrá-la, se despedir dela. Se parece, um pouco, com o que houve com a Covid, só que no lugar do vírus, eram pessoas, deliberadamente, matando e enterrando outras. Como disse o promotor: o sadismo não é uma ideologia política, nem uma estratégica bélica, mas uma perversão moral.

Spoiler (pra quem, como não argentino, não tem ideia do desfecho do caso, afinal, não aprendemos quase nada do nosso continente nas aulas de história, assim como, misteriosamente, sabemos pouquíssimo sobre a nossa própria ditadura que, diferente da deles que foram seis anos, durou vinte e quatro) os nove acusados, Graffigna, Anaya, Lami Dozo e Galtieri foram absolvidos, Agosti pegou quatro anos e meio, Lambruschini, oito, Viola, dezessete, mas Massera, Viola e Videla pegaram perpétua. Mas a vitória da justiça e da democracia é, igualmente, grande e sem precedentes na América Latina. E essa obra é um importante memorial disso. Da autocrítica e da coragem castelhanas.

O Brasil nunca puniu os assassinos da ditadura e hoje colhemos os frutos disso. Não é a esquerda que ‘passa a mão na cabeça de bandido’ não, quem faz isso, é a querida direita burguesa que perdoou os crimes horrendos da ditadura, porque sim, eles existiram, pessoas foram torturadas, violentadas, desaparecidas, mortas. Quem homenageia bandido quando comete os próprios atos inconstitucionais é a direita, foi Bolsonaro que homenageou Ustra, um dos mais violentos torturadores da ditadura no impeachment/golpe de 2016. Espero que, dessa vez, possamos fazer diferente e dar aos fascistas uma resposta mais contundente, porém, não sei se posso me dizer otimista sem mentir, afinal, desculpem, mas eu me sinto cansada da legislação brasileira, onde mesmo a prisão perpétua não passa de trinta anos, onde assassino sai da cadeia por bom comportamento, onde muitos condenados seguem cometendo crimes de lá do cárcere mesmo ou respondem em liberdade pelas coisas mais hediondas porque podem pagar fianças.
E vida longa ao Darín, porque ele é pro cinema argentino o que o Lula é pra esquerda brasileira. E que venha a copa e nos indisponha com os hermanos – eu não me importo com futebol e só tenho carinho por eles, apesar de que, claro, do pouquíssimo que eu sei do assunto, Pelé era melhor que o Maradona. Porém, não digo o mesmo sobre o Neimar e o Messi.

Marighela do Wagner Moura com o Seu Jorge é um dos filmes que se passa no Brasil da ditadura, baseado em fatos reais.

Gabriely Santos
Jornalista/ escritora

14/11/2022
07/11/2022
Analise criticaCloveci MuruciLivro de Arte de Graça Tirellina 41ª Feira do Livro de AlegreteA artista visual Graça Tirel...
14/10/2022

Analise critica
Cloveci Muruci
Livro de Arte de Graça Tirelli
na 41ª Feira do Livro de Alegrete

A artista visual Graça Tirelli, fez presença na 41ª Feira do Livro de Alegrete, ao lançar livro de Arte, juntamente com exposição de obras que compõe o livro.
Tirelli pinta evidenciando em suas telas, o traço figurativo, num novo olhar, introduzindo visivelmente influência de HQs, caracterizado na linha Pop Art, estética que remete o uso de cores vivas, colagens e ícones simbólicos ligados ao povo e suas mazelas. Visto na obra da artista em “ Ela corre desejando que ele voe (foto), quando ela relaciona em seu trabalho o período da Covid 19, entre os brasileiros. Nessa série, em acrílica sob tela, se utiliza de cores diluídas em meios tons suaves em azul, experiência cromática coerente ao tema.
A consolidação da arte, revela-se nos trabalhos de Graça Tirelli unindo diferentes tendências artísticas em fundamento comum. Tirelli seduz com o traço preciso, revela desenho instigante para comunicar a angustia de artista dentro do seu tempo/espaço.

Livro de cloveci muruci amanhã lancamento na Feira do livro de alegrete.
05/10/2022

Livro de cloveci muruci amanhã lancamento na Feira do livro de alegrete.

Livro de Cloveci Muruci " UM CERTO BANHEIRO PÚBLICO PINTADO DE AMARELO CLARO" amanhã as 18h. Lançamento na Feira do Livr...
04/10/2022

Livro de Cloveci Muruci " UM CERTO BANHEIRO PÚBLICO PINTADO DE AMARELO CLARO" amanhã as 18h. Lançamento na Feira do Livro de Alegrete.

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