16/12/2024
📖 Dia de resenha, do livro: O Colecionador, do autor John Fowles, que foi leitura coletiva com o , em parceria com a .
🚨 NÃO CONTÉM SPOILER 🚨
Uma ambiguidade de sentimentos. Fowles foi incrível há 50 anos ao escrever “O Colecionador” e hoje, entendemos o motivo, a sua escrita se torna atemporal no quesito mente humana. Ele traz dois personagens com suas peculiaridades e loucuras.
Clegg é com toda a certeza alguém desequilibrado e que usa de desculpa para suas atitudes a perda do pai e o abandono da mãe. Miranda é uma mulher que acha pensar além de seu tempo, mas no fim com sua mente apenas focada na arte, exatamente por ser uma estudante de tal, se perde entre raciocínios.
Ambos os personagens achamos complexos, mas na verdade nos fazem refletir sobre o que pensamos deles: Eu deveria ter pena do Clegg pelo que passou na infância? Eu deveria ter simpatia por Miranda, por ser ela uma mulher, um ser humano e ter sido sequestrada? Na sua grande maioria e o "normal", seria respondermos que sim a todas estas perguntas, mas lhes afirmo eu não consegui.
Fowles escreveu personagens tão bem, que eu realmente não consegui ter empatia por eles, ambos me trouxeram raiva, por suas mesquinharias e sua mediocridade. Clegg merecia a forc@, Miranda a liberdade real, mas acabamos com finais invertidos. Ao fim, até senti pena de Miranda por ela acabar como acabou, mas fora isso, é dificil conseguir ter apreço por ela.
Acredito que a combinação de tradução nessa edição, além é claro do talento de Fowles, torna a leitura fácil, os capítulos são longos, mas isso não nos impede de devorar cada página e querer saber mais e mais. O livro é recheado de referencias a arte, a cultura e claro a fase histórica de 50/60.
Obs.: O final deste livro com toda a certeza me deixou com uma pulga atrás da orelha: Teria Fowles pensado em fazer uma sequência do livro?
🚨 ✍ RESENHA COMPLETA NO SUBSTACK - LINK NA BIO