Diário da AGUAonline - Jornalista Cecy Oliveira

Diário da AGUAonline - Jornalista Cecy Oliveira Revista semanal sobre água, meio ambiente e saneamento

O perigo da compreensão errada dos dados do Censo 2022Cecy Oliveira – jornalista. Editora da Revista Aguaonline.Começam ...
26/02/2024

O perigo da compreensão errada dos dados do Censo 2022
Cecy Oliveira – jornalista. Editora da Revista Aguaonline.

Começam a aparecer análises baseadas nos dados do Censo de 2022 e f**a evidente o risco da interpretação errônea das informações coletadas. É bom lembrar que os perguntadores e os respondedores – que são os protagonistas deste levantamento – carecem de formação adequada, especialmente no que se refere às questões relacionadas ao saneamento básico.

Será que sabem a diferenciação básica entre esgoto sanitário (ou cloacal) e esgoto pluvial para perguntar ou responder à indagação: sua casa conta com serviço de esgoto?

E nem é culpa deles, mas de quem formula este tipo de pergunta em busca de informações confiáveis.

Para a maioria das pessoas puxar a descarga do banheiro e os dejetos desaparecerem signif**a que a casa conta com o serviço de esgoto. Não importa se esse esgoto vai direto para o córrego que passa nos fundos ou para a rede pluvial, o que signif**a ir para a sarjeta e inundar a cidade com água contaminada quando chove muito.

Quando são comparados os dados gerais do Censo 2022 sobre saneamento com os que constam no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – https://www.gov.br/cidades/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/saneamento/snis a diferença é gritante.

Pelos dados do recenseamento o Brasil vai muito bem. Tem água tratada para a quase totalidade da população, grande parte do esgoto e do lixo é coletado. A drenagem ficou meio esquecida embora a cada chuva mais forte a mídia seja inundada com manchetes sobre a invasão dos rios sobre cidades e casas. A culpa é sempre do rio ou da intensidade da chuva. Nunca da incúria de autoridades e da própria população que invadem as zonas de inundação e não respeitam as redes de drenagem. Estas além de receberem esgoto cloacal, dejetos e lixo são solenemente ignoradas (é claro que a maioria é ignorante no sentido exato da palavra: não sabem para que servem).

Dados como estes, coletados no Censo mostram conflito com a realidade:

1) Censo Demográfico mostra que 62,5% da população do Brasil morava em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto em 2022. Esse índice era de 44,4% em 2000 e subiu para 52,8% em 2010.

2) Considerando quem vivia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica, os valores foram de 59,2% em 2000, 64,5% em 2010 e 75,7% em 2022.

3) Entre 2010 e 2022, todas as unidades da federação (UFs) registraram aumento da proporção da população residindo em domicílios com coleta de esgoto e da proporção dos habitantes morando em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica.

4) Em 2022, 3.505 municípios brasileiros apresentavam menos da metade da população morando em domicílios com coleta de esgoto, enquanto em 2.386 municípios menos da metade dos habitantes residia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica.

5) Em 2022, 97,8% da população tinham, no mínimo, um banheiro de uso exclusivo.

Os mapas publicados neste artigo mostram os dados mais corretos sobre a infraestrutura pois são baseados em formulários técnicos, preenchidos pelos operadores dos serviços de saneamento e deixam muito claro que há ainda um longo caminho a percorrer.

Houve muitos avanços, é preciso admitir. O Marco do Saneamento é um deles. O esgotamento sanitário e a drenagem urbana estão merecendo atenção.

Neste sentido é preciso elogiar a iniciativa de municípios, como o de Gravataí, no Rio Grande do Sul, com cerca de 250 mil habitantes, que está elaborando seu Plano Diretor de Drenagem – PDDrU Gravataí. Banhado por duas das mais importantes bacias hidrográf**as da Região Metropolitana de Porto Alegre – a do Sinos e a do Gravataí – o município quer se tornar mais resiliente aos impactos de eventos extremos, como secas e enchentes, que têm assolado a população gaúcha nos últimos anos. E garantir que o rio que empresta o nome à cidade continue vivo e capaz de garantir o fornecimento de água para a subsistência, a agricultura e as demais atividades que sustentam a vida e o progresso.

E, em última análise, fazer o que a maioria das capitais e cidades importantes da Europa já fizeram: valorizar seus recursos hídricos, revitalizando-os e buscando uma convivência pacíf**a e proveitosa com seus mananciais hídricos, respeitando seus ciclos e as zonas de inundação, afastando e tratando os esgotos e o lixo, arborizando as margens, criando jardins de chuva e até ilhas de infiltração.

O Censo é um balizador importante e deve ser sempre atualizado e melhorado. Principalmente no que se refere ao saneamento básico. O SNIS é ainda o melhor indicador da verdadeira situação dos serviços de saneamento no país.

Novidades na edição 736 da  Aguaonline:Visite-nos e faça o cadastro gratuitamente: www.aguaonline.com.br
19/12/2023

Novidades na edição 736 da Aguaonline:
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16/12/2023
Veja os destaques da edição 733 da Aguaonline -www.aguaonline.com.br.O tema especial é DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUA...
23/10/2023

Veja os destaques da edição 733 da Aguaonline -www.aguaonline.com.br.
O tema especial é DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS.
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ANA PROMOVE SEMINÁRIO DO PROGRAMA PRÓ-RECURSOS HÍDRICOS -------------------------------------------------------------O e...
21/10/2023

ANA PROMOVE SEMINÁRIO DO PROGRAMA PRÓ-RECURSOS HÍDRICOS
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O evento acontecerá em 25 e 26 de outubro, das 14h às 18h, na sede da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em Brasília.

O Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científ**a e Tecnológica em Regulação e Gestão de Recursos Hídricos (Pró-Recursos Hídricos) é uma inciativa promovida pela ANA e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Essa ação é realizada com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de pesquisas científ**as e a formação de recursos humanos em nível de pós-graduação nas áreas de regulação e gestão de recursos hídricos.

Durante o evento, serão apresentados os 12 projetos selecionados para o Pró-Recursos Hídricos, que tiveram início em 2018, sendo cada um deles desenvolvido em rede com a participação de pelo menos três instituições de pesquisa de ensino superior. O Programa financiou cerca de 100 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de recursos de custeio e capital, que somam cerca de R$ 11 milhões. Além disso, os projetos tiveram 48 meses, ou até 2022, para concluírem seus trabalhos.

Essa iniciativa busca consolidar o conhecimento brasileiro contemporâneo em regulação e gestão de recursos hídricos, especialmente em oito temas prioritários de pesquisa:

1. Governança e participação social na gestão de recursos hídricos;
2. Instrumentos e ferramentas de gestão de recursos hídricos;
3. Instrumentos, metodologias e tecnologias para alocação de água;
4. Modelagem e arranjos institucionais para gestão de recursos hídricos;
5. Monitoramento, controle e fiscalização de usos da água;
6. Recursos hídricos e florestas;
7. Regulação de recursos hídricos;
8. Segurança de barragens.

No evento será lançado o livro inspirado nos temas abordados em cada projeto. A apresentação será realizada pelo professor Teodorico Alves Sobrinho, pesquisador sênior da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Fonte: Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana | Facebook | Instagram | Twitter | YouTube | LinkedIn | TikTok

Tags: Seminário Final Programa Pró-Recursos Hídricos mestradodoutoradorecursos hídricosgestão regulação

PREFEITURA DÁ INÍCIO AO PLANO DE DRENAGEM URBANA DE GRAVATAÍ (RS) ------------------------------------------------------...
22/09/2023

PREFEITURA DÁ INÍCIO AO PLANO DE DRENAGEM URBANA DE GRAVATAÍ (RS)
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Assinatura do contrato com as vencedoras homologou resultado da licitação.
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A solenidade de assinatura do contrato para elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais, ocorrida no dia 18/09/2023, marcou o início dos trabalhos e dá cumprimento a uma das medidas previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do município.

Dentro da região metropolitana Gravataí é a primeira cidade a apresentar um planejamento desta dimensão, segundo o prefeito Luiz Zaffalon. Ele destacou que “com a assinatura do Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais, Gravataí dá um importante passo rumo à melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos e à preservação do meio ambiente”.

O Plano tem como objetivo definir diretrizes, investimentos e obras necessárias para prevenir, minimizar e combater os impactos e prejuízos decorrentes de fenômenos climáticos adversos. A
iniciativa está alinhada a um acordo com o Ministério Público decorrente de uma ação civil pública relacionada a alagamentos.

O Plano será elaborado pelas empresas Rhama e Concremat e o prazo estimado é de 12 meses para conclusão e será uma ferramenta fundamental para direcionar a gestão da drenagem urbana e o manejo das águas pluviais em todo o território municipal. Seu propósito é nortear as ações da administração municipal no sentido de reduzir os transtornos e prejuízos causados por alagamentos e inundações nas áreas urbanas.

– A principal missão deste planejamento é evitar perdas econômicas e melhorar as condições de saúde e do meio ambiente na cidade, respeitando princípios econômicos, sociais e ambientais previamente definidos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – reitera o secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal, Diego Moraes.

A contratação foi conduzida por meio da Secretaria de Administração, Modernização e Transparência (SMAT). Também participaram da reunião o secretário de Desenvolvimento Urbano, Claudio Santos, o secretário de Administração, Gustavo Cavalheiro, além de representantes das empresas vencedoras da licitação.

Fotos: PM Gravataí. Divulgação.

Confira este podcast sobre drenagem e manejos das águas pluviais.
18/08/2023

Confira este podcast sobre drenagem e manejos das águas pluviais.

Se engana quem acha que saneamento básico diz respeito somente a esgotamento sanitário. A drenagem e manejo das pluviais, juntamente com o tratamento e distribuição de água potável e a coleta e destinação correta dos resíduos sólidos, também integram o conceito de saneamento. Para falar s...

Aos leitores (as) deste Diário:Com satisfação informamos que já está na web - www.aguaonline.com.bra edição 727 da Aguao...
09/05/2023

Aos leitores (as) deste Diário:

Com satisfação informamos que já está na web - www.aguaonline.com.br
a edição 727 da Aguaonline, agora em novo formato!
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Agradeço o trabalho da Prana Solution e do Gabriel Moser pela incansável dedicação nesses meses de desenvolvimento deste projeto.
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Edição 727- www.aguaonline.com.br
SANEAMENTO FAZ BEM AO MEIO AMBIENTE?
Parte 1
A melhor estratégia para combater a poluição e garantir a segurança hídrica é universalizar os serviços de saneamento.

Jornalista Cecy Oliveira – editora da Aguaonline.

Um estudo inédito sobre a prática ESG na cadeia de saneamento básico no Brasil – desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a KPMG no Brasil e intitulado: ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil – considera que “o acesso pleno aos serviços de água e esgotamento sanitário pode ser uma das principais chaves para a proteção do meio ambiente, prevenção às mudanças climáticas e combate à pobreza”.

E reforça que hoje, no Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e 100 milhões aos serviços de esgotamento sanitário. Isto signif**a que os esgotos domésticos produzidos por quase metade da população brasileira são dispostos inadequadamente na natureza. Isto, por si só, já representa um enorme passivo ambiental que precisa ser saneado.

De acordo com o Governo Federal, são necessários cerca de R$ 500 bilhões em investimentos, até 2033, para que o acesso à água e ao esgoto tratado seja uma realidade para todos os brasileiros.

Considerando o período entre 2021 e 2040, é esperado que os benefícios promovidos a partir da universalização do saneamento alcancem R$ 1,4 trilhão em todo o país, sendo R$ 864 bilhões de benefícios diretos (renda gerada pelo investimento e pelas atividades e impostos recolhidos) e R$ 591 bilhões devido à redução de perdas associadas às externalidades. Os custos incorridos no período devem somar R$ 639 bilhões. Assim, os benefícios devem exceder os custos em R$ 816 bilhões, ou R$ 40,8 bilhões por ano, indicando um balanço social bastante promissor.

O estudo apresenta um panorama sobre como o setor de saneamento e os atores que compõem sua cadeia se relacionam com os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) em torno de suas operações.

Como já se sabe, levar o saneamento básico signif**a também promoção da saúde e proteção do meio ambiente, com práticas de tratamento, reuso sustentável da água, descartes adequados de resíduos e desenvolvimento das comunidades locais. Dados do Diagnóstico Temático do SNIS, publicado em dezembro de 2022, em relação à água, identif**am que 16% da população não têm acesso à rede de água tratada o que signif**a que cerca de 35 milhões de brasileiros vivem em condições de vida insalubres.

Há, ainda, 40,3% de perdas na distribuição de água tratada, em virtude de fraudes e vazamentos em redes de abastecimento que estão em condições precárias.

Nos temas ambientais o tratamento dos esgotos traz rápida melhoria da qualidade dos recursos hídricos. Mas há outros impactos positivos como a preservação ambiental, na promoção do turismo e na eliminação dos “esgotos a céu aberto”, o que reflete diretamente no bem-estar e na economia do país.

Há dois outros componentes, pouco mencionados, que são o da drenagem urbana e gestão das águas pluviais e a gestão dos resíduos sólidos que também integram o saneamento.

O país tem pago um preço elevado em perdas de vidas e patrimônios em episódios de enchentes, inundações e enxurradas. As consequências destas catástrofes climáticas podem ser bastante minimizadas com gestão adequada tanto dos serviços de drenagem como a dos resíduos sólidos. Estes dois ramos do saneamento são dos mais afetados pela falta de efetiva gestão integrada, uma vez que as atribuições estão repartidas entre o município, o Estado e a União.
O Rio Grande do Sul já tem seu Plano Estadual de Resíduos (PERS-RS) e acaba de concluir o PLANESAN-RS – Plano Estadual de Saneamento. Resta agora trabalhar para que as propostas neles contidas sejam efetivamente transformadas em ações de curto, médio e longo prazos.
Entre as principais conclusões apresentadas pelo estudo estão as seguintes:

Apesar da enorme e reconhecida importância do setor há ainda muito a ser entendido e explorado no que diz respeito ao seu papel na agenda de adaptação às mudanças climáticas, geração distribuída de energia, economia circular e geração de empregos relacionados com esta agenda de transição.

As grandes empresas de saneamento publicam mais dados sobre a gestão dos aspectos ESG do que as empresas de pequeno e médio portes.

A transição do setor não será impulsionada somente pelo novo marco do saneamento, mas também pelo inter-relacionamento de fatores como as mudanças climáticas que influenciam o fluxo, localização e sazonalidade das chuvas ou a transição da economia global e nacional para uma economia de baixo carbono onde emissões serão contabilizadas e possibilidades de absorção de carbono extremamente valorizadas.

O estabelecimento de uma economia circular já se delineia na área de resíduos – incluindo os próprios resíduos gerados no ciclo de tratamento da água e do esgoto doméstico – com as metas de fim dos lixões, ampliação do aproveitamento energético e a expansão da coleta seletiva.

Fonte: Trata Brasil. https://tratabrasil.org.br/esg-e-tendencias-no-setor-de-saneamento-do-brasil/

O estudo apontou alguns dos principais desafios que as lideranças do setor e seus especialistas devem enfrentar em vários níveis:

Trabalhar juntamente com toda a sociedade para que os investimentos necessários para implementação do novo marco do saneamento sejam garantidos;
Promover a adaptação da cadeia de valor – reguladores, empresas, fornecedores e clientes – às mudanças climáticas, que exigirá nova governança para gestão de recursos hídricos num ambiente com mudança na sazonalidade das chuvas, enchentes e secas;
Reduzir a dependência do setor em relação às fontes centralizadas de energia, que também será impactada pelas mudanças climáticas. O setor utiliza grandes quantidades de energia – cerca de 3% do consumo do país;
Desenhar e implementar um plano de descarbonização de suas operações e de seus fornecedores;
Entender e explorar as oportunidades geradas pela transição para operações de baixas emissões de carbono, economia circular, regeneração de ecossistemas e inclusão social.
O estudo aponta que o setor de saneamento será fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas, que influenciam na sazonalidade das chuvas, enchentes e secas, e consequentemente, impactam no acesso pleno à água potável.

“Universalizar o saneamento será determinante para a preservação do meio ambiente, uma vez que, no país, são lançadas 5.522 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento por dia em nossos rios e mares. Esta é a chave para termos água na quantidade e qualidade necessária para as futuras gerações” – aponta Luana Siewert Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil.

Este estudo se propõe a ser o começo de uma conversa sobre como os líderes e especialistas de toda a sociedade devem entender o papel crítico que este setor tem e terá, e como podemos formar alianças para que recursos hídricos sejam gerenciados e protegidos para o benefício de todos.”, comenta Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Fonte: Trata Brasil. https://tratabrasil.org.br/esg-e-tendencias-no-setor-de-saneamento-do-brasil/.

A Companhia de Saneamento de Santa Catarina - CASAN - segue trabalhando na construção de novas estruturas de tratamento ...
19/04/2023

A Companhia de Saneamento de Santa Catarina - CASAN - segue trabalhando na construção de novas estruturas de tratamento para a ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Esgoto Insular, principal ETE de Florianópolis, localizada na cabeceira da Ponte Pedro Ivo Campos.

A estrutura em estágio mais adiantado é o decantador secundário, em fase final de construção. Essa é a unidade responsável pela separação da parte líquida e da parte sólida do esgoto.

A parte líquida, já clarif**ada, entrará na fase final de tratamento antes de retornar à natureza nos padrões ambientais adequados, enquanto a parte sólida será enviado a aterro sanitário para descarte final.

Ao todo, 13 novas estruturas serão construídas, ampliando a capacidade de tratamento da ETE de 278 para 612 l/s e a cobertura de coleta e tratamento de esgoto na região central da Capital.

A ampliação e modernização também vai permitir que a ETE Insular passe para tratamento terciário, garantindo melhor eficiência na depuração do efluente e maior economia energética para operação.

As obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário Insular têm investimento mais de 160 milhões de reais com recursos financiados pela JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão).

Fotos: Acervo Casan.
Fonte: Casan.

PLANO DE CONCESSÃO DO RIO DE JANEIRO É PREMIADO COMO MELHOR ESTRATURAÇÃO DE PROJETO_____________________________________...
01/03/2023

PLANO DE CONCESSÃO DO RIO DE JANEIRO É PREMIADO COMO MELHOR ESTRATURAÇÃO DE PROJETO
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O modelo concorreu com projetos de Minas Gerais e São Paulo.
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O Governo do Estado do Rio de Janeiro venceu o Prêmio “P3C PPPs e Concessões”, na categoria de melhor estruturação de projetos. A premiação aconteceu, nesta segunda-feira (27/02), na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

“O Rio de Janeiro se tornou referência em concessão de saneamento, com esse projeto que está revolucionando o estado. Hoje, já é possível verif**ar os impactos positivos dessa iniciativa e as obras e melhorias são realidade. Levar água e esgoto tratados para a população é garantir dignidade, saúde e crescimento. Tenho certeza que esse é o início de uma nova era no Estado do Rio,” afirmou o governador Cláudio Castro (PL).

Com a premiação, a B3 visa a prestar reconhecimento a profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacam na elaboração e execução de projetos de infraestrutura econômica, social e ativos ambientais.

“Com a concessão foi possível destravar outros projetos de saneamento no país. O Rio de Janeiro se tornou um exemplo e esse prêmio é um reconhecimento muito importante disso. Esse projeto vai realizar a despoluição da Baía da Guanabara e reafirma a importância de levar água e esgoto tratados para a população. E nesse primeiro ano de atuação das concessionárias já estamos percebendo essa transformação. É um legado que deixará impactos por gerações”, disse o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione.

Através de dois leilões, o Governo do Estado promoveu a concessão de saneamento fluminense, em 2021. Esse é o maior projeto socioambiental da América Latina, com investimentos orçados em R$ 32 bilhões, a serem aplicados ao longo de 35 anos, com previsão de beneficiar 13 milhões de pessoas. A iniciativa, que serviu de modelo para outros estados, é voltada para a universalização da distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, em 46 municípios.
LEILÃO FOI REALIZADO EM 2021
O projeto foi estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e recebeu apoio do Governo Federal. Foi a maior licitação de saneamento realizada no País.

Ao todo, 29 municípios, incluindo a capital fluminense, que eram atendidos pela Cedae, tiveram os serviços concedidos à iniciativa privada. A concessão deve atender cerca de 13 milhões de pessoas, gerar mais de 40 mil empregos diretos e indiretos com investimentos de mais de R$ 24,4 bilhões, durante os 35 anos de contrato, além dos R$ 15,4 bilhões de outorga que o governo do Rio e as prefeituras receberam da concessionária.

Segundo o Ministério da Economia esclareceu, na época do leilão, a concessão pode ser considerada um grande avanço para a política ambiental do estado. Estão previstos aportes de R$ 2,7 bilhões nos cinco primeiros anos, destinados a reduzir as causas da poluição da Baía de Guanabara, dos seus corpos afluentes e melhorar a balneabilidade das praias e lagoas, contribuindo para a proteção ambiental e o turismo. Com o mesmo objetivo também serão aplicados R$ 2,9 bilhões na redução da poluição do Rio Guandu, que abastece a maior parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e R$ 250 milhões para auxiliar na despoluição das lagoas de Jacarepaguá e da Barra.

Do ponto de vista social os concessionários deverão investir ao menos R$ 1,5 bilhão na ampliação do abastecimento de água e esgotamento sanitário em favelas e comunidades não urbanizadas no município do Rio de Janeiro, comprometendo-se com a continuidade de prestação do serviço.

O principal benefício social proporcionado pelo projeto será a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água (99% dos domicílios atendidos) e a coleta e o tratamento dos esgotos sanitários urbanos (90% dos domicílios atendidos) até 2033, cumprindo assim as metas previstas no novo marco legal de saneamento (Lei 14026/2020).

Com informações do Ministério da Economia e BNDES.

ERECHIM PODE MUNICIPALIZAR SANEAMENTO SE PERDER NO STJ ****************************************************Se no julgame...
27/02/2023

ERECHIM PODE MUNICIPALIZAR SANEAMENTO SE PERDER NO STJ
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Se no julgamento, previsto para o dia 1° de março, for aceito o recurso da Corsan, prefeito vai criar autarquia municipal.
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A intenção do prefeito do município de Erechim (RS), Paulo Polis, é romper o contrato com a Corsan, que recorreu ao STJ para suspender o edital de concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário a uma empresa privada.

O embate jurídico tem promovido sucessivos adiamentos da abertura das propostas e chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que marcou o julgamento para o dia 1º de março.

Caso a decisão seja favorável à Corsan o prefeito anunciou que vai retomar a concessão e criar uma autarquia municipal para administrar os serviços. E, mais adiante, fazer uma parceria público privada (PPP) com a empresa que esteja disposta a investir na melhoria dos serviços.

08/02/2023OBRAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM BAIRRO DE CAXIAS DO SUL ESTÃO 50% CONCLUÍDAS——————————————————-Aproximadamen...
09/02/2023

08/02/2023
OBRAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM BAIRRO DE CAXIAS DO SUL ESTÃO 50% CONCLUÍDAS
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Aproximadamente 9,1 mil metros de rede de esgoto já foram instalados.
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O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) dá sequência à obra de implantação de redes coletoras de esgoto do tipo separador absoluto no bairro São Pelegrino e arredores. Até o momento, 50,2% do projeto já foi executado. Dos 18.115 metros de canos previstos, 9.087 metros já foram instalados.

A empresa terceirizada responsável pela obra é a Construtora CFO. Para executar o trabalho, a autarquia investiu R$ 8 milhões. A melhoria atenderá 6.242 economias da região, o que representa, aproximadamente, 16 mil pessoas.

Fonte: SAMAE -Caxias do Sul - RS.

O SETOR DA ÁGUA COMO UM DOS PRINCIPAIS INTERVENIENTES NO MERCADO DO HIDROGÊNIO VERDE************************************...
23/01/2023

O SETOR DA ÁGUA COMO UM DOS PRINCIPAIS INTERVENIENTES NO MERCADO DO HIDROGÊNIO VERDE
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Fonte: Smart Water Magazine - https://smartwatermagazine.com/news/smart-water-magazine/water-sector-a-key-player-green-hydrogen-market?utm_source=Smart+Water+Magazine&utm_campaign=d12c205d0c-SWM_Weekly_23012023&utm_medium=email&utm_term=0_8200831b52-d12c205d0c-305270719

16/01/2023

O desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde está em pleno andamento como parte da transição energética de fontes de energia de base fóssil para fontes de carbono zero. Como alguns especialistas apontaram, o setor da água é chamado a ser um ator importante, não apenas como consumidores de energia do hidrogênio verde, mas como produtores, onde as tecnologias da água são fundamentais em diferentes partes do processo de produção, e como administradores dos recursos hídricos.

A produção de hidrogênio verde oferece oportunidades para empresas de água e esgoto, de acordo com um relatório da BlueTech Research: há um papel para as concessionárias de água na economia do hidrogênio, como através da produção de hidrogênio em instalações de águas residuais, bem como para fornecedores de tecnologia de água.
Embora existam diferentes tipos de eletrolisadores para produzir hidrogênio verde, todos eles requerem água ultrapura.

O tratamento para obter essa qualidade da água depende da qualidade da água de abastecimento, mas, geralmente, envolveria pré-tratamento, osmose reversa e eletrodeionização. As empresas de tecnologia da água já estão de olho nas necessidades de água da produção de hidrogênio.

A quantidade de água necessária para produzir hidrogênio verde também é uma questão a considerar. O autor do relatório da BlueTech Research, Kim Wu, apontou: "A demanda por água pode ser uma preocupação para o grande número de projetos de hidrogênio verde que estão sendo planejados, particularmente para serviços públicos e conselhos de água, ou em áreas com estresse hídrico, já que alguns projetos de hidrogênio podem esperar usar água da to****ra fornecida por serviços públicos locais".

Uma extensa pesquisa da GHD analisou a demanda de água para a produção de hidrogênio através de diferentes métodos. Eles estimam que até 60 a 95 litros de água são necessários por kg de hidrogênio verde produzido. Isso inclui não apenas os 9 litros de água que seriam necessários com base nas proporções na reação química, mas também uma quantidade signif**ativa de água para outros fatores de abastecimento e descarte. Isso inclui o resfriamento do sistema, o tratamento de água bruta para atender aos requisitos de eletrolisadores de alta pureza e o descarte de fluxos de resíduos, que podem precisar de tratamento devido à alta concentração de impurezas da água de alimentação.

O tipo de transportador de hidrogênio usado (amônia, hidrogênio liquefeito ou transportador de hidrogênio orgânico líquido) também precisa ser considerado para a demanda de água.

A estimativa pressupõe que o resfriamento evaporativo é usado; as necessidades de água caem drasticamente com um sistema refrigerado a ar, para cerca de 18 litros por kg de hidrogênio, mas exigiriam mais capital e energia. Também assume que a água bruta é água doce e de qualidade relativamente boa.
Se a água bruta for salobra, água do mar ou águas residuais industriais, o volume de água bruta aumentaria, bem como as águas residuais / salmoura produzidas.

A dessalinização da água do mar seria uma fonte sustentável de água para grandes instalações de hidrogênio verde. Estima-se que o uso de água do mar aumentaria a ingestão de água bruta em 2,5 a 5 vezes, e o custo de capital e o consumo de energia da etapa de dessalinização são pequenos em comparação com os do eletrolisadores. É claro que, nesse caso, o descarte de salmoura teria que ser cuidadosamente gerenciado.

As coisas estão se movendo neste campo. A UK Water Industry Research está liderando um grupo de trabalho que analisa o papel das concessionárias de água na cadeia de valor do hidrogênio no Reino Unido e na Irlanda. O projeto analisará a viabilidade de escalar a produção de hidrogênio em relação ao consumo de água, revisando as mais recentes tecnologias e fornecendo orientação para o envolvimento da empresa de água.

Não há como parar o boom do hidrogênio verde, da mesma forma que não há como parar a transição energética. Será importante equilibrar as demandas de água e energia, selecionar as tecnologias mais adequadas para cada projeto e abordar as preocupações sociais e ambientais, mas uma coisa é certa: as oportunidades de envolvimento de todos os tipos de atores no setor da água estão por aí.

Endereço

Porto Alegre, RS
90470-150

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